O Brasil que o insano criou!
Os dados da ONU apontam que, entre as mais de 170
economias analisadas, o Brasil terá o terceiro pior desempenho, com alta de
0,5%, à frente somente de Guiné Equatorial e Mianmar. O jornal Monitor
Mercantil mostrou que o PIB brasileiro terá a menor alta na América Latina.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(Cepal) prevê para 2022 um crescimento médio de 2,1% para a região, bem abaixo
dos 6,2% registrados em 2021. O Caribe crescerá 6,1% (excluindo a Guiana), a
América Central, 4,5%, enquanto a América do Sul crescerá 1,4%.
O Brasil puxa a fila para baixo. A previsão da Cepal é
que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País será de apenas
0,5%, a menor da região. Entre os mais baixos, vêm Suriname (1,5%) e Chile
(1,9%).
A situação do Brasil pode ficar ainda pior, pois há
economistas, inclusive do mercado financeiro, que não descartam uma recessão em
2022, com o PIB brasileiro caindo 0,5%, em vez de subir.
Em 2021, 11 países da América Latina e do Caribe
conseguiram recuperar os níveis do PIB anteriores à crise. Em 2022, outros três
seriam agregados, totalizando 14 países dos 33 que compõem a região.
De acordo com a Cepal, o crescimento médio esperado de
2,1% para este ano reflete uma alta heterogeneidade entre países e sub-regiões:
o Caribe crescerá 6,1% (excluindo a Guiana), a América Central crescerá 4,5%,
enquanto a América do Sul crescerá 1,4%. “A desaceleração esperada na região em
2022, juntamente com os problemas estruturais de baixo investimento e produtividade,
pobreza e desigualdade, requerem que o fortalecimento do crescimento seja um
elemento central das políticas, ao mesmo tempo em que são consideradas as pressões
inflacionárias e os riscos macrofinanceiros”, disse Bárcena.
Em outro âmbito, o relatório aponta que o financiamento
para o desenvolvimento também é fundamental para apoiar os espaços de política
e de investimento. E que é necessário ampliar e redistribuir a liquidez desde
os países desenvolvidos até os países em desenvolvimento; fortalecer os bancos
de desenvolvimento; reformar a arquitetura da dívida internacional;
proporcionar aos países um conjunto de instrumentos inovadores destinados a
aumentar a capacidade de pagamento da dívida e evitar o endividamento
excessivo.
Diminui a previsão de crescimento. O mercado financeiro diminuiu mais uma vez a previsão
para o crescimento da economia brasileira neste ano. As projeções constam do
segundo Boletim Focus de 2022, que aponta um crescimento do Produto Interno
Bruto de 0,28%, ante os 0,36% projetado na primeira semana do ano.
O boletim, divulgado pelo Banco Central, reúne a
projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na última
semana de 2021, a previsão do mercado era de um crescimento de 0,42% e há quatro
semanas, a previsão era de 0,50%.
O mercado também reduziu a previsão de crescimento do
PIB para 2023, de 1,8% para 1,7%. Há quatro semanas a projeção era de
crescimento de 1,9%.
Para 2022, o mercado financeiro manteve a estimativa de
inflação das duas últimas semanas, com o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) ficando em 5,03%. Já para 2023, o mercado reduziu a
expectativa de inflação para 3,36%, ante os 3,41% da semana passada. Em 2024, a
previsão é mesma da semana passada com inflação em 3%.
O demente e o funcionalismo. O insano que governa o Brasil sabe que precisa da força
militar e policial para manter uma aparência de poder que já não tem. Depois de
retirar os militares da reforma administrativa, mantendo todas as mordomias,
agora assinou decreto concedendo aumento salarial apenas para os policiais e
deixando o funcionalismo “a ver navios”. O resultado já está se fazendo sentir.
Dois mil funcionários comissionados do Banco Central
entregaram seus cargos em protesto à decisão do Governo Federal de incluir no
orçamento de 2022 reajuste salarial apenas para as carreiras ligadas à polícia.
A informação é do sindicato dos funcionários do BC (Sinal).
Na terça-feira, os sindicalistas se reuniram com o
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com a diretora de
Administração, Carolina Barros, para tratar da demanda pela reestruturação de
carreira e da redução das “assimetrias remuneratórias” com o topo do Executivo.
