Vai ou não vai?
Neste momento, tudo o que o insano queria é permanecer na
mídia com alguma polêmica. Ele precisa de plateia para a campanha eleitoral e
isso está conseguindo com a tal viagem à Rússia que anunciamos no Informativo passado.
Segundo o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov,
a visita ainda está em fase de organização dos detalhes, “No tocante aos
contatos russo-brasileiros, estes também estão na fase de elaboração, na fase da
preparação. Depois de nós agendarmos as datas certas, vamos divulgar um
comunicado oficial conjunto com nossos parceiros do Brasil”, disse ele aos
jornalistas, respondendo a uma pergunta sobre a viagem de Bolsonaro a Moscou.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o governo dos EUA
está pressionando para o demente desistir da viagem em um momento como o atual,
diante da crise artificial criada na Ucrânia.
O primeiro vice-presidente do Comitê dos Assuntos
Internacionais da câmara baixa do Parlamento russo, Vyacheslav Nikonov,
considera que Washington tenta impedir a aproximação entre a Rússia e o Brasil.
“Os EUA estão praticando uma diplomacia global destinada ao isolamento da
Rússia [...] Aqui também [se inclui] o Brasil, ao qual se atribui grande importância”,
escreveu o deputado no Telegram. E relembrou que o Brasil é membro do BRICS.
O “patrão” não quer. Em meio
aos acertos para viagem do ex-capitão à Rússia, em fevereiro, o governo dos EUA
pediu ao mandatário que cancele sua visita devido às tensões entre Washington e
Moscou, segundo uma fonte familiarizada com o assunto reportada pela Reuters.
“Não é um bom momento para ir”, disse a fonte,
acrescentando que autoridades estadunidenses “tentaram dissuadi-lo de fazer a
viagem”.
Em dezembro passado, o presidente Vladimir Putin
convidou o demente brasileiro para visitar Moscou em fevereiro. Mas a Casa Branca
tem planos de impedir a visita. Washington fez duras críticas, também, ao presidente
argentino, Alberto Fernández, por ter visitado Moscou e conversado com o
presidente Putin na quinta-feira (03).
É claro que o insano tupiniquim aproveita a situação
para “fazer docinho” e surfar na mídia. No mesmo dia da visita de Fernández a
Moscou, procurou os jornalistas “amestrados” para fazer publicidade e disse que
“tem um bom relacionamento com o mundo todo” e que viajaria aos EUA se fosse
convidado por Joe Biden, segundo o jornal O Globo.
Entre ligações e sutis mensagens, na terça-feira (1º), representantes
dos EUA pediram oficialmente para que ele não fosse a Moscou, conforme
noticiado. Já o Kremlin anunciou na quinta-feira (03), em nota, que não cabe ao
governo Biden querer decidir pauta de visitas oficiais de líderes
latino-americanos.
O que há com os jovens? Pesquisa inédita no Brasil, encomendada pela Fundação
Tide Setúbal em parceria com a Avaaz, entrevistou mais de 1 mil jovens
brasileiros de 16 a 34 anos para entender melhor as percepções desse segmento
sobre questões políticas e sociais do País.
A pesquisa, que foi realizada pelo Ipec - Inteligência
em Pesquisa e Consultoria, apontou que existe entre eles percepção generalizada
que os afasta de qualquer interesse na política: a intolerância.
Para 58% dos entrevistados não faz muito sentido a
existência de direita ou esquerda no campo de atuação política e 59% dos jovens
não discutem política nas redes sociais por medo de serem cancelados. Além
disso, 42% deles se autodeclaram de centro, 18% de esquerda, 22% mais à direita
e 18% não sabem ou não responderam.
Segundo dados da pesquisa Democracia e Eleições, os
jovens percebem alguns valores centrais para a atuação política: 62% deles
acreditam que o combate à fome e à pobreza deveriam ser prioridades.
A preservação da Amazônia e do Meio Ambiente aparece em
27% das respostas e o combate às mudanças climáticas em 6%, ficando em 13°
lugar na lista de prioridades e valores sociais.
Em 1º lugar está o combate à corrupção (35%), seguido
por economia forte que gere empregos (33%) e combate ao preconceito (29%).
Vai reclamar com São Pedro! Quando
nosso Informativo diz que esse governo é feito de pilantras e palhaços tem toda
a razão. Mais uma demonstração da completa insanidade ou de descaso foi dada
por uma ministra escolhida pelo ex-capitão.
