Não fui eu, não!
Quem não lembra de alguma cena de criança que, depois
de alguma arte, diz para a mãe que não foi ela? Pois o insano que nos governa
tem a mesma mania. Ou seja, nunca foi ele o responsável, mesmos sendo presidente.
Em agosto de 2021, falando sobre a alta do preço do gás
de cozinha e da gasolina, ele jogou a culpa nos governadores dos estados e isto
foi estampado em praticamente todos os jornais. Agora ele repete o mesmo
argumento, mas com outro motivo.
Os últimos dados apresentados pelo IBGE mostram a queda
na taxa de desemprego, mas ainda continua alta. São 12,4 milhões de pessoas sem
trabalho nesse momento.
Mas o ex-capitão, que nunca assume a culpa de nada,
disse que a alta taxa de desemprego é culpa dos governadores e prefeitos.
Essa afirmação foi feita ao conversar no famoso
cercadinho em Brasília para seus apoiadores.
“Os empregos formais voltaram à normalidade. Está
faltando os informais agora. Quem tirou serviço informal do povo não fui eu,
mas foram os governadores e prefeitos. Eu não mandei fechar nada”, disse.
As mulheres no Brasil atual. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, aumentou a
proporção de mulheres que são chefes de domicílio no Brasil. Em 2019, elas eram
47% e no último trimestre de 2021 as chefes de domicílio representaram 49% do
total. Ou seja, cada vez mais as famílias brasileiras dependem mais da mulher,
não só como “dona de casa”, mas como suporte econômico.
No entanto, não recebem o respeito merecido em nossa sociedade.
Mesmo sendo maioria - 52% da população brasileira é formada por mulheres -, e
em geral estudem mais, elas têm menos oportunidades no mercado de trabalho, não
progridem nas carreiras como os homens; em épocas de crise são as primeiras a
serem demitidas e as últimas a serem recontratadas, com salários mais baixos; e
sofrem com o machismo, com assédios morais e sexuais.
E em governos de direita, mais preocupados com cortes
de gastos do que com o bem-estar da população, como é o caso do governo do
demente, as mulheres sofrem também com a falta de políticas públicas mais assertivas
que as contemplem para que possam exercer suas atividades profissionais. Exemplos
dessas políticas são o aumento no número de creches e maior estabilidade no
emprego após a volta da licença maternidade.
Falta de oportunidade. Dados
atualizados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNDA) do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o 4º trimestre de
2021, mostra que mulheres com 14 anos ou mais de idade representam apenas 43,8%
do total de pessoas na força de trabalho e 41,6% entre o total de ocupados e
ocupadas.
Por outro lado, entre as pessoas desocupadas as
mulheres representam 52,2% e entre as pessoas fora da força de trabalho são
64,2%.
De acordo com um levantamento do Dieese, a situação só
piorou nos últimos sete anos. A recessão, em 2015 e 2016, seguida de baixo
crescimento nos três anos seguintes, restabeleceu e aprofundou características
como alta taxa de desemprego, crescente informalidade, desigualdade de
oportunidades e aumento do número de pessoas subutilizadas da força de trabalho,
diz o estudo sobre mercado de trabalho feminino feito pela coordenadora do
Dieese Nacional Patrícia Pelatiere e pela técnica da subseção do Dieese da CUT
Nacional Adriana Marcolino.
“Mesmo em ciclos de crescimento econômico a desigualdade
entre mulheres e homens se mantém estável porque ela é estrutural”, explica a
técnica.
Além da falta de políticas públicas para o mercado de
trabalho, as reformas neoliberais: a trabalhista (2017, no governo do ilegítimo
Temer, do MDB) e a previdenciária (2019, do insano) ampliaram a desigualdade
entre homens e mulheres no mercado de trabalho. A primeira retirou,
flexibilizou e/ou desregulamentou direitos trabalhistas, criou um ambiente
desfavorável à negociação coletiva, procurou desarticular a estrutura sindical,
reduziu o acesso à Justiça do Trabalho, entre outros pontos. Já a segunda
dificultou o acesso aos benefícios previdenciários e reduziu o valor do
benefício.
A mulher e a precarização no Brasil. Boletim
divulgado pelo Dieese sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho
brasileiro, com dados da Pnad Contínua-IBGE, mostra que o cenário piorou em
dois anos.
O estudo apresenta a situação das mulheres em idade
ativa, ou seja, de 14 anos ou mais. Compara o terceiro trimestre de 2021 com o
mesmo período de 2019, pré-pandemia. Também há comparações entre mulheres
negras e não negras, e também com os homens. O resultado é uma clara
demonstração da retração da economia no período.