Os servidores alegam perdas inflacionárias acumuladas
nos últimos anos e os possíveis impactos para o BC de um tratamento
diferenciado em relação a “órgãos de semelhante importância para o Estado
brasileiro, como a possibilidade de evasão de quadros”.
E não é tudo! Mais 80 delegados da Receita Federal do
Estado de São Paulo entregaram os cargos na quarta-feira, de acordo com o Sindifisco
estadual. Já são mais de 1.300 cargos de chefia entregues desde o início da
paralisação, iniciada em dezembro.
As informações são do portal Congresso em Foco. Segundo
a publicação, “apesar de os delegados deixarem os postos, existe outro ‘cabo de
guerra’ por trás das exonerações, já que o governo resiste em publicá-las no
Diário Oficial.”
Outro indicativo aprovado pela categoria durante a AGNU
trata da entrega ostensiva de todos os cargos em comissão, funções de chefia e
encargos em todos os níveis hierárquicos na Receita Federal (aprovado por 83%
dos votos). Os analistas-tributários que aderirem a esta medida devem entrar em
contato com os representantes locais de suas respectivas Delegacia Sindicais
(DS), que fornecerão instruções sobre os procedimentos a serem adotados para o
pedido de exoneração ou de dispensa. Por sua vez, os representantes locais encaminharão
à DEN a relação de analistas-tributários demissionários para fins de tabulação
nacional e acompanhamento.
Servidores planejam greve. Reajuste
do governo do ex-capitão insano prometido às polícias federais criou uma crise
no funcionalismo público. Servidores federais planejam paralisações para o dia
18 de janeiro.
Enquanto sofre a pressão de ao menos 19 categorias de servidores
que podem “cruzar os braços” no próximo dia 18, o maluco foi avisado dos riscos
caso a concessão de reajustes para apenas uma categoria pare na Justiça, com o
governo obrigado a dar o aumento para todo funcionalismo público.
Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi consultado
pelo governo e alertou para o problema, afirmando que se tiver aumento para uma
categoria, acabará tendo para todos, escreve o Estado de São Paulo. A publicação enfatiza que o presidente tem
recebido alertas de que o reajuste é gatilho de uma potencial crise mais séria.
Com as demissões voluntárias na Receita ao longo de
janeiro, nos últimos dias, operações dos auditores causaram transtornos em
portos e na fronteira do Brasil com a Venezuela.
Há cinco anos sem qualquer reajuste, a maioria dos servidores
do Executivo protesta diante da postura do governo. Além da luta por
readequação salarial, os servidores estão empenhados, no próximo dia 18, em protestar
contra a PEC 32 e a Emenda Constitucional 95, o teto de gastos.
Um troglodita no poder! O
demente que governa o país não tem qualquer noção de relações internacionais,
multilateralismo, diplomacia e outras coisas necessárias a um Estadista. Tudo o
que ele sabe de relações internacionais e “amar” Donald Trump e continuar
lambendo suas botas, mesmo depois de sua saída da presidência estadunidense.
Ao fazer constantes declarações demonstrando seu posicionamento
pessoal diante de líderes latino-americanos, o insano cria graves consequências
para política externa brasileira.
No dia 19 de dezembro, o candidato de esquerda, Gabriel
Boric (Convergência Social) ganhou as eleições no Chile ao concorrer com
candidato da extrema direita, José Antonio Kast (Partido Republicano). Desde
então, os filhos parlamentares do ex-capitão, assim como o próprio, vêm criticando
a chegada do esquerdista ao poder, e na quarta-feira (12) disse que não vai à
posse de Boric que acontecerá no dia 11 de março, segundo o UOL.
A postura hostil brasileira em relação ao Chile, se
estende a conduta com a Argentina, outro país que, publicamente, o insano faz
críticas dando alfinetadas no mandatário argentino, Alberto Fernández.
No final de dezembro, o novo presidente chileno começou
a apresentar suas diretrizes para política externa do país e deixou claro que,
dentro deste tópico, Santiago vai priorizar as parcerias com a Aliança do
Pacífico, grupo econômico formado por Chile, Colômbia, Peru e México.
"Vamos dar prioridade à Aliança do Pacífico no futuro.
Já falei com vários dos presidentes, em particular com (Andrés) Manuel López
Obrador do México, com o presidente (Iván) Duque da Colômbia, e também temos
estado em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Peru", disse
Boric citado pela RFI.
