sábado, 20 de março de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

Afastar o demente, já!

O Ministério Público do Brasil pediu, na sexta-feira (19) ao Tribunal de Contas da União (TCU) a destituição temporária do presidente Jair Bolsonaro de funções vinculadas aos ministérios da Saúde, Economia e Casa Civil, por incompetência explícita.

O pedido apresentado ao procurador-geral adjunto do Ministério Público, Lucas Furtado, também exige que o TCU reconheça a legitimidade, competência administrativa e autoridade do vice-presidente, Hamilton Mourão, para indicar os responsáveis ​​pelas pastas.

Não há prazo para que o tribunal analise o pedido do Ministério Público Federal de destituição de Bolsonaro.

“Em casos como esse, é nomeado um relator, que pode decidir sozinho ou encaminhar a petição ao plenário”, afirma o relatório.

O documento enviado ao TCU pede que a destituição do presidente de extrema direita desses ministérios seja determinada de forma cautelosa.

Da mesma forma, outros ministros “acabaram por ser identificados como responsáveis ​​pela inércia e omissão na execução das políticas públicas de saúde no combate à pandemia Covid-19”, que já causou mais de 300 mil mortes.

Ao portal de notícias G1, o procurador-adjunto explicou que fundamentou seu pedido no artigo 44 da Lei Orgânica do TCU.

O gado do insano provoca mais tumulto. Xingaram as vacinas, deram gritos histéricos para as pessoas voltarem logo ao trabalho e aplaudiram o boicote do insano à luta contra a pandemia

Apoiadores do ex-capitão reformado saíram às ruas no domingo (14) em algumas capitais brasileiras, entre elas Brasília, Rio, São Paulo, Campo Grande, Belo Horizonte e Belém para protestar contra as vacinas e as medidas sanitárias de prevenção e proteção da população, tomadas pelos governos estaduais diante do agravamento da pandemia de Cocid-19.

Em Copacabana, cerca de 500 ativistas também protestavam num carro de som em frente à praia contra os governadores, a vacina, a máscara e todas as medidas de proteção na pandemia.

Fizeram aglomeração e boa parte dos participantes não usava máscara. Muitos deles, para variar, defenderam o golpe contra a democracia. Os ataques histéricos pediam também o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a intervenção militar.

Os grupos eram reduzidos, mas muito barulhentos. Fizeram buzinaços, atrapalharem o trânsito com carreatas e espalharam o vírus. Eles gritavam contra o uso de máscaras e a restrição às aglomerações e à movimentação não essencial das pessoas.

Miséria e insegurança alimentar no Brasil. Enquanto o Brasil vem batendo recordes seguidos de mortes pela COVID-19, a crise sanitária desencadeia inúmeras crises para além da saúde nas comunidades mais pobres e escancara desigualdade social no país.

Uma pesquisa realizada pela Central Única das Favelas (CUFA), realizada com pessoas de 76 favelas do país, mostrou que cerca de 68% dos moradores não têm dinheiro para comprar comida. De acordo com o estudo, o agravamento da fome nas favelas tem como causa o alto índice de desemprego nestas comunidades.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o diretor executivo da ONG Ação da Cidadania, Kiko Afonso, afirmou que a pandemia da COVID-19 gera um impacto nas favelas “absolutamente assustador” e criticou a falta de uma coordenação nacional no combate à crise sanitária.

De acordo com ele, tem crescido significativamente o número de pessoas saindo da formalidade “e isso tem aumentado a pobreza cada vez mais” nas regiões mais carentes. “Quando veio a COVID-19 isso foi muito mais devastador”, acrescentou.

A pesquisa da Central Única de Favelas mostrou que o número de refeições diárias das famílias que moram em favelas caiu para 1,9 por dia. Em agosto de 2020, o índice de refeições por dia era de 2,4 nessas comunidades.

O diretor-executivo da Ação da Cidadania, entidade de combate à fome no Brasil, observou que a questão da segurança alimentar já vinha se agravando nos últimos anos e a pandemia da COVID-19 “só piora uma situação que já estava em descendente”.

Em 2014, o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome, uma lista de países que têm 5% ou mais da população em segurança alimentar grave. Em setembro de 2020, o IBGE divulgou uma pesquisa que mostrava que o Brasil já havia entrado de volta ao Mapa da Fome em 2018.

