sábado, 5 de fevereiro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Vai ou não vai?

Neste momento, tudo o que o insano queria é permanecer na mídia com alguma polêmica. Ele precisa de plateia para a campanha eleitoral e isso está conseguindo com a tal viagem à Rússia que anunciamos no Informativo passado.

Segundo o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, a visita ainda está em fase de organização dos detalhes, “No tocante aos contatos russo-brasileiros, estes também estão na fase de elaboração, na fase da preparação. Depois de nós agendarmos as datas certas, vamos divulgar um comunicado oficial conjunto com nossos parceiros do Brasil”, disse ele aos jornalistas, respondendo a uma pergunta sobre a viagem de Bolsonaro a Moscou.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o governo dos EUA está pressionando para o demente desistir da viagem em um momento como o atual, diante da crise artificial criada na Ucrânia.

O primeiro vice-presidente do Comitê dos Assuntos Internacionais da câmara baixa do Parlamento russo, Vyacheslav Nikonov, considera que Washington tenta impedir a aproximação entre a Rússia e o Brasil. “Os EUA estão praticando uma diplomacia global destinada ao isolamento da Rússia [...] Aqui também [se inclui] o Brasil, ao qual se atribui grande importância”, escreveu o deputado no Telegram. E relembrou que o Brasil é membro do BRICS.

O “patrão” não quer. Em meio aos acertos para viagem do ex-capitão à Rússia, em fevereiro, o governo dos EUA pediu ao mandatário que cancele sua visita devido às tensões entre Washington e Moscou, segundo uma fonte familiarizada com o assunto reportada pela Reuters.

“Não é um bom momento para ir”, disse a fonte, acrescentando que autoridades estadunidenses “tentaram dissuadi-lo de fazer a viagem”.

Em dezembro passado, o presidente Vladimir Putin convidou o demente brasileiro para visitar Moscou em fevereiro. Mas a Casa Branca tem planos de impedir a visita. Washington fez duras críticas, também, ao presidente argentino, Alberto Fernández, por ter visitado Moscou e conversado com o presidente Putin na quinta-feira (03).

É claro que o insano tupiniquim aproveita a situação para “fazer docinho” e surfar na mídia. No mesmo dia da visita de Fernández a Moscou, procurou os jornalistas “amestrados” para fazer publicidade e disse que “tem um bom relacionamento com o mundo todo” e que viajaria aos EUA se fosse convidado por Joe Biden, segundo o jornal O Globo.

Entre ligações e sutis mensagens, na terça-feira (1º), representantes dos EUA pediram oficialmente para que ele não fosse a Moscou, conforme noticiado. Já o Kremlin anunciou na quinta-feira (03), em nota, que não cabe ao governo Biden querer decidir pauta de visitas oficiais de líderes latino-americanos.

O que há com os jovens? Pesquisa inédita no Brasil, encomendada pela Fundação Tide Setúbal em parceria com a Avaaz, entrevistou mais de 1 mil jovens brasileiros de 16 a 34 anos para entender melhor as percepções desse segmento sobre questões políticas e sociais do País.

A pesquisa, que foi realizada pelo Ipec - Inteligência em Pesquisa e Consultoria, apontou que existe entre eles percepção generalizada que os afasta de qualquer interesse na política: a intolerância.

Para 58% dos entrevistados não faz muito sentido a existência de direita ou esquerda no campo de atuação política e 59% dos jovens não discutem política nas redes sociais por medo de serem cancelados. Além disso, 42% deles se autodeclaram de centro, 18% de esquerda, 22% mais à direita e 18% não sabem ou não responderam.

Segundo dados da pesquisa Democracia e Eleições, os jovens percebem alguns valores centrais para a atuação política: 62% deles acreditam que o combate à fome e à pobreza deveriam ser prioridades.

A preservação da Amazônia e do Meio Ambiente aparece em 27% das respostas e o combate às mudanças climáticas em 6%, ficando em 13° lugar na lista de prioridades e valores sociais.

Em 1º lugar está o combate à corrupção (35%), seguido por economia forte que gere empregos (33%) e combate ao preconceito (29%).

Vai reclamar com São Pedro! Quando nosso Informativo diz que esse governo é feito de pilantras e palhaços tem toda a razão. Mais uma demonstração da completa insanidade ou de descaso foi dada por uma ministra escolhida pelo ex-capitão.