Dados – Em 2019, 47,5 milhões de mulheres estavam no
mercado de trabalho, número que caiu para 46,4 milhões em 2021. Para Patrícia
Pelatieri, diretora do Dieese, os números merecem atenção. “A diferença de mais
de um milhão, em dois anos, é preocupante. Fora que muitas perdem o emprego e
desistem de procurar, pois não têm perspectiva”, conta a economista.
Do total no mercado de trabalho, 39 milhões estão
ocupadas. Destas, 51,6% são negras. Entre as 7,4 milhões de desocupadas, 63,5%
são negras. “Isso é mais uma amostra da desigualdade racial que existe no Brasil”,
ressalta Patrícia.
Outro dado que comprova a desigualdade racial é o valor
do salário. Por hora, a brasileira recebe, em média, R$ 13,89. Entre as
mulheres negras, este valor cai para R$ 10,83. Não negras têm um rendimento
médio de R$ 17,13 a cada hora trabalhada.
O rendimento mensal das mulheres caiu no período, de R$
2.139,00 para R$ 2.078,00. Dez categorias profissionais foram pesquisadas e
apenas as que atuam na Segurança Pública tiveram aumento na renda. Em 2019, a
categoria recebia R$ 35,57 por hora. Dois anos depois o valor subiu pra R$
37,71.
A pesquisa faz comparações entre homens e mulheres. E
fica claro o abismo entre os sexos no mercado de trabalho. São 53,9 milhões de
homens ocupados, contra 39 milhões de mulheres. Em média, eles recebem R$ 15,25
por hora, ante R$ 13,89 do sexo feminino. Outro destaque negativo é a comparação
dos homens não negros, que recebem R$ 19,73 por hora, quase o dobro da mulher
negra, que tem um rendimento médio de R$ 10,83.
Produção industrial continua caindo. Para
desespero do ministro “posto Ipiranga”, a economia continua parada no país. A
produção industrial no primeiro mês do ano está abaixo do patamar anterior à
pandemia
Também fica quase 20% abaixo do nível recorde,
registrado em 2011. No pior janeiro em quatro anos, IBGE apurou queda nas
montadoras e no setor de máquinas, entre outros
A produção industrial caiu 2,4% no primeiro mês do ano,
em relação a dezembro, informou nesta quarta-feira (9) o IBGE. Na comparação
com janeiro de 2021, a queda é de 7,2%. Foi o pior resultado para o mês em
quatro anos. Em 12 meses, a atividade acumula alta de 3,1%.
A retração de dezembro para janeiro atingiu as quatro
categorias pesquisadas e 20 dos 26 ramos. O IBGE destaca as quedas nas atividades
de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%), indústrias extrativas
(-5,2%), bebidas (-4,5%), metalurgia (-2,8%) e de máquinas e equipamentos
(-2,3%), entre outras. Entre as altas, coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (3,5%) e produtos alimentícios (1,4%).
Cesta básica sobe em todas as capitais
pesquisadas. Feijão, café e óleo de soja puxaram alta de preços.
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em
fevereiro nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento divulgado nesta
quarta-feira (9) pelo Dieese, as maiores altas foram em Porto Alegre (3,4%),
Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).
Em 12 meses, comparando fevereiro com o mesmo mês de
2021, as maiores altas ocorreram em Campo Grande (23%), Natal (19,9%) e Recife
(16,9%).
A cesta mais cara é a de São Paulo, que custa R$
715,65, seguida pelas de Florianópolis (R$ 707,56), do Rio de Janeiro (R$
697,37) e de Porto Alegre (R$ 695,91). Apesar de ter o maior custo do conjunto
de itens básicos, a cesta do paulistano foi a que teve o menor aumento em
fevereiro (0,25%). Em Florianópolis, houve alta de 1,72% e de 0,66% no Rio de
Janeiro em fevereiro.
Entre os itens que puxaram as altas em fevereiro está o
feijão, cujo preço subiu em todas as capitais. Em Belo Horizonte, o feijão
carioquinha chegou a subir 10,14%. O feijão preto teve elevação de 7,25% no Rio
de Janeiro.
Brasileiros acham que vai piorar. A nova
rodada da pesquisa Ipespe, divulgada na sexta (11) e realizada antes de a
Petrobras anunciar um dos maiores reajustes da história nos preços dos
combustíveis, revela que 72% da população acredita que os preços dos produtos e
serviços vão continuar subindo nos próximos meses.