Lula está novamente no jogo! O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Edson Fachin, anulou, no dia 8 de março, os quatro processos movidos contra o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva no Tribunal de Curitiba.

Golpeando severamente o que ficou conhecido como “Operação Lava Jato”, a resolução de Fachin estabelece basicamente que os julgamentos e condenações em Curitiba nunca deveriam ter ocorrido naquele local, já que aquele tribunal só tinha competência sobre os casos que diziam respeito á corrupção na Petrobras. Algo que nos 4 processos em questão não foi cumprido. Isso confirmaria a ilegalidade dos julgamentos.

O parecer do juiz concordou com a defesa de Lula, que vinha afirmando aquela tese há 5 anos. Além disso, a consequência imediata é que, com isso, Lula recupera seus direitos políticos e pode eventualmente concorrer à presidência da República em 2022. Exatamente no final de semana anterior à decisão, estudo de opinião apontou, mais uma vez, como o candidato mais competitivo para essa eleição, ultrapassando em muito o demente no poder.

No dia 10 de março, Lula quebrou o silêncio público com um discurso no Sindicato dos Metalúrgicos, onde iniciou sua carreira política e de onde foi cumprir sentença injusta em Curitiba. Dessa intervenção, algumas coisas podem ser destacadas: a enorme capacidade de Lula de comunicar ideias complexas de forma simples; o contraste do período que liderou, onde o Brasil se tornou a 6ª economia do mundo e um influente ator global versus o momento atual em que o país é uma espécie de pária mundial, já que o descontrole premeditado da pandemia colocou a estratégia em risco luta global contra covid-19.

Por fim, referindo-se ao custo pessoal que sofreu - a perda da esposa, que foi agravada pelas pressões do processo e, já durante a prisão, a morte do irmão mais velho e de um neto - apontou a incomparabilidade de seu sofrimento com a tragédia coletiva que o Brasil vive hoje por ter alguém incapacitado para governar na presidência.

Agora começa o jogo! Quais são os fatores estruturais por trás da decisão do juiz Edson Fachin? Como está o bloco golpista que possibilitou a presidência do insano? O que significa a restituição dos direitos políticos a Lula e o que o PT fará com eles?

Fachin, um dos juízes que mais promoveu Lava Jato dentro do Tribunal e colaborador da primeira hora do ex-desembargador Sergio Moro, declarou a incompetência da Justiça do Paraná nos processos triplex do Guarujá, Atibaia e doações ao Instituto Lula. Segundo Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba não era o "tribunal natural" para esses casos. A decisão poderá ser revertida pelo plenário do STF, e o Ministério Público vai recorrer da decisão.

Na terça-feira, a Segunda Câmara do STF (o STF é composto por duas câmaras de cinco juízes cada) declararia a parcialidade de Moro no julgamento dos processos de Lula e demais atores, o que levaria à anulação das sentenças de Lava Jato. Enquanto o juiz Gilmar Mendes, também membro do Supremo Tribunal Federal e confrontado por Moro, havia anunciado uma suposta “investigação” da Operação Curitiba, o objetivo de Fachin era salvar o legado golpista de Lava Jato e desviar a atenção de Sergio Moro.

Daí se conclui imediatamente que o STF busca “varrer para baixo do tapete” a participação direta que teve, junto com os militares e o regime político, na trajetória extremamente autoritária em que o país se enredou desde o surgimento da Lava Jato em 2014. A tentativa é frágil de todos os lados: há muito tempo há evidências claras da arbitrariedade da prisão e proibição política de Lula em 2018. Supremo Tribunal Federal e “esquadrão” de Moro, com total apoio do alto comando das Forças Armadas. Eles agiram juntos para construir a estrutura do regime golpista durante os últimos cinco anos. Tanto que, até agora, os ministros do STF - que aceitaram sem objeções a chantagem militar no famoso tweet de Villas Boas- procuram proteger a figura autoritária e reacionária de Moro, que fez todo o possível para garantir a vitória de Bolsonaro nas eleições fraudulentas de 2018.

Não passa nem agulha. O demente brasileiro está com o ... tão apertado que não passa nem agulha! Ele foi um dos primeiros a reconhecer o governo dos golpistas e agora, vendo o que está acontecendo, disse na terça-feira (16) estar “preocupado” com a prisão da ex-presidenta Jeanine Áñez por envolvimento no golpe de Estado que forçou a renúncia do ex-mandatário Evo Morales, em novembro de 2019.

