segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


O golpe começa a ser desmontado?

Os discursos já cansativos do demente, falando em fraudes nas eleições e que não aceitará urnas eletrônicas em 2022 começam a se desfazer em fumaça.

O substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, do voto impresso, foi derrotado por 23 votos a 11. Foi uma derrota do governo no debate que levou a constantes ataques presidenciais à Justiça Eleitoral. Realizada na noite de quinta-feira (05), a sessão da comissão especial da Câmara durou menos de uma hora. Mas o tema ainda deve ir a plenário, com novo parecer. O encarregado de elaborar novo texto, pela rejeição, é o deputado Júnior Mano (PL-CE).

O parecer apresentado pelo agora ex-relator, Filipe Barros (PSL-PR), provocou ainda mais críticas, em especial pela regra de apuração manual dos votos. “Na nossa opinião, o sistema de voto eletrônico tem mecanismos vários de aferição em que o voto do cidadão é respeitado”, disse o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), logo depois da votação no colegiado. “Em 25 anos, ainda não veio a público nenhuma fraude documentada. (…) Que o presidente da República aprenda que as instituições querem a democracia.”

Fabio Trad (PSD-MS), por exemplo, disse que seria o “primeiro a votar” a favor da PEC caso o demente tivesse apresentado alguma prova de fraude. Já Aliel Machado (PSB-MG), presidente da Comissão da Ciência e Tecnologia (CCT), desistiu de votar a favor. Ele afirmou que o que estava sendo votado “não são vídeos do WhatsApp e de redes sociais”. E criticou a proposta do relator de impor a apuração manual dos votos, em vez da sugestão anterior, de ter uma porcentagem de votos impressos para possível auditoria. “Está se alterando o sistema de votação, para que a apuração volte a ser no papel. Isso aqui é o caminho para a fraude. Isso é retrocesso.”

Perdendo o apoio militar? Mesmo criticando constantemente atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), militares estariam nos bastidores dizendo que concordam com o posicionamento do ministro e presidente do STF, Luiz Fux, ao cancelar reunião entre Poderes na quinta-feira (05).

Diante da postura adotada pelo ministro e presidente do STF, Luiz Fux, em relação às declarações ofensivas ao STF e ao TSE do ex-capitão reformado, em conversas reservadas, generais afirmam que a reação de Fux faz sentido, pois o comportamento do presidente deixa claro que ele não quer conversa, de acordo com a Folha de São Paulo.

O que explicaria essa "aceitação" do Alto-Comando seria a escalada da crise e o temor do que pode ocorrer em 2022, ano de eleição presidencial.

O procedimento aberto pelo TSE, a inclusão do presidente como investigado no inquérito da CPMI das Fake News e o cancelamento da reunião entre chefes de Poderes, podem fazer o insano “baixar a bola”, conforme disseram integrantes do Exército, segundo a mídia.

Eles entendem, porém, que o efeito deve durar pouco. A crise deve se prolongar, com novos arroubos autoritários do presidente, que não segue a liturgia mínima do cargo que ocupa, na visão dos militares.

No Alto-Comando, existe um temor real de que se repitam no Brasil as cenas vistas nos Estados Unidos após a derrota do republicano Donald Trump, ídolo do maluco daqui, para o democrata Joe Biden, de acordo com a Folha de São Paulo.

Até os dados são mentirosos! Quando se tem no governo um demente e contumaz mentiroso, tudo é possível! Até mesmo manipulação de índices e números econômicos e sociais.

O ex-capitão e seus asseclas são negacionistas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, quando recomendam medicamentos ineficazes para combater a Covid-19 e promovem aglomerações, ao contrário do que recomendam os cientistas, e são negacionistas também quando divulga dados distorcidos sobre geração de emprego.

É o que fica claro quando analisamos, por exemplo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das pesquisas mais avançadas do mundo, que segue as recomendações dos organismos de cooperação internacional, em especial a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Enquanto o governo anunciou a criação de 1,5 milhão de postos no primeiro semestre, segundo os dados do Caged, o IBGE revelou que a taxa de desemprego do primeiro trimestre de 2021 foi de 14,7%, o que representa 14,8 milhões de desempregados.