Do total de entrevistados que acreditam na alta dos
preços, 27% apostam que vai aumentar muito e 45% que vai aumentar.
A pesquisa mostra ainda o desânimo dos brasileiros com
a política econômica do ex-capitão e seu ministro da Economia que só tem gerado
desemprego, trabalho informal e inflação alta. Desde 2019, não fizeram nenhum
grande investimento para aquecer a economia. Só fizeram propostas para tirar
direitos dos trabalhadores.
Outra proposta da dupla é a de privatização de
estatais, que piora a prestação dos serviços e contribui com o aumento ainda
maior dos preços, como é o caso da privatização da Refinaria Landulfo Alves
(Rlam), na Bahia. A compradora, a Acelen, do grupo árabe Mubadala, vem praticando
reajustes maiores do que os da Petrobras desde o ano passado, quando assumiu a
unidade.
Biden quer negociar com a Venezuela? Desde
2019, depois da reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, Washington fechou sua
embaixada em Caracas e declarou reconhecer como “presidente de fato” uma farsa
chamada Juan Guaidó. Mas as disputas entre EUA e Venezuela já vinham de antes,
das tentativas de sabotagem contra o governo de Hugo Chávez e os ataques à
empresa de petróleo venezuelana (PDVSA).
Agora, com a crise criada pela disputa entre Rússia e
Ucrânia, Washington vê com preocupação a questão do petróleo e sabe que na
Venezuela, mais precisamente na Bacia do Orinoco, está a maior jazida do
planeta!
Resultado: Biden está pensando em suspender as sanções
contra a Venezuela e até enviou uma “comissão de alto nível” para um encontro com
Maduro!
Diplomática e corretamente, Maduro aceitou a conversa e
comunicou ao seu Alto Comando Político e Militar. O anúncio foi feito ontem
(segunda-feira, 07) e que o primeiro encontro teria acontecido no sábado passado
(05). “Fui acompanhado na reunião por Jorge Rodríguez (presidente da Assembleia
Nacional) e Cilia Flores (deputada). à Venezuela e ao mundo", disse ele.
Pensando aqui com os nossos “botões” fica a dúvida:
qual a verdadeira intenção de Biden a tomar esta iniciativa?
E a primeira resposta que nos ocorre é que a Casa
Branca está agora fazendo um cerco sobre os aliados da Rússia em Nossa América.
Vai investir pesado para tentar romper os acordos comerciais já existentes.
Mas, pelo que sabemos e lemos em informes
internacionais, tem muito mais interesses em jogo. Na semana passada lemos
matéria falando da crise energética existente nos EUA e que os lobistas
estadunidenses da área estão pressionando. Na opinião desses lobistas, para
sair do atoleiro energético, Washington precisa recuperar os laços com a
Venezuela.
Qual o problema político para Biden? Para isso,
Washington tem que suspender as medidas unilaterais contra a Venezuela, criar
um melhor fluxo de caixa para a estatal petrolífera PDVSA e defender o
desbloqueio dos bens venezuelanos congelados no exterior. Mas, se fizer isso,
vai melhorar muito a situação econômica da Venezuela e beneficiar Nicolás
Maduro como chefe do Executivo venezuelano.
A crise entre a Rússia e a Ucrânia, alimentada por
muitos meses pelos EUA e pela Europa, está mostrando uma nova forma de
“guerra”: boicotes, sanções e movimentação política de bastidores!
Se o cenário está difícil de entender na Europa não é
muito complicado na América Latina. Todos concordam que os países de nossa
região não podem ficar de fora dessa nova divisão mundial criada pelo chamado
“mundo ocidental”.
Tempo ruim para Biden? Em
nosso Informativo Semanal temos noticiado a situação de crise interna nos EUA.
Problemas com a economia, um exército de desempregados, a maior população de
moradores de rua no planeta, dificuldades a cada ano para fechar a balança de
pagamentos, etc. Ou seja, Washington incentivou uma guerra sabendo que não
tinha cacife para isso. Apenas para retroalimentar o complexo industrial
militar do país.
Em meio a essas reflexões, vemos em um site da TeleSur
que Maduro não perdeu tempo. Em matéria publicada ele diz claramente que o
conflito se agravou como resultado de décadas de descumprimento de acordos por
parte dos EUA, bem como ameaças contra a segurança da Rússia, “aqueles que prepararam
a expansão da OTAN são os maiores responsáveis por este conflito”, disse ele.