Ou seja, um presidente que entende de multilateralismo
e unidade latino-americana e um idiota que não sabe nem onde fica o seu país.
Argentina julga ditadura militar brasileira. Mais um
desconforto para o ex-capitão que idolatra os ditadores e torturadores.
A Justiça da Argentina determinou a abertura de uma
investigação para apurar a responsabilidade pelo sequestro e desaparecimento do
brasileiro Edmur Péricles Camargo, ocorrido em Buenos Aires, no dia 16 de junho
de 1971. O militante, que vivia exilado no Chile, era perseguido pela ditadura
militar brasileira (1964-1985).
A decisão, publicada no dia 30 de dezembro, veio após a
justiça acatar uma denúncia apresentada pelo presidente do Movimento de Justiça
e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, e pelo ativista e Prêmio Nobel da Paz
argentino, Adolfo Pérez Esquivel.
Camargo, que integrou a Aliança Libertadora Nacional
(ALN), grupo guerrilheiro liderado por Carlos Marighella, foi um dos presos
políticos trocados na libertação do ex-embaixador suíço Giovanni Bucher,
sequestrado pela organização armada Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), em
1970.
Após se exilar no Chile, o militante foi preso
clandestinamente no Aeroporto de Ezeiza, província de Buenos Aires, em 1971,
durante uma escala do voo que havia saído de Santiago com destino a Montevidéu,
e entregue às autoridades brasileiras que o estavam esperando.
A denúncia feita por Krischke e Esquivel cita os
brasileiros Sebastião José Ramos de Castro, general da reserva, ex-chefe do
Serviço Nacional de Informação (SNI), Miguel Cunha Lana, coronel aviador, e
Paulo Sérgio Nero, diplomata e ex-chefe do Centro de Informações no Exterior (CIEX),
em Buenos Aires, e pede à Justiça que identifique os agentes da ditadura
argentina envolvidos no crime.
Daniel Ortega assume presidência. A posse
na Nicarágua do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo
foi mediada em 10 de janeiro pela assinatura de quatro acordos de cooperação
com a China.
Sem dúvida, o novo período do executivo da Frente
Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) contará com o estreito apoio do país
asiático, já que o próprio presidente Xi Jinping expressou sua satisfação com o
restabelecimento das relações diplomáticas e o reconhecimento de uma única
China.
A delegação que participou da tomada de posse dos mais
altos cargos de liderança do país, liderada por Cao Jianming, vice-presidente
da Assembleia Nacional Popular, reconheceu a liderança da FSLN em projetos de
benefício ao cidadão e na promoção do desenvolvimento socioeconômico.
Na cerimônia de posse, com a presença de três
presidentes: Miguel Díaz-Canel, de Cuba; Nicolás Maduro, da Venezuela, e Juan
Orlando Hernández, de Honduras, o líder nicaraguense manifestou seu compromisso
de continuar a luta pela defesa da soberania, independência e autodeterminação.
Ortega exigiu que o governo dos EUA respeite a sentença
de 27 de junho de 1986 da Corte Internacional de Justiça, que estabelece uma indenização
para a Nicarágua pelo financiamento e organização de atividades militares
contra o governo e o povo da nação centro-americana. “Eles dizem que respeitam
a lei, portanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, tem a oportunidade neste
momento de fazer uma virada histórica e corajosa, com a qual nos compensa, é um
ato de justiça e não de esmola”, alertou. o chefe de estado.
A China tem numerosos acordos de cooperação com nações
latino-americanas e caribenhas, que começaram na Nicarágua na década de 1960,
continuaram após o triunfo da Revolução Sandinista em 19 de julho de 1979 e
sofreram uma interrupção abrupta em 1990.
O novo período 2022-2027 também avança com outras
mudanças na política externa, entre elas, o processo de saída da Organização
dos Estados Americanos, decisão assumida pelos diferentes poderes estatais
diante das reiteradas violações cometidas pelo fórum regional.
Presidentes na posse de Xiomara Castro. Honduras
confirmou a presença de pelo menos 15 líderes internacionais, incluindo
presidentes, vice-presidentes e chanceleres de países como EUA, El Salvador,
Panamá, México e Venezuela na posse de Xiomara Castro.
A Comissão de Transferência do Comando Presidencial
mantém reuniões diárias com o Ministério das Relações Exteriores, a Polícia
Nacional, as Forças Armadas, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos de socorro,
para prestar assistência e segurança.
