Não
poderia ser diferente!
Uma pesquisa realizada em 27 países e intitulada “O que
preocupa o mundo” mostrou as três maiores preocupações do povo brasileiro.
Covid-19 ficou em primeiro lugar no ranking, com 52%. A segunda posição,
“acesso ao sistema de saúde”, teve 46%. Para completar o pódio, o “desemprego”
foi citado por 39% dos ouvidos brasileiros. Em quarto e quinto lugar,
respectivamente, ficaram pobreza e desigualdade social (32%) e crime e
violência (28%).
A pesquisa foi realizada em 28 países e a questão da
pandemia ficou em primeiro lugar em todos. Mas, no caso do Brasil, mostrou que
a população está dividida. Enquanto 57% dos brasileiros acreditam que o país
está no caminho errado, 43% acham que está na direção certa.
A pesquisa também apurou os principais receios dos
trabalhadores em relação ao momento atual. Para 25% dos entrevistados, a
preocupação premente é com relação à possibilidade de agravamento da crise financeira
no País, ou ficar afastado do trabalho e ver a renda familiar ser reduzida
(11%). O medo de ver a família atingida pela doença também preocupa a 25% dos
entrevistados, assim como a possibilidade de enfrentar a morte ou o luto (20%),
ou não conseguir atendimento médico (12%).
Sete partidos de esquerda, apoiados por mais de 400
entidades civis, movimentos sociais e personalidades, protocolaram na Câmara
dos Deputados, na manhã de quinta-feira (21), um pedido de impeachment contra o
ex-capitão insano. É a primeira iniciativa coletiva deste tipo, uma vez que
outros pedidos já haviam sido entregues, mas por iniciativa individual de
parlamentares ou partidos.
Entre os crimes listados no pedido de impeachment estão
a convocação e comparecimento nos atos contra a democracia, a interferência nas
investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro, a falsificação da assinatura
de Sérgio Moro na exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF e as
declarações durante a reunião ministerial de 22 de abril.
Famílias
brasileiras estão endividadas. Com o
aumento do desemprego, a redução de salário e suspensão de contrato de
trabalho, previstos na Medida Provisória (MP) nº 936, que o demente editou com
o pretexto de que ajuda a manter os empregos durante a pandemia do novo
coronavírus, aumentou o percentual de endividamento das famílias brasileiras.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na quarta-feira (20), o percentual de
família endividadas passou de 63,4%, em 2019, para 66,5% em maio deste ano.
As famílias brasileiras têm dívidas em cheque
pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo
pessoal, prestação de carro e seguro.
O percentual de famílias que declararam não ter
condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto,
permaneceriam inadimplentes aumentou, passando de 9,9% do total em abril para
10,6% em maio. Esta é a maior proporção de famílias que permanecerão na
inadimplência para um mês de maio desde o início da realização da Peic, em
janeiro de 2010, e a mais elevada desde abril de 2018.
Cresce
o número de domicílios sem renda! Com
o isolamento afetando trabalhadores informais, além do aumento de
aposentadorias, o número de lares sem renda do trabalho bateu recorde no país no
primeiro trimestre deste ano, superando o pior momento da recessão de
2014-2016, mostra levantamento da consultoria IDados. Segundo a consultoria,
que compilou microdados da pesquisa domiciliar do IBGE, o Brasil tinha 17,2
milhões domicílios em moradores com renda do trabalho, o que corresponde a
23,5% dos lares brasileiros. Quando comparado ao quarto trimestre de 2019, o
total de domicílios sem renda do trabalho cresceu em 1 milhão de unidades, 6,5%
a mais. Por fatores sazonais, como a dispensa de pessoal temporário, o primeiro
trimestre costuma registrar piora do indicador.