Agora está dizendo que a prisão da ex-senadora direitista que deu o golpe de Estado seria “totalmente descabida”. “Nos preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente Jeanine Áñez e outras autoridades foram presas sob a alegação de participação em golpe, que nos parece totalmente descabida. Esperamos que a Bolívia mantenha em plena vigência o Estado de Direito e a convivência democrática”, disse o insano. Mas não disse se o regime que prendeu todos os políticos que tinham sido eleitos com Evo também se preocupou com a “vigência do Estado de Direito”.

Juiza boliviana decreta 4 meses de prisão para a golpista. Mas, por enquanto, a sentença é só preventiva, para ela não fugir do país durante o julgamento. Já foi muito difícil de encontrá-la para a prisão porque tinha se escondido dentro espaço existente em sua cama box.

A juíza boliviana Regina Santa Cruz decretou no domingo quatro meses de prisão preventiva para a golpista Jeanine Áñez, bem como para os ex-ministros de fato Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán.

Embora o Ministério Público do país tenha solicitado a decretação de seis meses durante o andamento da investigação, a juíza Santa Cruz considerou excessivo o tempo de prisão preventiva.

Áñez e seus colaboradores que lideraram o golpe de 2019 estão sendo investigados por terrorismo, sedição e conspiração. A medida é tomada porque o jurista Santa Cruz considera que existe um alto risco de Áñez fugir da Justiça boliviana, pois no momento de sua captura tentou fugir.

Durante a audiência, que durou mais de 10 horas, tanto Áñez quanto seus ex-ministros Coímbra e Guzmán permaneceram em um escritório da Força Especial de Combate ao Crime.

“Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos da polícia”, anunciou o ministro do Interior, Carlos Del Castillo, e parabenizou as forças de segurança por seu “grande trabalho nesta grande e histórica tarefa de dar justiça ao povo boliviano”. Álvaro Coímbra, ex-ministro da Justiça, e Rodrigo Guzmán, da Energia, também foram presos.

A verdade é que o caso judicial apenas toca nos crimes cometidos para derrubar o governo constitucional e tomar o poder. Não leva em consideração que essas figuras autoproclamadas, com o apoio da OEA e dos EUA, foram responsáveis ​​por todo tipo de abusos contra a lei e o povo boliviano, com o único propósito de reimpor um oligárquico, racista, Estado corrupto e incondicionalmente submerso, os ditames de Washington e a pilhagem das transnacionais de mineração e energia.

Washington não desiste. A Casa Branca não vai dar descanso para o governo democrático e eleito da Bolívia! O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, buscar reavivar “o caminho da violência e da confrontação” no país e que as ações do órgão de Justiça “não ficarão impunes”.

Em nota emitida pela chancelaria boliviana na noite de terça-feira (16), o país destacou as últimas declarações de Almagro sobre a prisão da golpista Jeanine Áñez e lembrou do papel da OEA no golpe de 2019 que forçou a renúncia de Evo Morales.

As declarações vêm após o secretário-geral da OEA emitir um comunicado classificando os processos contra os participantes do golpe como “abuso de mecanismos judiciais” e pedindo a libertação de Áñez e “de todos os detidos nos marcos desse contexto”.

Também na terça-feira (16), o governo mexicano pediu que Almagro interrompa sua nova ingerência nos assuntos interno da Bolívia e evite a confrontação com o governo de Luis Arce.

“Fazemos um chamado ao secretário-geral da OEA para se portar de acordo com sua funções, fomentando o diálogo, o consenso e a solução pacífica das controvérsias no hemisfério e não polarizando”, disse Efraín Guadarrama, diretor-geral de Organismos e Mecanismos Regionais Americanos do Ministério das Relações Exteriores do México.

Segundo turno no Equador. Os concorrentes do segundo turno das eleições gerais no Equador iniciaram neste final de semana a campanha eleitoral em busca de votos que lhes permitam chegar à presidência e à vice-presidência da República até 2025.

Os adversários na votação, marcada para 11 de abril, são Andrés Arauz, da coalizão progressista Unión por la Esperanza (UNES); e Guillermo Lasso, pela aliança de centro-direita CREO-Partido Social Cristiano (PSC).