No final do mês passado, a ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, visitou a região do extremo-oeste catarinense que sofre com
uma forte seca. Ela não anunciou liberação de recursos ou investimentos aos
produtores rurais atingidos pela estiagem, fenômeno climático que tem
impactados, também, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do
Sul. Se limitou a criticar o chamado “santo das chuvas”. Em uma frase que
deveria ir para a galeria das grandes besteiras ela disse: “Rezem para São
Pedro para ele fazer chover novamente. Temos que dar um puxão de orelhas nele”.
O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do
Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara dos Deputados, rebateu, na
quarta-feira (02), a fala da ministra durante o ato que marcou o protocolo do
Projeto de Lei (PL) nº 19/2022, que trata de medidas emergenciais para socorrer
os agricultores familiares que foram solapados com os impactos socioeconômicos
da estiagem e das enchentes em diversos estados, segundo reportagem do BdF.
“A ministra foi na nossa região e mandou nós rezarmos
para São Pedro e termos paciência. Nós dizemos: 'Não!'. Nós reagimos e
apresentamos resposta para o governo, nós temos a Lei Assis Carvalho 2, que a
lei está pronta, é só cumprir, e, agora, mais um projeto de lei para enfrentar
o tema da seca e das enchentes no país com resposta concreta”, disse Uzcai.
“São R$ 40 mil de crédito e repactuação das dívidas,
portanto, não é uma coisa complexa, é uma resposta concreta. Os agricultores
precisam plantar. Se você não repactua a dívida, como é que vai buscar o Pronaf
[Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]? É uma
emergência. Se o governo não dá resposta, o Parlamento tem que dar a resposta
para aquilo que o povo está precisando”, declarou o congressista.
Muito honesto o ex-juiz e ex-ministro. Sergio
Moro, agora filiado ao Podemos para tentar uma eleição, revelou que recebeu um
montante mensal de 45 mil dólares (aproximadamente R$ 243 mil, na cotação
atual) por trabalhos prestados à consultoria norte-americana Alvarez &
Marsal, especializada em recuperações financeiras de empresas.
Além disso, o presidenciável afirmou ter recebido uma
bonificação de 150 mil dólares (cerca de R$ 812 mil). Com isso, no total, a
empresa teria pago R$ 3,7 milhões a Moro, na cotação atual, ao longo de doze meses,
noticiou o portal UOL.
Seu contrato com a Alvarez & Marsal esteve vigente
de 23 de novembro de 2020 a 26 de novembro de 2021, quando se desligou da
companhia para se filiar ao Podemos e concorrer às eleições.
Os valores brutos, ou seja, sem recolhimento de
impostos, foram divulgados pelo ex-juiz durante uma transmissão em sua conta no
Facebook, na sexta-feira (28).
O ex-ministro está sob pressão no TCU (Tribunal de
Contas da União). Há suspeita de conflito de interesses, já que a consultoria
tem como clientes empresas que foram alvo da Lava Jato, como a Odebrecht.
Junto ao TCU, o Ministério Público encaminhou, na
terça-feira (25), um pedido para que o ministro do tribunal, Bruno Dantas,
retire o sigilo do caso, que impede a divulgação do salário de Moro na empresa.
América Latina: aumenta a pobreza. A
pobreza extrema na região aumentou de 81 para 86 milhões de pessoas entre 2020
e 2021, o que representa um retrocesso de 27 anos, disse a Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe (CEPAL), ao entregar seu relatório anual na
quinta-feira 27 Perspectivas Sociais.
Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL, disse ao
apresentar o relatório nesta capital que "apesar da recuperação econômica
vivida em 2021, os níveis estimados de pobreza relativa e absoluta e pobreza
extrema permaneceram acima dos registrados em 2019, o que reflete a
continuidade da a crise social”.
Enquanto a pobreza extrema aumentou de 13,1 para 13,8%
da população, a taxa geral de pobreza diminuiu ligeiramente, de 33 para 32,1%,
caindo de 204 para 201 milhões de pessoas.
“A história nos ensina que a pobreza extrema é mais
difícil de erradicar do que a pobreza relativa, porque os extremamente pobres
estão em piores condições de alimentação, saúde, educação e acesso a oportunidades”,
disse Bárcena.
“Apesar da recuperação económica vivida em 2021, os
níveis estimados de pobreza relativa e absoluta e pobreza extrema mantiveram-se
acima dos registados em 2019, refletindo a continuação da crise social”: Alicia
Bárcena.