Tem
alguma coisa podre! A frase “O Brasil
não é um país sério”, que todos creditam ao general Charles de Gaulle, então
presidente da França, é, na verdade, de autoria do embaixador brasileiro que
atuava durante o conflito chamado “Guerra da Lagosta”. Carlos Alves de Souza
Filho é o verdadeiro autor da frase e esclarece isso em seu livro, escrito em
1979. Mas bem que poderia ser verdadeira a versão que ficou mais popular!
“Tem alguma coisa de podre no reino do Brasil, onde o
presidente pode afirmar que a covid-19 é uma 'gripezinha', um produto da
imaginação histérica dos meios de comunicação”, diz o editorial do jornal Le Monde,
em sua edição impressa de terça-feira (19).
Fazendo referência à famosa frase “há algo de podre no
reino da Dinamarca”, escrita por Shakespeare na tragédia “Hamlet”, o jornal
francês condena com veemência o insano que nos governa. O diário diz que ele
participa de manifestações sem tomar a menor precaução com o distanciamento
social, exorta prefeitos e governadores a abandonar as restrições contra o
coronavírus e finge que a epidemia está acabando no país.
“Ora, em 72 horas, o Brasil ultrapassou 254 mil
diagnósticos e se tornou o 3º país com mais casos de covid-19 no mundo,
superando o Reino Unido, que tem cerca de 250 mil infectados, ficando atrás
apenas dos Estados Unidos e da Rússia”, relata Le Monde.
Para muita gente, o Brasil atravessa uma crise que
lembra as horas mais sombrias da ditadura militar, destaca o editorial. Mas
existe uma diferença importante: “Enquanto no passado os generais reivindicavam
a defesa de uma democracia atacada, o Brasil de Bolsonaro habita um mundo
paralelo, um teatro do absurdo onde os fatos e a realidade não existem mais. Nesse
universo sob tensão, alimentado por calúnias, incoerências e provocações
mortíferas, a opinião se polariza a partir de ideias simplistas, mas falsas”.
O
ex-capitão contra a OMS. Enquanto seu
“amor” ameaça retirar os EUA da Organização Mundial da Saúde (ver matéria no
final do Informativo), o insano brasileiro continua fazendo enfrentamento a
todas as autoridades médicas do planeta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou na
quarta-feira (20) que a hidroxicloroquina não demonstrou ser eficaz no tratamento
contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2). “Nesse momento, a cloroquina e a
hidroxicloroquina não foram identificadas como eficazes para o tratamento da
covid-19. Em vez disso, existem vários estudos que alertam sobre os efeitos
colaterais”, afirmou Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em
Saúde da OMS.
A declaração de Ryan foi momentos depois de o
Ministério da Saúde do Brasil publicou um novo protocolo que orienta o uso do
medicamento em casos leves da covid-19, que já matou cerca de 18 mil pessoas no
país.
Mas o demente informou em sua conta no Twitter a nova
orientação do Ministério da Saúde, e admitiu que o uso do medicamento ainda não
tem comprovação científica.
Uma
triste imagem para o futuro. A OMS
declarou na sexta-feira (22) que a América do Sul se tornou o novo epicentro da
pandemia do coronavírus. "De certa forma, a América do Sul se tornou um
novo epicentro para a doença, vimos muitos países sul-americanos com aumento do
número de casos, e claramente há preocupação em muitos desses países, mas
certamente o mais afetado é o Brasil neste momento", afirmou o diretor do
Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan. E ressaltou que o Brasil é o país
da região mais afetado pela covid-19. Além disso, ele fez um alerta para a
situação no Amazonas.
Após o Ministério da Saúde do Brasil criar um documento
que autoriza o uso da cloroquina para pacientes em casos leves da Covid-19,
desde que haja consentimento do infectado, Ryan voltou a desaconselhar a utilização
do medicamento.
De acordo com o diretor, "as revisões clínicas
sistemáticas atuais realizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e
a evidência clínica atual não apoiam o uso generalizado de hidroxicloroquina
para o tratamento da covid-19 até que ensaios [clínicos] sejam concluídos e nós
tenhamos resultados claros".
