Afastar o demente, já!
O Ministério Público do Brasil pediu, na sexta-feira
(19) ao Tribunal de Contas da União (TCU) a destituição temporária do
presidente Jair Bolsonaro de funções vinculadas aos ministérios da Saúde,
Economia e Casa Civil, por incompetência explícita.
O pedido apresentado ao procurador-geral adjunto do
Ministério Público, Lucas Furtado, também exige que o TCU reconheça a
legitimidade, competência administrativa e autoridade do vice-presidente,
Hamilton Mourão, para indicar os responsáveis pelas
pastas.
Não há prazo para que o tribunal analise o pedido do
Ministério Público Federal de destituição de Bolsonaro.
“Em casos como esse, é nomeado um relator, que pode
decidir sozinho ou encaminhar a petição ao plenário”, afirma o relatório.
O documento enviado ao TCU pede que a destituição do
presidente de extrema direita desses ministérios seja determinada de forma
cautelosa.
Da mesma forma, outros ministros “acabaram por ser
identificados como responsáveis pela inércia e omissão na execução das políticas públicas de saúde no
combate à pandemia Covid-19”, que já causou mais de 300 mil mortes.
Ao portal de notícias G1, o procurador-adjunto explicou
que fundamentou seu pedido no artigo 44 da Lei Orgânica do TCU.
O gado do insano provoca mais tumulto. Xingaram as
vacinas, deram gritos histéricos para as pessoas voltarem logo ao trabalho e
aplaudiram o boicote do insano à luta contra a pandemia
Apoiadores do ex-capitão reformado saíram às ruas no
domingo (14) em algumas capitais brasileiras, entre elas Brasília, Rio, São
Paulo, Campo Grande, Belo Horizonte e Belém para protestar contra as vacinas e
as medidas sanitárias de prevenção e proteção da população, tomadas pelos
governos estaduais diante do agravamento da pandemia de Cocid-19.
Em Copacabana, cerca de 500 ativistas também
protestavam num carro de som em frente à praia contra os governadores, a vacina,
a máscara e todas as medidas de proteção na pandemia.
Fizeram aglomeração e boa parte dos participantes não
usava máscara. Muitos deles, para variar, defenderam o golpe contra a
democracia. Os ataques histéricos pediam também o fechamento do Supremo Tribunal
Federal (STF) e a intervenção militar.
Os grupos eram reduzidos, mas muito barulhentos.
Fizeram buzinaços, atrapalharem o trânsito com carreatas e espalharam o vírus.
Eles gritavam contra o uso de máscaras e a restrição às aglomerações e à movimentação
não essencial das pessoas.
Miséria e insegurança alimentar no Brasil. Enquanto o
Brasil vem batendo recordes seguidos de mortes pela COVID-19, a crise sanitária
desencadeia inúmeras crises para além da saúde nas comunidades mais pobres e
escancara desigualdade social no país.
Uma pesquisa realizada pela Central Única das Favelas
(CUFA), realizada com pessoas de 76 favelas do país, mostrou que cerca de 68%
dos moradores não têm dinheiro para comprar comida. De acordo com o estudo, o
agravamento da fome nas favelas tem como causa o alto índice de desemprego
nestas comunidades.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o diretor executivo da
ONG Ação da Cidadania, Kiko Afonso, afirmou que a pandemia da COVID-19 gera um
impacto nas favelas “absolutamente assustador” e criticou a falta de uma
coordenação nacional no combate à crise sanitária.
De acordo com ele, tem crescido significativamente o
número de pessoas saindo da formalidade “e isso tem aumentado a pobreza cada
vez mais” nas regiões mais carentes. “Quando veio a COVID-19 isso foi muito
mais devastador”, acrescentou.
A pesquisa da Central Única de Favelas mostrou que o
número de refeições diárias das famílias que moram em favelas caiu para 1,9 por
dia. Em agosto de 2020, o índice de refeições por dia era de 2,4 nessas comunidades.
O diretor-executivo da Ação da Cidadania, entidade de
combate à fome no Brasil, observou que a questão da segurança alimentar já vinha
se agravando nos últimos anos e a pandemia da COVID-19 “só piora uma situação
que já estava em descendente”.
Em 2014, o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome,
uma lista de países que têm 5% ou mais da população em segurança alimentar
grave. Em setembro de 2020, o IBGE divulgou uma pesquisa que mostrava que o
Brasil já havia entrado de volta ao Mapa da Fome em 2018.