No final do mês passado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visitou a região do extremo-oeste catarinense que sofre com uma forte seca. Ela não anunciou liberação de recursos ou investimentos aos produtores rurais atingidos pela estiagem, fenômeno climático que tem impactados, também, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Se limitou a criticar o chamado “santo das chuvas”. Em uma frase que deveria ir para a galeria das grandes besteiras ela disse: “Rezem para São Pedro para ele fazer chover novamente. Temos que dar um puxão de orelhas nele”.

O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara dos Deputados, rebateu, na quarta-feira (02), a fala da ministra durante o ato que marcou o protocolo do Projeto de Lei (PL) nº 19/2022, que trata de medidas emergenciais para socorrer os agricultores familiares que foram solapados com os impactos socioeconômicos da estiagem e das enchentes em diversos estados, segundo reportagem do BdF.

“A ministra foi na nossa região e mandou nós rezarmos para São Pedro e termos paciência. Nós dizemos: 'Não!'. Nós reagimos e apresentamos resposta para o governo, nós temos a Lei Assis Carvalho 2, que a lei está pronta, é só cumprir, e, agora, mais um projeto de lei para enfrentar o tema da seca e das enchentes no país com resposta concreta”, disse Uzcai.

“São R$ 40 mil de crédito e repactuação das dívidas, portanto, não é uma coisa complexa, é uma resposta concreta. Os agricultores precisam plantar. Se você não repactua a dívida, como é que vai buscar o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]? É uma emergência. Se o governo não dá resposta, o Parlamento tem que dar a resposta para aquilo que o povo está precisando”, declarou o congressista.

Muito honesto o ex-juiz e ex-ministro. Sergio Moro, agora filiado ao Podemos para tentar uma eleição, revelou que recebeu um montante mensal de 45 mil dólares (aproximadamente R$ 243 mil, na cotação atual) por trabalhos prestados à consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, especializada em recuperações financeiras de empresas.

Além disso, o presidenciável afirmou ter recebido uma bonificação de 150 mil dólares (cerca de R$ 812 mil). Com isso, no total, a empresa teria pago R$ 3,7 milhões a Moro, na cotação atual, ao longo de doze meses, noticiou o portal UOL.

Seu contrato com a Alvarez & Marsal esteve vigente de 23 de novembro de 2020 a 26 de novembro de 2021, quando se desligou da companhia para se filiar ao Podemos e concorrer às eleições.

Os valores brutos, ou seja, sem recolhimento de impostos, foram divulgados pelo ex-juiz durante uma transmissão em sua conta no Facebook, na sexta-feira (28).

O ex-ministro está sob pressão no TCU (Tribunal de Contas da União). Há suspeita de conflito de interesses, já que a consultoria tem como clientes empresas que foram alvo da Lava Jato, como a Odebrecht.

Junto ao TCU, o Ministério Público encaminhou, na terça-feira (25), um pedido para que o ministro do tribunal, Bruno Dantas, retire o sigilo do caso, que impede a divulgação do salário de Moro na empresa.

América Latina: aumenta a pobreza. A pobreza extrema na região aumentou de 81 para 86 milhões de pessoas entre 2020 e 2021, o que representa um retrocesso de 27 anos, disse a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), ao entregar seu relatório anual na quinta-feira 27 Perspectivas Sociais.

Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL, disse ao apresentar o relatório nesta capital que "apesar da recuperação econômica vivida em 2021, os níveis estimados de pobreza relativa e absoluta e pobreza extrema permaneceram acima dos registrados em 2019, o que reflete a continuidade da a crise social”.

Enquanto a pobreza extrema aumentou de 13,1 para 13,8% da população, a taxa geral de pobreza diminuiu ligeiramente, de 33 para 32,1%, caindo de 204 para 201 milhões de pessoas.

“A história nos ensina que a pobreza extrema é mais difícil de erradicar do que a pobreza relativa, porque os extremamente pobres estão em piores condições de alimentação, saúde, educação e acesso a oportunidades”, disse Bárcena.

“Apesar da recuperação económica vivida em 2021, os níveis estimados de pobreza relativa e absoluta e pobreza extrema mantiveram-se acima dos registados em 2019, refletindo a continuação da crise social”: Alicia Bárcena.

A crise também evidenciou a vulnerabilidade em que grande parte da população vive nos estratos de renda média, com baixos níveis de contribuição para a proteção social contributiva e baixíssima cobertura da proteção social não contributiva.

Desde 2020, a proporção de mulheres que não recebem renda própria aumentou, as lacunas de pobreza permaneceram em áreas rurais, povos indígenas e crianças, e o aumento da desigualdade foi confirmado.

No que diz respeito à educação, a América Latina e o Caribe é uma das regiões do mundo que teve a maior interrupção das aulas presenciais, quase 56 semanas de interrupção total ou parcial, o que gerou lacunas no desenvolvimento de competências cognitiva, perda de oportunidades e risco de abandono escolar.

Os mais afetados. As mulheres e os jovens têm hoje a pior situação de emprego na América Latina e no Caribe, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a região.

A nova edição do Labour Outlook na área alerta que a taxa de desemprego feminino se manteve em 12,4% no final de 2021, o que indica que não houve melhora desde 2020 e amplifica o impacto da crise na desigualdade de gênero no trabalho.

De acordo com o relatório, esta situação está associada à sua maior presença nos setores mais afetados pela atual conjuntura económica derivada da pandemia de Covid-19, como é o caso da hotelaria, restauração e outras atividades de serviços.

Segundo a OIT, no cenário atual é urgente a adoção de políticas abrangentes, centradas nas pessoas e, em particular, na criação de emprego formal, pois, caso contrário, o impacto da crise será prolongado e deixará profundas cicatrizes sociais e emprego de longo prazo.

Nesse sentido, o relatório da agência na região aponta que a situação atual pode durar até 2023 e até 2024. Estima-se que cerca de 49 milhões de empregos tenham desaparecido durante o pior momento da crise devido à pandemia (segundo trimestre de 2020), dos quais 4,5 milhões ainda precisam ser recuperados.

Segundo a OIT, a região da América Latina e do Caribe está imersa no momento mais difícil desde 1994 no campo trabalhista, pois estimava-se que no início de 2022 cerca de 28 milhões de pessoas procuravam emprego sem encontrá-lo.

Chilenos aprovam gabinete de Boric. 59% da população chilena avalia positivamente o gabinete do presidente eleito, Gabriel Boric, segundo uma pesquisa publicada na segunda-feira (31).

A equipe que acompanhará o novo presidente acumula sete pontos percentuais acima do anunciado em 2018 pelo presidente Sebastián Piñera, acrescenta a amostra publicada pelo jornal La Tercera.

Os ministros de Estado do novo gabinete também superam em 30 pontos o apresentado por Michelle Bachelet em seu segundo mandato presidencial (2014), segundo os resultados da pesquisa Plaza Pública Cadem.

A ministra da Secretaria Geral do Governo, Camila Vallejo, destaca-se entre as mais acolhidas antes da posse, com 93 por cento de aceitação, acrescenta a plataforma, que mede dados sobre diversos temas.

Outros membros do novo gabinete com popularidade são o chefe da Secretaria Geral da Presidência, Giorgio Jackson, com 82% de apoio, e a ministra do Interior, Izkia Siches, com 80%.

A pesquisa indicou que 74% dos membros do novo governo oferecem uma imagem positiva, 17 pontos a mais do que a de Piñera (57%) e três acima da de Bachelet (71%).

Boric venceu em 19 de dezembro no segundo turno das eleições para o período 2022-2026, que começou em 21 de novembro junto com deputados, senadores e vereadores regionais.

Argentina fecha acordo de US$ 8 bi com China. A estatal chinesa China National Nuclear Corp (CNNC) fechou um acordo de US$ 8 bilhões (R$ 42,1 bilhões) com a Argentina para construção da usina nuclear Atucha III usando a tecnologia chinesa Hualong One. O projeto está previsto para começar no final deste ano, segundo a Folha de São Paulo.

O valor do empreendimento atende a parte de engenharia, construção, aquisição, comissionamento e entrega de um reator do tipo HPR-1000, que será implantado na cidade de Lima, perto da capital argentina de Buenos Aires, de acordo com a mídia.

“Atucha III terá uma potência bruta de 1.200 MW, com vida útil inicial de 60 anos e permitirá a expansão das capacidades nucleares nacionais”, informou o governo argentino.

Pequim começou a operar seu próprio reator Hualong One na província de Fujian, no sudeste da China. O projeto da Argentina será o segundo local no exterior usando a tecnologia Hualong One depois do Paquistão.

Fernandéz em Moscou. O presidente argentino Alberto Fernández disse na quinta-feira (03), durante visita oficial à Rússia, que os EUA são, em grande parte, responsáveis pela dívida externa do país sul-americano. Ele também defendeu que a dependência dos estadunidenses seja reduzida, ao mesmo tempo em que se inicie uma cooperação com os russos.

“A Argentina está passando por uma situação difícil, pois temos uma grande dívida externa, a situação econômica também está difícil”, afirmou Fernandez.

Fernández ainda ressaltou que, desde os anos 1990, a Argentina se orientou muito pelos EUA, e a economia do país dependia em grande parte das relações entre Washington e Buenos Aires, adicionando que "a dívida com o FMI também se deve a essas relações".

Na semana passada, a Argentina conseguiu renegociar sua dívida com o Fundo Monetário Internacional, ajustando novos prazos de pagamento para o empréstimo recorde contraído pelo então presidente Maurício Macri (2015-2019) em 2018. O acordo provocou uma crise interna na coalizão que suporta o governo Fernandéz: o filho da vice-presidente Cristina Kirchner, Máximo, renunciou à liderança do bloco partidário governista no Congresso.

Fernández também destacou que a Argentina pode ser a porta de entrada para a Rússia trabalhar na América Latina.

Cooperação entre Venezuela e Cuba. O presidente venezuelano recebeu o vice-primeiro-ministro de Cuba, Jorge Luis Tapia Fonseca, no Palácio de Miraflores. Nicolás Maduro, destacou a consolidação das relações de cooperação com Cuba após receber na quarta-feira uma delegação do governo do país caribenho.

O presidente venezuelano destacou em mensagem publicada em sua conta na rede social Twitter que recebeu, no Palácio de Miraflores, “uma agradável visita” do vice-primeiro-ministro de Cuba, Jorge Luis Tapia Fonseca, do ministro da Agricultura, Ydael Jesús Pérez Brito, e o embaixador em Caracas, Dagoberto Rodríguez.

A Presidência da nação sul-americana destacou que o encontro faz parte do Acordo de Cooperação Integral Cuba-Venezuela, a fim de consolidar o apoio conjunto nas diferentes áreas de interesse dos países.

Ambos os países promovem políticas de fraternidade e inclusão social, destinadas a promover o progresso de suas economias e a integração dos povos da América Latina e do Caribe, indicou.

O Acordo Integral de Cooperação Venezuela-Cuba foi assinado em 30 de outubro de 2000 pelos líderes revolucionários Fidel Castro (1926-2016) e Hugo Chávez (1954-2013).

Professores colombianos protestam. Os manifestantes denunciaram que as entidades governamentais até obrigaram os professores a frequentar as aulas, mesmo testando positivo para o Covid-19.

Dezenas de professores colombianos protestaram em Bogotá, capital deste país, desde esta quarta-feira exigindo garantias para o retorno às aulas diante da onda de infecções por Covid-19, devido à expansão da variante Ómicron.

A mídia local destacou que cerca de 200 pessoas bloquearam a sede da Fiduprevisora ​​(Empresa de Promoção da Saúde para professores); e a mobilidade em outras ruas adjacentes foi afetada.

Os professores reunidos no capital colombiana exigem do Governo de Iván Duque uma melhoria substancial nas condições de trabalho; e apontam que os protocolos necessários para a realização das aulas presenciais não estão sendo devidamente seguidos nas escolas.

O presidente da Associação Distrital de Educadores, Raúl Vázquez, mencionou que os professores o avisaram que o atendimento poderia continuar, mas cumprindo as medidas fitossanitárias; e o Governo desrespeitou esta exigência.

Os manifestantes afirmaram que protestar massivamente tem sido a única opção que resta aos entes estatais que nem mesmo enfrentaram o problema, nem estão prontos para buscar uma solução.

O destino de Nossa América. Há demonstrações de que Nossa América pode voltar a ter tempos vitoriosos como no dia que botamos um fim no projeto da ALCA, imposto pela Casa Branca.

Cuba soube vencer a provocação da CIA, em julho do ano passado, e o presidente Diaz-Canel comemorou nas ruas, caminhando ao lado do povo.

Na Nicarágua, com todo o terrorismo da direita e a propaganda estadunidense, o povo soube reconduzir Daniel Ortega à presidência, com mais de 75% dos votos.

A Venezuela está resistindo ao bloqueio e a todas as agressões imaginadas e montadas pela CIA. Neste sábado (05/02) o povo saiu às ruas para comemorar o dia da vitória de Hugo Chávez.

Peru e Honduras, nas urnas, venceram o retrocesso e a direita mais violenta da América Latina. E o Chile vem dando exemplos de retorno à democracia com a eleição de Boric.

As duas próximas oportunidades acontecerão ainda em 2022. A primeira está agendada para o dia 29 de maio com as eleições na Colômbia onde, pela primeira vez, a uma oportunidade real dos setores democráticos e de esquerda vencerem e derrubarem a direita aliada dos EUA que está encastelada no poder há décadas.

E no final de 2022 será a nossa vez, a vez do Brasil retomar seu destino nas mãos e fortalecer o retorno de uma América Latina que podemos chamar de Nossa!

Portugal: nada para comemorar! Nos últimos dias vimos várias postagens nas redes sociais comemorando a vitória do Partido Socialista (PS), em Portugal.

Acreditamos que o resultado das eleições portuguesas deve ser analisado com calma. Sabemos que o Partido Socialista de lá não é muito ruim (como o daqui) e tem bons quadros. Mas, pelo que vimos nos resultados, esses quadros não foram eleitos.

Por outro lado, dizer que o PS “chegou ao poder” é falso. Na verdade, já está no poder desde 2015! O fato novo é que o PS, do primeiro-ministro António Costa, obteve 117 das 230 cadeiras do Legislativo (41,68%) e não precisará formar uma coalizão para governar. Ou seja, não vai precisar de alianças com a esquerda. Acabou a “geringonça”, o termo que criaram lá para a aliança entre o PS, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista. Essa aliança é antiga, vem de 2015, e agora se desfaz. Difícil dizer o que vai acontecer com o António Costa tendo plena liberdade.

O Partido Comunista Português (PCP) cai de 12 para 6 parlamentares eleitos (4,39%). Já o Bloco de Esquerda passa de 19 para 5 assentos (4,46%). Uma queda significativa.

Mas a direita e a extrema-direita cresceram e ganharam mais cadeiras. Será que isso deve ser comemorado?

Só para terminar esta nota, a participação dos eleitores foi de 57% nas duras condições da pandemia. Isto está sendo considerado muito bom, diante da apatia e grande quantidade de evasão e abstenção nas últimas eleições. E vale lembrar que o mesmo fenômeno (queda nos votos da esquerda e ampliação do centro) tem ocorrido em quase toda a Europa.

De nossa parte, nem comemoro e nem faço críticas. Vou aguardar para ver a composição do novo governo e volto a opinar.

Para variar... As forças de ocupação dos EUA na Síria mataram 13 pessoas, incluindo seis crianças e quatro mulheres, no meio de uma operação de tropas aerotransportadas nas proximidades da cidade de Atma, ao norte da província de Idlib.

Testemunhas locais especificaram que “helicópteros dos EUA carregando grupos de forças especiais desembarcaram em Atama e, em seguida, invadiram e destruíram algumas casas depois de assediá-las, e isso coincidiu com o bombardeio de drones”.

Além disso, eles apontaram que o número de vítimas provavelmente aumentará, pois há pessoas presas sob os escombros de casas atacadas pelos militares.

O Departamento de Defesa dos EUA disse em comunicado que “as forças especiais (...) realizaram uma missão bem-sucedida de combate ao terrorismo em Idlib, e nenhuma vítima foi registrada em suas fileiras”, sem especificar quem eram as vítimas. pela operação.

De olho na França, também. O candidato do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, aparece com 13% das intenções de voto para as eleições presidenciais francesas, que acontecem entre os dias 10 e 24 de abril, segundo pesquisa do Instituto Cluster 17, divulgada na terça-feira (01). Este número coloca o presidenciável em empate técnico, no limite da margem de erro, com os que disputam a segunda colocação.

O levantamento, feito em parceria com a revista francesa Marianne, aponta que o atual presidente do país, o direitista Emmanuel Macron tem 22,05% das intenções de voto, seguido pelos candidatos de extrema-direita Eric Zemmour (Reconquista) e Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional), ambos com 14,5%.

Em terceiro lugar, aparece Valérie Pécresse (Republicanos), com 14% das intenções, seguido de Mélenchon, com 13%. Anne Hildago, prefeita de Paris e filiada ao Partido Socialista, aparece com 2% das intenções de voto, ao lado de Fabien Roussel, do Partido Comunista da França, também com 2%.

Os dados foram obtidos entre os dias 25 e 29 de janeiro, e e foram entrevistadas 1.997 pessoas. O intervalo de confiança do levantamento é de 95% (ou seja, a cada 100 pesquisas, 95 vão mostrar o mesmo resultado) e, neste intervalo, a margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos. O levantamento foi feito de maneira online.

Trabalhadores espanhóis contra a reforma. Barcelona, ​​​​Pamplona, ​​​​Santiago de Compostela, Bilbao, San Sebastián, Vitória… Estas são algumas das cidades do estado espanhol onde ocorreram manifestações nos dias 29 e 30 de janeiro contra a reforma trabalhista aprovada pelo Governo (PSOE e United Nós Podemos).

Precisamente no dia 3 de fevereiro, data marcada para votação da aprovação do Decreto (sobre a reforma) no Parlamento, o sindicalismo alternativo promoveu um comício em frente ao Congresso dos Deputados "Contra a Não Reforma Trabalhista".

Em Valência, a manifestação aconteceu no dia 28 de janeiro, convocada pela CNT, Intersindical Valenciana, CGT e a Coordinadora Obrera Sindical (COS)-L'Horta, com o lema “Pela revogação das reformas trabalhistas. Você mente!" (O slogan refere-se às reformas aprovadas pelo governo PSOE, em 2010; e o PP, em 2012).

Resposta às provocações. Após encontro na sexta-feira (04), em Pequim, o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, demonstraram união frente ao Ocidente e contra uma expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), desafiando a influência global dos Estados Unidos.

Numa declaração conjunta, os dois países afirmaram que sua nova relação é superior a qualquer aliança militar da era da Guerra Fria e pediram o fim da expansão da Otan para o Leste Europeu.

“Ambas as partes se opõem a uma expansão da Otan e pedem que a aliança do Atlântico Norte abandone suas abordagens ideológicas da Guerra Fria”, diz a declaração conjunta. O documento também pede que a Otan respeite a “soberania, segurança e interesses de outros países”.

Os dois líderes se encontraram pela primeira vez em dois anos, e sua reunião foi pautada pelas rixas crescentes dos dois países com os Estados Unidos.

Em meio à crise envolvendo Rússia e Ucrânia e as tensões relativas a Taiwan – cuja soberania é reclamada pela China –, Xi sublinhou que China e Rússia vão aprofundar sua coordenação estratégica “sem descanso”, e que também enfrentarão juntos o que chamou de “ingerências externas" e "ameaças à segurança regional”.

Putin, que chegou nesta sexta-feira a Pequim para comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, destacou que as relações bilaterais vivem uma aproximação "sem precedentes", dizendo também que o país asiático é o parceiro estratégico "mais importante" da Rússia.

E tem mais... A empresa russa Gazprom anunciou esta sexta-feira a assinatura de um acordo com a China National Petroleum Corporation (CNPC), para o fornecimento de gás natural à empresa chinesa através de um gasoduto localizado na rota do Extremo Oriente.

A entidade especificou que a aliança impulsionará o aumento do volume de gás russo fornecido ao gigante asiático para 10 bilhões de metros cúbicos, totalizando 48 bilhões de metros por ano.

É preciso destacar que a empresa Gazprom sublinhou que o novo gasoduto da Rússia, denominado Soyuz Vostok, permitirá o envio de 50.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano para a nação chinesa.

“A assinatura do segundo contrato de fornecimento de gás russo à China atesta o mais alto nível de confiança mútua e parceria entre nossos países e empresas. Nossos parceiros chineses na CNPC já conseguiram garantir que a Gazprom seja um fornecedor confiável de gás", disse Alexey Miller, presidente da empresa russa.

Noutra encomenda, a petrolífera russa Rosneft, juntamente com a CNPC, selou a sua cooperação estratégica, ao assinar um documento que garante o fornecimento de 100 milhões de toneladas de petróleo à nação chinesa, através da rota do Cazaquistão.

Segundo os diretores, o hidrocarboneto será processado na região noroeste da China para atender a demanda de combustível no país asiático, em um período temporário de 10 anos.

Lugansk adverte para provocações. Um representante da autoproclamada República Popular de Lugansk afirmou que a mídia estadunidense, britânica e estoniana planeja culpar a Rússia através de ataque encenado contra militares ucranianos.

Jornalistas da mídia de países ocidentais em Donbass planejam encenar provocações culpando a Rússia por "agressão", disse na sexta-feira (4) Ivan Filiponenko, representante militar da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL).

“Nossa inteligência reportou a presença de representantes da mídia dos EUA, Reino Unido e Estônia nas áreas de retaguarda da 95ª Brigada das Forças Armadas da Ucrânia”, comunicou ele.

A República Popular de Donetsk também relembrou ter advertido várias vezes contra a preparação de falsos enredos sobre a situação na área do conflito por parte da mídia ocidental e ucraniana.

Em 14 de janeiro a Casa Branca declarou que a Rússia procura “fabricar um pretexto para a invasão” da Ucrânia, alegações que Moscou negou. Desde então, a Rússia e as repúblicas autoproclamadas também falaram de tentativas por parte de países ocidentais de culpar o Kremlin por uma encenação de ataque a posições das repúblicas por parte da Ucrânia.

E a farsa aconteceu. A agência de notícias Bloomberg publicou uma manchete dizendo “Ao vivo: Rússia invade a Ucrânia”. A notícia surgiu na página inicial por volta da meia-noite, no horário de Moscou, e permaneceu lá durante quase meia hora, antes de ser removida e emitido um pedido de desculpas.

Os usuários que clicaram na notícia chocante enquanto ela ainda estava no site eram redirecionados para uma página de erro, segundo escreve o New York Post.

Capturas de tela do site da Bloomberg foram compartilhadas no Twitter indicando que a alegação sensacionalista permaneceu em grande parte despercebida por pelo menos 24 minutos antes de ser removida.

A agência de notícias admitiu o erro, dizendo que ela “prepara manchetes para muitos cenários e que o título ‘Rússia invade Ucrânia’ foi inadvertidamente publicado em torno das 16h00 no horário da Zona de Tempo Oriental hoje (4) em nosso site”.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov disse à Sputnik que o termo “fake News” (notícias falsas) pode ser substituído por “Bloomberg News” após a publicação errada da agência sobre o início da “invasão” da Ucrânia pela Rússia.

Nos últimos meses, os EUA e países aliados europeus acusam a Rússia de acumular tropas junto da fronteira com a Ucrânia com a intenção de invadir o país. O aumento das tensões na região tem dominado as manchetes na mídia internacional, mas mostramos a verdade escondida na série de seis artigos já publicados.

EUA: recorde em dívida pública. O endividamento dos EUA chegou a US$ 30,012 bilhões (R$ 157 bilhões), conforme dados divulgados pelo Departamento do Tesouro do país na terça-feira (1º).

Trata-se do nível recorde de dívida pública em toda a história do país, e que foi alcançado antes do esperado, observa o The New York Times, citando entre as causas, o enorme gasto federal destinado à luta contra a pandemia de COVID-19.

Os gastos incluem US$ 5 bilhões (R$ 26 bilhões) em subsídios de desemprego, o apoio aos pequenos negócios e pagamentos de estímulos financiados com empréstimos.

O novo recorde foi registrado em meio às expectativas de uma subida da taxa de juros pela Reserva Federal, algo que agravaria ainda mais o peso da dívida pública nos EUA.

Em dezembro, o Congresso do país norte-americano acordou em aumentar o limite da dívida do Governo Federal em US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões) até aproximadamente US$ 31,4 bilhões (R$ 165 bilhões).

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