“Avaliando as informações de inteligência que temos
sobre o mundo, da Venezuela expressamos que estamos preocupados com a
possibilidade de uma guerra na Europa e uma extensão desse confronto armado em
várias partes do mundo”, disse o chefe de Estado.
Além disso, Maduro denunciou a campanha midiática de
ódio contra a Rússia e as medidas econômicas de que o país eurasiano é vítima,
“já há impactos brutais nos preços da energia, gás, petróleo, preços dos alimentos
e fertilizantes, bem como um aumento na o preço do transporte marítimo e do
frete”, destacou.
Claro que tudo isto terá desdobramentos e estaremos
acompanhando.
A resposta da Venezuela. Os EUA
devem colocar na mesa uma proposta “muito ambiciosa” para que o governo da
Venezuela concorde em estabelecer acordos sobre energia, após os danos que as
administrações daquele país causaram à indústria petrolífera venezuelana, disse
o presidente da Comissão de Energia e Petróleo do parlamento, Ángel Rodríguez.
Além disso, salientou que a Venezuela poderá retomar o
fornecimento de petróleo aos EUA e à Europa em meados deste ano, caso
Washington levante as sanções impostas à indústria petrolífera do país
sul-americano.
“De qualquer forma, as medidas estão suspensas (...)
com o que conseguimos até agora, até meados do ano poderemos estar fornecendo o
recurso energético necessário tanto para os EUA quanto para a Europa”, destacou
Rodríguez.
México faz crítica ao Parlamento Europeu. Em 10
de março, o Parlamento Europeu aprovou com 607 votos a favor, 73 abstenções e
duas contra uma resolução que descrevia o México como o país mais perigoso para
a imprensa fora das zonas de guerra e pedia às autoridades que garantissem
proteção aos jornalistas.
O governo do México não perdeu tempo e lamentou a
duplicidade de critérios do Parlamento Europeu, que qualificou o país
latino-americano como o mais perigoso para a imprensa e pediu às autoridades
que garantissem proteção aos jornalistas, enquanto vários países europeus forneceram
simultaneamente armas à Ucrânia.
“É lamentável que se juntem como ovelhas na estratégia
reacionária e golpista do grupo corrupto que se opõe à Quarta Transformação,
promovida por milhões de mexicanos para enfrentar a monstruosa desigualdade e
violência herdada pela política econômica neoliberal que se impôs por 36 anos
em nosso país”, disse o comunicado.
O documento é dirigido aos deputados europeus,
lembrando-lhes que o México não é mais uma terra de conquistas e que as autoridades
nacionais estão trabalhando para fazer valer a liberdade de expressão e o trabalho
dos jornalistas em seu país sem interferência externa.
“O Estado não viola os direitos humanos como aconteceu
em governos anteriores, quando você, aliás, manteve um silêncio cúmplice. O México
é um país pacifista que optou pela não-violência e somos a favor do diálogo,
não da guerra; não enviamos armas para nenhum país sob nenhuma circunstância,
como você está fazendo agora”.
Evo é certeiro! Segundo
o ex-mandatário boliviano, a OTAN é uma ameaça à paz e à segurança e os objetivos
dos EUA ao comandar a aliança estão focados em interesses nos recursos naturais
da Ucrânia e em cercar militarmente a Rússia.
Evo Morales, presidente da Bolívia de 2006 a 2019,
acredita que as principais razões por trás da crise ucraniana foram a expansão
progressiva da OTAN, liderada pelos EUA, e sua interferência nos assuntos
internos de outros países.
“Precisamos ver a origem dessa questão, por que essa
situação se desenvolveu entre a Rússia e a Ucrânia? A Bolívia tem uma política
pacifista e anti-imperialista conforme está consagrada em sua Constituição, e
não concordamos que instituições de natureza militar como a OTAN, com os EUA no
comando, se expanda e interfira nos assuntos de outros [países]. Essas são as
questões”, afirmou ele em uma entrevista ao site Sputnik.
De acordo com o ex-presidente, “a OTAN é uma ameaça à
paz e à segurança mundiais [...] e se tornará uma ameaça constante à humanidade
no caso de nossa inação”. Em sua interpretação, o objetivo final dos EUA com a
Ucrânia é assumir seus recursos naturais e cercar militarmente a Rússia.
Boric faz discurso de esquerda. O novo
presidente do Chile, Gabriel Boric, discursou pela primeira vez na posição de
mandatário nesta sexta-feira (11). Diante de milhares de pessoas reunidas em
frente ao Palácio La Moneda, em Santiago, Boric reafirmou o compromisso de
redistribuir a riqueza do país.