Caravanas e caminhadas serão as atividades iniciais tanto dos presidentes como de seus companheiros, que disputam os cargos de vice-presidente Carlos Rabascall (UNES) e Alfredo Borrero (CREO-PSC).

Embora os rivais não tenham deixado de se reunir com organizações e grupos sociais e políticos, o empurrão final começa agora e vai até 8 de abril, três dias antes da votação.

De acordo com o fundo aprovado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as seleções presidenciais poderão gastar até 2,09 milhões de dólares em suas atividades de campanha, além de 562 mil 164 em promoção financiada pelo Estado na mídia e em outdoors.

Com um total de 10,6 milhões de eleitores que compareceram às urnas no primeiro turno, dia 7 de fevereiro, Arauz alcançou então o apoio de três milhões 33 mil 871 eleitores e Lasso foi favorecido por um milhão 830 mil 172 cidadãos.

Com este cenário, ambos têm 24 dias para tentar atrair quem não os apoiou e nesse sentido terão um árduo trabalho com parte do setor indígena, cujas lideranças pedem o voto nulo, considerando que houve fraude contra o candidato presidencial Yaku Pérez, que participou do pleito pelo Pachakutik e terminou em terceiro lugar.

Quatro anos de destruição do país. Em 2 de abril de 2017, o candidato Lenín Moreno foi proclamado vencedor do segundo turno das eleições presidenciais. Moreno obteve a presidência após campanha baseada em um plano de governo de cunho social, prometendo a continuidade do bem-estar e a institucionalização dos anos de governo Rafael Correa. À sua frente, como candidato da oposição da direita reacionária, estava Guillermo Lasso, representando a linha dura neoliberal. Terminada a eleição, Lasso foi aliado permanente de Moreno durante seu mandato e propõe agora um programa de governo claramente neoliberal.

Passados ​​quatro anos, aproxima-se o fim do mandato de Moreno e o balanço de sua gestão mostra que, longe de concretizar sua proposta original, efetivamente votada pelo povo equatoriano, o governo Moreno desenvolveu as propostas do programa de Guillermo Lasso. Moreno implantou assim um “neoliberalismo de surpresa”, subvertendo o mandato representativo para se colocar a serviço de uma minoria que, na realidade, havia votado em Guillermo Lasso.

Para demonstrar essa afirmação, é fundamental relembrar o cenário econômico-social em que foram convocadas as eleições de 2017. O Equador em 2017 enfrentou as eleições em um ambiente socioeconômico que havia experimentado uma década de melhoria progressiva. Entre 2006 e 2016, cerca de 1,5 milhão de pessoas deixaram de ser pobres e a pobreza extrema foi reduzida à metade (cerca de 900 mil pessoas deixaram de ser pobres). A pobreza multidimensional entre 2009 e 2016 caiu de 27,2 para 16,9; a diferença entre a renda dos 10% mais ricos da população e dos 10% mais pobres caiu de 36,4 vezes para 24,3. Em termos trabalhistas, o país reduziu o emprego informal em 17 pontos e teve o menor índice de desemprego da América Latina, com um aumento de quase 2 milhões de pessoas filiadas ao IESS. De acordo com os dados de 2016, a renda familiar mensal do domicílio cobria 95,7% da cesta básica. Além disso, em termos de emprego público, pode-se falar em multiplicação por dois do número de empregados em áreas fundamentais como saúde e educação, com salários dignos.

Durante seus anos no cargo, Moreno colocou 1,87 milhão de pessoas na pobreza, um número maior do que o número de pessoas que conseguiram deixar o cargo em dez anos. O mesmo acontece com a extrema pobreza, entre 2016 e 2019 mais de 98 mil pessoas voltaram a essa situação. Se somarmos os incorporados no ano pandêmico de 2020, temos um total de 1,17 milhão de pessoas vivendo em extrema pobreza. O flagelo do trabalho infantil voltou a ser um problema premente no Equador e em 2019 já era de 8,9%; o nível mais alto observado entre 2007 e 2019. Na mesma linha, a pobreza multidimensional nas áreas rurais aumentou quase 11 pontos: 7 em cada 10 pessoas são pobres em dimensões não de renda, mas também de educação, saúde, seguridade social e superlotação. Além disso, se em 2019 10 dos 14 indicadores de pobreza se deterioraram, em 2020 todos pioraram.