Lula está novamente no jogo! O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do
Brasil, Edson Fachin, anulou, no dia 8 de março, os quatro processos movidos
contra o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva no Tribunal de Curitiba.
Golpeando severamente o que ficou conhecido como
“Operação Lava Jato”, a resolução de Fachin estabelece basicamente que os
julgamentos e condenações em Curitiba nunca deveriam ter ocorrido naquele
local, já que aquele tribunal só tinha competência sobre os casos que diziam
respeito á corrupção na Petrobras. Algo que nos 4 processos em questão não foi
cumprido. Isso confirmaria a ilegalidade dos julgamentos.
O parecer do juiz concordou com a defesa de Lula, que
vinha afirmando aquela tese há 5 anos. Além disso, a consequência imediata é
que, com isso, Lula recupera seus direitos políticos e pode eventualmente concorrer
à presidência da República em 2022. Exatamente no final de semana anterior à
decisão, estudo de opinião apontou, mais uma vez, como o candidato mais
competitivo para essa eleição, ultrapassando em muito o demente no poder.
No dia 10 de março, Lula quebrou o silêncio público com
um discurso no Sindicato dos Metalúrgicos, onde iniciou sua carreira política e
de onde foi cumprir sentença injusta em Curitiba. Dessa intervenção, algumas
coisas podem ser destacadas: a enorme capacidade de Lula de comunicar ideias
complexas de forma simples; o contraste do período que liderou, onde o Brasil
se tornou a 6ª economia do mundo e um influente ator global versus o momento
atual em que o país é uma espécie de pária mundial, já que o descontrole
premeditado da pandemia colocou a estratégia em risco luta global contra covid-19.
Por fim, referindo-se ao custo pessoal que sofreu - a
perda da esposa, que foi agravada pelas pressões do processo e, já durante a
prisão, a morte do irmão mais velho e de um neto - apontou a incomparabilidade
de seu sofrimento com a tragédia coletiva que o Brasil vive hoje por ter alguém
incapacitado para governar na presidência.
Agora começa o jogo! Quais são os fatores estruturais por trás da decisão
do juiz Edson Fachin? Como está o bloco golpista que possibilitou a presidência
do insano? O que significa a restituição dos direitos políticos a Lula e o que
o PT fará com eles?
Fachin, um dos juízes que mais promoveu Lava Jato
dentro do Tribunal e colaborador da primeira hora do ex-desembargador Sergio
Moro, declarou a incompetência da Justiça do Paraná nos processos triplex do Guarujá,
Atibaia e doações ao Instituto Lula. Segundo Fachin, a 13ª Vara Federal de
Curitiba não era o "tribunal natural" para esses casos. A decisão
poderá ser revertida pelo plenário do STF, e o Ministério Público vai recorrer
da decisão.
Na terça-feira, a Segunda Câmara do STF (o STF é
composto por duas câmaras de cinco juízes cada) declararia a parcialidade de
Moro no julgamento dos processos de Lula e demais atores, o que levaria à
anulação das sentenças de Lava Jato. Enquanto o juiz Gilmar Mendes, também
membro do Supremo Tribunal Federal e confrontado por Moro, havia anunciado uma
suposta “investigação” da Operação Curitiba, o objetivo de Fachin era salvar o
legado golpista de Lava Jato e desviar a atenção de Sergio Moro.
Daí se conclui imediatamente que o STF busca “varrer
para baixo do tapete” a participação direta que teve, junto com os militares e
o regime político, na trajetória extremamente autoritária em que o país se enredou
desde o surgimento da Lava Jato em 2014. A tentativa é frágil de todos os
lados: há muito tempo há evidências claras da arbitrariedade da prisão e
proibição política de Lula em 2018. Supremo Tribunal Federal e “esquadrão” de
Moro, com total apoio do alto comando das Forças Armadas. Eles agiram juntos
para construir a estrutura do regime golpista durante os últimos cinco anos.
Tanto que, até agora, os ministros do STF - que aceitaram sem objeções a
chantagem militar no famoso tweet de Villas Boas- procuram proteger a figura autoritária
e reacionária de Moro, que fez todo o possível para garantir a vitória de
Bolsonaro nas eleições fraudulentas de 2018.
Não passa nem agulha. O demente brasileiro está com o ... tão apertado que
não passa nem agulha! Ele foi um dos primeiros a reconhecer o governo dos
golpistas e agora, vendo o que está acontecendo, disse na terça-feira (16)
estar “preocupado” com a prisão da ex-presidenta Jeanine Áñez por envolvimento
no golpe de Estado que forçou a renúncia do ex-mandatário Evo Morales, em
novembro de 2019.