Para se defender do fiasco, Guedes criticou o método utilizado pelo IBGE para fazer a Pnad-Contínua. Vive “na idade da pedra lascada” disse ele, alegando que a metodologia do Instituto está ultrapassada.

O que Guedes não disse é que a distorção está justamente nos métodos utilizados para fazer as duas pesquisas. O Caged soma as admissões e subtrai os desligamentos, ou seja, mostra dados apenas de quem foi efetivamente contratado com carteira assinada, mesmo que seja intermitente e sem direitos, e não apresenta um número real do desemprego no país.

Já a Pnad avalia, de forma mais aprofundada, a realidade do mercado de trabalho. E essa realidade não é nada boa para o ministro e o presidente que, em dois anos e meio de governo, não fizeram investimentos nem apresentaram sequer uma proposta efetiva de geração de emprego.

A “mamata” vai correr solta. A reforma administrativa aumentará contratações sem concurso. Essa é a opinião da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp), que considera a proposta extremamente danosa em diversos aspectos, já que ameaça a qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade.

Álvaro Gradim, presidente da entidade, explica que a proposta da reforma administrativa federal, objeto da PEC 32, pode provocar o desmonte do serviço público, ao eliminar, como regra geral, as admissões por meio de concurso público.

“Com isso, possibilita aos governantes a liberdade para contratação direta, em larga escala, o que favorece o apadrinhamento político e o uso de cargos como moeda de troca, reforçando antigas práticas fisiológicas. Não há necessidade de instituir tal mecanismo, pois a Constituição já admite nomeações em cargos de livre provimento para as funções de assessoramento, chefia e direção, atendendo ao direito dos chefes dos três Poderes de contratarem pessoas de sua confiança”.

Segundo ele, “é grave o fato de a proposta de a reforma atingir exatamente os servidores que mais trabalham e prestam serviços diretos à população, como professores, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, policiais, pesquisadores dos institutos e universidades, atendentes de repartições como as do INSS, assistentes sociais, escriturários e outros profissionais que atuam em atividades importantes para a sociedade, principalmente para a parcela de menor renda. Alguém realmente acredita que são esses funcionários os que ganham altos salários?”.

A volta dos apagões. Vi muita gente, nas redes sociais, comemorando não haver mais “horário de verão” e muitos dizerem que nem teria havido economia com a aplicação das medidas. Parece que, em breve, terão que “engolir suas palavras”.

Embora localizados, apagões podem ocorrer nos horários de pico de consumo de energia. Até mesmo o governo do demente já considera cada vez mais iminente o risco de um apagão elétrico no Brasil. Segundo o jornal O Globo, “quem acompanha de perto o governo avalia que agora bateu de verdade a preocupação com a possibilidade de blecautes localizados e nos horários de pico de consumo de energia já entre outubro e novembro”.

Depois de seu fiasco no combate à pandemia de Covid-19 – que deixou mais de 550 mil mortos no País e enfraqueceu ainda mais a economia brasileira –, ele tenta evitar mais uma catástrofe nacional. O novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), foi escalado para o time que tenta evitar o “apagão”. Em nome do governo, Ciro já começou até mesmo a realizar reuniões sobre essa crise.

Em 28 de junho, num pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) reconheceu o risco de apagão, mas atribuiu a crise somente a “uma das piores secas” no Brasil. Além disso, sem explicar o que o governo fará para reverter o problema, Albuquerque exortou os brasileiros a fazerem “uso consciente e responsável de água e energia”, para reduzir “consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico”.

Mas, sem ações efetivas do governo, a situação se agravou. De acordo com a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a capacidade dos reservatórios de hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste pode chegar a apenas 21% em agosto.

Alerta para Brasil e América do Sul! Desde 2019, as águas da bacia do Paraná-Prata passam por um ciclo de declínio que já é o mais longo da história. Não precisamos lembrar aos nossos leitores a importância econômica e social que esse rio representa para toda a região.

Variações climáticas e atividades humanas - desmatamento, atividade agrícola, infraestrutura, dragagem - explicam a situação. Ninguém arrisca as consequências de longo prazo.

