terça-feira, 26 de maio de 2020

Witzel vê perseguição política, ataca família Bolsonaro e diz que Flavio deveria estar preso

Witzel vê perseguição política, ataca família Bolsonaro e diz que Flavio deveria estar preso






Foto: REUTERS/Adriano Machado
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, fez um pronunciamento no Palácio Laranjeiras na tarde desta terça-feira (26), pouco depois de ser alvo de busca e apreensão numa investigação que apura fraudes na Saúde, envolvendo a contratação da empresa que deveria montar os hospitais da campanha, construídos para combater o avanço da pandemia do novo coronavírus.
A chamada “Operação Placebo” cumpriu 12 mandados, inclusive um no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador fluminense e na casa onde ele morava no Grajaú, antes de se eleger.
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Em tom ríspido, Witzel se disse vítima de “perseguição política” e que a ação da Polícia Federal pode ocorrer com “governadores considerados inimigos” do governo federal.
“Quero manifestar minha absoluta indignação com o ato de violência que o estado democrático de direito sofreu. Eu tenho todo respeito ao ministro Benedito, mas a narrativa que foi levada ao ministro Benedito é fantasiosa. Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção”.
Witzel não poupou críticas à família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que o senador Flávio Bolsonaro, seu filho, já deveria estar preso.
“Ao contrário do que se vê na família do presidente Bolsonaro, a família engaveta inquéritos, vaza informações. O senador Flávio Bolsonaro, com todas as provas que temos contra ele, já devia estar preso. Este sim. A polícia federal deveria fazer o seu trabalho com a mesma serenidade que passou a fazer no Rio de Janeiro porque o presidente acredita que estou perseguindo a família, e ele acredita que a única alternativa é me perseguir politicamente”.
Ao ser questionado sobre a ação que atingiu Witzel, Bolsonaro felicitou a PF pela medida e disse ter ficado sabendo da operação “pela mídia”.
Outrora apoiador de Bolsonaro, o governador afirmou ter a consciência tranquila e prometeu lutar contra o “fascismo” que, segundo ele, está se espalhando pelo Brasil. Witzel afirmou que “não vai permitir que se instale um regime autoritário no país".
Mais cedo, em nota, Witzel negou envolvendo em todas as irregularidades e atacou Bolsonaro: "A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada".
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