Washington reconhece a derrota? É estranho, mas o chefe do Comando Sul dos EUA, Craig Faller, admitiu que se tentou “destruir a economia venezuelana”.

Craig S. Faller, reconheceu na quarta-feira durante uma apresentação perante a Comissão de Serviços Armados do Senado, que o governo venezuelano continua forte e estável com o apoio de seus aliados.

“O presidente venezuelano Nicolás Maduro continua no poder com o apoio de Cuba, Rússia, Irã e China”, acrescentou o alto funcionário, referindo-se a essas quatro nações como as principais aliadas do país sul-americano.

Ao mesmo tempo, Faller admitiu que o governo dos Estados Unidos impôs pesadas sanções “ao país bolivariano para perseguir a destruição da economia venezuelana”.

Paraguaios continuam mobilizados. Uma nova onda de protestos foi registrada no Paraguai na noite de quarta-feira (17) após a Câmara dos Deputados arquivar um pedido de abertura de impeachment contra o presidente Mario Abdo Benítez e seu vice, Hugo Velázquez. Manifestantes chegaram a incendiar a sede do Partido Colorado, do qual o mandatário é filiado, na capital Assunção.

Atos já haviam sido registrados em frente ao prédio do Congresso, onde ocorria a votação. Após o resultado, os manifestantes marcharam pelas ruas da capital e foram reprimidos pela Polícia Nacional.

O incêndio na sede dos colorados foi controlado e não há registro de feridos. Desde o dia 5 de março, milhares de paraguaios têm ido às ruas para protestar contra a má gestão da pandemia por parte do governo e exigir a renúncia Abdo Benítez.

Partido de Merkel sofre primeira derrota. O partido conservador da chanceler alemã Angela Merkel sofreu extensas derrotas em duas eleições regionais no domingo, de acordo com as pesquisas.

Verdes e social-democratas prevaleceram nas eleições regionais de dois estados federais alemães às custas dos conservadores, que sofreram uma queda acentuada nos votos seis meses antes das eleições gerais que marcarão a retirada da chanceler Merkel.

Os Verdes venceram em Baden-Württemberg, com 31,5% dos votos, e o Partido Social Democrata (SPD) venceu na Renânia do Palatinado, com 33,5%, enquanto a União Democrática Cristã (CDU) de Merkel obteve 23% e 25,6%, respectivamente,

Esta é a primeira data de uma série de eleições regionais até as eleições federais de setembro, marcadas pela ausência de Merkel como candidata pela primeira vez desde 2005. "Teríamos gostado de um resultado melhor", disse o Secretário-Geral da CDU, Paul Ziemiak.

França vai parar por um mês. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou um novo lockdown de um mês em 16 áreas do país, incluindo Paris e seus subúrbios, para combater “o que aparenta ser uma terceira onda” da epidemia de coronavírus. O comércio não essencial ficará fechado nas próximas quatro semanas, à exceção de livrarias. Mas as escolas permanecem abertas, com algumas restrições nas classes do ensino médio. As medidas entram em vigor à meia-noite de sexta-feira (19/03). 

Ao todo, 21 milhões de franceses são afetados pelas medidas adicionais que buscam frear o avanço da pandemia. Os habitantes dos 16 departamentos administrativos franceses afetados pelo lockdown estão proibidos de viajar para outras áreas do território nas próximas quatro semanas. Eles só poderão circular em um raio de 10 quilômetros de distância do domicílio, sem limite de tempo. Mas, quando saírem de casa, terão de preencher um atestado para notificar a razão do deslocamento. Parques e jardins ficarão abertos, o que não aconteceu durante o primeiro confinamento, em março do ano passado.

O toque de recolher nacional é mantido diariamente das 19h às 6h, e não mais às 18h, devido à mudança próxima para o horário de verão (os relógios serão adiantados em 1h no último fim de semana de março). As empresas terão de respeitar quatro dias de home office para todos os empregados de setores não essenciais.

Índia para contra privatização dos bancos. O Fórum de Unidade dos Sindicatos Bancários da Índia convocou uma greve nacional contra a privatização de bancos públicos, na segunda-feira (15). Cerca de 1 milhão de trabalhadores já aderiram à paralisação que deve se manter por tempo indeterminado.

