terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ex-PM que incitava tortura em aulas para concurso foi expulso da corporação por porte de cocaína

 Ex-PM que incitava tortura em aulas para concurso foi expulso da corporação por porte de cocaína

A escola AlfaCon, em que o ex-capitão Norberto Florindo Júnior confessou ter assassinado até bebês em vídeo-aulas, é a mesma em que Eduardo Bolsonaro disse que bastaria "um cabo e dois soldados" para fechar o STF

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Ex-PM que ficou conhecido por promover atos de tortura e se vangloriava de ter matado mulheres, bebês e suspeitos feridos durante vídeo-aulas na escola de concursos AlfaCon, Norberto Florindo Júnior foi expulso da Polícia Militar de São Paulo após condenação por porte de cocaína em 2009. A informação consta na Apelação Criminal 0056642007 do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.

Florindo Júnior, que atuava como capitão da PM paulista afirmava, entre outros crimes, que virava “satanás” quando fazia policiamento nas ruas. “Nada como uma tortura, bem aplicada, para saber onde está [a droga]. Se você não tortura, deixa comigo, eu faço. Minha consciência é livre e leve e eu sou bom nesse troço, hein?”, diz em um dos vídeos, que foi originalmente divulgado pela Ponte Jornalismo.

A escola de concursos, que tem como um de seus sócios a Somos Educação, empresa controlada pela Kroton, maior grupo privado de educação do Brasil, é a mesma onde Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez palestra durante a campanha de 2018. Na ocasião, o filho de Jair Bolsonaro disse que bastaria “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Recentemente a Alfacon voltou para a timeline das redes sociais com um vídeo no mínimo grotesco. Nele, o professor de Direito Norberto Florindo Júnior critica o fato de que mulheres grávidas não poderem ser transportadas algemadas e conta ter matado bebês em chacinas e que “matava todo mundo”. Outro vídeo que bombou é o então candidato a presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2018, fazendo propaganda e elogiando o cursinho.

Basta agora sabermos qual seria o a destinação do pacote contendo cocaína encontrado no alojamento da Diretoria de Ensino da PM e que estava em posse do então capital da PM.

Sobre a família Bolsonaro, também sem surpresas sempre que seus membros elogiam algum membro das forças de segurança basta investigar que ali tem coisa. Ou preciso lembrar que seu filho Flávio já condecorou por duas vezes o notório matador e miliciano Adriano da Nóbrega?

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