O golpe começa a ser desmontado?
Os discursos já cansativos do demente, falando em
fraudes nas eleições e que não aceitará urnas eletrônicas em 2022 começam a se
desfazer em fumaça.
O substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 135, do voto impresso, foi derrotado por 23 votos a 11. Foi uma derrota
do governo no debate que levou a constantes ataques presidenciais à Justiça Eleitoral.
Realizada na noite de quinta-feira (05), a sessão da comissão especial da
Câmara durou menos de uma hora. Mas o tema ainda deve ir a plenário, com novo
parecer. O encarregado de elaborar novo texto, pela rejeição, é o deputado
Júnior Mano (PL-CE).
O parecer apresentado pelo agora ex-relator, Filipe
Barros (PSL-PR), provocou ainda mais críticas, em especial pela regra de
apuração manual dos votos. “Na nossa opinião, o sistema de voto eletrônico tem
mecanismos vários de aferição em que o voto do cidadão é respeitado”, disse o
deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), logo depois da votação no colegiado. “Em 25
anos, ainda não veio a público nenhuma fraude documentada. (…) Que o presidente
da República aprenda que as instituições querem a democracia.”
Fabio Trad (PSD-MS), por exemplo, disse que seria o
“primeiro a votar” a favor da PEC caso o demente tivesse apresentado alguma prova
de fraude. Já Aliel Machado (PSB-MG), presidente da Comissão da Ciência e
Tecnologia (CCT), desistiu de votar a favor. Ele afirmou que o que estava sendo
votado “não são vídeos do WhatsApp e de redes sociais”. E criticou a proposta
do relator de impor a apuração manual dos votos, em vez da sugestão anterior,
de ter uma porcentagem de votos impressos para possível auditoria. “Está se
alterando o sistema de votação, para que a apuração volte a ser no papel. Isso
aqui é o caminho para a fraude. Isso é retrocesso.”
Perdendo o apoio militar? Mesmo
criticando constantemente atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), militares estariam nos bastidores dizendo que concordam com o
posicionamento do ministro e presidente do STF, Luiz Fux, ao cancelar reunião
entre Poderes na quinta-feira (05).
Diante da postura adotada pelo ministro e presidente do
STF, Luiz Fux, em relação às declarações ofensivas ao STF e ao TSE do ex-capitão
reformado, em conversas reservadas, generais afirmam que a reação de Fux faz
sentido, pois o comportamento do presidente deixa claro que ele não quer
conversa, de acordo com a Folha de São Paulo.
O que explicaria essa "aceitação" do
Alto-Comando seria a escalada da crise e o temor do que pode ocorrer em 2022,
ano de eleição presidencial.
O procedimento aberto pelo TSE, a inclusão do
presidente como investigado no inquérito da CPMI das Fake News e o cancelamento
da reunião entre chefes de Poderes, podem fazer o insano “baixar a bola”, conforme
disseram integrantes do Exército, segundo a mídia.
Eles entendem, porém, que o efeito deve durar pouco. A
crise deve se prolongar, com novos arroubos autoritários do presidente, que não
segue a liturgia mínima do cargo que ocupa, na visão dos militares.
No Alto-Comando, existe um temor real de que se repitam
no Brasil as cenas vistas nos Estados Unidos após a derrota do republicano
Donald Trump, ídolo do maluco daqui, para o democrata Joe Biden, de acordo com
a Folha de São Paulo.
Até os dados são mentirosos! Quando
se tem no governo um demente e contumaz mentiroso, tudo é possível! Até mesmo
manipulação de índices e números econômicos e sociais.
O ex-capitão e seus asseclas são negacionistas no
enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, quando recomendam medicamentos
ineficazes para combater a Covid-19 e promovem aglomerações, ao contrário do
que recomendam os cientistas, e são negacionistas também quando divulga dados
distorcidos sobre geração de emprego.
É o que fica claro quando analisamos, por exemplo, a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), uma das pesquisas mais avançadas do mundo, que
segue as recomendações dos organismos de cooperação internacional, em especial
a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Enquanto o governo anunciou a criação de 1,5 milhão de
postos no primeiro semestre, segundo os dados do Caged, o IBGE revelou que a
taxa de desemprego do primeiro trimestre de 2021 foi de 14,7%, o que representa
14,8 milhões de desempregados.