Agora está dizendo que a prisão da ex-senadora
direitista que deu o golpe de Estado seria “totalmente descabida”. “Nos
preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão,
onde a ex-presidente Jeanine Áñez e outras autoridades foram presas sob a
alegação de participação em golpe, que nos parece totalmente descabida. Esperamos
que a Bolívia mantenha em plena vigência o Estado de Direito e a convivência
democrática”, disse o insano. Mas não disse se o regime que prendeu todos os
políticos que tinham sido eleitos com Evo também se preocupou com a “vigência
do Estado de Direito”.
Juiza boliviana decreta 4 meses de prisão
para a golpista. Mas, por enquanto, a
sentença é só preventiva, para ela não fugir do país durante o julgamento. Já
foi muito difícil de encontrá-la para a prisão porque tinha se escondido dentro
espaço existente em sua cama box.
A juíza boliviana Regina Santa Cruz decretou no domingo
quatro meses de prisão preventiva para a golpista Jeanine Áñez, bem como para
os ex-ministros de fato Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán.
Embora o Ministério Público do país tenha solicitado a
decretação de seis meses durante o andamento da investigação, a juíza Santa
Cruz considerou excessivo o tempo de prisão preventiva.
Áñez e seus colaboradores que lideraram o golpe de 2019
estão sendo investigados por terrorismo, sedição e conspiração. A medida é
tomada porque o jurista Santa Cruz considera que existe um alto risco de Áñez
fugir da Justiça boliviana, pois no momento de sua captura tentou fugir.
Durante a audiência, que durou mais de 10 horas, tanto
Áñez quanto seus ex-ministros Coímbra e Guzmán permaneceram em um escritório da
Força Especial de Combate ao Crime.
“Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez
já foi detida e está atualmente nas mãos da polícia”, anunciou o ministro do
Interior, Carlos Del Castillo, e parabenizou as forças de segurança por seu
“grande trabalho nesta grande e histórica tarefa de dar justiça ao povo
boliviano”. Álvaro Coímbra, ex-ministro da Justiça, e Rodrigo Guzmán, da
Energia, também foram presos.
A verdade é que o caso judicial apenas toca nos crimes
cometidos para derrubar o governo constitucional e tomar o poder. Não leva em
consideração que essas figuras autoproclamadas, com o apoio da OEA e dos EUA,
foram responsáveis por todo tipo de abusos contra a lei e o povo
boliviano, com o único propósito de
reimpor um oligárquico, racista, Estado corrupto e incondicionalmente
submerso, os ditames de Washington e a pilhagem das transnacionais de mineração
e energia.
Washington não desiste. A Casa Branca não vai dar descanso para o governo
democrático e eleito da Bolívia! O secretário-geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Luis Almagro, buscar reavivar “o caminho da violência e da
confrontação” no país e que as ações do órgão de Justiça “não ficarão impunes”.
Em nota emitida pela chancelaria boliviana na noite de
terça-feira (16), o país destacou as últimas declarações de Almagro sobre a
prisão da golpista Jeanine Áñez e lembrou do papel da OEA no golpe de 2019 que
forçou a renúncia de Evo Morales.
As declarações vêm após o secretário-geral da OEA emitir
um comunicado classificando os processos contra os participantes do golpe como “abuso
de mecanismos judiciais” e pedindo a libertação de Áñez e “de todos os detidos
nos marcos desse contexto”.
Também na terça-feira (16), o governo mexicano pediu
que Almagro interrompa sua nova ingerência nos assuntos interno da Bolívia e
evite a confrontação com o governo de Luis Arce.
“Fazemos um chamado ao secretário-geral da OEA para se
portar de acordo com sua funções, fomentando o diálogo, o consenso e a solução
pacífica das controvérsias no hemisfério e não polarizando”, disse Efraín
Guadarrama, diretor-geral de Organismos e Mecanismos Regionais Americanos do
Ministério das Relações Exteriores do México.
Segundo turno no Equador. Os concorrentes do segundo turno das eleições gerais
no Equador iniciaram neste final de semana a campanha eleitoral em busca de
votos que lhes permitam chegar à presidência e à vice-presidência da República
até 2025.
Os adversários na votação, marcada para 11 de abril,
são Andrés Arauz, da coalizão progressista Unión por la Esperanza (UNES); e
Guillermo Lasso, pela aliança de centro-direita CREO-Partido Social Cristiano
(PSC).