A crise também evidenciou a vulnerabilidade em que
grande parte da população vive nos estratos de renda média, com baixos níveis de
contribuição para a proteção social contributiva e baixíssima cobertura da
proteção social não contributiva.
Desde 2020, a proporção de mulheres que não recebem
renda própria aumentou, as lacunas de pobreza permaneceram em áreas rurais,
povos indígenas e crianças, e o aumento da desigualdade foi confirmado.
No que diz respeito à educação, a América Latina e o
Caribe é uma das regiões do mundo que teve a maior interrupção das aulas
presenciais, quase 56 semanas de interrupção total ou parcial, o que gerou lacunas
no desenvolvimento de competências cognitiva, perda de oportunidades e risco de
abandono escolar.
Os mais afetados. As
mulheres e os jovens têm hoje a pior situação de emprego na América Latina e no
Caribe, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
para a região.
A nova edição do Labour Outlook na área alerta que a
taxa de desemprego feminino se manteve em 12,4% no final de 2021, o que indica
que não houve melhora desde 2020 e amplifica o impacto da crise na desigualdade
de gênero no trabalho.
De acordo com o relatório, esta situação está associada
à sua maior presença nos setores mais afetados pela atual conjuntura económica
derivada da pandemia de Covid-19, como é o caso da hotelaria, restauração e
outras atividades de serviços.
Segundo a OIT, no cenário atual é urgente a adoção de
políticas abrangentes, centradas nas pessoas e, em particular, na criação de
emprego formal, pois, caso contrário, o impacto da crise será prolongado e
deixará profundas cicatrizes sociais e emprego de longo prazo.
Nesse sentido, o relatório da agência na região aponta
que a situação atual pode durar até 2023 e até 2024. Estima-se que cerca de 49
milhões de empregos tenham desaparecido durante o pior momento da crise devido
à pandemia (segundo trimestre de 2020), dos quais 4,5 milhões ainda precisam
ser recuperados.
Segundo a OIT, a região da América Latina e do Caribe
está imersa no momento mais difícil desde 1994 no campo trabalhista, pois
estimava-se que no início de 2022 cerca de 28 milhões de pessoas procuravam
emprego sem encontrá-lo.
Chilenos aprovam gabinete de Boric. 59% da população chilena avalia positivamente o
gabinete do presidente eleito, Gabriel Boric, segundo uma pesquisa publicada na
segunda-feira (31).
A equipe que acompanhará o novo presidente acumula sete
pontos percentuais acima do anunciado em 2018 pelo presidente Sebastián Piñera,
acrescenta a amostra publicada pelo jornal La Tercera.
Os ministros de Estado do novo gabinete também superam
em 30 pontos o apresentado por Michelle Bachelet em seu segundo mandato
presidencial (2014), segundo os resultados da pesquisa Plaza Pública Cadem.
A ministra da Secretaria Geral do Governo, Camila
Vallejo, destaca-se entre as mais acolhidas antes da posse, com 93 por cento de
aceitação, acrescenta a plataforma, que mede dados sobre diversos temas.
Outros membros do novo gabinete com popularidade são o
chefe da Secretaria Geral da Presidência, Giorgio Jackson, com 82% de apoio, e
a ministra do Interior, Izkia Siches, com 80%.
A pesquisa indicou que 74% dos membros do novo governo
oferecem uma imagem positiva, 17 pontos a mais do que a de Piñera (57%) e três
acima da de Bachelet (71%).
Boric venceu em 19 de dezembro no segundo turno das
eleições para o período 2022-2026, que começou em 21 de novembro junto com
deputados, senadores e vereadores regionais.
Argentina fecha acordo de US$ 8 bi com China. A
estatal chinesa China National Nuclear Corp (CNNC) fechou um acordo de US$ 8 bilhões
(R$ 42,1 bilhões) com a Argentina para construção da usina nuclear Atucha III
usando a tecnologia chinesa Hualong One. O projeto está previsto para começar
no final deste ano, segundo a Folha de São Paulo.
O valor do empreendimento atende a parte de engenharia,
construção, aquisição, comissionamento e entrega de um reator do tipo HPR-1000,
que será implantado na cidade de Lima, perto da capital argentina de Buenos
Aires, de acordo com a mídia.