“Sabemos que a economia continua sofrendo e que o país
precisa se reerguer, crescer e distribuir de forma justa os frutos desse
crescimento", disse, acrescentando que "precisamos redistribuir a
riqueza produzida por aqueles que habitam nosso país”.
Boric também afirmou que o povo chileno é
"protagonista" no processo que culminou em sua eleição à Presidência,
destacando que sem as mobilizações que ocorreram no país nos últimos anos
"não estaríamos aqui".
“O povo do Chile é protagonista neste processo. Não
estaríamos aqui sem suas mobilizações e quero que saibam que não viemos aqui
para ocupar cargos, entreter uns aos outros e gerar distâncias inatingíveis;
viemos entregar-nos de corpo e alma ao compromisso de tornar melhor a vida no
nosso país", declarou Boric.
Ele também fez um aceno para famílias que ainda
procuram os desaparecidos políticos da ditadura militar, para pessoas cujas
identidades de gênero são "discriminadas", para artistas "que
não podem viver a sua obra, porque a cultura não é suficientemente valorizada
no nosso país", para os povos nativos "despojados de suas terras, mas
nunca de sua história", para a classe média endividada, para os que vivem
na "pobreza esquecida", entre outros.
Durante a cerimônia, após a transmissão da faixa
presidencial, o gabinete de ministros de Boric, que tem maioria feminina,
também foi empossado. “Estou profundamente orgulhoso desse gabinete, orgulhoso
de que haja mais mulheres do que homens, isso graças ao movimento feminista”,
disse o novo presidente.
Pobreza extrema em Nossa América. Segundo
a CEPAL, em 2020 a região sofreu um revés notável em sua luta contra a pobreza
devido à pandemia de coronavírus.
A secretária-executiva da Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, alertou nesta segunda-feira que 201
milhões de pessoas na região estão em situação de pobreza, das quais 86 milhões
estão em extrema pobreza.
“Temos um retrocesso de 27 anos. E a desigualdade
atravessa nossa região, rompendo uma tendência de queda que já vinha de 20
anos”, disse o funcionário na quinta reunião do Fórum dos Países da América
Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável. Ele acrescentou que as
assimetrias globais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento se
aprofundaram.
Em seu relatório anual Panorama Social da América Latina,
a CEPAL estimou que entre 2020 e 2021 as pessoas em extrema pobreza aumentaram
em quase 5.000.000.
“Como consequência da prolongada crise sanitária e
social da pandemia de Covid-19, a taxa de pobreza extrema na América Latina
teria aumentado de 13,1% da população em 2020 para 13,8% em 2021, um retrocesso
de 27 anos, enquanto estima-se que a taxa geral de pobreza teria diminuído
ligeiramente, de 33,0% para 32,1% da população”, informou a CEPAL.
Nosso Informativo discorda da análise (não dos números).
Colocar a culpa do crescimento da miséria na região na pandemia é fechar os
olhos para ver as consequências do projeto neoliberal que, nos últimos 10 anos,
lutou e derrubou os principais governos progressistas na região.
Para pensar... Lendo
três relatórios muito interessantes e que desmascaram um pouco desse “alarme”
em torno da proibição de importação do petróleo e gás russos pelos EUA.
Segundo o US Census Bureau, entidade oficial de
análises, em todo o ano de 2021 os EUA importaram 145.487 milhões de dólares de
petróleo e gás, comprando em vários países. Desse total, apenas 4.714 milhões
de dólares foram comprados da Rússia, segundo dados compilados pelo jornal
mexicano El Financiero.
Todo o gás e o petróleo que os EUA compram da Rússia
representam apenas 3,2% do total que o país importa. Além disso, 91% das compras
de combustível proveniente da Rússia estão concentradas em menos de 10
entidades!
Nosso Informativo acredita que alguma coisa precisa ser
revista nas notícias que recebemos!
Por que nossa imprensa não divulga? O líder da República Popular de Donetsk (RPD), Denis
Pushilin, disse ter encontrado provas diretas de ajuda da Aliança Atlântica aos
nacionalistas ucranianos. Mais tarde, a Defesa russa disse ter achado provas do
programa de armas biológicas na Ucrânia financiado pelos EUA.
No domingo (06), o líder da RPD, Denis Pushilin,
anunciou em uma coletiva de imprensa que em uma das sedes dos nazistas
ucranianos em Donbass foi encontrado um notebook com número de registro da
OTAN, o que prova o estatuto secreto do aparelho.