Caravanas e caminhadas serão as atividades iniciais
tanto dos presidentes como de seus companheiros, que disputam os cargos de
vice-presidente Carlos Rabascall (UNES) e Alfredo Borrero (CREO-PSC).
Embora os rivais não tenham deixado de se reunir com
organizações e grupos sociais e políticos, o empurrão final começa agora e vai
até 8 de abril, três dias antes da votação.
De acordo com o fundo aprovado pelo Conselho Nacional
Eleitoral (CNE), as seleções presidenciais poderão gastar até 2,09 milhões de
dólares em suas atividades de campanha, além de 562 mil 164 em promoção
financiada pelo Estado na mídia e em outdoors.
Com um total de 10,6 milhões de eleitores que
compareceram às urnas no primeiro turno, dia 7 de fevereiro, Arauz alcançou
então o apoio de três milhões 33 mil 871 eleitores e Lasso foi favorecido por
um milhão 830 mil 172 cidadãos.
Com este cenário, ambos têm 24 dias para tentar atrair
quem não os apoiou e nesse sentido terão um árduo trabalho com parte do setor
indígena, cujas lideranças pedem o voto nulo, considerando que houve fraude
contra o candidato presidencial Yaku Pérez, que participou do pleito pelo Pachakutik
e terminou em terceiro lugar.
Quatro anos de destruição do país. Em 2 de abril de 2017, o candidato Lenín Moreno foi
proclamado vencedor do segundo turno das eleições presidenciais. Moreno obteve
a presidência após campanha baseada em um plano de governo de cunho social,
prometendo a continuidade do bem-estar e a institucionalização dos anos de
governo Rafael Correa. À sua frente, como candidato da oposição da direita
reacionária, estava Guillermo Lasso, representando a linha dura neoliberal.
Terminada a eleição, Lasso foi aliado permanente de Moreno durante seu mandato
e propõe agora um programa de governo claramente neoliberal.
Passados quatro
anos, aproxima-se o fim do mandato de Moreno e o balanço de sua gestão mostra
que, longe de concretizar sua proposta original, efetivamente votada pelo povo
equatoriano, o governo Moreno desenvolveu as propostas do programa de Guillermo
Lasso. Moreno implantou assim um “neoliberalismo de surpresa”, subvertendo o
mandato representativo para se colocar a serviço de uma minoria que, na
realidade, havia votado em Guillermo Lasso.
Para demonstrar essa afirmação, é fundamental relembrar
o cenário econômico-social em que foram convocadas as eleições de 2017. O
Equador em 2017 enfrentou as eleições em um ambiente socioeconômico que havia
experimentado uma década de melhoria progressiva. Entre 2006 e 2016, cerca de
1,5 milhão de pessoas deixaram de ser pobres e a pobreza extrema foi reduzida à
metade (cerca de 900 mil pessoas deixaram de ser pobres). A pobreza
multidimensional entre 2009 e 2016 caiu de 27,2 para 16,9; a diferença entre a
renda dos 10% mais ricos da população e dos 10% mais pobres caiu de 36,4 vezes
para 24,3. Em termos trabalhistas, o país reduziu o emprego informal em 17
pontos e teve o menor índice de desemprego da América Latina, com um aumento de
quase 2 milhões de pessoas filiadas ao IESS. De acordo com os dados de 2016, a
renda familiar mensal do domicílio cobria 95,7% da cesta básica. Além disso, em
termos de emprego público, pode-se falar em multiplicação por dois do número de
empregados em áreas fundamentais como saúde e educação, com salários dignos.
Durante seus anos no cargo, Moreno colocou 1,87 milhão
de pessoas na pobreza, um número maior do que o número de pessoas que
conseguiram deixar o cargo em dez anos. O mesmo acontece com a extrema pobreza,
entre 2016 e 2019 mais de 98 mil pessoas voltaram a essa situação. Se somarmos
os incorporados no ano pandêmico de 2020, temos um total de 1,17 milhão de
pessoas vivendo em extrema pobreza. O flagelo do trabalho infantil voltou a ser
um problema premente no Equador e em 2019 já era de 8,9%; o nível mais alto observado
entre 2007 e 2019. Na mesma linha, a pobreza multidimensional nas áreas rurais
aumentou quase 11 pontos: 7 em cada 10 pessoas são pobres em dimensões não de
renda, mas também de educação, saúde, seguridade social e superlotação. Além
disso, se em 2019 10 dos 14 indicadores de pobreza se deterioraram, em 2020
todos pioraram.
