Taxa de transmissão da Covid-19 no país é a maior desde maio, aponta Imperial College
A taxa de transmissão do novo coronavírus voltou a subir no Brasil e já é a maior desde maio, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo Centro de Controle de Epidemias do Imperial College, de Londres.
A taxa passou de 1,10 no último balanço (divulgado em 16 de novembro) para 1,30 nesta semana. Esse é o maior número desde a semana de 24 de maio, quando o índice atingiu 1,31.
Esse índice tem como objetivo indicar para quantas pessoas um paciente infectado consegue transmitir o vírus. Quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa.
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Assim, no momento, um grupo de cem infectados brasileiros transmitem o vírus para outras 130 pessoas, acelerando ainda mais a propagação do novo coronavírus no país.
Até a tarde desta terça-feira, o país registrava 169.569 mortos pela Covid-19. São também 6.090.197 de casos confirmados, segundo o consórcio de veículos de imprensa.
O Brasil teve um aumento de 51% nas mortes em relação à média móvel de óbitos de duas semanas atrás. Segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa, três regiões apresentaram tendência de aceleração na média de mortes: Centro-Oeste (42%), Sudeste (118%) e Sul (19%). Nordeste (-4%) e Norte (11%) tiveram estabilidade.
Onze estados tiveram alta nesta mesma taxa. Outros seis permaneceram estáveis e nove estados e o Distrito Federal registraram queda na média de óbitos.
Contudo, é preciso ressaltar que algumas altas podem ser explicadas pelos problemas com a divulgação dos dados vivido pelo país no início do mês. Há semanas, a plataforma de registro de mortes por Covid-19 do Ministério da Saúde apresentou instabilidade e impossibilitou a inserção de dados na plataforma e-SUS.
Assim, alguns estados ficaram sem divulgar o número de mortes por dias consecutivos. São Paulo, estado mais atingido pela pandemia no país, foi um dos afetados pelo problema técnico.
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