Glauber Braga: plano de privatizar a Petrobrás é porque sabem que serão derrotados nas eleições
Sobre a ameaça do presidente da Câmara, Arthur Lira, de retirá-lo à força do plenário, deputado afirma que "nem o Eduardo Cunha teve coragem" de fazer tal ameaça
247 - Em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) falou sobre o embate com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), na última terça-feira (31), quando ele tentava colocar em votação a privatização da Petrobrás não por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), como estabelece a Constituição e que exige o mínimo de 308 votos, mas como projeto de lei, que exige apenas maioria simples.
“Eles já sentem que não tem condições eleitorais de vencer e querem fazer um movimento que garanta a entrega do setor de petróleo antes do ano de 2023, porque isso pode se tornar impossível depois de 2022”, salientou o parlamentar.
Segundo Glauber Braga, “há uma mudança no comportamento do Lira”. “No início da sua gestão fez todas as movimentações de atendimento imediato e sinalização ao mercado. A partir de agora ele começou a fazer movimentos para atender segmentos específicos já pensando na sua reeleição, a partir de 2023 como presidente da Câmara. Está atendendo atores da bancada fundamentalistas para garantir essa base de apoio”, denuncia.
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Sobre a condução de Arthur Lira na presidência da Casa, Glauber classificou com “muito absurda”. “O Lira, desde o início da sua presidência, diminui de maneira progressiva os espaços de debate. A oposição não tem quase o espaço da obstrução. Ele apresenta o projeto no dia, já aprova a urgência e coloca o projeto em votaçã”, destacou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE“Esse cara anuncia isso e se não tem uma reação da nossa parte, a maioria das pessoas não ficariam nem sabendo do que está acontecendo. Já é um absurdo falar em privatização da Petrobrás. Privatizar por maioria simples e votar a toque de caixa é maior ainda”, frisou.
Sobre a ameaça de Lira de expulsão do plenário da Câmara, o parlamentar afirma: “Ele chegou a fazer algo que nem o Eduardo Cunha teve coragem ao dizer que tiraria à força do plenário da Câmara. A gente estava ali preparado para reagir fisicamente e não permitir que o arbítrio se operasse. Mas é o absurdo pleno que ele tenta naturalizar”.
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