sábado, 27 de fevereiro de 2021

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SÁBADO, 27 DE FEVEREIRO DE 2021

Na Saúde, UTIs lotadas

Diante da falta de coordenação pelo governo federal, medidas locais são protegidas em meio ao pior momento da pandemia de Covid-19

 FOTO: VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL

O Brasil vive o seu momento mais dramático da pandemia do novo coronavírus .

O cenário é apurado de dos números de novos casos e mortes, além da ocupação de leitos de UTI dedicados a pacientes com Covid-19.

De acordo com um estudo da Fiocruz, 11 Estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítica em relação à disponibilidade de leitos, e 13 na zona intermediária. Somente um, no Mato Grosso, aparece fora da zona de alerta.

Os dados foram coletados e tráfego entre 31 de janeiro e 20 de fevereiro, da quinta à sétima semana epidemiológica.

Segundo o pesquisador Daniel Villela, membro do Observatório Fiocruz Covid-19 e coordenador do Programa de Computação Científica da Fiocruz, como aglomerações nas festas de final de ano a explicar a disparada dos casos e mortes. 

“De determinado momento, como as pessoas acharam que estava passando o que se chamou de primeira onda e, da segunda onda, muita gente não levou da mesma forma. Nenhum final do ano vimos as festas, vários eventos, e esse é um dos fatores ”, afirmou Villela em entrevista à CartaCapital .

Para o medico, neurocientista e professor catedrático da Universidade de Duke (EUA) Miguel Nicolelis, o País está à beira do colapso.

“Agora, tudo está explodindo ao mesmo tempo. Isso significa que não tem medicação, não tem como intubar, não vai dar para transferir de uma cidade para outra, não vai ter como transferir para lugar nenhum. A consequência do colapso de saúde é o colapso funerário. Cientistas não olham só o presente, mas olham o futuro, enquanto o político está pensando no hoje, em como resistir à pressão do setor X para não fechar, a despeito das mortes ”, disse em entrevista ao O Globo .

Para ele, não há solução que não passa por um lockdown nacional .


 

Na política, a falta de entendimento

PECs Emergencial e da Imunidade, que seriam votadas nesta semana, são adiadas

 

FOTO: SERGIO LIMA / AFP 

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enfrentaram-se nesta semana com as primeiras duras resistências desde que foram eleitos para os cargo.

No Senado, a ideia era votar o relatório de Marcio Bittar (MDB-AC), que acabaria com os constitucionais para gastos com saúde e educação.

esquerda entrou em campo e foi categórica : 'do jeito que está, a PEC não passa no Senado', afirmou Humberto Costa (PT-PE) a CartaCapital .

O texto era visto pelo governo federal como fundamental para uma renovação do auxílio emergencial, agora com o valor de 250 reais mensais.

Não houve acordo e o relator recuou sobre o fim dos gastos com saúde e educação .

A votação que ocorreria nesta semana, fé marcada para a próxima.

Já na Câmara, o presidente sai derrotado ao tentar levar ao plenário para o PEC da Imunidade ,  que impõe uma série de medidas que restringem o poder de ação do Judiciário contra parlamentares.

Lira afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição não significa uma “blindagem” aos colegas do Parlamento .

O deputado manobrou para que a proposta seguisse sem transitar em qualquer comissão, nem mesmo a de Constituição e Justiça.

No entanto, sem acordo, teve que recuar na sexta-feira 26. Como consequência, se viu obrigado a enviar ao PEC para uma comissão especial.

 


 

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FOTO: REPRODUÇÃO

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