Um estudo divulgado nesta sexta-feira mostrou que a
cloroquina não é eficiente contra a covid-19 - e, para piorar, aumenta o risco
de doenças cardíacas.
Quem
financiou a tentativa de golpe na Venezuela? O governo da Venezuela divulgou na segunda-feira (18) conversas do
deputado do partido Ação Democrática Hernán Alemán com o ex-militar venezuelano
Clíver Alcalá Cordones, nas quais eles afirmam que organizações do país
receberam doações de empresas estadunidenses e do Departamento Antidrogas dos
Estados Unidos (DEA) para financiar a tentativa de invasão de 3 de maio.
O ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge
Rodríguez, disse que uma suposta ONG chamada Fundação Futuro Presente está
envolvida com a invasão. Segundo Rodríguez, a associação foi usada como fachada
e era responsável pelo pagamento e logística de grupos mercenários
paramilitares.
Ainda de acordo com o ministro, além de empresas dos EUA
e da DEA, alguns empresários venezuelanos também contribuíram com o
financiamento. Rodríguez disse que tais instituições se beneficiariam de ouro,
petróleo e outros bens à sua disposição, após “eliminar” as autoridades e
forças militares venezuelanas.
Cordones é dissidente militar e deixou o Exército
venezuelano em 2013. Desde então, é acusado de participar em diversos ataques
na Venezuela, inclusive contra o presidente Nicolás Maduro.
Na gravação, o ex-militar afirma que Juan José Rendón,
ex-assessor político do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó e que
admitiu pagar a operação, não “financiou nada”, declarando que o valor do
contrato foi feito por doações.
66
envolvidos em ataque estão presos. O
procurador-geral venezuelano divulgou detalhes das detenções, audiências de
denúncia e avanços realizados pelo Ministério Público no âmbito da
investigação.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab,
informou na quinta-feira que o Ministério Público (MP) prendeu 66 pessoas
envolvidas no ataque armado de 3 de maio, chamado Operação Gideon.
"Entre os capturados em 4 de maio estão dois
americanos presos em flagrante delito, cujos nomes são Luke Alexander Denman
(34) e Airan Seth Berry (41), ambos ex-membros das Forças Especiais dos
EUA", lembrou o oficial. E já sabemos, também, que os campos de treinamento
estão localizados na Colômbia sob a logística de Erkin Javier López Torres,
conhecido como "Doble Rueda".
Além disso, as investigações mostraram que López
"emprestou ao grupo mercenário sua fazenda em La Guajira, Colômbia, perto
de um campo da DEA, onde os barcos partiram para a tentativa de golpe”.
Venezuela
processa o Banco da Inglaterra. O
Banco Central da Venezuela (BCV) entrou com uma ação perante o tribunal
comercial de Londres para exigir judicialmente a entrega de suas reservas de
ouro pelo Banco da Inglaterra, a fim de financiar planos de saúde para combater
a pandemia de Covid-19
Agências de notícias internacionais como Reuters e
Sputnik concordam que a demanda se refere à maior parte dos US $ 1,2 bilhão que
o BCV armazenou no Reino Unido.
O Banco da Inglaterra, além de ditar a política
monetária do Reino Unido, por meio de seu Comitê de Política Monetária, oferece
seus serviços a muitas nações para armazenar ouro. Nesse caso, é evidente que
esse banco central do Reino Unido adia desde 2018 a transferência de 31
toneladas desse metal para o governo revolucionário. Somado a isso, o fato de o
Reino Unido não reconhecer o presidente venezuelano como presidente legítimo do
país.
Os recursos obtidos com a venda de ouro, uma vez
transferidos para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, seriam
utilizados na compra de equipamentos médicos, remédios e alimentos para enfrentar
a emergência do Covid-19 ″ na Venezuela, desde que as medidas coercitivas
impostas Estados Unidos da América (EUA) e a queda nos preços do petróleo
dificultam o uso de outras opções possíveis.