Não chove. E se chove, é tão tímido que não é suficiente para compensar uma espera que começou em junho de 2019 e dois anos depois se tornou uma grande preocupação. A bacia dos rios Paraná-Prata sofre desde uma seca com efeitos que são evidentes à primeira vista e consequências que ninguém ousa prever.

O Paraná, eixo central de uma bacia que cobre quase três milhões de quilômetros quadrados , está em um estado que surpreende quem vive em sua orla e alarma os cientistas. De ponta a ponta de sua jornada —3.940 quilômetros que se originam nas montanhas do sudeste do Brasil e deságuam na Argentina pelas portas da cidade de Buenos Aires, depois de banhar também as terras do Paraguai—, o nível da água mostra uma descida raramente vista antes. “Quanto aos tempos de duração, é o downspout (o declínio) mais importante já registrado”, afirma Gustavo D'Alessandro, presidente do Conselho Federal Argentino de Águas. “O de 1944 foi o mais marcante, pois atingiu uma altura de -0,80 metros no porto de Barranqueras, no Chaco, mas se a situação continuar, em outubro poderíamos superá-lo e chegar a -1,35 metros”, diz D ' Alessandro, sem esconder a figura que com a simples menção produz calafrios.

Produção de energia e agricultura são benefícios que tiramos do Paraná, mas nada é mais perigoso do que os danos ambientais que esse declínio significativo da bacia já está causando. A ictiofauna é a que recebe o impacto direto. “As espécies adaptadas ao pantanal veem seu ambiente alterado e são obrigadas a migrar ou buscar vida de outra forma.  Os peixes perdem as áreas onde desovam e em outros casos os ovos e alevinos (peixes jovens) ficam expostos aos predadores.  No longo prazo, isso vai reduzir as populações”, resume a bióloga Cecilia Reeves. “Desde 2015 não ocorre uma grande enchente que gere o estímulo e o espaço de piscicultura que depois mantém a população até o próximo ciclo chuvoso. Se o estado atual continuar, o grupo de peixes mais pescado passará por uma situação crítica”, Andrés Sciara, professor e pesquisador da Universidade de Rosario, é abundante no citado documentário Bajo Río.

Novos ares para a América Latina? Nossa América retoma a caminhada anterior. A posse de Pedro Castillo, no Peru, as denúncias contra a OEA feitas pelo Presidente mexicano, as denúncias de contrabando de armas para golpistas durante o governo de Mauricio Macri, o ressurgimento da Bolívia ao cenário progressista e a Constituinte no Chile são sinais importantes que não podem deixar de ter algum destaque para nós.

Um dia após a posse de Castillo, o chanceler mexicano Marcelo Ebrard Ele se referiu ao lugar da América Latina e Caribe (ALyC) diante das mudanças globais. Em entrevista publicada no “La Jornada”, jornal mexicano, na última quinta-feira, ele reiterou a proposta de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) de rever o marco institucional interamericano, favorecendo o multilateralismo regional expresso pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) sobre rádio lógica e hegemonia levantada por Washington da Organização dos Estados Americanos (OEA). “Chegou a hora de pensar na construção de algo novo (...) que supere a tradicional interferência da OEA, que parte de relações menos assimétricas e de um tratamento mais respeitoso entre nós (...) estamos caminhando para uma nova correlação geopolítica de forças no mundo. Não podemos continuar pensando como há 70 anos”.

Em relação à situação em Cuba, lembrou que no final de junho 184 países votaram contra o bloqueio da ilha - apenas EUA e Israel apoiaram sua ratificação -, situação que segundo Ebrard mostra a incompetência da OEA para processo de relações internas ALyC, permanecendo em silêncio face a essa votação. Por sua vez, o novo presidente boliviano, Luis Arce, aderiu à proposta da AMLO e exigiu uma nova institucionalidade continental capaz de “expressar equilíbrios regionais, respeitar a autodeterminação dos povos e limitar a hegemonia de um único Estado”.

Na Argentina, Alberto Fernández também apoiou a posição do presidente mexicano e acrescentou: “Sentimos que a OEA deixou de ser uma organização ao serviço da América Latina”. No dia seguinte à posse de Castillo, depois que o ministro das Relações Exteriores Ebrard se referiu à necessidade de criar uma organização alternativa à OEA, ele recebeu uma comunicação telefônica perigosa de Washington. O boletim divulgado pelo Departamento de Estado afirma o seguinte: “O Secretário de Estado Antony Blinken falou hoje por telefone com o Ministro das Relações Exteriores do México para discutir os esforços coordenados entre os EUA e o México para promover a democracia e os direitos humanos na região”.

Ela se move. A América Latina busca novamente romper com as cadeias do Império. A análise do papel assumido pela OEA durante o golpe contra Evo Morales fez parte dos intercâmbios informais ocorridos durante os dois dias em que Alberto Fernández permaneceu no Peru. Além disso, fez parte do diálogo entre o Presidente argentino e Evo Morales, que também abordou o evento crítico do contrabando de armas perpetrado em novembro de 2019, ao qual a OEA nunca fez eco. A Delegação da Bolívia procurou conhecer as atuais tentativas de Mauricio Macri para impedir a continuidade das investigações judiciais realizadas pelo promotor Claudio Navas Rial e pelo desembargador Javier López Biscayart.

Pedro Castillo surpreende na posse. O presidente Castillo tomou posse como primeiro presidente em 28 de julho, dia do bicentenário da independência peruana, após vencer por 44.000 votos o candidato Keiko Fujimori em 6 de junho, no segundo turno das eleições. Além de dirigente sindical docente, ele foi membro - nas últimas três décadas - do sistema de segurança pública autônomo da polícia, encarregado de prevenir e punir contravenções e crimes comunitários.

As duas medidas iniciais de sua presidência foram de renúncia: comunicou, antes do juramento, que renunciará ao salário de chefe de Estado e receberá apenas uma verba semelhante à de seu cargo de professor rural, em busca de uma “nova ética que tem que nascer na liderança, para [construir] uma América Latina digna, humana e igualitária”. Em seu discurso presidencial, anunciou também que não residirá nas suntuosas dependências da histórica sede presidencial: “Não governarei da casa de Pizarro porque acredito que devemos romper com os símbolos coloniais. Vamos ceder este Palácio ao novo Ministério das Culturas para que possa ser utilizado como um museu que mostra a nossa história desde as suas origens”.

Em seu discurso de posse diante do Congresso, Pedro Castillo decidiu priorizar os descendentes dos povos originários, e afirmou: “Aos meus irmãos ronderos, meus irmãos professores, meus irmãos quíchuas, os aimarás, os irmãos Aguajún, Shipibos, Conibos, Irmãos afro-peruanos. (…) Por quatro milênios e meio nossos ancestrais encontraram maneiras de resolver seus problemas e conviver com a terra. Foi assim até à chegada dos homens de Castela”. Em outro segmento de seu discurso, alertou que “os povos e organizações territoriais devem participar ativamente da gestão de seu desenvolvimento. Se um projeto não tem lucratividade social, ele simplesmente não vai. Isso significa um novo pacto com investidores privados”.

Uma das respostas ao seu discurso veio da imprensa mais ligada ao capital de investimento nos setores de mineração e hidrocarbonetos, que em 28 de junho se intitulava: “Começa a festa comunista”. Um dia depois, quando Castillo prestou juramento em Ayacucho, eles concluíram a ideia: “Peru em direção ao Abismo”. O Grupo La Razón inclui vários jornais, revistas e rádios. Seus diretores mantêm contatos lubrificados com gerentes de corporações transnacionais sediadas no Peru e com funcionários diplomáticos de Washington residentes em Lima.

Jeanine Áñez continuará na prisão! O juiz anticorrupção de La Paz na Bolívia, Andrés Zabaleta, determinou na terça-feira (03) mais seis meses de prisão preventiva para a ex-presidente de fato Jeanine Añez, para um novo processo judicial ao qual ela será submetida. Añez é investigada por resoluções contrárias à Constituição e violação de deveres, quando assumiu o poder após o golpe de Estado perpetrado em novembro de 2019, que levou à renúncia do então presidente Evo Morales.

Depois de ouvir as medidas cautelares, de acordo com o regulamento, o Ministério Público argumentou que “a autoridade judiciária estabelece a necessidade de dar seguimento ao pedido do Ministério Público referente à imposição de prisão preventiva à acusada Jeanine Añez Chávez por um período de seis meses na Prisão de Miraflores”.

O advogado de defesa da ex-presidente, Luis Guillén, denunciou a medida, alegando que a mesma atende a decisão de um juiz de instrução criminal que “decidiu separar os processos (do golpe) e encaminhá-los a um processo anticorrupção juiz."

Bolívia dá um salto tecnológico. Na semana passada, os lados russo e boliviano deram início à construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear da Bolívia.

Em 26 de julho, durante uma cerimônia do derrame do primeiro concreto, o presidente boliviano Luis Arce e o vice-diretor da corporação russa Rosatom, Kirill Komarov, inauguraram a construção de um reator de pesquisa na Bolívia, um elemento-chave do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CIDTN, na sigla em espanhol) boliviano.

Altos funcionários visitaram as instalações já concluídas – o Complexo Cíclotron-Radiofarmácia e Pré-Clínica (CCRP) e o Centro de Irradiação Multiuso – que serão colocadas em operação nos próximos meses.

O contrato entre a empresa Rosatom e a Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) que prevê a criação do centro de pesquisa nuclear na cidade boliviana de El Alto foi assinado em 2017.

A cidade onde será localizado o futuro centro foi escolhida pelo lado boliviano. O diretor entrevistado explica os vários fatores importantes para a escolha. O primeiro ponto é a questão da acessibilidade de transporte. Além de que El Alto se encontra perto da capital econômica da Bolívia, La Paz, a plataforma do centro fica na proximidade do aeroporto de El Alto, que é a porta de entrada da cidade em relação a La Paz.

Já está sendo construída uma nova rodovia na cidade. Além do mais, o diretor expressa orgulho especial pelo fato de que o centro é construído por cidadãos da Bolívia. Agora, no local da construção trabalham cerca de 500 trabalhadores bolivianos. No centro, no futuro, também vão trabalhar especialistas bolivianos.

A principal contribuição que o projeto fornecerá para o Estado boliviano são as vantagens médicas. Os produtos radiofarmacêuticos que serão fabricados no CCRP permitirão realizar o diagnóstico de doenças oncológicas e cardiovasculares em seus estágios iniciais.

A pirataria inglesa. Como no tempo dos corsários, a Inglaterra continua fazendo uso da pirataria para enriquecer seus cofres e subjugar adversários. A decisão do Reino Unido sobre o ouro venezuelano, uma jurisprudência colonial em vias de ser tomada, pode provocar governos paralelos para o peculato de países pobres.

Assim que o governo britânico reconheceu Juan Guaidó como presidente interino no início de 2019, tornou-se legal a devolução das 31 toneladas de ouro, calculadas em mais de um bilhão de dólares, que o Banco Central da Venezuela havia depositado no Banco da Inglaterra ação que não para de crescer. Em outubro de 2020, um tribunal de apelações pediu ao Supremo Tribunal Britânico esclarecimentos sobre quem era o presidente legitimamente reconhecido por Londres, a fim de decidir quem seria a autoridade legítima responsável pelo ouro depositado.

E no último dia 19 de julho, o advogado representante do Ministério das Relações Exteriores no processo, James Eadie, confirmou que desde fevereiro de 2019 Londres “apenas” reconhece Guaidó e, portanto, “ele é o único indivíduo com autoridade reconhecida para agir em nome da Venezuela como chefe de estado”.

Este novo reconhecimento “claro e inequívoco” do Governo britânico a um autoproclamado presidente que não conta mais com o apoio da União Europeia desde 6 de janeiro de 2021, pode ser um passo decisivo para que o banco termine de ficar com o ouro venezuelano, não só de fato, mas com respaldo jurídico do tribunal superior, o que geraria jurisprudência, ou seja, uma sentença definitiva que poderia servir de guia legal para a resolução de casos semelhantes.

Feminicídio na Espanha. Com o confinamento devido à pandemia de Covid-19, as chamadas para casos de violência de gênero aumentaram na Espanha.

Em apenas dois meses, mais de 20 mulheres morreram na Espanha em consequência da violência de gênero, conforme confirmado pela Delegação do Governo contra a Violência de Gênero.

De acordo com os dados, mulheres morreram nas mãos de seus companheiros ou ex-companheiros, durante este 2021, e mais de mil desde 2003, quando passou a ser contabilizado o número de feminicídios.

A professora de Saúde Pública da Universidade de Alicante e membro do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), Carmen Vives-Cases, reconhece que “é difícil atribuir o crime a uma variável específica”.

A professora lembra ainda que o divórcio, a separação ou o rompimento do relacionamento, por parte da mulher, é um dos fatores de risco mais frequentes para que o agressor acabe cometendo um feminicídio.

O combate à violência de gênero na Espanha tem se fortalecido com o aumento dos feminicídios e estupros coletivos, como os ocorridos na última década.

Urdindo uma guerra. Mercer Street, navio-tanque de bandeira liberiana operado pela empresa Zodiac Maritime, do bilionário israelense Eyal Ofer, foi alvo de um ataque em 29 de julho a nordeste da ilha de Masirah, em Omã.

O Reino Unido e os EUA afirmaram no domingo (1º) que acreditam que o Irã realizou um ataque ao petroleiro Mercer Street, operado por empresa israelense, na costa de Omã, que matou um britânico e um romeno na quinta-feira (29). O Reino Unido disse que estava trabalhando com parceiros em uma "resposta concertada".

"Acreditamos que esse ataque foi deliberado, direcionado e uma clara violação da lei internacional pelo Irã “[…]. O Reino Unido está trabalhando com nossos parceiros internacionais sobre uma resposta concertada a este ataque inaceitável”, declarou o ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, citado pela agência Reuters.

As avaliações do Reino Unido concluíram que era altamente provável que o Irã tivesse usado um ou mais drones para realizar o ataque "ilegal e insensível". Horas depois, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que “não havia justificativa para este ataque, que segue um padrão de ataques e outros comportamentos beligerantes” de Teerã.

“Luz verde” para a guerra? Irã rejeitou o envolvimento do país no ataque contra o petroleiro Mercer Street no mar Arábico que ocorreu na quinta-feira (29).

Tel Aviv teria recebido “luz verde” de Washington e Londres para retaliar o Irã após o incidente no mar Arábico, atribuído pelos três países à República Islâmica, revelou no domingo (1º) o portal israelense Kan.

De acordo com a mídia, as autoridades israelenses estão discutindo como e quando responder, tendo entre possíveis alvos um porto iraniano ou um navio militar. Israel também planeja compartilhar informações de inteligência adicionais com outros países da região para “condenar” o Irã.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, afirmou neste domingo (1º) que Israel está criando um ambiente de insegurança, terror e violência.

Foram avisados. Institutos e serviços médicos no mundo inteiro alertaram para o risco de realizar as Olimpíadas ainda neste ano. O Japão está colhendo agora o preço da ganância das empresas patrocinadoras que não queriam abrir mão do evento.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, a cidade de Tóquio, no Japão, passou da marca de cinco mil casos diários de covid-19 na quinta-feira (05). Foram 5.042, superando o recorde anterior, de 4.166, registrado um dia antes.

Os aumentos concretizam os temores das autoridades sanitárias de que a onda de contágios, que está aumentando diariamente desde junho, teria um impulso ainda maior com a realização dos Jogos Olímpicos - que começaram no fim de julho e ainda acontecem na capital japonesa.

Outro dado preocupante é a constante alta nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo que há 135 pacientes nessa situação atualmente, o maior dado desde o início de fevereiro.

Por conta da alta, o governo japonês ampliou o estado de emergência para, praticamente, todo o país até o dia 31 de agosto. Atualmente, toda a região metropolitana de Tóquio vive nessa situação, além de Osaka, Hokkaido, Ishikawa, Hyogo e Fukuoka. A partir dessa sexta-feira (06/08), o decreto entrará em vigor também em Fukushima, Ibaraki, Tochigi, Gunma, Shizuoka, Aichi, Shiga e Kumamoto.

Segundo o ministro para a Gestão da Emergência de Covid-19, Yasutoshi Nishimura, o número de pacientes em situação grave praticamente dobrou nas últimas duas semanas, aumentando os temores sobre o quanto o sistema sanitário irá aguentar a pressão. Ainda conforme Nishimura, a disseminação da variante Delta é a principal responsável pela alta.

Será que não aprendem? O mundo inteiro conhece a história da CIA criando a Al Qaeda para combater os russos no Afeganistão. Só alguns anos mais tarde descobriram que criaram um monstro que se virou contra eles. Agora estão repetindo a besteira.

As forças dos Estados Unidos presentes ilegalmente no território da Síria criaram uma nova milícia de mercenários locais operando sob seu comando sob o nome de “Exército de Tribos”, informou a mídia.

A sede da nova formação está localizada, segundo imagens veiculadas pela mídia local, na cidade de Hamoko, município de Yaroubieh, na província nordestina de Hasakeh, próximo à fronteira com o Iraque.

Fontes citadas pelo jornal Al-Watan indicaram que Abdul Ilah Jarba, da tribo Shumar, foi nomeado pelos militares dos EUA como responsável por esta nova milícia.

Washington pretende com isso diminuir a indignação tribal com sua presença, enquanto o nome do grupo e os altos salários pagos levaram os jovens a aderirem, levando em consideração a difícil situação econômica que os moradores estão passando por causa de Washington que rouba o trigo e o petróleo bruto, e impõe um bloqueio sufocante ao país, denunciaram as fontes.

A criação do “Exército Tribal” gerou temores nas chamadas Forças Democráticas da Síria (FDS), de maioria curda, e apoiadas pelos Estados Unidos, que veem o novo corpo armado como uma força concorrente.

Nem assustam mais! EUA vão conduzir dois exercícios militares de grande escala. O primeiro é um exercício militar conjunto que envolve forças navais dos EUA, Reino Unido, Japão e Austrália, já o segundo é o Exercício Grande Escala 2021 (LSE 2021) realizado pela Marinha estadunidense, alegadamente o maior exercício naval desde 1981.

Os EUA querem impressionar a Rússia e a China flexionando seus músculos em uma jogada mal calculada, escreve jornal estatal chinês Global Times, acrescentando que nesta sexta-feira (6) Pequim dará início a exercícios militares de cinco dias em uma vasta área no mar do Sul da China entre as ilhas Hainan e Xisha como resposta ao exercício militar conjunto no Pacífico ocidental.

Nem a China nem a Rússia têm intenção de competir pelo controle dos mares com os EUA, mas ambas possuem a capacidade e determinação para negar a coerção dos EUA em áreas que dizem respeito a seus interesses fundamentais, aponta mídia.

A Marinha dos EUA construiu uma capacidade global que ajuda a manter a lealdade de seus aliados. Mas se eles envolverem em uma verdadeira guerra com a China e Rússia, sua força naval não seria capaz de sobreviver, ressalta jornal. Washington está exibindo seu poder militar em várias partes do mundo, mas Pequim não será influenciada por isso.

Ponham-se na rua! Os EUA já ostentam o título de ter a maior população moradora de rua do planeta e agora pode duplicar esse número!

No último final de semana, expirou a medida do governo estadunidense que protegia milhões de inquilinos inadimplentes do risco de despejo. Após prorrogarem o prazo da suspensão por conta da pandemia, a Casa Branca pediu ao Congresso que legislasse sobre o tema com urgência, mas os congressistas não chegaram a um acordo.

Mais de 3,5 milhões de pessoas estão ameaçadas de despejo poucos dias após o término da prorrogação da medida de proteção aos inadimplentes estabelecida pelo governo Biden, que evitou que pessoas afetadas financeiramente pela crise ligada à pandemia de covid-19 fossem colocadas para fora de casa por não conseguirem pagar seus aluguéis.

Segundo dados do censo nacional, 7,5 milhões de pessoas admitem estarem em atraso no pagamento do aluguel. A dívida global relativa a atrasos nos pagamentos já chegaria a US$ 13 bilhões.

A perspectiva de milhões de pessoas nas ruas em meio à pandemia de Covid-19 desencadeou raiva e frustração no Partido Democrata. Um comitê parlamentar propôs estender a moratória até 31 de dezembro, mas não obteve apoio suficiente, nem mesmo nas fileiras democratas, partido do presidente.

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