Para se defender do fiasco, Guedes criticou o método
utilizado pelo IBGE para fazer a Pnad-Contínua. Vive “na idade da pedra
lascada” disse ele, alegando que a metodologia do Instituto está ultrapassada.
O que Guedes não disse é que a distorção está
justamente nos métodos utilizados para fazer as duas pesquisas. O Caged soma as
admissões e subtrai os desligamentos, ou seja, mostra dados apenas de quem foi
efetivamente contratado com carteira assinada, mesmo que seja intermitente e
sem direitos, e não apresenta um número real do desemprego no país.
Já a Pnad avalia, de forma mais aprofundada, a
realidade do mercado de trabalho. E essa realidade não é nada boa para o
ministro e o presidente que, em dois anos e meio de governo, não fizeram
investimentos nem apresentaram sequer uma proposta efetiva de geração de
emprego.
A “mamata” vai correr solta. A reforma administrativa aumentará contratações sem
concurso. Essa é a opinião da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de
São Paulo (Afpesp), que considera a proposta extremamente danosa em diversos
aspectos, já que ameaça a qualidade dos serviços públicos prestados à
sociedade.
Álvaro Gradim, presidente da entidade, explica que a
proposta da reforma administrativa federal, objeto da PEC 32, pode provocar o
desmonte do serviço público, ao eliminar, como regra geral, as admissões por
meio de concurso público.
“Com isso, possibilita aos governantes a liberdade para
contratação direta, em larga escala, o que favorece o apadrinhamento político e
o uso de cargos como moeda de troca, reforçando antigas práticas fisiológicas.
Não há necessidade de instituir tal mecanismo, pois a Constituição já admite
nomeações em cargos de livre provimento para as funções de assessoramento,
chefia e direção, atendendo ao direito dos chefes dos três Poderes de
contratarem pessoas de sua confiança”.
Segundo ele, “é grave o fato de a proposta de a reforma
atingir exatamente os servidores que mais trabalham e prestam serviços diretos
à população, como professores, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas,
policiais, pesquisadores dos institutos e universidades, atendentes de repartições
como as do INSS, assistentes sociais, escriturários e outros profissionais que
atuam em atividades importantes para a sociedade, principalmente para a parcela
de menor renda. Alguém realmente acredita que são esses funcionários os que
ganham altos salários?”.
A volta dos apagões. Vi muita gente, nas redes sociais, comemorando não
haver mais “horário de verão” e muitos dizerem que nem teria havido economia
com a aplicação das medidas. Parece que, em breve, terão que “engolir suas
palavras”.
Embora localizados, apagões podem ocorrer nos horários
de pico de consumo de energia. Até mesmo o governo do demente já considera cada
vez mais iminente o risco de um apagão elétrico no Brasil. Segundo o jornal O
Globo, “quem acompanha de perto o governo avalia que agora bateu de verdade a
preocupação com a possibilidade de blecautes localizados e nos horários de pico
de consumo de energia já entre outubro e novembro”.
Depois de seu fiasco no combate à pandemia de Covid-19
– que deixou mais de 550 mil mortos no País e enfraqueceu ainda mais a economia
brasileira –, ele tenta evitar mais uma catástrofe nacional. O novo ministro-chefe
da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), foi escalado para o time que tenta evitar
o “apagão”. Em nome do governo, Ciro já começou até mesmo a realizar reuniões
sobre essa crise.
Em 28 de junho, num pronunciamento em cadeia nacional
de rádio e TV, o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) reconheceu o
risco de apagão, mas atribuiu a crise somente a “uma das piores secas” no
Brasil. Além disso, sem explicar o que o governo fará para reverter o problema,
Albuquerque exortou os brasileiros a fazerem “uso consciente e responsável de
água e energia”, para reduzir “consideravelmente a pressão sobre o sistema
elétrico”.
Mas, sem ações efetivas do governo, a situação se
agravou. De acordo com a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a
capacidade dos reservatórios de hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
pode chegar a apenas 21% em agosto.
Alerta para Brasil e América do Sul! Desde 2019, as águas da bacia do Paraná-Prata passam
por um ciclo de declínio que já é o mais longo da história. Não precisamos
lembrar aos nossos leitores a importância econômica e social que esse rio representa
para toda a região.
Variações climáticas e atividades humanas -
desmatamento, atividade agrícola, infraestrutura, dragagem - explicam a
situação. Ninguém arrisca as consequências de longo prazo.
