Fundação Perseu Abramo - Deu na Imprensa Se não estiver visualizando clique aqui
Nas capas dos jornais nesta segunda-feira, 19, manchete para todos os gostos. Folha destaca: Máquina federal tem enxugamento de pessoal e gastos. De acordo com o jornal, Restrição a contratações e aumento das aposentadorias levam a diminuição de funcionários e de despesas.
Estadão: Pagamento de multa ambiental cai 93% no governo Bolsonaro. Média de infrações quitadas ao ano baixou de 688 para 44, diz estudo da UFMG. O jornal informa ainda que mudanças no Ministério do Meio Ambiente dificultam ação de fiscais e julgamento de delitos. O Globo: Reforma eleitoral reduz fiscalização sobre partidos. "Relatório de novo código prevê brechas no uso do fundo partidário, auditoria de empresas privadas em contas anuais e menor prazo para análise da Justiça Eleitoral", informa.
Folha informa que Bolsonaro defendeu Pazuello sobre reunião com intermediária e diz que 'propina, é pelado dentro da piscina'. Ele culpou os lobistas e disse que "lá em Brasília não falta gente tentando vender lote na lua" para defender o general ex-ministro da Saúde. O jornal revelou que, em reunião fora da agenda, Pazuello prometeu a um grupo de intermediadores adquirir o lote dos imunizantes que foram formalmente oferecidos ao governo federal, mas por quase o triplo do preço estabelecido pelo Instituto Butantan.
Coluna do Estadão relata que a CPI da Covid pretende aproveitar o recesso parlamentar para analisar perfis nas redes sociais que divulgaram fake news sobre a pandemia do coronavírus. As contas de nove parlamentares já entraram na mira. Além deles, influenciadores bolsonaristas, também investigados pela CPI das Fake News, foram identificados como propagadores de desinformação sobre a doença no Twitter, Instagram e Facebook: eles integram a lista de mais de 60 perfis que a CPI pedirá às redes a quebra de sigilo dos cadastros, das mensagens privadas e publicações.
O Globo destaca que a quebra de sigilo mostra contatos de Roberto Dias com CEO de empresa investigada pela CPI, a VTCLog. Então diretor de logística do Ministério da Saúde teve 135 ligações com executiva da VTC, empresa que entrou na mira por suspeitas em contratos com a pasta. Segundo os registros, a pessoa com quem Dias mais manteve contato foi Andreia Lima, CEO da VTC Operadora Logística. Ao todo, foram 135 ligações entre os dois.
ELEIÇÕES 2022
Depois de Eliane Cantanhede, agora é um colunista do Globo — Miguel de Almeida — quem diz que Lula deve abdicar da candidatura à Presidência da República para compor uma chapa como vice. "Faça um gesto e candidate-se a vice-presidente nas próximas eleições. Surpreenda como Pelé o adversário com um drible seco e inesperado. Deixe o zagueiro de quatro e o goleiro sem chance. O Brasil precisa de sua experiência, faro e habilidade para moldar um novo futuro", sugere. "Se insistir em ser cabeça de chapa, o futuro será mais do mesmo. Estamos dentro de uma inércia do atraso".
Folha destaca que MDB quer lançar Simone Tebet pré-candidata à Presidência, e partidos testam nomes para 3ª via. Nove partidos formaram grupo de WhatsApp e estudam se unir em torno de alternativa para 2022. Além do MDB, participam DEM, Solidariedade, PV, Podemos, PSL, Cidadania, PSDB e Novo.
FUNDO ELEITORAL
Jornais reportam que Bolsonaro classificou de casca de banana o aumento do fundo eleitoral aprovado pelo Congresso. Ele terá de decidir se aprova ou veta fundo eleitoral para 2022 no valor recorde de R$ 5,7 bilhões. O Congresso reserva R$ 5,7 bilhões para distribuir a candidatos nas eleições de 2022. A declaração foi dada logo o presidente após receber alta de um hospital em São Paulo.
STF
Estadão relata que André Mendonça tem apoio declarado de 26 dos 81 senadores para o STF. Levantamento mostra que indicado à Corte por Bolsonaro tem aval de 3 em cada 10 integrantes do Senado; para ser aprovado vai precisar de ao menos 41 votos. O jornal diz que os 26 votos podem ser considerados o núcleo duro a favor da candidatura de Mendonça. Os seis senadores do PT aparecem como indecisos.