“Atucha III terá uma potência bruta de 1.200 MW, com
vida útil inicial de 60 anos e permitirá a expansão das capacidades nucleares
nacionais”, informou o governo argentino.
Pequim começou a operar seu próprio reator Hualong One
na província de Fujian, no sudeste da China. O projeto da Argentina será o
segundo local no exterior usando a tecnologia Hualong One depois do Paquistão.
Fernandéz em Moscou. O
presidente argentino Alberto Fernández disse na quinta-feira (03), durante visita
oficial à Rússia, que os EUA são, em grande parte, responsáveis pela dívida
externa do país sul-americano. Ele também defendeu que a dependência dos estadunidenses
seja reduzida, ao mesmo tempo em que se inicie uma cooperação com os russos.
“A Argentina está passando por uma situação difícil,
pois temos uma grande dívida externa, a situação econômica também está difícil”,
afirmou Fernandez.
Fernández ainda ressaltou que, desde os anos 1990, a
Argentina se orientou muito pelos EUA, e a economia do país dependia em grande
parte das relações entre Washington e Buenos Aires, adicionando que "a dívida
com o FMI também se deve a essas relações".
Na semana passada, a Argentina conseguiu renegociar sua
dívida com o Fundo Monetário Internacional, ajustando novos prazos de pagamento
para o empréstimo recorde contraído pelo então presidente Maurício Macri
(2015-2019) em 2018. O acordo provocou uma crise interna na coalizão que
suporta o governo Fernandéz: o filho da vice-presidente Cristina Kirchner,
Máximo, renunciou à liderança do bloco partidário governista no Congresso.
Fernández também destacou que a Argentina pode ser a
porta de entrada para a Rússia trabalhar na América Latina.
Cooperação entre Venezuela e Cuba. O
presidente venezuelano recebeu o vice-primeiro-ministro de Cuba, Jorge Luis
Tapia Fonseca, no Palácio de Miraflores. Nicolás Maduro, destacou a
consolidação das relações de cooperação com Cuba após receber na quarta-feira
uma delegação do governo do país caribenho.
O presidente venezuelano destacou em mensagem publicada
em sua conta na rede social Twitter que recebeu, no Palácio de Miraflores, “uma
agradável visita” do vice-primeiro-ministro de Cuba, Jorge Luis Tapia Fonseca,
do ministro da Agricultura, Ydael Jesús Pérez Brito, e o embaixador em Caracas,
Dagoberto Rodríguez.
A Presidência da nação sul-americana destacou que o encontro
faz parte do Acordo de Cooperação Integral Cuba-Venezuela, a fim de consolidar
o apoio conjunto nas diferentes áreas de interesse dos países.
Ambos os países promovem políticas de fraternidade e
inclusão social, destinadas a promover o progresso de suas economias e a
integração dos povos da América Latina e do Caribe, indicou.
O Acordo Integral de Cooperação Venezuela-Cuba foi
assinado em 30 de outubro de 2000 pelos líderes revolucionários Fidel Castro
(1926-2016) e Hugo Chávez (1954-2013).
Professores colombianos protestam. Os
manifestantes denunciaram que as entidades governamentais até obrigaram os
professores a frequentar as aulas, mesmo testando positivo para o Covid-19.
Dezenas de professores colombianos protestaram em
Bogotá, capital deste país, desde esta quarta-feira exigindo garantias para o
retorno às aulas diante da onda de infecções por Covid-19, devido à expansão da
variante Ómicron.
A mídia local destacou que cerca de 200 pessoas
bloquearam a sede da Fiduprevisora (Empresa
de Promoção da Saúde para professores); e a
mobilidade em outras ruas adjacentes foi afetada.
Os professores reunidos no capital colombiana exigem do
Governo de Iván Duque uma melhoria substancial nas condições de trabalho; e
apontam que os protocolos necessários para a realização das aulas presenciais
não estão sendo devidamente seguidos nas escolas.
O presidente da Associação Distrital de Educadores,
Raúl Vázquez, mencionou que os professores o avisaram que o atendimento poderia
continuar, mas cumprindo as medidas fitossanitárias; e o Governo desrespeitou
esta exigência.
Os manifestantes afirmaram que protestar massivamente
tem sido a única opção que resta aos entes estatais que nem mesmo enfrentaram o
problema, nem estão prontos para buscar uma solução.
O destino de Nossa América. Há demonstrações
de que Nossa América pode voltar a ter tempos vitoriosos como no dia que
botamos um fim no projeto da ALCA, imposto pela Casa Branca.