Isolamento social reduz as emissões de
carbono! O confinamento global imposto para combater a pandemia
do COVID-19 atingiu um pico em 7 de abril, uma redução de 17% nas emissões
diárias globais de carbono, para o nível mais baixo desde 2006,
A análise, realizada por uma equipe internacional de
cientistas coordenada por Corinne Le Quéré, da Universidade Inglesa de East
Anglia, alerta, no entanto, que esse efeito positivo "não durará" se
os governos não introduzirem medidas permanentes para reduzir as emissões
nocivas para a atmosfera.
Apesar de o mundo estar caminhando este ano para uma
redução nas emissões entre 4 e 7% em relação a 2019 (dependendo da duração das
restrições), a maior queda anual desde a Segunda Guerra Mundial, isso
dificilmente terá impacto na mudança climática, devido à grande quantidade já
acumulada, alertam os especialistas.
Os cientistas analisaram as restrições impostas em 69
países responsáveis por 97% do total de emissões de CO2 e seu efeito
diário nos principais setores de atividade entre janeiro e abril, em comparação
com os dados de 2019.
As emissões do transporte terrestre representaram quase
metade (43%) da queda, enquanto a geração de energia representou 19%, a
indústria 25% e a aviação 10%.
“A
pior contração desde a Grande Depressão”. Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS),
afirmou na segunda-feira (18) que estudos recentes mostram que, mesmo nas
regiões mais afetadas pelo coronavírus, a proporção da população com anticorpos
não supera os 20%. E na maior parte dos lugares está em menos de 10%. “Em
outras palavras, a maioria da população do mundo segue em uma situação de
suscetibilidade em relação ao vírus. O risco segue elevado e ainda nos resta um
longo caminho a percorrer”.
“Como se pratica o distanciamento social quando se vive
em lares superlotados? Como alguém fica em casa quando tem que trabalhar para
dar de comer a sua família? Como fazer a higiene das mãos quando não se tem
água limpa?”, questiona Adhanom. Para ele, alguns países estão tendo sucesso ao
evitar a transmissão comunitária disseminada, enquanto outros ainda estão
atravessando sua pior fase e, ainda, há os que estejam avaliando como
flexibilizar as restrições para retomar atividades sociais e econômicas.
Ele diz que a OMS compreende plenamente e respeita o
desejo dos países de retomar as atividades, mas alerta que “é precisamente
porque queremos a recuperação mundial mais rápida possível, que instamos os
países que sejam cautelosos. Países que avançam com muita rapidez, sem ter
estabelecido uma base sólida de saúde pública adequada para detectar e suprir a
transmissão, correm um sério risco de afetar a sua própria recuperação”.
“Bilhões de pessoas perderam o emprego. Há muito temor
e incertezas. A economia mundial está sofrendo a pior contração desde a Grande
Depressão. A pandemia expõe quais são os defeitos, as desigualdades, as
injustiças e as contradições do nosso mundo moderno, destacando nossos pontos
fortes e nossos pontos fracos. Apesar do poderio econômico, militar e
tecnológico de muitas nações, este minúsculo vírus está nos dando uma lição de
humildade. O mundo não vai ser o mesmo. Todos sabemos que temos que fazer todo
o possível para evitar que essa experiência se repita. Nosso maior fracasso
seria não aprender com as lições que essa pandemia nos deixou”, afirmou.
O diretor-geral da OMS afirma que a pandemia demonstrou
que se a humanidade quer que haja desenvolvimento, é necessário investir em
saúde. E que a saúde não é nenhum luxo, nem recompensa, nem custo. É uma
necessidade, um investimento. “É o caminho para a segurança, a prosperidade e a
paz”.
Alemanha
pensa em estatizar parte da Lufthansa.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, anunciou na quarta-feira (20) que o
governo em Berlim e a Lufthansa, maior companhia aérea europeia, estão próximos
de chegar a um acordo sobre um pacote de resgate ao grupo que, devido à
pandemia de coronavírus, teve quedas consideráveis em sua receita.