De acordo com os membros da equipe designada pela
presidenta Xiomara, do Partido Libertad y Refundación (Libre), as forças de
segurança colocarão tropas nas ruas para proteger os participantes da cerimônia
de posse no dia 27 de janeiro no Estádio Nacional.
Em relação aos representantes internacionais, a
comissão confirma Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos; Nayib
Bukele, presidente de El Salvador; Laurentino Cortizo, presidente do Panamá;
Marcelo Ebrard, Ministro das Relações Exteriores do México e Johny Briceño,
Primeiro Ministro de Belize.
A lista também inclui Evelyn Wever-Croes,
primeira-ministra de Aruba; Takashi Uto, secretário da Liga Parlamentar do
Japão; Félix Plasencia e Rander Peña, ministro das Relações Exteriores e
vice-chanceler da Venezuela, respectivamente, e Gabriel Boric, presidente
eleito do Chile.
Outras figuras convocadas são: o ex-presidente da
República Dominicana Leonel Fernández; o ex-governante da Espanha Jorge Luis
Rodríguez Zapatero; a vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández; o
ex-presidente da Bolívia Evo Morales e o ex-presidente do Paraguai Fernando
Lugo.
Julgamento da golpista! Um
tribunal boliviano anunciou a abertura formal do primeiro julgamento ordinário
contra a golpista Jeanine Áñez (2019-2020) por crimes do golpe de novembro de
2019, pelo qual ela pode receber uma sentença de até dez anos de prisão, segundo
o promotor de justiça, Marcelo Valdez.
A advogada que representa a ex-deputada socialista
Lidia Patty, principal acusadora, não especificou quando começaria o julgamento
oral, mas o vice-ministro da Justiça, Jaime Siles, antecipou que as audiências
ocorreriam no primeiro trimestre deste ano, já que após o seu início não deve
decorrer mais de 45 dias. E ela aguarda julgamento em prisão preventiva desde
março de 2021.
Valdez também comentou que Áñez e ex-comandantes
militares e policiais serão processados no
primeiro julgamento, todos na condição de ex-funcionários que, segundo a
acusação, violaram a Constituição ao consumar a derrubada de Evo Morales
(2006-2019).
Áñez deve justificar no processo por que se
autoproclamou presidente do Senado, o que viola o regulamento dessa câmara,
para depois se autoproclamar “presidente transitória” do país na câmara
legislativa, mas sem a presença de parlamentares suficientes para permitir uma
sessão, disse Valdez.
Em 30 de novembro, no âmbito das investigações do caso Golpe
de Estado II, a promotoria da cidade de La Paz apresentou a denúncia formal
contra o ex-governador de fato, pelos crimes de violação de deveres e
resoluções contrárias a a Constituição e as leis.
Assassinatos foram escondidos pelos EUA. Um
longo artigo publicado em duas partes em 19 de dezembro no The New York Times e
em 31 de dezembro na revista Times Sunday revela que, desde 2014, milhares de
não-combatentes foram mortos em mais de 50.000 ataques de drones dos EUA no
Iraque, Afeganistão e Síria. Este fato foi ocultado pelo governo dos EUA sob
três presidências sucessivas: Obama, Trump e Biden.
O artigo do jornalista Azmat Kahn é baseado em uma
coleção de documentos internos do Pentágono, bem como reportagens locais de
dezenas de locais-alvo e entrevistas com vários sobreviventes. É fruto de cinco
anos de pesquisa.
A campanha aérea representa uma transformação
fundamental da arte da guerra que ocorreu nos anos finais da presidência de
Obama, diante da crescente impopularidade das intermináveis guerras que ceifaram a vida de mais de 6.000 militares
americanos. Os EUA trocaram dezenas de botas no solo por um arsenal de drones
pilotados por controladores sentados em computadores, muitas vezes a milhares
de quilômetros de distância. O presidente Obama a chamou de "a campanha
aérea mais precisa da história". Esta era a promessa: a
"extraordinária tecnologia" dos Estados Unidos permitiria que os
militares eliminassem o inimigo, tomando o máximo cuidado para não prejudicar
pessoas inocentes. «
O que eles contaram – de forma consistente e confiável
– ajuda a explicar como os EUA perderam o país, como a guerra de ataque aéreo e
o apoio às forças de segurança corruptas [do governo fantoche] abriram o
caminho para o retorno do Talibã. Em média, cada família perdeu cinco parentes
civis. A grande maioria dessas mortes foi devido a ataques aéreos, quase sempre
durante ataques [das forças de segurança]. Muitas pessoas reconheceram que
tinham parentes entre os combatentes do Talibã, mas a maioria das vítimas eram
civis. (Matéria em Rebelión)
Vai ter mais... Teerã lembrou
o segundo aniversário do assassinato do comandante da Força Quds do IRGC,
Qassem Soleimani, na semana passada. O general foi morto em um ataque de drone
em janeiro de 2020. O Irã respondeu lançando mais de uma dúzia de mísseis em
duas bases dos EUA no Iraque.