Os bancários rejeitam a proposta da ministra de Finanças, Nirmala Sitharaman, de privatizar bancos públicos como parte do plano de desinvestimento do governo conservador de Narendra Modi.

Os sindicatos denunciam que a medida, anunciada em fevereiro com o orçamento público de 2021-2022, irá gerar desemprego e aumentar o endividamento das pessoas que possuem financiamentos em bancos públicos.

O governo já privatizou o Banco de Desenvolvimento Industrial da Índia (IDBI, na sigla em inglês) com a venda de sua participação majoritária a seguradora Life Insurance Corporation Of India (Corporação de Seguro de Vida da Índia), em 2019, e fundiu 14 bancos do setor público nos últimos quatro anos.

Em dois dias de paralisação, o Fórum de Unidade dos Sindicatos estima que dois milhões de cheques não foram processados nas três redes bancárias nacionais: Chennai, Mumbai e Délhi.

Dirigentes sindicais ressaltam que todos os bancos públicos continuaram obtendo lucro, mesmo durante a pandemia, o que enfraquece o argumento para sua venda.

O líder opositor Rahul Gandhi, acusou o governo de “privatizar o lucro” e “nacionalizar o prejuízo”, buscando favorecer empresários aliados de Modi nas privatizações de empresas púbicas.

Mais provocação. Marinha dos EUA envia para o mar Negro seu segundo navio de guerra – o destroier USS Thomas Hudner, informa a 6ª Frota dos EUA.

“Segundo navio da Marinha dos EUA – USS Thomas Hudner – iniciou neste sábado sua passagem em direção ao norte para o mar Negro a fim de realizar operações de segurança marítima na região. Navios e aeronaves da Marinha dos EUA operam rotineiramente no mar Negro em apoio a nossos aliados e parceiros da OTAN!”, aponta comunicado.

Vale destacar que na sexta-feira (19) o destroier estadunidense USS Monterey entrou no mar Negro, nota o Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia. As forças e meios da Frota do Mar Negro iniciaram o monitoramento das ações dos EUA.

Em 10 de fevereiro, a 6ª Frota dos EUA relatou manobras navais conjuntas com a Turquia no mar Negro com a participação de um destroier e duas aeronaves de reconhecimento.

Nova “guerra fria”? A Rússia sempre acredita em uma melhora nas relações bilaterais com os EUA, mas se prepara para o pior, declarou o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, ao ser questionado por repórter sobre uma possível “guerra fria”.

Anteriormente, o presidente estadunidense Joe Biden afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, era um “assassino” e prometeu que o presidente russo “pagaria” por uma suposta interferência nas eleições presidenciais dos EUA em 2020.

Em resposta às declarações, Vladimir Putin afirmou que cada um vê na outra pessoa aquilo que vê quando se olha no espelho. Posteriormente, a Casa Branca declarou que Biden e Putin já haviam conversado e que os EUA manteriam contato com a liderança russa.

Na quinta-feira (18), Biden, depois de um discurso na Casa Branca, recusou-se a responder à questão de um jornalista se ele aceitaria conversar com Putin.

Biden não respondeu, ainda. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu hoje que a ausência de resposta à proposta do presidente russo Vladimir Putin de manter um diálogo aberto com seu homólogo Joseph Biden pode ser considerada negativa.

“Foi feito um pedido, ou há uma resposta ou não há resposta. A falta de resposta é, em geral, uma rejeição da referida comunicação”, disse o assessor de imprensa da Presidência russa em declarações aos jornalistas.

A Casa Branca ainda não aceitou a proposta de organizar um diálogo ao vivo, via Internet, entre os presidentes da Rússia e dos EUA.

Sua porta-voz, Jen Psaki, disse que Biden estará em viagem de negócios à Geórgia nesta sexta-feira e, portanto, é improvável que um diálogo com Putin possa ser arranjado para este dia.

Peskov esclareceu que isso significa que a conversa não pode ser hoje, mas pode acontecer na segunda-feira, o outro horário sugerido pelo presidente Putin. Ele acrescentou que poderia ser qualquer momento conveniente para o presidente dos Estados Unidos.

Comentando os termos do “diálogo aberto”, se será uma transmissão ao vivo e os jornalistas poderão acompanhar o andamento da conversa, o secretário de imprensa da presidência respondeu que “ainda não há detalhes”.

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