"O governo está mantendo conversas com a empresa e
a Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia). A decisão é esperada
em breve", disse Merkel durante coletiva de imprensa, em Berlim, sobre o
acordo que poderá levar a uma nacionalização parcial do grupo.
Trata-se de um plano de resgate do grupo europeu, que
agrega várias companhias aéreas, no montante de cerca de 9 bilhões de euros.
De acordo com o semanário alemão Spiegel, a grande
coalizão de governo, composta pela União CDU/CSU – da qual faz parte Merkel – e
o Partido Social-Democrata (SPD), pretende estatizar 25% da empresa, mas a
decisão não foi consensual.
O SPD argumentou que o Estado deveria ter voz nas
decisões do grupo, enquanto a CDU estava relutante em relação à ideia de haver
uma influência muito visível do governo. Consta, no entanto, que o ministro alemão
das Finanças, Olaf Scholz (SPD), conseguiu impor seu ponto de vista.
Está planejado um aumento de capital por meio do Fundo
de Estabilização Econômica (WSF) do governo alemão, que lhe dará uma
participação de 20% na Lufthansa – assim como um bônus conversível de 5% mais
uma ação. O WSF pretende exercer o direito de voto associado à posse das ações
apenas em casos excepcionais, como a proteção contra uma aquisição indesejada,
disse a Lufthansa.
Além disso, dois assentos no conselho de administração
da Lufthansa devem ser preenchidos em coordenação com o governo em Berlim,
afirmou a empresa.
Irã diz que dará uma resposta contundente
para Trump! O ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, alertou os
EUA de que seu país responderá com firmeza às tentativas de impedir que os
petroleiros persas naveguem para a Venezuela.
“O Irã não tolerará obstáculos [a seus navios de
petróleo]. Tanto os EUA quanto outros países sabem que não hesitaremos. Se os
obstáculos continuarem ou aumentarem, a resposta do Irã será vigorosa”, afirmou
Hatami em comunicado.
O Irã já bombardeou bases estadunidenses no Iraque em
janeiro passado em retaliação pelo assassinato do general Qasem Soleimaní ,
comandante da força de elite Quds do Corpo Revolucionário da Guarda.
Na semana passada, a agência Reuters publicou uma
mensagem nas redes em que afirmava, com base em declarações de um alto funcionário
da Casa Branca, que Washington está considerando retaliar o Irã por enviar
combustível à Venezuela.
As sanções unilaterais dos EUA impedem qualquer empresa
daquele país ou que opere em seu sistema financeiro de vender gasolina para a
Venezuela e até os componentes necessários para sua preparação.
Essa situação causou uma grave escassez de gasolina na
Venezuela, e até ambulâncias e patrulhas policiais estão economizando para
estocar.
Trump
diz que vai retirar EUA da OMS. Donald
Trump ameaçou retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS) e suspender
indefinidamente as contribuições financeiras de seu país à entidade no prazo de
30 dias, em razão do que considera uma dependência do organismo em relação à
China.
“Se a OMS não se comprometer com melhorias
significativas nos próximos 30 dias, tornarei a suspensão temporária de fundos
à OMS permanente e reconsiderarei a nossa participação na agência”, disse o
presidente em carta enviada ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, compartilhada por ele em seu perfil no Twitter nesta terça-feira
(19).
No documento de quatro páginas, que contém uma série de
reclamações em relação à gestão da pandemia de covid-19 por parte da OMS e da
China, Trump ressalta que seu país já teria iniciado “conversações sobre como
reformar a organização” com o diretor da entidade e disse que “não há tempo a
perder”. Ele criticou o que chamou de “alarmante falta de independência” da OMS
em relação à China e afirmou que uma das reformas sugeridas por Washington era
justamente a desvinculação de Pequim. “A única forma de avançar, para a OMS, é
se realmente for capaz de demonstrar independência em relação à China”, afirma
Trump.