Agora o país diz que apenas “parte” das medidas de
retaliação em resposta ao assassinato de Qassem Soleimani foram aplicadas,
alertou o comandante-chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC,
na sigla em inglês), Hossein Salami.
“Executamos parte da dura vingança, e outra parte ainda
falta. Todo mundo está definitivamente ciente disso. As autoridades dos EUA
devem ter em mente que é impossível realizar um ato de agressão a uma nação e
evitar uma vingança recíproca”, disse Salami, falando em uma cerimônia em
Teerã, citado por Tasnim e PressTV.
A morte de Soleimani continua ressoando nas mentes de
muitos iranianos e do povo do Oriente Médio, em parte porque ele era visto como
estando além do sistema de governo republicano islâmico do Irã e, como foi
recentemente descrito pelo presidente Ebrahim Raisi, como alguém "pertencente
a nenhum agrupamento político". As atividades antiterroristas de
Soleimani, disse Raisi, ajudaram a salvar muçulmanos xiitas e sunitas, cristãos,
yazidis e todos os seguidores das religiões abraâmicas em todo o Oriente Médio
do flagelo do extremismo islâmico.
Israel está se armando para fazer guerra com
Irã. Primeiro-ministro de Israel diz que rearmamento é
importante para sobrevivência do Estado judeu, enquanto mídia israelense afirma
que as declarações ocorrem durante o planejamento de possível ataque de Tel
Aviv às bases nucleares de Teerã.
Nesta segunda-feira (10), em discurso para o Comitê de
Relações Exteriores e Defesa do Parlamento israelense, o premiê, Naftali
Bennett, afirmou que os serviços de segurança do país, principalmente as Forças
de Defesa de Israel (FDI), estão se rearmando como não faziam há anos.
“Estamos investindo no rearmamento de segurança das FDI
e de todo o estabelecimento de defesa. Eu
diria que isso foi um rearmamento que não víamos há anos. Ele é importante para
nossa sobrevivência, estou muito feliz com isso e determinado a fazê-lo
terminar rapidamente”, disse Bennett citado pelo The Times of Israel.
Economia mundial. Novo relatório
da ONU diz que “é hora de reduzir a desigualdade”.
Depois de expandir 5,5% em 2021, a produção global
deverá crescer apenas 4% em 2022 e 3,5% em 2023, de acordo com a Situação
Econômica Global e Perspectivas das Nações Unidas (WESP) 2022, divulgada nesta
quinta-feira.
O relatório diz que a recuperação econômica global está
enfrentando ventos contrários significativos em meio a novas ondas de infecções
por Covid-19, desafios persistentes do mercado de trabalho, desafios persistentes
da cadeia de suprimentos e crescentes pressões inflacionárias.
A recuperação em 2021 marcou a maior taxa de crescimento
em mais de quatro décadas, destacou o relatório. No entanto, o impulso –
especialmente na China, Estados Unidos e União Europeia – desacelerou consideravelmente
até o final de 2021, à medida que os efeitos dos estímulos monetários e fiscais
começaram a diminuir e surgiram grandes interrupções na cadeia de suprimentos.
As crescentes pressões inflacionárias em muitas economias estão representando
riscos adicionais para a recuperação.
Prevê-se que os níveis de emprego permaneçam bem abaixo
dos níveis anteriores à pandemia durante os próximos dois anos e possivelmente
além. A participação da força de trabalho nos Estados Unidos e na Europa
permanece em níveis historicamente baixos, já que muitos que perderam empregos
ou deixaram o mercado de trabalho durante a pandemia ainda não retornaram,
segundo o relatório.