Aquele mesmo notebook com etiqueta da OTAN que foi
encontrado [na sede] do Pravy Sektor (organização extremista proibida na Rússia)
Além disso, a Defesa russa informa a cada dia sobre
eliminação de equipamento bélico fornecido à Ucrânia pelo Ocidente. Hoje, a
Milícia Popular de Donetsk apresentou vídeos de armamento produzido em países
da OTAN e capturado das Forças Armadas da Ucrânia no sul do país. No vídeo
podem ser observados sistemas britânicos NLAW, Javelin norte-americanos e
munições de origem búlgara.
Mais tarde, nesse mesmo dia (06), o representante
oficial da Defesa russa, Igor Konashenkov, informou durante uma coletiva de
imprensa que os militares russos encontraram provas de um programa de guerra biológica
em laboratórios ucranianos perto da fronteira com a Rússia.
Com provas. Segundo o Ministério da Defesa russo, além da
continuação da destruição do potencial militar da Ucrânia, foram reveladas
evidências de um programa biológico que estava sendo realizado junto da fronteira
com a Rússia.
Major-general Igor Konashenkov, representante oficial
do Ministério da Defesa russo, anunciou no domingo (6) que foram encontradas em
laboratórios biológicos ucranianos perto da fronteira com a Rússia provas de um
programa de guerra biológica.
“Os documentos recebidos [dos respectivos funcionários ucranianos]
confirmam que em laboratórios biológicos ucranianos, nas proximidades do
território russo, estavam sendo desenvolvidos componentes de armas biológicas”,
descreveu ele aos jornalistas.
Segundo o porta-voz, Kiev eliminou urgentemente os
vestígios desse programa, financiado do exterior. “Durante a realização da
operação militar especial, foram desvendados fatos de limpeza emergência por
parte do regime de Kiev de vestígios do programa biológico militar financiado
pelo Departamento de Defesa dos EUA”, detalhou, acrescentando que com o começo
da operação russa "o Pentágono tinha sérias preocupações sobre a
divulgação da realização de experimentos biológicos secretos na Ucrânia".
Rússia quer explicações. Os EUA
têm que explicar ao mundo sobre seus laboratórios biológicos na Ucrânia, cuja
existência foi admitida pela vice-secretária de Estado para Assuntos Políticos,
Victoria Nuland, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da
Rússia, Maria Zakharova.
“O Departamento de Defesa dos EUA e a administração do
presidente dos EUA são obrigados a informar a comunidade internacional e
fazê-lo oficialmente... sobre os programas que foram realizados na Ucrânia”,
disse Zakharova em um briefing.
Segundo a porta-voz, esses laboratórios na Ucrânia, supervisionados
por especialistas estadunidenses, foram desenvolvidos para fins militares.
Mais cedo, a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria
Nuland, havia dito que existiam instalações de pesquisa biológica na Ucrânia e
que Kiev e Washington estavam agora trabalhando para evitar que o material armazenado
lá caísse nas mãos das forças russas.
“E posso fazer outra pergunta? Como tudo foi destruído?
E tudo foi realmente destruído?”, perguntou Zakharova.
No Conselho de Segurança da ONU. O
Ministério da Defesa russo indica que uma rede de mais de 30 laboratórios
biológicos opera na Ucrânia a serviço da Agência de Redução de Ameaças dos EUA.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) a pedido da representação russa, realizará uma sessão de emergência
nesta sexta-feira para tratar das atividades militares biológicas dos Estados
Unidos (EUA) na Ucrânia.
O vice-representante da Rússia na ONU, Dimitri
Polianski, observou em sua conta oficial no Twitter que "a missão russa
solicitou uma reunião do Conselho de Segurança para 11 de março para discutir
as atividades biológicas militares dos EUA no território da Rússia.
Ucrânia".
Nesse sentido, o Ministério da Defesa russo revelou que
os EUA destinaram mais de 200 milhões de dólares para o funcionamento de
laboratórios biológicos na Ucrânia, onde, entre outras pesquisas, estão sendo realizados
experimentos com o coronavírus de morcego.
EUA vão impedir inspeção internacional. Os EUA rejeitam a inspeção internacional em
laboratórios biológicos ligados a Washington em todo o mundo, o que significa
que pode ter algo a esconder, disse o embaixador russo nas Nações Unidas,
Vasili Nebenzia.