JUDICIÁRIO
Folha noticia que tribunais adotam critérios diferentes para doar milhões a entidades e viram alvo de questionamento pelo país. Resolução do CNJ permite aos juízes aplicarem parte de recursos de penas alternativas em projetos sociais. Em um caso — diz o jornal — esses valores foram aplicados em obra na qual entidades comunitárias e o engenheiro responsável levantaram suspeita de sobrepreço, que acabaram não sendo investigadas. Em outra situação, o Ministério Público entendeu que os juízes priorizaram um projeto em detrimento de outros que precisavam de mais dinheiro.
BRASIL NA GRINGA
Financial Times destaca que é um mistério as políticas que Lula pretende adotar se regressar à Presidência da República. Diz a reportagem do correspondente Bryan Harris: "Desde seu retorno à política brasileira em março com um discurso divertido em um sindicato de metalúrgicos fora de São Paulo, a popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva continuou a crescer. As pesquisas de opinião sugerem que Lula — que cumpriu dois mandatos como presidente entre 2003 e 2010 — derrotaria facilmente o conservador Jair Bolsonaro se as eleições marcadas para outubro do ano que vem fossem realizadas hoje. Mas enquanto o apelo do ex-líder esquerdista por um retorno à normalidade após três anos divisivos do governo populista de Bolsonaro ressoou, alguns brasileiros se perguntam como seria uma nova presidência de Lula. Ao longo de meio século na política brasileira, o jovem de 75 anos mostrou diferentes matizes".
O espanhol El País traz reportagem especial apontando o Método Bolsonaro: Um assalto à democracia em câmera lenta."Em quase três anos de governo, presidente promove corrosão da democracia, quebra pactos sociais do Brasil e, seguindo o modelo ultradireitista de outros países, ameaça um legado de 36 anos de regimes democráticos", resume. O jornal aborda os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral. "Atacar, sem apresentar evidências, a legitimidade das urnas eletrônicas ―o mesmo sistema eleitoral que o elegeu presidente e a outros cargos eletivos ao longo de sua carreira política― faz parte de sua campanha mais recente para não entregar o poder no ano que vem caso seja derrotado".
Em artigo no P12, Eric Nepomuceno diz que Bolsonaro é um mentiroso compulsivo. "Disse, por exemplo, respeitar a Constituição brasileira com absoluta fidelidade, esquecendo que o Supremo Tribunal Federal, instância máxima de justiça do país, já anulou vários de seus decretos justamente por violar a lei. Assegurou atuar com transparência, em outra violação da verdade: extinguiu dezenas de Conselhos que, legalmente protegidos, promoviam o controle e a transparência das políticas públicas".
Reportagem especial no argentino Clarín, neste domingo, destaca que a destruição da Amazônia compromete a segurança climática do planeta. Mas está sendo destruída "aos trancos e barrancos", denuncia em entrevista à EFE Luciana Gatti, chefe do estudo que detectou que alguns áreas da floresta já emitem mais dióxido de carbono do que absorvem. "A Amazônia é a nossa segurança climática. É um enorme corpo vegetal jogando água na atmosfera e, com isso, ajuda a aumentar as chuvas e atenuar o aumento da temperatura global", disse a cientista e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Ainda no noticiário internacional, o New York Times informa que a pandemia da Covid-19 tem um novo epicentro: Indonésia. "O sofrimento que devastou lugares como Índia e Brasil — com mortes em alta, hospitais lotados e falta de oxigênio — atingiu o Sudeste Asiático", aponta. "O aumento é parte de uma onda em todo o Sudeste Asiático, onde as taxas de vacinação são baixas, mas até recentemente os países continham o vírus relativamente bem. Vietnã, Malásia, Mianmar e Tailândia também estão enfrentando seus maiores surtos e impuseram novas restrições, incluindo bloqueios e pedidos para ficar em casa". O inglês The Guardian também destaca o agravamento da Covid no país asiático: Infecções diárias na Indonésia são maiores do que na Índia e no Brasil.
O chinês Global Times informa que mais de meio milhão de internautas chineses assinaram uma carta conjunta à OMS, exigindo que a organização conduza uma investigação sobre o laboratório de Fort Detrick, nos EUA, um lugar cujo fechamento repentino ainda está envolto em segredo que não sujeito a qualquer escrutínio da comunidade internacional. Eles acreditam que uma investigação completa no laboratório dos Estados Unidos poderia prevenir uma futura epidemia. A medida ocorreu quando certos políticos e mídia ocidentais desencadearam uma nova rodada de campanha de difamação para apontar a China como culpada pela origem do coronavírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário