segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 

20% 

A caminho da estagflação.

Já tocamos de forma rápida no tema em nosso último Informativo. Agora as previsões vão se concretizando.

Neste ano, com o aumento da inflação e reajustes menores de salário, para muita gente, está ficando difícil comprar até o básico.

Na maioria dos lares brasileiros, os gastos com alimentação aumentaram e estão consumindo boa parte do orçamento. Levar só o básico do mercado seria uma saída, mas não tem sido. Economistas da PUC selecionaram 13 itens essenciais na mesa das famílias, e mediram a inflação destes produtos, em 12 meses. O resultado foi índice de 15,96%, maior do que a inflação oficial no mesmo período, que ficou em 10,25%.

O que não aumentou esse ano foi o rendimento do trabalhador: 90,5% das negociações salariais ficaram abaixo da inflação oficial. Na prática, quem está empregado está ganhando menos e pagando mais pelo que consome.

Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganho real para os trabalhadores. O levantamento é do projeto Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que analisou dados de 40 mil negociações em todo o País. A Fipe é vinculada à FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP (Universidade de São Paulo).

“Eles não conseguem repor o que perderam durante os últimos 12 meses. Para crescer o salário, nós precisamos fazer crescer a economia. Tudo isso é reflexo da economia, agravada pela inflação que já está em 2 dígitos, o que é muito ruim”, diz Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro/Fipe.

Situação vai piorando. Depois dos casos de vaca louca registrados em dois municípios brasileiros no começo de setembro, bloqueio chinês para importação da carne bovina do Brasil permanece, e pode levar setor a ter perda de R$ 1,8 bilhão em dezembro.

Na quinta-feira (4), completam-se dois meses desde que a carne bovina brasileira sofreu embargo da China após casos de vaca louca no interior de cidades brasileiras.

O entrave já levou a uma desvalorização de 11,8% no valor da arroba bovina no último mês, e à primeira queda no preço médio das carnes no mercado interno em 16 meses, de acordo com o Globo Rural.

Segundo a mídia, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estima um prejuízo de até US$ 1,8 bilhão se as exportações continuarem suspensas até dezembro.

Entre as possíveis razões para a demora, há o aumento do consumo de carne suína e de frango por parte de Pequim, produtos cuja exportação brasileira para o país cresceu, respectivamente, 30% e 21,5% no último mês comparado a igual período do ano passado.

Segundo a mídia, a China também tem aumentado a sua produção interna de proteína animal, recuperando o seu plantel de suínos em produções verticais e altamente tecnificadas. “Isso poderia, também, estar reduzindo essa dependência em relação ao Brasil”, destacou Toledo.

Equipe do miliciano agride repórteres. Seguranças italianos e brasileiros do demente trataram de forma hostil repórteres após o final da cúpula do G20 em Roma, Itália, escreveu no domingo (31) o G1.

Segundo o relato, o chefe de Estado sem partido saiu para encontrar apoiadores perto da embaixada brasileira na capital italiana, e foi questionado por correspondente da Globo enquanto era empurrado por um segurança.

“Presidente, presidente. O cara tá empurrando, gente. Presidente, por que o senhor não foi de manhã no encontro do G20?”, perguntou Leonardo Monteiro.

“É a Globo? Você não tem vergonha na cara....”, retrucou o miliciano.

O jornalista repetiu a questão, e em seguida o presidente brasileiro repetiu: “Vocês não têm vergonha na cara, rapaz”. Leonardo foi então empurrado.

O G1 citou um jornalista do UOL como dizendo que tentou filmar a violência contra outros repórteres, mas que o segurança o empurrou, o agarrou pelo braço para torcê-lo, e levou seu celular, o qual jogou num canto da rua. Depois disso o segurança foi embora e seguiu em direção a Bolsonaro, não sendo possível descobrir sua identidade, ou se o presidente do Brasil presenciou as agressões.

Como relata a mídia, uma assistente da Globo também foi intimidada por apoiadores de Jair Bolsonaro quando tentava gravar imagens do presidente, antes de ser socorrida por um repórter da BBC.

Demente e grosseiro. Não é a primeira vez que o ex-capitão “fala mal” de lideranças indígenas, em 2019, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, ele criticou cacique Raoni.

Em conversa com apoiadores na quarta-feira (3), o demente disse que a liderança indígena brasileira presente na COP26, representada por Txai Suruí, foi ao evento para “atacar o Brasil” e que em nenhuma outra nação as pessoas criticam seu próprio país, segundo a Folha de São Paulo.

“Estão reclamando que eu não fui para Glasgow. Levaram uma índia para lá, para substituir o [cacique] Raoni, para atacar o Brasil. Alguém viu algum alemão atacando a energia fóssil da Alemanha? Alguém já viu atacando a França porque lá a legislação ambiental não é nada perto da nossa? Ninguém critica o próprio país. Alguém viu o norte-americano criticando as queimadas lá no estado da Califórnia. É só aqui”, queixou-se diante do Palácio da Alvorada.

O presidente não citou diretamente Suruí, mas a referência ficou clara a partir do momento que a jovem indígena fez história ao discursar na abertura da COP26, evento que reuniu diversos líderes como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson e o presidente norte-americano, Joe Biden.

A ativista ressaltou os efeitos do aquecimento global e mencionou o assassinato de defensores do meio ambiente.

O relatório mais recente da ONG Global Witness aponta que o Brasil é o quarto país com mais assassinatos de defensores ambientais.

E não cansa de passar vergonha. O insano brasileiro cometeu uma gafe na viagem que fez pela Itália. Após conversar com o enviado especial dos EUA para questões climáticas, John Kerry, ele disse que havia se reunido com “Jim Carrey”, ator e humorista estadunidense.

“Conversei com o Jim Carrey também, alguma coisa reservada. Desculpa, não posso falar com vocês”, disse o presidente a jornalistas em Anguillanera Veneta, na segunda-feira (1).

Como se não bastasse, ele volta a falar besteira na quinta-feira (dia 4), ao falar que visitou a Torre de Pisa durante sua viagem na Itália, realizada nos últimos dias. Bolsonaro chamou o tradicional ponto turístico italiano de “Torre de Pizza”.

“Eu ando pelo Brasil, pelo mundo também. Estive há pouco na Itália. Todo o percurso fiz de carro, total (de) duas horas, tinha internet. Mas me marcou quando fui visitar a Torre de Pizza. Um garoto perguntou: “E a Amazônia? Está pegando fogo?”. Ele disse a besteira na frente de vários jornalistas durante o leilão do 5G.

Nicarágua vai às urnas. No próximo domingo, 7 de novembro, a Nicarágua realizará eleições para escolher o presidente, o vice-presidente e os deputados à Assembleia Nacional (AN) e ao Parlamento Centro-Americano (Parlacen).

Na quarta-feira (03), faltando quatro dias para as eleições gerais de 2021 na Nicarágua, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) liderava a intenção de votar com 70,7 por cento, de acordo com os resultados da pesquisa M&R Consultores.

Os resultados da pesquisa demonstram o alto nível de aceitação dos candidatos da FSLN e do Presidente Daniel Ortega por parte do povo nicaraguense.

Os avanços da Nicarágua. Quando Daniel Ortega voltou à presidência em 10 de janeiro de 2007, após vencer as eleições gerais, encontrou um país devastado por 16 anos de governos conservadores. Os serviços públicos foram prejudicados por cortes orçamentários sucessivos ou simplesmente desapareceram. A saúde, por exemplo, foi privatizada, deixando a grande maioria da população indefesa e fora do sistema, especialmente aqueles com menos recursos. As receitas neoliberais promovidas desde Washington e postas em prática por seus alunos locais a serviço do capital, despojaram o Estado de seu papel de garantidor da justiça social, e redistribuidor de riquezas e protetor da cidadania.

A Frente Sandinista de Libertação Nacional, com um programa baseado em drástica virada social, venceu claramente as eleições diante de uma oposição fragmentada que, para o eleitorado, representou apenas uma continuidade em benefício da classe oligárquica. Imediatamente, após a vitória nas urnas, ele implantou um ambicioso pacote de medidas de combate à pobreza, coordenado pela então primeira-dama, Rosário Murillo. Os mais conhecidos foram Moradia Digna, Fome Zero e Usura Zero que, aos poucos, foram alcançando seus objetivos e elevando a qualidade de vida do povo nicaraguense, como nunca havia acontecido no período neoliberal.

O fato é que o país centro-americano está bem equipado para resistir a muitos tipos de sanções externas, graças às várias reformas empreendidas pela Frente nos últimos anos. Por outro lado, possui uma enorme taxa de soberania alimentar, o que significa que mais de 80% dos produtos consumidos na Nicarágua são originários de seu território, impossibilitando as fomes que os EUA gostam de provocar em muitos dos países. seguindo seus desenhos ou pela utilização de recursos naturais endógenos em benefício de sua população. Por outro lado, conseguir um abastecimento energético com 70% de energias renováveis ​​de fontes internas, o que confere ao Estado uma camada de invulnerabilidade bastante apreciável num contexto em que as guerras de 4ª geração são a tendência mais comum nos ataques impérios.

Os adversários manobrados pelos EUA. Uma grande quantidade de candidatos, apoiados pela Casa Branca, vai tentar vencer a Frente Sandinista.

Tem fantoches para todos os gostos. 1) Partido Liberal Constitucionalista apresenta Walter Espinoza que fez parte do governo neoliberal anterior e é deputado; 2) Partido Liberal Independente com o candidato Mauricio Orue Vásquez, advogado, formado em Teologia e Psicologia; além disso, foi eleito deputado à Assembleia Nacional; 3) Aliança Liberal da Nicarágua apresenta o também advogado Marcelo Montiel; 4) Caminho Cristão da Nicarágua escolheu o pastor Guillermo Osorno, atualmente deputado; 5) Aliança Para a República tem com candidato mais um advogado, Gerson Gutiérrez.

Afinal, quem são os terroristas? Os EUA pretendem continuar apoiando grupos antissandinistas na Nicarágua após a eleição presidencial de domingo (7) e já determinaram que, se Daniel Ortega vencer, seu mandato não será considerado democrático.

Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse aos jornalistas na sexta-feira (5) que os EUA manterão sua presença na Nicarágua após a eleição presidencial e pretendem apoiar aqueles que trabalham para restaurar a democracia.

Os EUA considerarão a Nicarágua uma ditadura se Ortega vencer, afirmando que seu mandato não será considerado democrático, segundo a Reuters.

Os comentários foram feitos após a Câmara dos Representantes dos EUA aprovar na quarta-feira (3) a lei RENACER, que imporá sanções contra a Nicarágua e seu acesso a recursos financeiros internacionais.

O projeto, que o presidente Joe Biden ainda não assinou, também pede que ele reconsidere a adesão da Nicarágua ao acordo de comércio livre CAFTA, que permite à Nicarágua exportar produtos a preços baixos para os EUA.

Então, quem quer destruir a democracia? Quem é o terrorista?

Suspense nas eleições chilenas. Pesquisa do instituto Activa, divulgada no final de semana pelo Canal 13 do Chile, mostra que o candidato da esquerda à Presidência, Gabriel Boric, e o da extrema direita, José Antonio Kast, estão empatados em um hipotético segundo turno, se o universo considerado for de todos os adultos habilitados a votar.

O voto no Chile não é obrigatório. Entre votantes prováveis, Boric ainda tem vantagem, mas ela diminuiu de 22 pontos percentuais para 6 p.p. em apenas 15 dias.

O primeiro turno está marcado para 21 de novembro; o segundo, para 19 de dezembro.

Se considerado o universo de adultos, diferença é de 0,1 p.p.; se somente eleitores prováveis forem considerados, Boric lidera sobre Kast, mas diferença caiu 18 p.p.

16 anos sem a ALCA. 16 anos depois do grave revés que a derrota da ALCA na cúpula de Mar del Plata representou para os EUA, a América Latina hoje respira luta pela construção da Grande Pátria.

Com o avanço de governos neoliberais que derrubaram tudo que avançavam em busca da unidade e a nova instalação de guerras judiciais (lawfare) que buscam banir os líderes políticos, o retorno à democracia na Bolívia após o golpe de Estado em Evo Morales e a libertação de Luis Inácio Lula da Silva no Brasil hoje dá força ao movimento progressista no continente.

Os 16 anos da derrota política estadunidense diante de George W. Bush em Mar del Plata, com presidentes como Néstor Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Lula que não se deixaram derrotar, passe por momentos de esperança.

Nestes tempos turbulentos que vive o continente mais desigual, atingido pela Covid-19, a esperança de uma região melhor continua e isso também é imaginado por outro dos líderes daquele histórico acontecimento em Mar del Plata, que esteve presente naquele nomeação quando ainda não pensava em chegar à presidência da Bolívia.

Também em visita à Argentina para apresentar um livro sobre como conseguiu deixar seu país após o golpe de 2019, Evo Morales se convenceu de que “não estamos longe de voltar aos tempos de Nestor Kirchner, Hugo Chávez, Lula. Apesar da investida do império, ele previu que no próximo ano Lula será presidente novamente.

A direita avança na França? Frente à ascensão de Éric Zemmour nas pesquisas, algumas pessoas à esquerda estão inclinadas a pensar que se trata apenas de uma bolha midiática e ficam sentadas à espera que ela acabe sozinha.

O aspecto mais óbvio do problema é que Zemmour é uma construção midiática. Isto não data da criação do império Bolloré, que fez do ideólogo - que foi duas vezes condenado por incitamento ao ódio racial - a sua principal atração no canal de notícias CNews.

A criação do personagem midiático pode mesmo ser rastreada até à publicação do Premier sexe, um manifesto machista para o qual Zemmour roubou certas “ideias” desenvolvidas antes dele pelo ideólogo neofascista Alain Soral, nomeadamente no que diz respeito à “feminização das sociedades” ou à “desvitalização dos homens”. O livro afirmava a inferioridade congênita das mulheres e o domínio necessário dos homens (secretamente desejado pelas mulheres, segundo a psicanálise de quinta categoria desenvolvida por Zemmour e Soral).

Zemmour não é apenas um artefato midiático e das pesquisas; representa também uma alternativa possível para algumas franjas da burguesia. Os patrões não gostam de incerteza e nunca põem todos os seus ovos no mesmo cesto. Nos EUA, a burguesia financia - geralmente de acordo com os interesses específicos de cada uma das suas frações - tanto o partido Republicano como o Democrata (Clinton e Biden receberam mesmo mais dinheiro do que Trump). Do mesmo modo, na Alemanha nos anos 1930, os capitalistas alemães financiaram todos os partidos de direita e de extrema direita, incluindo os nazistas.

Tem-se dito muito nos últimos vinte anos que o discurso racista se tornou um lugar comum nos principais meios de comunicação social e entre os “responsáveis” políticos. A novidade é o aparecimento nos “grandes” meios de comunicação - canais de notícias 24 horas e estações de rádio comerciais - de um enxame de pseudojornalistas de extrema direita (de Valeurs Actuelles, Causeur, L'Incorrect etc.) e a presença quase permanente de porta-vozes da FN/RN, ao lado de velhos veteranos da direita reacionária e racista (Rioufol, Thréard, etc.) que, em contato com esta jovem guarda, estão se radicalizando cada vez mais. Isto é verdade para os canais de Bolloré, mas não está de modo algum limitado a eles; quer se assista à BFM ou LCI, ou se pensarmos na chegada de Devecchio à France Inter.

Um conselho para Biden. O Irã sugeriu que os EUA aprendam com suas derrotas para evitar outra nas negociações sobre a reativação do Plano Integral de Ação Conjunta (PIAC) ou acordo nuclear.

O governo dos Estados Unidos abandonou esse consentimento em maio de 2018, a mando do então presidente Donald Trump, e voltou a impor medidas opressivas contra a República Islâmica.

E em nenhum caso trouxe mudanças nas posições de Teerã que responderam à chamada política de pressão máxima com resistência máxima.

De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, fazer ameaças nunca foi útil para lidar com o Irã.

As propostas dos EUA na região o levaram ao fracasso, disse ele, e o mundo testemunhou essas derrotas, e se ele continuar com sua ferramenta de sanções, adicionará outra perante a nação dos persas, disse ele.

Os EUA, que colocaram o PIAC em crise, tiveram que levar em conta as lições do passado, Khatibzadeh se inscreveu em uma mensagem nas redes sociais.

Mas “eles” não aprendem. Um grupo de senadores republicanos dos EUA apresentou um projeto de lei de apoio militar a Taiwan no valor de US$ 2 bi, para evitar que a China "domine militarmente" a ilha.

Um grupo de senadores republicanos acaba de apresentar um projeto de lei que reservaria US$ 2 bilhões (R$ 11,15 bilhões) por ano em ajuda militar a Taiwan para garantir que a ilha seja capaz de fazer frente à China, que a considera uma província chinesa rebelde.

O projeto, chamado Política de Dissuasão em Relação a Taiwan, foi apresentado no Senado dos EUA nesta quinta-feira (4) pelo senador republicano Jim Risch, que ocupa o mais alto cargo do partido no Comitê de Relações Exteriores do Senado, apoiado por outros cinco senadores.

O projeto de lei exigiria que o Departamento de Estado dos EUA reservasse anualmente US$ 2 bilhões no programa de assistência de financiamento militar ao exterior a partir de 2023, desde que Taipé se comprometa a igualar os gastos em uma base dólar-por-dólar.

O projeto propõe, também, que os EUA “projetem para exportação para Taiwan capacidades críticas destinadas a manter um equilíbrio militar favorável na região incluindo [sistemas de mísseis] de precisão de longo alcance, sistemas de defesa aérea e de mísseis, mísseis de cruzeiro antinavio, mísseis de cruzeiro de ataque terrestre, sistemas hipersônicos convencionais, capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento, e sistemas de comando e controle”.

No entanto, as justificativas do projeto deixam claro que os legisladores veem a defesa de Taiwan como algo não tanto feito para benefício do Taiwan, mas principalmente para proteger os interesses estratégicos dos EUA na região, o mais importante dos quais é controlar e limitar a contínua expansão do poder político, militar e econômico chinês.

Mais ataques estadunidenses. Na terça-feira (2), a capital afegã foi alvo de duas explosões, que mataram pelo menos 25 pessoas e feriram outras 50.

De acordo com relatos, um comandante sênior do Talibã morreu durante o ataque a um hospital militar de Cabul.

Hamdullah Mokhlis, que era membro da rede Haqqani e oficial das forças especiais Badri, foi um dos combatentes mortos durante o conflito com os agressores, segundo a agência de notícias AFP.

A situação no país continua difícil após o Talibã assumir o poder em agosto. Enquanto isso, relatos sugerem que os antigos responsáveis pela segurança do país se juntaram ao grupo terrorista Daesh desde o colapso do governo, após a retirada dos militares norte-americanos.

Greve no país dos sonhos? Mais de 10.000 membros do sindicato UAW United Auto Workers permanecerão em greve contra a fabricante de equipamentos agrícolas e de construção John Deere depois que os sócios-trabalhadores votaram contra um segundo acordo trabalhista provisório com a empresa na terça-feira, 2 de novembro.

A votação foi muito mais próxima desta vez, com 45% votando a favor do acordo proposto de seis anos e 55% contra. Uma tentativa anterior de acordo alcançado em 1º de outubro foi rejeitada por 90% dos membros em uma votação de ratificação concluída em 10 de outubro.

Muitos dos que votaram contra os dois acordos rejeitados aparentemente sentiram que, apesar dos aumentos salariais e melhores benefícios oferecidos, a empresa poderia pagar ainda mais em uma época de lucros recordes. A greve contra a Deere em 14 instalações, principalmente no mei0-oeste, começou em 14 de outubro.

A empresa disse que o acordo recém-rejeitado incluía um aumento salarial imediato de 10% e 30% ao longo da vigência do contrato, um bônus de assinatura de US $ 8.500 e cobertura de saúde sem custos diretos para membros para prêmios, franquias e cosseguro, benefícios de aposentadoria melhorados e nova licença parental remunerada.

A greve é vista como um exemplo de postura mais linha-dura dos membros do sindicato, em parte encorajada pelos empregadores que têm dificuldade em encontrar trabalhadores para preencher um número quase recorde de vagas de emprego. Alguns especialistas em trabalho e economistas apontam para a taxa recorde de trabalhadores não sindicalizados que abandonam seus empregos em todo o país como um sinal de que os trabalhadores estão exigindo mais de seus empregadores e de seus empregos do que no passado.

Mais uma greve? Em 14 de setembro de 2021, uma jovem de Louisiana chamada Beth McGrath postou um vídeo dela mesma trabalhando no Walmart no Facebook. Sua linguagem corporal mostra uma energia febril enquanto ele encontra coragem para falar pelo interfone e anunciar sua demissão aos compradores. “Todo mundo aqui trabalha com excesso de trabalho e é mal pago”, ele começa, antes de denunciar alguns dos gerentes por seu comportamento impróprio e insultuoso. “Espero que eles não falem com suas famílias como falam conosco”.

A gravidade da situação foi confirmada pelo último relatório do Bureau of Labor Statistics (BLS) (12 de outubro de 2021), que indica que um recorde de 2,9% da força de trabalho abandonou o emprego em agosto de 2021, o que equivale a 4,3 milhões demissões.

O número de greves e trabalhadores em greve poderia ser muito maior se a taxa de sindicalização fosse maior. Trabalhadores não sindicalizados, como Beth McGrath e Shana Ragland, contratados por empresas historicamente antissindicais como o Walmart, poderiam ter organizado seus colegas de trabalho em vez de recorrer a renúncias individuais divulgadas. Embora as mensagens de demissão nas redes sociais tenham um impacto significativo nas discussões sobre o descontentamento dos trabalhadores, elas têm pouco impacto direto nas vidas dos trabalhadores e colegas que deixam para trás.

Um exemplo de como a organização sindical fez uma diferença concreta nas condições de trabalho é o novo contrato que acaba de ser ratificado por 7.000 trabalhadores das farmácias Rite Aid e CVS (Consumer Value Store) em Los Angeles. O sindicato United Food and Commercial Workers Local 770 negociou um aumento salarial de quase 10% para os trabalhadores, bem como benefícios e padrões de segurança aprimorados.

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