“Colocar [os EUA] sob verificação internacional é algo
que eles se recusam firmemente a fazer. Desde 2001, eles bloquearam um
protocolo legalmente vinculante sob a Convenção de Armas Biológicas sobre a criação
de um mecanismo de verificação eficaz para garantir o cumprimento. E isso pode
nos levar a pensar que os EUA têm algo a esconder”, disse Nebenzia em uma
reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Em 10 de março, a delegação russa à Organização das
Nações Unidas (ONU) solicitou uma reunião do Conselho de Segurança para
discutir a atividade militar biológica dos EUA em território ucraniano.
O Ministério da Defesa russo informou anteriormente
que, de acordo com seus dados, os EUA alocaram mais de 200 milhões de dólares
para a operação de laboratórios biológicos na Ucrânia, onde, entre outras coisas,
foram realizados experimentos com o coronavírus de morcego.
Em 8 de março, o Ministério das Relações Exteriores da
Rússia informou ter obtido documentos de laboratórios biológicos ucranianos que
“certificam a destruição urgente de patógenos especialmente perigosos de peste,
antraz, tularemia, cólera e outras doenças mortais”.
Por sua vez, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos
dos EUA, Victoria Nuland, reconheceu no mesmo dia que existem “instalações de
pesquisa biológica” na Ucrânia e que Washington está muito preocupado que as
tropas russas assumam o controle delas.
Biden vai mandar mais dólares. O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um memorando
alocando US$ 200 milhões em ajuda de defesa à Ucrânia, informou a Casa Branca.
De acordo com o texto do documento divulgado pelo
serviço de imprensa da Casa Branca, Biden instruiu o secretário de Estado dos
EUA, Antony Blinken, a "fornecer ajuda à Ucrânia" sob a Lei de
Assistência Externa de 1961.
O memorando indica que os recursos - 200 milhões de
dólares - virão do orçamento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
EUA preparavam mais um laboratório? O
vice-primeiro-ministro da Crimeia, Georgy Muradov, revelou que há mais de oito
anos, quando a península fazia parte da Ucrânia, os EUA planejavam abrir seu
próprio laboratório biológico na cidade de Simferopol. No entanto, esses planos
foram frustrados pela Rússia.
“Armas biológicas foram desenvolvidas durante anos em
laboratórios secretos do Pentágono na Ucrânia. A Crimeia está familiarizada com
esta questão, já que os EUA planejavam criar um laboratório semelhante na península
e apenas a reunificação da península com a Rússia em março de 2014 impediu
planos de criar patógenos na Crimeia”, explicou Muradov.
Ele acrescentou que os funcionários do Rospotrebnadzor
(Escritório Nacional de Proteção ao Consumidor e Bem-Estar Humano) na época
encontraram 104 unidades de amostras de ectoparasitas, 46 amostras de órgãos
internos de roedores e 105 amostras de soro humano. Todos estes foram
preparados para embarque no exterior enquanto aguardavam no território da
antiga estação de vigilância sanitária e epidemiológica soviética em
Simferopol.
Quem vai lucrar com isso? Ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido,
Jeremy Hunt, afirmou que o seu país deveria aumentar as suas despesas com
defesa para o mesmo nível que nos EUA.
Em um artigo para o jornal britânico The Telegraph, ele
abordou a questão à luz da operação militar especial russa que está em curso na
Ucrânia. Que, segundo ele, é "o maior fracasso da política externa e de
segurança ocidental em nossas vidas".
De acordo com o ex-ministro, o erro ocorreu porque os
países ocidentais "esqueceram a lição fundamental da Guerra Fria: o poder
de dissuasão".
“[…] Ele só estava dizendo mais veementemente o que
vários outros presidentes tinham dito antes. Se queremos que a América continue
sendo o líder do mundo livre, as outras potências democráticas, especialmente
na Europa, devem se comprometer em igualar as despesas de defesa dos EUA em
proporção do PIB. O Reino Unido deve liderar o caminho dizendo que a defesa, o
apoio e os gastos em poder brando vão subir para pelo menos 4% do [seu] PIB
durante a próxima década”, afirmou o ex-chefe da diplomacia britânica.
Pergunta: quem vai lucrar com a venda de armas?
Reino Unido dividido? Por um
lado, um ex-ministro diz que o Reino Unido deveria aumentar seus gastos com a
guerra (matéria anterior). Por outro lado, autoridades dizem que é inútil.
O chefe das forças armadas do Reino Unido, o almirante
Tony Radakin, disse no domingo (06) que é “ilegal e inútil” que britânicos
pensem em lutar contra a Rússia na Ucrânia.
Os comentários do principal responsável pelo Exército do
Reino Unido contradizem a secretária de Relações Exteriores britânica Liz
Truss, que disse que apoia qualquer um que quisesse se “voluntariar”.
Em declaração a uma emissora de TV britânica, o chefe
do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido, Tony Radakin, reforçou que “é ilegal
e inútil para os militares do país, e também para a população civil, pensar em
lutar na Ucrânia”.
Radakin disse que isso “não é uma coisa sensata de se
fazer”, e rechaçou a ideia de Liz Truss. As informações foram confirmadas pelo
South China Morning Post.
Na semana passada, cerca de 200 mercenários chegaram à
Ucrânia, através da Polônia. Vários países europeus, segundo a Defesa russa, permitiram
oficialmente o envio de mercenários para a Ucrânia.
Os mercenários estrangeiros, segundo representante da
Defesa russa, realizam sabotagens e ataques contra colunas de equipamento
bélico e colunas de materiais russas, assim como contra aviação.
Queda de braços. Como
vimos anteriormente, Biden está procurando uma alternativa para abastecer de petróleo
o seu país e procurou a Venezuela. Ao mesmo tempo, ele anunciou na terça-feira
(08) a proibição da compra de petróleo e gás da Rússia por conta da guerra na
Ucrânia.
No entanto, o presidente reconheceu que algumas nações
europeias “não podem tomar a mesma decisão” no momento e que continua a apoiar
que todos façam as melhores escolhas para punir a Rússia.
Além disso, Biden confirmou que os EUA vão liberar 60
milhões de barris de petróleo que estão em estoque para “garantir que o
fornecimento de energia global continue” e que metade desse montante vai ficar
para o país conseguir manter preços.
Boa parte do discurso de Biden foi usada para relembrar
as sanções já aplicadas por norte-americanos e europeus contra o governo de
Putin, classificadas por Biden como "o maior pacote de sanções da
história" contra um único país.
Em contrapartida, o partido Rússia Unida, do qual o
presidente Vladimir Putin é membro, sugeriu nacionalizar a produção de
companhias estrangeiras que estejam deixando o país por conta das sanções
impostas por EUA e União Europeia. A informação é da agência oficial RT.
“O Rússia Unida propõe nacionalizar a produção das
empresas que anunciam sua saída e o fechamento da produção na Rússia durante a
operação especial na Ucrânia. Esta é uma medida extrema, mas não toleraremos
facadas nas costas e protegeremos nosso povo", disse o secretário do
Conselho Geral do Rússia Unida, Andrey Turchak. A “operação especial” a que Turchak
se refere é a ação militar de Moscou contra o território ucraniano.
União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, além de
outros países alinhados aos europeus e estadunidense, anunciaram pesadas
sanções financeiras e econômicas contra membros do governo, bancos e grandes
empresas russas como uma forma de responder à guerra na Ucrânia.
Enquanto isso... Pois é.
Enquanto o mundo inteiro se volta para o conflito na Ucrânia, como deseja a Casa
Branca, aquele país lá do Norte, onde todos andam armados, continua se matando.
Pelo menos um adolescente morreu e outros dois ficaram
gravemente feridos após um tiroteio registrado na segunda-feira em uma escola
em Des Moines, Iowa, Estados Unidos (EUA), informou a mídia local.
Inicialmente, três dos jovens estavam em estado
crítico, mas um deles perdeu a vida pouco depois. São dois homens e uma mulher,
segundo a imprensa local.
A polícia recebeu o alerta sobre um tiroteio nas
instalações da East High School em DesMoines por volta das 14h48, horário local
(20h48 GMT). Os adolescentes feridos foram levados para um hospital.
“As crianças daquela escola são a coisa mais valiosa
para nossa comunidade”, disse o sargento de polícia de Des Moines Paul Parizek.
“O Departamento de Polícia de Des Moines, o Corpo de
Bombeiros de Des Moines e a DMPS Public Safety chegaram ao local em poucos
minutos. O prédio da escola foi imediatamente fechado e os alunos foram mantidos
em segurança enquanto a polícia investigava. Os alunos foram liberados por
volta das 15h30. m., depois que a polícia deu o sinal verde”, publicou a escola
em um comunicado.
Mais tarde, as autoridades anunciaram que não havia
mais ameaça ao público e que vários suspeitos estão sob custódia.
O mais triste é vermos esta declaração: “Vivemos em uma
época em que tiroteios dentro e ao redor das escolas se tornaram muito comuns”,
disse o superintendente Thomas Ahart.
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