Não chove. E se chove, é tão tímido que não é suficiente
para compensar uma espera que começou em junho de 2019 e dois anos depois se
tornou uma grande preocupação. A bacia dos rios Paraná-Prata sofre desde uma
seca com efeitos que são evidentes à primeira vista e consequências que ninguém
ousa prever.
O Paraná, eixo central de uma bacia que cobre quase
três milhões de quilômetros quadrados , está em um estado que surpreende quem
vive em sua orla e alarma os cientistas. De ponta a ponta de sua jornada —3.940
quilômetros que se originam nas montanhas do sudeste do Brasil e deságuam na
Argentina pelas portas da cidade de Buenos Aires, depois de banhar também as
terras do Paraguai—, o nível da água mostra uma descida raramente vista antes.
“Quanto aos tempos de duração, é o downspout (o declínio) mais importante já
registrado”, afirma Gustavo D'Alessandro, presidente do Conselho Federal
Argentino de Águas. “O de 1944 foi o mais marcante, pois atingiu uma altura de
-0,80 metros no porto de Barranqueras, no Chaco, mas se a situação continuar,
em outubro poderíamos superá-lo e chegar a -1,35 metros”, diz D ' Alessandro,
sem esconder a figura que com a simples menção produz calafrios.
Produção de energia e agricultura são benefícios que
tiramos do Paraná, mas nada é mais perigoso do que os danos ambientais que esse
declínio significativo da bacia já está causando. A ictiofauna é a que recebe o
impacto direto. “As espécies adaptadas ao pantanal veem seu ambiente alterado e
são obrigadas a migrar ou buscar vida de outra forma. Os peixes perdem as áreas onde desovam e em
outros casos os ovos e alevinos (peixes jovens) ficam expostos aos
predadores. No longo prazo, isso vai
reduzir as populações”, resume a bióloga Cecilia Reeves. “Desde 2015 não ocorre
uma grande enchente que gere o estímulo e o espaço de piscicultura que depois
mantém a população até o próximo ciclo chuvoso. Se o estado atual continuar, o
grupo de peixes mais pescado passará por uma situação crítica”, Andrés Sciara,
professor e pesquisador da Universidade de Rosario, é abundante no citado
documentário Bajo Río.
Novos ares para a América Latina? Nossa
América retoma a caminhada anterior. A posse de Pedro Castillo, no Peru, as
denúncias contra a OEA feitas pelo Presidente mexicano, as denúncias de
contrabando de armas para golpistas durante o governo de Mauricio Macri, o
ressurgimento da Bolívia ao cenário progressista e a Constituinte no Chile são
sinais importantes que não podem deixar de ter algum destaque para nós.
Um dia após a posse de Castillo, o chanceler mexicano
Marcelo Ebrard Ele se referiu ao lugar da América Latina e Caribe (ALyC) diante
das mudanças globais. Em entrevista publicada no “La Jornada”, jornal mexicano,
na última quinta-feira, ele reiterou a proposta de Andrés Manuel López Obrador
(AMLO) de rever o marco institucional interamericano, favorecendo o
multilateralismo regional expresso pela Comunidade de Estados Latino-Americanos
e Caribenhos (CELAC) sobre rádio lógica e hegemonia levantada por Washington da
Organização dos Estados Americanos (OEA). “Chegou a hora de pensar na construção
de algo novo (...) que supere a tradicional interferência da OEA, que parte de
relações menos assimétricas e de um tratamento mais respeitoso entre nós (...)
estamos caminhando para uma nova correlação geopolítica de forças no mundo. Não
podemos continuar pensando como há 70 anos”.
Em relação à situação em Cuba, lembrou que no final de
junho 184 países votaram contra o bloqueio da ilha - apenas EUA e Israel
apoiaram sua ratificação -, situação que segundo Ebrard mostra a incompetência
da OEA para processo de relações internas ALyC, permanecendo em silêncio face a
essa votação. Por sua vez, o novo presidente boliviano, Luis Arce, aderiu à
proposta da AMLO e exigiu uma nova institucionalidade continental capaz de “expressar
equilíbrios regionais, respeitar a autodeterminação dos povos e limitar a hegemonia
de um único Estado”.