O governo estadunidense já suspendeu temporariamente as
contribuições financeiras para a OMS, desde o dia 14 de abril. Na mesma
ocasião, Trump anunciou que seu país iria conduzir um estudo para “examinar o
papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus”.
A
crise que ronda os EUA. A crise
provocada pela pandemia do novo coronavírus poderá fazer a economia
estadunidense encolher "facilmente" entre 20% e 30% neste trimestre,
afirmou o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome
Powell, no domingo (17).
Os dados mostram que 30 milhões de empregos foram destruídos
na maior economia do mundo, após o fechamento de empresas em meio à crise da
covid-19. "As cifras que conhecemos este trimestre, que termina em junho,
serão muito, muito ruins. Haverá grande diminuição da atividade econômica, um
grande aumento do desemprego", declarou Powell ao programa 60 Minutos, da
CBS.
Embora o desemprego possa alcançar um pico de 20% a
25%, um nível nunca visto desde a década de 1930, Powell disse que o país vai
conseguir evitar outra depressão. "Acho que há uma boa possibilidade de
que haja um crescimento positivo no terceiro trimestre", relativizou,
advertindo, no entanto, que voltar à normalidade pode levar tempo e que os
Estados Unidos não verão uma recuperação completa até a descoberta de uma
vacina contra a doença.
O Fed reduziu a taxa de referência para emprestar
dinheiro e injetou bilhões de dólares no sistema financeiro e em programas
destinados a apoiar pequenas e médias empresas, bem como governos estaduais e
locais.
Para
combater o Covid-19, militarizar tudo?
Teríamos chegado ao ápice da insanidade capitalista neoliberal? Será esse mundo
que espera pelos nossos filhos e netos no futuro?
A Fundação Rockefeller apresentou o "Plano de ação
nacional Covid-19", indicando os "passos necessários para reabrir os
nossos locais de trabalho e a nossa comunidade". No entanto, como aparece
no título, não se trata apenas de medidas de saúde.
O Plano – para o qual contribuíram algumas das
universidades de maior prestígio (Harvard, Yale, Johns Hopkins e outros) –
prefigura um verdadeiro modelo social hierárquico e militarizado.
No topo, o "Conselho de Controle da Pandemia,
análogo ao Conselho de Produção de Guerra que os EUA criaram na Segunda Guerra
Mundial". Seria composto pelos "líderes do mundo dos negócios, do
governo e do mundo académico" (assim enumerados por ordem de importância,
em primeiro lugar, não os representantes do governo, mas os das finanças e da
economia).
Este Conselho Supremo teria o poder de decidir
produções e serviços, com uma autoridade semelhante à conferida ao Presidente
dos EUA em tempo de guerra pela Lei de Produção de Defesa.
A Fundação Rockefeller e os seus parceiros financeiros
ajudarão a criar uma rede para o fornecimento de garantias de crédito e a
assinatura de contratos com fornecedores, ou seja, com grandes empresas
produtoras de medicamentos e equipamentos médicos.
De acordo com o Plano, o "Conselho de Controlo de
Pandemia" também está autorizado a criar um "Corpo de Resposta à
Pandemia": uma força especial (não é por acaso que é denominada
"Corpo" como o dos Marines/Fuzileiros Navais) com uma equipa de 100 a
300 mil componentes. Seriam recrutados entre os voluntários do Peace Corps e
dos Americacorps (oficialmente criados pelo Governo dos EUA para "ajudar
os países em desenvolvimento") e entre os militares da Guarda Nacional.
O "Corpo de Resposta à Pandemia" teria,
sobretudo, a tarefa de controlar a população com técnicas do tipo militar,
através de sistemas de rastreio e identificação digital, nos locais de trabalho
e estudo, nos bairros residenciais, nos locais públicos e de deslocação.
Sistemas deste tipo – recorda a Rockefeller Foundation – são fabricados pela
Apple, Google e Facebook. (Esta é parte da matéria do jornalista Manlio
Dinucci, publicada no jornal Il Manifesto)
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