Washington reconhece a derrota? É estranho, mas o chefe do Comando Sul dos EUA, Craig
Faller, admitiu que se tentou “destruir a economia venezuelana”.
Craig S. Faller, reconheceu na quarta-feira durante uma
apresentação perante a Comissão de Serviços Armados do Senado, que o governo
venezuelano continua forte e estável com o apoio de seus aliados.
“O presidente venezuelano Nicolás Maduro continua no
poder com o apoio de Cuba, Rússia, Irã e China”, acrescentou o alto funcionário,
referindo-se a essas quatro nações como as principais aliadas do país
sul-americano.
Ao mesmo tempo, Faller admitiu que o governo dos
Estados Unidos impôs pesadas sanções “ao país bolivariano para perseguir a
destruição da economia venezuelana”.
Paraguaios continuam mobilizados. Uma nova onda
de protestos foi registrada no Paraguai na noite de quarta-feira (17) após a
Câmara dos Deputados arquivar um pedido de abertura de impeachment contra o presidente
Mario Abdo Benítez e seu vice, Hugo Velázquez. Manifestantes chegaram a
incendiar a sede do Partido Colorado, do qual o mandatário é filiado, na
capital Assunção.
Atos já haviam sido registrados em frente ao prédio do
Congresso, onde ocorria a votação. Após o resultado, os manifestantes marcharam
pelas ruas da capital e foram reprimidos pela Polícia Nacional.
O incêndio na sede dos colorados foi controlado e não
há registro de feridos. Desde o dia 5 de março, milhares de paraguaios têm ido
às ruas para protestar contra a má gestão da pandemia por parte do governo e
exigir a renúncia Abdo Benítez.
Partido de Merkel sofre primeira derrota. O partido conservador da chanceler alemã Angela Merkel
sofreu extensas derrotas em duas eleições regionais no domingo, de acordo com
as pesquisas.
Verdes e social-democratas prevaleceram nas eleições
regionais de dois estados federais alemães às custas dos conservadores, que
sofreram uma queda acentuada nos votos seis meses antes das eleições gerais que
marcarão a retirada da chanceler Merkel.
Os Verdes venceram em Baden-Württemberg, com 31,5% dos
votos, e o Partido Social Democrata (SPD) venceu na Renânia do Palatinado, com
33,5%, enquanto a União Democrática Cristã (CDU) de Merkel obteve 23% e 25,6%,
respectivamente,
Esta é a primeira data de uma série de eleições
regionais até as eleições federais de setembro, marcadas pela ausência de Merkel
como candidata pela primeira vez desde 2005. "Teríamos gostado de um
resultado melhor", disse o Secretário-Geral da CDU, Paul Ziemiak.
França vai parar por um mês. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou um
novo lockdown de um mês em 16 áreas do país, incluindo Paris e seus subúrbios,
para combater “o que aparenta ser uma terceira onda” da epidemia de
coronavírus. O comércio não essencial ficará fechado nas próximas quatro semanas,
à exceção de livrarias. Mas as escolas permanecem abertas, com algumas
restrições nas classes do ensino médio. As medidas entram em vigor à meia-noite
de sexta-feira (19/03).
Ao todo, 21 milhões de franceses são afetados pelas medidas
adicionais que buscam frear o avanço da pandemia. Os habitantes dos 16
departamentos administrativos franceses afetados pelo lockdown estão proibidos
de viajar para outras áreas do território nas próximas quatro semanas. Eles só
poderão circular em um raio de 10 quilômetros de distância do domicílio, sem
limite de tempo. Mas, quando saírem de casa, terão de preencher um atestado
para notificar a razão do deslocamento. Parques e jardins ficarão abertos, o
que não aconteceu durante o primeiro confinamento, em março do ano passado.
O toque de recolher nacional é mantido diariamente das
19h às 6h, e não mais às 18h, devido à mudança próxima para o horário de verão
(os relógios serão adiantados em 1h no último fim de semana de março). As
empresas terão de respeitar quatro dias de home office para todos os empregados
de setores não essenciais.
Índia para contra privatização dos bancos. O Fórum de Unidade dos Sindicatos Bancários da Índia
convocou uma greve nacional contra a privatização de bancos públicos, na segunda-feira
(15). Cerca de 1 milhão de trabalhadores já aderiram à paralisação que deve se
manter por tempo indeterminado.