Na Argentina, Alberto Fernández também apoiou a posição
do presidente mexicano e acrescentou: “Sentimos que a OEA deixou de ser uma
organização ao serviço da América Latina”. No dia seguinte à posse de Castillo,
depois que o ministro das Relações Exteriores Ebrard se referiu à necessidade
de criar uma organização alternativa à OEA, ele recebeu uma comunicação
telefônica perigosa de Washington. O boletim divulgado pelo Departamento de
Estado afirma o seguinte: “O Secretário de Estado Antony Blinken falou hoje por
telefone com o Ministro das Relações Exteriores do México para discutir os
esforços coordenados entre os EUA e o México para promover a democracia e os
direitos humanos na região”.
Ela se move. A América
Latina busca novamente romper com as cadeias do Império. A análise do papel
assumido pela OEA durante o golpe contra Evo Morales fez parte dos intercâmbios
informais ocorridos durante os dois dias em que Alberto Fernández permaneceu no
Peru. Além disso, fez parte do diálogo entre o Presidente argentino e Evo Morales,
que também abordou o evento crítico do contrabando de armas perpetrado em
novembro de 2019, ao qual a OEA nunca fez eco. A Delegação da Bolívia procurou
conhecer as atuais tentativas de Mauricio Macri para impedir a continuidade das
investigações judiciais realizadas pelo promotor Claudio Navas Rial e pelo
desembargador Javier López Biscayart.
Pedro Castillo surpreende na posse. O
presidente Castillo tomou posse como primeiro presidente em 28 de julho, dia do
bicentenário da independência peruana, após vencer por 44.000 votos o candidato
Keiko Fujimori em 6 de junho, no segundo turno das eleições. Além de dirigente
sindical docente, ele foi membro - nas últimas três décadas - do sistema de
segurança pública autônomo da polícia, encarregado de prevenir e punir
contravenções e crimes comunitários.
As duas medidas iniciais de sua presidência foram de
renúncia: comunicou, antes do juramento, que renunciará ao salário de chefe de
Estado e receberá apenas uma verba semelhante à de seu cargo de professor
rural, em busca de uma “nova ética que tem que nascer na liderança, para
[construir] uma América Latina digna, humana e igualitária”. Em seu discurso
presidencial, anunciou também que não residirá nas suntuosas dependências da
histórica sede presidencial: “Não governarei da casa de Pizarro porque acredito
que devemos romper com os símbolos coloniais. Vamos ceder este Palácio ao novo
Ministério das Culturas para que possa ser utilizado como um museu que mostra a
nossa história desde as suas origens”.
Em seu discurso de posse diante do Congresso, Pedro
Castillo decidiu priorizar os descendentes dos povos originários, e afirmou:
“Aos meus irmãos ronderos, meus irmãos professores, meus irmãos quíchuas, os
aimarás, os irmãos Aguajún, Shipibos, Conibos, Irmãos afro-peruanos. (…) Por quatro
milênios e meio nossos ancestrais encontraram maneiras de resolver seus
problemas e conviver com a terra. Foi assim até à chegada dos homens de Castela”.
Em outro segmento de seu discurso, alertou que “os povos e organizações
territoriais devem participar ativamente da gestão de seu desenvolvimento. Se
um projeto não tem lucratividade social, ele simplesmente não vai. Isso
significa um novo pacto com investidores privados”.
Uma das respostas ao seu discurso veio da imprensa mais
ligada ao capital de investimento nos setores de mineração e hidrocarbonetos,
que em 28 de junho se intitulava: “Começa a festa comunista”. Um dia depois,
quando Castillo prestou juramento em Ayacucho, eles concluíram a ideia: “Peru
em direção ao Abismo”. O Grupo La Razón inclui vários jornais, revistas e
rádios. Seus diretores mantêm contatos lubrificados com gerentes de corporações
transnacionais sediadas no Peru e com funcionários diplomáticos de Washington
residentes em Lima.
Jeanine Áñez continuará na prisão! O juiz
anticorrupção de La Paz na Bolívia, Andrés Zabaleta, determinou na terça-feira (03)
mais seis meses de prisão preventiva para a ex-presidente de fato Jeanine Añez,
para um novo processo judicial ao qual ela será submetida. Añez é investigada
por resoluções contrárias à Constituição e violação de deveres, quando assumiu
o poder após o golpe de Estado perpetrado em novembro de 2019, que levou à
renúncia do então presidente Evo Morales.
Depois de ouvir as medidas cautelares, de acordo com o
regulamento, o Ministério Público argumentou que “a autoridade judiciária
estabelece a necessidade de dar seguimento ao pedido do Ministério Público referente
à imposição de prisão preventiva à acusada Jeanine Añez Chávez por um período
de seis meses na Prisão de Miraflores”.
O advogado de defesa da ex-presidente, Luis Guillén,
denunciou a medida, alegando que a mesma atende a decisão de um juiz de
instrução criminal que “decidiu separar os processos (do golpe) e encaminhá-los
a um processo anticorrupção juiz."
Bolívia dá um salto tecnológico. Na
semana passada, os lados russo e boliviano deram início à construção do Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear da Bolívia.
Em 26 de julho, durante uma cerimônia do derrame do
primeiro concreto, o presidente boliviano Luis Arce e o vice-diretor da
corporação russa Rosatom, Kirill Komarov, inauguraram a construção de um reator
de pesquisa na Bolívia, um elemento-chave do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
de Tecnologia Nuclear (CIDTN, na sigla em espanhol) boliviano.
Altos funcionários visitaram as instalações já
concluídas – o Complexo Cíclotron-Radiofarmácia e Pré-Clínica (CCRP) e o Centro
de Irradiação Multiuso – que serão colocadas em operação nos próximos meses.
O contrato entre a empresa Rosatom e a Agência
Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) que prevê a criação do centro de pesquisa
nuclear na cidade boliviana de El Alto foi assinado em 2017.
A cidade onde será localizado o futuro centro foi
escolhida pelo lado boliviano. O diretor entrevistado explica os vários fatores
importantes para a escolha. O primeiro ponto é a questão da acessibilidade de
transporte. Além de que El Alto se encontra perto da capital econômica da
Bolívia, La Paz, a plataforma do centro fica na proximidade do aeroporto de El
Alto, que é a porta de entrada da cidade em relação a La Paz.
Já está sendo construída uma nova rodovia na cidade.
Além do mais, o diretor expressa orgulho especial pelo fato de que o centro é
construído por cidadãos da Bolívia. Agora, no local da construção trabalham
cerca de 500 trabalhadores bolivianos. No centro, no futuro, também vão
trabalhar especialistas bolivianos.
A principal contribuição que o projeto fornecerá para o
Estado boliviano são as vantagens médicas. Os produtos radiofarmacêuticos que
serão fabricados no CCRP permitirão realizar o diagnóstico de doenças oncológicas
e cardiovasculares em seus estágios iniciais.
A pirataria inglesa. Como no
tempo dos corsários, a Inglaterra continua fazendo uso da pirataria para enriquecer
seus cofres e subjugar adversários. A decisão do Reino Unido sobre o ouro
venezuelano, uma jurisprudência colonial em vias de ser tomada, pode provocar governos
paralelos para o peculato de países pobres.
Assim que o governo britânico reconheceu Juan Guaidó
como presidente interino no início de 2019, tornou-se legal a devolução das 31
toneladas de ouro, calculadas em mais de um bilhão de dólares, que o Banco
Central da Venezuela havia depositado no Banco da Inglaterra ação que não para
de crescer. Em outubro de 2020, um tribunal de apelações pediu ao Supremo
Tribunal Britânico esclarecimentos sobre quem era o presidente legitimamente
reconhecido por Londres, a fim de decidir quem seria a autoridade legítima
responsável pelo ouro depositado.
E no último dia 19 de julho, o advogado representante
do Ministério das Relações Exteriores no processo, James Eadie, confirmou que
desde fevereiro de 2019 Londres “apenas” reconhece Guaidó e, portanto, “ele é o
único indivíduo com autoridade reconhecida para agir em nome da Venezuela como
chefe de estado”.
Este novo reconhecimento “claro e inequívoco” do
Governo britânico a um autoproclamado presidente que não conta mais com o apoio
da União Europeia desde 6 de janeiro de 2021, pode ser um passo decisivo para
que o banco termine de ficar com o ouro venezuelano, não só de fato, mas com
respaldo jurídico do tribunal superior, o que geraria jurisprudência, ou seja,
uma sentença definitiva que poderia servir de guia legal para a resolução de
casos semelhantes.
Feminicídio na Espanha. Com o
confinamento devido à pandemia de Covid-19, as chamadas para casos de violência
de gênero aumentaram na Espanha.
Em apenas dois meses, mais de 20 mulheres morreram na
Espanha em consequência da violência de gênero, conforme confirmado pela Delegação
do Governo contra a Violência de Gênero.
De acordo com os dados, mulheres morreram nas mãos de
seus companheiros ou ex-companheiros, durante este 2021, e mais de mil desde
2003, quando passou a ser contabilizado o número de feminicídios.
A professora de Saúde Pública da Universidade de
Alicante e membro do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), Carmen
Vives-Cases, reconhece que “é difícil atribuir o crime a uma variável
específica”.
A professora lembra ainda que o divórcio, a separação
ou o rompimento do relacionamento, por parte da mulher, é um dos fatores de
risco mais frequentes para que o agressor acabe cometendo um feminicídio.
O combate à violência de gênero na Espanha tem se
fortalecido com o aumento dos feminicídios e estupros coletivos, como os
ocorridos na última década.
Urdindo uma guerra. Mercer Street, navio-tanque de bandeira liberiana
operado pela empresa Zodiac Maritime, do bilionário israelense Eyal Ofer, foi
alvo de um ataque em 29 de julho a nordeste da ilha de Masirah, em Omã.
O Reino Unido e os EUA afirmaram no domingo (1º) que
acreditam que o Irã realizou um ataque ao petroleiro Mercer Street, operado por
empresa israelense, na costa de Omã, que matou um britânico e um romeno na
quinta-feira (29). O Reino Unido disse que estava trabalhando com parceiros em
uma "resposta concertada".
"Acreditamos que esse ataque foi deliberado,
direcionado e uma clara violação da lei internacional pelo Irã “[…]. O Reino
Unido está trabalhando com nossos parceiros internacionais sobre uma resposta
concertada a este ataque inaceitável”, declarou o ministro das Relações
Exteriores britânico, Dominic Raab, citado pela agência Reuters.
As avaliações do Reino Unido concluíram que era altamente
provável que o Irã tivesse usado um ou mais drones para realizar o ataque "ilegal
e insensível". Horas depois, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken,
afirmou que “não havia justificativa para este ataque, que segue um padrão de
ataques e outros comportamentos beligerantes” de Teerã.
“Luz verde” para a guerra? Irã rejeitou
o envolvimento do país no ataque contra o petroleiro Mercer Street no mar
Arábico que ocorreu na quinta-feira (29).
Tel Aviv teria recebido “luz verde” de Washington e
Londres para retaliar o Irã após o incidente no mar Arábico, atribuído pelos
três países à República Islâmica, revelou no domingo (1º) o portal israelense
Kan.
De acordo com a mídia, as autoridades israelenses estão
discutindo como e quando responder, tendo entre possíveis alvos um porto
iraniano ou um navio militar. Israel também planeja compartilhar informações de
inteligência adicionais com outros países da região para “condenar” o Irã.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do
Irã, Saeed Khatibzadeh, afirmou neste domingo (1º) que Israel está criando um
ambiente de insegurança, terror e violência.
Foram avisados. Institutos
e serviços médicos no mundo inteiro alertaram para o risco de realizar as Olimpíadas
ainda neste ano. O Japão está colhendo agora o preço da ganância das empresas
patrocinadoras que não queriam abrir mão do evento.
Pela primeira vez desde o início da pandemia, a cidade
de Tóquio, no Japão, passou da marca de cinco mil casos diários de covid-19 na
quinta-feira (05). Foram 5.042, superando o recorde anterior, de 4.166, registrado
um dia antes.
Os aumentos concretizam os temores das autoridades
sanitárias de que a onda de contágios, que está aumentando diariamente desde
junho, teria um impulso ainda maior com a realização dos Jogos Olímpicos - que
começaram no fim de julho e ainda acontecem na capital japonesa.
Outro dado preocupante é a constante alta nas internações
em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo que há 135 pacientes nessa
situação atualmente, o maior dado desde o início de fevereiro.
Por conta da alta, o governo japonês ampliou o estado
de emergência para, praticamente, todo o país até o dia 31 de agosto.
Atualmente, toda a região metropolitana de Tóquio vive nessa situação, além de
Osaka, Hokkaido, Ishikawa, Hyogo e Fukuoka. A partir dessa sexta-feira (06/08),
o decreto entrará em vigor também em Fukushima, Ibaraki, Tochigi, Gunma,
Shizuoka, Aichi, Shiga e Kumamoto.