Cuba soube vencer a provocação da CIA, em julho do ano
passado, e o presidente Diaz-Canel comemorou nas ruas, caminhando ao lado do
povo.
Na Nicarágua, com todo o terrorismo da direita e a
propaganda estadunidense, o povo soube reconduzir Daniel Ortega à presidência,
com mais de 75% dos votos.
A Venezuela está resistindo ao bloqueio e a todas as
agressões imaginadas e montadas pela CIA. Neste sábado (05/02) o povo saiu às
ruas para comemorar o dia da vitória de Hugo Chávez.
Peru e Honduras, nas urnas, venceram o retrocesso e a
direita mais violenta da América Latina. E o Chile vem dando exemplos de
retorno à democracia com a eleição de Boric.
As duas próximas oportunidades acontecerão ainda em
2022. A primeira está agendada para o dia 29 de maio com as eleições na
Colômbia onde, pela primeira vez, a uma oportunidade real dos setores
democráticos e de esquerda vencerem e derrubarem a direita aliada dos EUA que
está encastelada no poder há décadas.
E no final de 2022 será a nossa vez, a vez do Brasil
retomar seu destino nas mãos e fortalecer o retorno de uma América Latina que
podemos chamar de Nossa!
Portugal: nada para comemorar! Nos
últimos dias vimos várias postagens nas redes sociais comemorando a vitória do
Partido Socialista (PS), em Portugal.
Acreditamos que o resultado das eleições portuguesas
deve ser analisado com calma. Sabemos que o Partido Socialista de lá não é muito
ruim (como o daqui) e tem bons quadros. Mas, pelo que vimos nos resultados,
esses quadros não foram eleitos.
Por outro lado, dizer que o PS “chegou ao poder” é
falso. Na verdade, já está no poder desde 2015! O fato novo é que o PS, do
primeiro-ministro António Costa, obteve 117 das 230 cadeiras do Legislativo
(41,68%) e não precisará formar uma coalizão para governar. Ou seja, não vai
precisar de alianças com a esquerda. Acabou a “geringonça”, o termo que criaram
lá para a aliança entre o PS, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista. Essa
aliança é antiga, vem de 2015, e agora se desfaz. Difícil dizer o que vai
acontecer com o António Costa tendo plena liberdade.
O Partido Comunista Português (PCP) cai de 12 para 6
parlamentares eleitos (4,39%). Já o Bloco de Esquerda passa de 19 para 5
assentos (4,46%). Uma queda significativa.
Mas a direita e a extrema-direita cresceram e ganharam
mais cadeiras. Será que isso deve ser comemorado?
Só para terminar esta nota, a participação dos
eleitores foi de 57% nas duras condições da pandemia. Isto está sendo considerado
muito bom, diante da apatia e grande quantidade de evasão e abstenção nas
últimas eleições. E vale lembrar que o mesmo fenômeno (queda nos votos da
esquerda e ampliação do centro) tem ocorrido em quase toda a Europa.
De nossa parte, nem comemoro e nem faço críticas. Vou
aguardar para ver a composição do novo governo e volto a opinar.
Para variar... As
forças de ocupação dos EUA na Síria mataram 13 pessoas, incluindo seis crianças
e quatro mulheres, no meio de uma operação de tropas aerotransportadas nas
proximidades da cidade de Atma, ao norte da província de Idlib.
Testemunhas locais especificaram que “helicópteros dos
EUA carregando grupos de forças especiais desembarcaram em Atama e, em seguida,
invadiram e destruíram algumas casas depois de assediá-las, e isso coincidiu
com o bombardeio de drones”.
Além disso, eles apontaram que o número de vítimas
provavelmente aumentará, pois há pessoas presas sob os escombros de casas
atacadas pelos militares.
O Departamento de Defesa dos EUA disse em comunicado
que “as forças especiais (...) realizaram uma missão bem-sucedida de combate ao
terrorismo em Idlib, e nenhuma vítima foi registrada em suas fileiras”, sem
especificar quem eram as vítimas. pela operação.
De olho na França, também. O candidato
do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, aparece com 13%
das intenções de voto para as eleições presidenciais francesas, que acontecem
entre os dias 10 e 24 de abril, segundo pesquisa do Instituto Cluster 17,
divulgada na terça-feira (01). Este número coloca o presidenciável em empate
técnico, no limite da margem de erro, com os que disputam a segunda colocação.
O levantamento, feito em parceria com a revista francesa
Marianne, aponta que o atual presidente do país, o direitista Emmanuel Macron tem
22,05% das intenções de voto, seguido pelos candidatos de extrema-direita Eric
Zemmour (Reconquista) e Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional), ambos com
14,5%.
Em terceiro lugar, aparece Valérie Pécresse
(Republicanos), com 14% das intenções, seguido de Mélenchon, com 13%. Anne Hildago,
prefeita de Paris e filiada ao Partido Socialista, aparece com 2% das intenções
de voto, ao lado de Fabien Roussel, do Partido Comunista da França, também com
2%.
Os dados foram obtidos entre os dias 25 e 29 de janeiro,
e e foram entrevistadas 1.997 pessoas. O intervalo de confiança do levantamento
é de 95% (ou seja, a cada 100 pesquisas, 95 vão mostrar o mesmo resultado) e,
neste intervalo, a margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para
menos. O levantamento foi feito de maneira online.
Trabalhadores espanhóis contra a reforma. Barcelona,
Pamplona, Santiago
de Compostela, Bilbao, San Sebastián, Vitória… Estas são algumas das cidades do estado espanhol onde ocorreram
manifestações nos dias 29 e 30 de janeiro contra a reforma
trabalhista aprovada pelo Governo (PSOE e United Nós Podemos).
Precisamente no dia 3 de fevereiro, data marcada para
votação da aprovação do Decreto (sobre a reforma) no Parlamento, o sindicalismo
alternativo promoveu um comício em frente ao Congresso dos Deputados "Contra
a Não Reforma Trabalhista".
Em Valência, a manifestação aconteceu no dia 28 de
janeiro, convocada pela CNT, Intersindical Valenciana, CGT e a Coordinadora
Obrera Sindical (COS)-L'Horta, com o lema “Pela revogação das reformas
trabalhistas. Você mente!" (O slogan refere-se às reformas aprovadas pelo governo
PSOE, em 2010; e o PP, em 2012).
Resposta às provocações. Após encontro na sexta-feira (04), em Pequim, o
presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping,
demonstraram união frente ao Ocidente e contra uma expansão da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan), desafiando a influência global dos Estados
Unidos.
Numa declaração conjunta, os dois países afirmaram que
sua nova relação é superior a qualquer aliança militar da era da Guerra Fria e
pediram o fim da expansão da Otan para o Leste Europeu.
“Ambas as partes se opõem a uma expansão da Otan e
pedem que a aliança do Atlântico Norte abandone suas abordagens ideológicas da
Guerra Fria”, diz a declaração conjunta. O documento também pede que a Otan
respeite a “soberania, segurança e interesses de outros países”.
Os dois líderes se encontraram pela primeira vez em
dois anos, e sua reunião foi pautada pelas rixas crescentes dos dois países com
os Estados Unidos.
Em meio à crise envolvendo Rússia e Ucrânia e as
tensões relativas a Taiwan – cuja soberania é reclamada pela China –, Xi
sublinhou que China e Rússia vão aprofundar sua coordenação estratégica “sem
descanso”, e que também enfrentarão juntos o que chamou de “ingerências externas"
e "ameaças à segurança regional”.
Putin, que chegou nesta sexta-feira a Pequim para
comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim,
destacou que as relações bilaterais vivem uma aproximação "sem
precedentes", dizendo também que o país asiático é o parceiro estratégico
"mais importante" da Rússia.
E tem mais... A
empresa russa Gazprom anunciou esta sexta-feira a assinatura de um acordo com a
China National Petroleum Corporation (CNPC), para o fornecimento de gás natural
à empresa chinesa através de um gasoduto localizado na rota do Extremo Oriente.
A entidade especificou que a aliança impulsionará o
aumento do volume de gás russo fornecido ao gigante asiático para 10 bilhões de
metros cúbicos, totalizando 48 bilhões de metros por ano.
É preciso destacar que a empresa Gazprom sublinhou que
o novo gasoduto da Rússia, denominado Soyuz Vostok, permitirá o envio de 50.000
milhões de metros cúbicos de gás por ano para a nação chinesa.
“A assinatura do segundo contrato de fornecimento de
gás russo à China atesta o mais alto nível de confiança mútua e parceria entre
nossos países e empresas. Nossos parceiros chineses na CNPC já conseguiram
garantir que a Gazprom seja um fornecedor confiável de gás", disse Alexey
Miller, presidente da empresa russa.
Noutra encomenda, a petrolífera russa Rosneft,
juntamente com a CNPC, selou a sua cooperação estratégica, ao assinar um
documento que garante o fornecimento de 100 milhões de toneladas de petróleo à nação
chinesa, através da rota do Cazaquistão.
Segundo os diretores, o hidrocarboneto será processado
na região noroeste da China para atender a demanda de combustível no país
asiático, em um período temporário de 10 anos.
Lugansk adverte para provocações. Um
representante da autoproclamada República Popular de Lugansk afirmou que a
mídia estadunidense, britânica e estoniana planeja culpar a Rússia através de
ataque encenado contra militares ucranianos.
Jornalistas da mídia de países ocidentais em Donbass planejam
encenar provocações culpando a Rússia por "agressão", disse na sexta-feira
(4) Ivan Filiponenko, representante militar da autoproclamada República Popular
de Lugansk (RPL).
“Nossa inteligência reportou a presença de
representantes da mídia dos EUA, Reino Unido e Estônia nas áreas de retaguarda
da 95ª Brigada das Forças Armadas da Ucrânia”, comunicou ele.
A República Popular de Donetsk também relembrou ter
advertido várias vezes contra a preparação de falsos enredos sobre a situação
na área do conflito por parte da mídia ocidental e ucraniana.
Em 14 de janeiro a Casa Branca declarou que a Rússia
procura “fabricar um pretexto para a invasão” da Ucrânia, alegações que Moscou
negou. Desde então, a Rússia e as repúblicas autoproclamadas também falaram de
tentativas por parte de países ocidentais de culpar o Kremlin por uma encenação
de ataque a posições das repúblicas por parte da Ucrânia.
E a farsa aconteceu. A agência de notícias Bloomberg publicou uma manchete
dizendo “Ao vivo: Rússia invade a Ucrânia”. A notícia surgiu na página inicial
por volta da meia-noite, no horário de Moscou, e permaneceu lá durante quase
meia hora, antes de ser removida e emitido um pedido de desculpas.
Os usuários que clicaram na notícia chocante enquanto
ela ainda estava no site eram redirecionados para uma página de erro, segundo
escreve o New York Post.
Capturas de tela do site da Bloomberg foram compartilhadas
no Twitter indicando que a alegação sensacionalista permaneceu em grande parte
despercebida por pelo menos 24 minutos antes de ser removida.
A agência de notícias admitiu o erro, dizendo que ela “prepara
manchetes para muitos cenários e que o título ‘Rússia invade Ucrânia’ foi
inadvertidamente publicado em torno das 16h00 no horário da Zona de Tempo
Oriental hoje (4) em nosso site”.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov
disse à Sputnik que o termo “fake News” (notícias falsas) pode ser substituído
por “Bloomberg News” após a publicação errada da agência sobre o início da “invasão”
da Ucrânia pela Rússia.
Nos últimos meses, os EUA e países aliados europeus
acusam a Rússia de acumular tropas junto da fronteira com a Ucrânia com a
intenção de invadir o país. O aumento das tensões na região tem dominado as manchetes
na mídia internacional, mas mostramos a verdade escondida na série de seis artigos
já publicados.
EUA: recorde em dívida pública. O endividamento
dos EUA chegou a US$ 30,012 bilhões (R$ 157 bilhões), conforme dados divulgados
pelo Departamento do Tesouro do país na terça-feira (1º).
Trata-se do nível recorde de dívida pública em toda a
história do país, e que foi alcançado antes do esperado, observa o The New York
Times, citando entre as causas, o enorme gasto federal destinado à luta contra
a pandemia de COVID-19.
Os gastos incluem US$ 5 bilhões (R$ 26 bilhões) em
subsídios de desemprego, o apoio aos pequenos negócios e pagamentos de
estímulos financiados com empréstimos.
O novo recorde foi registrado em meio às expectativas
de uma subida da taxa de juros pela Reserva Federal, algo que agravaria ainda
mais o peso da dívida pública nos EUA.
Em dezembro, o Congresso do país norte-americano
acordou em aumentar o limite da dívida do Governo Federal em US$ 2,5 bilhões
(R$ 13 bilhões) até aproximadamente US$ 31,4 bilhões (R$ 165 bilhões).
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