Os bancários rejeitam a proposta da ministra de Finanças,
Nirmala Sitharaman, de privatizar bancos públicos como parte do plano de
desinvestimento do governo conservador de Narendra Modi.
Os sindicatos denunciam que a medida, anunciada em fevereiro
com o orçamento público de 2021-2022, irá gerar desemprego e aumentar o
endividamento das pessoas que possuem financiamentos em bancos públicos.
O governo já privatizou o Banco de Desenvolvimento
Industrial da Índia (IDBI, na sigla em inglês) com a venda de sua participação
majoritária a seguradora Life Insurance Corporation Of India (Corporação de Seguro
de Vida da Índia), em 2019, e fundiu 14 bancos do setor público nos últimos quatro
anos.
Em dois dias de paralisação, o Fórum de Unidade dos
Sindicatos estima que dois milhões de cheques não foram processados nas três
redes bancárias nacionais: Chennai, Mumbai e Délhi.
Dirigentes sindicais ressaltam que todos os bancos
públicos continuaram obtendo lucro, mesmo durante a pandemia, o que enfraquece
o argumento para sua venda.
O líder opositor Rahul Gandhi, acusou o governo de “privatizar
o lucro” e “nacionalizar o prejuízo”, buscando favorecer empresários aliados de
Modi nas privatizações de empresas púbicas.
Mais provocação. Marinha dos EUA envia para o mar Negro seu segundo
navio de guerra – o destroier USS Thomas Hudner, informa a 6ª Frota dos EUA.
“Segundo navio da Marinha dos EUA – USS Thomas Hudner –
iniciou neste sábado sua passagem em direção ao norte para o mar Negro a fim de
realizar operações de segurança marítima na região. Navios e aeronaves da
Marinha dos EUA operam rotineiramente no mar Negro em apoio a nossos aliados e
parceiros da OTAN!”, aponta comunicado.
Vale destacar que na sexta-feira (19) o destroier estadunidense
USS Monterey entrou no mar Negro, nota o Centro Nacional de Gerenciamento de
Defesa da Federação da Rússia. As forças e meios da Frota do Mar Negro
iniciaram o monitoramento das ações dos EUA.
Em 10 de fevereiro, a 6ª Frota dos EUA relatou manobras
navais conjuntas com a Turquia no mar Negro com a participação de um destroier
e duas aeronaves de reconhecimento.
Nova “guerra fria”? A Rússia sempre acredita em uma melhora nas relações
bilaterais com os EUA, mas se prepara para o pior, declarou o porta-voz do
presidente da Rússia, Dmitry Peskov, ao ser questionado por repórter sobre uma
possível “guerra fria”.
Anteriormente, o presidente estadunidense Joe Biden
afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, era um “assassino” e prometeu
que o presidente russo “pagaria” por uma suposta interferência nas eleições
presidenciais dos EUA em 2020.
Em resposta às declarações, Vladimir Putin afirmou que
cada um vê na outra pessoa aquilo que vê quando se olha no espelho. Posteriormente,
a Casa Branca declarou que Biden e Putin já haviam conversado e que os EUA
manteriam contato com a liderança russa.
Na quinta-feira (18), Biden, depois de um discurso na
Casa Branca, recusou-se a responder à questão de um jornalista se ele aceitaria
conversar com Putin.
Biden não respondeu, ainda. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu hoje
que a ausência de resposta à proposta do presidente russo Vladimir Putin de
manter um diálogo aberto com seu homólogo Joseph Biden pode ser considerada
negativa.
“Foi feito um pedido, ou há uma resposta ou não há
resposta. A falta de resposta é, em geral, uma rejeição da referida comunicação”,
disse o assessor de imprensa da Presidência russa em declarações aos jornalistas.
A Casa Branca ainda não aceitou a proposta de organizar
um diálogo ao vivo, via Internet, entre os presidentes da Rússia e dos EUA.
Sua porta-voz, Jen Psaki, disse que Biden estará em
viagem de negócios à Geórgia nesta sexta-feira e, portanto, é improvável que um
diálogo com Putin possa ser arranjado para este dia.
Peskov esclareceu que isso significa que a conversa não
pode ser hoje, mas pode acontecer na segunda-feira, o outro horário sugerido
pelo presidente Putin. Ele acrescentou que poderia ser qualquer momento conveniente
para o presidente dos Estados Unidos.
Comentando os termos do “diálogo aberto”, se será uma
transmissão ao vivo e os jornalistas poderão acompanhar o andamento da
conversa, o secretário de imprensa da presidência respondeu que “ainda não há
detalhes”.
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