Segundo o ministro para a Gestão da Emergência de
Covid-19, Yasutoshi Nishimura, o número de pacientes em situação grave
praticamente dobrou nas últimas duas semanas, aumentando os temores sobre o quanto
o sistema sanitário irá aguentar a pressão. Ainda conforme Nishimura, a
disseminação da variante Delta é a principal responsável pela alta.
Será que não aprendem? O mundo inteiro conhece a história da CIA criando a Al
Qaeda para combater os russos no Afeganistão. Só alguns anos mais tarde
descobriram que criaram um monstro que se virou contra eles. Agora estão
repetindo a besteira.
As forças dos Estados Unidos presentes ilegalmente no
território da Síria criaram uma nova milícia de mercenários locais operando sob
seu comando sob o nome de “Exército de Tribos”, informou a mídia.
A sede da nova formação está localizada, segundo
imagens veiculadas pela mídia local, na cidade de Hamoko, município de
Yaroubieh, na província nordestina de Hasakeh, próximo à fronteira com o
Iraque.
Fontes citadas pelo jornal Al-Watan indicaram que Abdul
Ilah Jarba, da tribo Shumar, foi nomeado pelos militares dos EUA como
responsável por esta nova milícia.
Washington pretende com isso diminuir a indignação
tribal com sua presença, enquanto o nome do grupo e os altos salários pagos
levaram os jovens a aderirem, levando em consideração a difícil situação
econômica que os moradores estão passando por causa de Washington que rouba o
trigo e o petróleo bruto, e impõe um bloqueio sufocante ao país, denunciaram as
fontes.
A criação do “Exército Tribal” gerou temores nas
chamadas Forças Democráticas da Síria (FDS), de maioria curda, e apoiadas pelos
Estados Unidos, que veem o novo corpo armado como uma força concorrente.
Nem assustam mais! EUA vão
conduzir dois exercícios militares de grande escala. O primeiro é um exercício
militar conjunto que envolve forças navais dos EUA, Reino Unido, Japão e
Austrália, já o segundo é o Exercício Grande Escala 2021 (LSE 2021) realizado
pela Marinha estadunidense, alegadamente o maior exercício naval desde 1981.
Os EUA querem impressionar a Rússia e a China
flexionando seus músculos em uma jogada mal calculada, escreve jornal estatal
chinês Global Times, acrescentando que nesta sexta-feira (6) Pequim dará início
a exercícios militares de cinco dias em uma vasta área no mar do Sul da China
entre as ilhas Hainan e Xisha como resposta ao exercício militar conjunto no
Pacífico ocidental.
Nem a China nem a Rússia têm intenção de competir pelo
controle dos mares com os EUA, mas ambas possuem a capacidade e determinação
para negar a coerção dos EUA em áreas que dizem respeito a seus interesses
fundamentais, aponta mídia.
A Marinha dos EUA construiu uma capacidade global que
ajuda a manter a lealdade de seus aliados. Mas se eles envolverem em uma
verdadeira guerra com a China e Rússia, sua força naval não seria capaz de sobreviver,
ressalta jornal. Washington está exibindo seu poder militar em várias partes do
mundo, mas Pequim não será influenciada por isso.
Ponham-se na rua! Os EUA
já ostentam o título de ter a maior população moradora de rua do planeta e
agora pode duplicar esse número!
No último final de semana, expirou a medida do governo estadunidense
que protegia milhões de inquilinos inadimplentes do risco de despejo. Após
prorrogarem o prazo da suspensão por conta da pandemia, a Casa Branca pediu ao
Congresso que legislasse sobre o tema com urgência, mas os congressistas não
chegaram a um acordo.
Mais de 3,5 milhões de pessoas estão ameaçadas de
despejo poucos dias após o término da prorrogação da medida de proteção aos
inadimplentes estabelecida pelo governo Biden, que evitou que pessoas afetadas
financeiramente pela crise ligada à pandemia de covid-19 fossem colocadas para
fora de casa por não conseguirem pagar seus aluguéis.
Segundo dados do censo nacional, 7,5 milhões de pessoas
admitem estarem em atraso no pagamento do aluguel. A dívida global relativa a
atrasos nos pagamentos já chegaria a US$ 13 bilhões.
A perspectiva de milhões de pessoas nas ruas em meio à
pandemia de Covid-19 desencadeou raiva e frustração no Partido Democrata. Um
comitê parlamentar propôs estender a moratória até 31 de dezembro, mas não
obteve apoio suficiente, nem mesmo nas fileiras democratas, partido do
presidente.
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