A escassez de mão de obra nas economias desenvolvidas
está aumentando os desafios da cadeia de suprimentos e as pressões
inflacionárias. Ao mesmo tempo, o crescimento do emprego nos países em desenvolvimento
continua fraco, em meio ao menor progresso da vacinação e gastos limitados de
estímulo. A África, a América Latina e o Caribe e a Ásia Ocidental devem ter
uma lenta recuperação de empregos.
Tropas russas em Cuba e na Venezuela? A
Rússia alertou na quinta-feira (13) que não descarta algum tipo de presença
militar em Cuba e na Venezuela se os EUA insistirem em ignorar suas exigências
para que a Ucrânia não ingresse na Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan).
O vice-chanceler russo, Sergei Riabkov, que liderou a
delegação de seu país durante as negociações em Genebra, disse nesta quinta que
“não confirmará nem excluirá” a possibilidade de a Rússia enviar elementos
militares para Cuba e Venezuela se as negociações falharem e a pressão dos
Estados Unidos sobre a Rússia As declarações
vêm em meio a uma disputa entre as duas potências sobre a intenção da Ucrânia de
ingressar na aliança atlântica e a rejeição da Otan, liderada pelos Estados
Unidos, à exigência russa de vetar a adesão ucraniana.
A Rússia diz que a entrada da Ucrânia na Otan a
deixaria cercada por inimigos e abriria a porta para a aliança implantar armas
ofensivas em solo ucraniano, especificamente mísseis que poderiam chegar a
Moscou em questão de minutos.
Nos últimos meses, a Rússia mobilizou dezenas de milhares
de soldados em sua fronteira com a Ucrânia, provocando pedidos dos Estados
Unidos e da Otan para retirá-los por medo de que Moscou planeje invadir o país,
fato que o Kremlin nega categoricamente.
Riabkov acrescentou que a recusa de Washington e seus
aliados em considerar a principal demanda da Rússia por garantias contra a
expansão da aliança para a Ucrânia e outros países dificulta a discussão.
“Os Estados Unidos querem conduzir o diálogo em direção
a alguns elementos da situação de segurança para aliviar as tensões e depois
continuar o processo de desenvolvimento geopolítico e militar dos novos territórios,
aproximando-se de Moscou”, disse. “Não temos para onde recuar”, disse ele,
parafraseando Putin.
Crise no planeta e no mundo do trabalho. Em 2014
fui convidado por vários sindicatos para fazer análises de conjuntura na
perspectiva dos trabalhadores. Depois de muita procura, encontrei parte do
material usado por mim e reparei que, ali, faço um alerta para as quatro
grandes crises que assolavam o mundo: a) crise liberal (eu alertava que o neoliberalismo
estava em crise e traria grandes problemas para a sociedade); b) crise das
instituições (em mostrei que, não só no Brasil mas em grandes nações ditas “civilizadas”
as instituições estavam em descrédito e as pessoas não confiavam mais); c)
crise dos alimentos (onde mostrei que, apesar de o mundo estar produzindo mais
alimentos, a grande maioria da população está com fome. Por que?; d) crise
ambiental (onde alertávamos, mais uma vez, para o aquecimento do planeta, a
poluição causada pela sociedade capitalista e outros problemas).
Na sexta-feira passada (14) vi um artigo intitulado “SOS,
planeta em crise”, publicado no site Rebelión. Curiosamente, no dia anterior o
mesmo site tinha publicado outra matéria com o mesmo tom de alerta: “As 10
principais ameaças que o mundo enfrentará nos próximos 10 anos”. E as duas
matérias, agora atualizadas e com novos dados, retomam exatamente a minha
palestra de 2014.
O segundo texto inicia dizendo que “a crise climática e
a erosão da coesão social lideram o ranking dos riscos globais”. E continua
dizendo que a saúde do planeta e a erosão da coesão social são listadas como as
principais ameaças que a humanidade enfrenta na próxima década, segundo o Fórum
Econômico Mundial.
O 17º Relatório de Riscos Globais 2022 (Global Risks
Report) reúne os 10 principais riscos a curto, médio e longo prazo, após uma
pesquisa com quase 1.000 especialistas de vários países do mundo.
E prossegue mostrando que as 10 principais ameaças que
o mundo enfrentará nos próximos 10 anos estão agrupadas em 5 grandes
categorias: economia, meio ambiente, sociedade, geopolítica e tecnologia.
O bloco principal refere-se à emergência climática e
outros riscos relacionados ao meio ambiente. No total, ocupam 5 das 10 posições
do ranking. No topo da lista está o “fracasso na luta contra as mudanças
climáticas”, a ameaça de “eventos climáticos extremos” e a “perda de
biodiversidade” ou “colapso de ecossistemas” no planeta.
O segundo grande bloco é ocupado pela “crise de coesão
social”, pelas “crises de subsistência” e pelas “doenças infecciosas”. Os
riscos sociais representam um terço da lista total. Seguem-se outras ameaças
derivadas do ambiente, como os danos ambientais humanos e a crise dos recursos
naturais. Na posição nove está a crise da dívida e o confronto geoeconômico.
O horizonte de risco varia no curto, médio e longo
prazo. Nos próximos 2 anos, especialistas colocam a erosão da coesão social,
deterioração da saúde mental, doenças infecciosas e crises de subsistência como
os principais problemas.
“A Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU é desprezível e
representa uma ameaça à Soberania Alimentar dos povos”, afirmou La Vía
Campesina ao falar sobre o evento em Nova York. Essa rede mundial —que reúne
mais de 200 milhões de camponeses de 81 países— junto com quase 600 movimentos
sociais de pequenos produtores, trabalhadores, povos indígenas e ONGs do setor,
já havia decidido em julho boicotar a Nova York. Os movimentos populares
constituíram uma frente unida denunciando a ilegitimidade da Cúpula e as
tentativas das empresas transnacionais de se apropriar do debate e das
propostas futuras.
Para esses movimentos, a solução para a crise
climática, a fome, a migração forçada e a pobreza extrema está nas pessoas, não
no grande poder corporativo multinacional. Deve partir dos princípios da
soberania alimentar e da justiça social e deve considerar a alimentação como um
direito humano fundamental e não como uma mercadoria para especulação
comercial. É inegociável respeitar os sistemas alimentares de pequena escala,
diversos e agroecológicos que existem em nossos territórios, de acordo com os
movimentos sociais.
A crise no mundo do trabalho tem várias faces, todas
ligadas aos problemas que levantamos no texto “O movimento sindical em crise”,
datado de 2019, onde levantamos todas as consequências do novo mundo do trabalho
com home office, precarização, IA, aplicativos e outras, além das reformas
trabalhistas que o neoliberalismo vai impondo aos trabalhadores pelo mundo.
Renasce o movimento sindical? A saúde como direito universal; um modelo de
desenvolvimento sustentável e democrático; a proteção dos mais fracos; serviços
públicos de qualidade; sistemas fiscais mais justos; empregos decentes com
plenos direitos...
O sindicalismo internacional levanta a bandeira da
justiça social para a era pós-pandemia e exige uma nova governança mundial que
proteja os direitos humanos em todos os cantos do planeta.
O apelo, feito por sindicatos de todo o mundo, pede
profundas reformas na ordem mundial para garantir, entre outros, o direito à
saúde e ao trabalho em escala universal, bem como uma mudança de rumo em certas
políticas econômicas.
O manifesto, divulgado na terça-feira (11), apela à
ação contra a hegemonia neoliberal dominante que, tal como em crises
anteriores, “usou a pandemia como pretexto” para “impor o trabalho mais
precário e a retirada de direitos sociais”.
Os sindicatos europeus -incluindo os espanhóis-,
latino-americanos, asiáticos... juntaram-se a este apelo junto com a
Confederação Sindical Internacional (ITUC) para deter a deriva da concentração
da riqueza em poucas mãos e o crescimento da desigualdade em um nível global
escala.
De forma rápida, podemos dizer que já aderiram ao
movimento: de Argentina: CTA-A y CTA-T; Bélgica: FGTB; Brasil: CUT y UGT; Colômbia:
CTC; Francia: CGT y CUSG, Guatemala: UNSITRAGUA; Haiti: CTSP; Itália: CGIL,
CISL y UIL; Costa de Marfim: UGTCI y CGTM; México: UNT; Marrocos: CDT y UMT;
Níger: USTN; Peru: CAT; Senegal: UNSAS; Espanha: CCOO, UGT, USO y ELA; Corea do
Sul: KCTU; Tunes: UGTT; Venezuela: ASI; e da Confederação Sindical
Internacional (CSI).
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