domingo, 5 de junho de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 968

 


 

 

 


Acabou a mamata!

A frase foi repetida milhares e milhares de vezes pelo gado eleitor do insano. Mas, será que agora vão se pronunciar diante dos espantosos números divulgados pelo Tribunal de Contas da União? Ou será que a mamata começou agora?

O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria sigilosa nos gastos do demente e da primeira-dama Micheque. Constatou que que a família “evangélica” gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos - pagos com dinheiro público - entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021. Os dados foram publicados pela Veja, que teve acesso à auditoria.

Os auditores do TCU responderam a parte dos questionamentos feitos pelos brasileiros nos últimos meses, que consiste especialmente na pergunta: “por que o inepto determinou sigilo de 100 anos em 99% dos gastos presidenciais com cartões corporativos”?

De acordo com a Veja, os auditores do TCU descobriram, entre outras coisas, que só entre 2019 e 2021, Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões, supostamente para comprar comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e do Mourão, o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês, mas não se sabe quais alimentos foram comprados.

Com viagens, o ex-capitão que já tirou 15 miniférias, gastou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional, em geral para participar de motociatas, passear de jet ski, assistir jogos de futebol e outras ‘agendas’ de lazer.

O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

De onde saiu o dinheiro que ele gastou? (1) As perdas com cortes orçamentários em fomento à pesquisa científica e tecnológica nos últimos sete anos chegam a R$ 83 bilhões, até 2021. O levantamento foi feito pelo Observatório do Conhecimento, uma rede formada por associações e sindicatos de professores de universidades que se mobiliza para enfrentar os cortes de investimentos no ensino superior.

O orçamento de Ciência e Tecnologia em 2022 é o menor dos últimos dez anos, alertou o presidente do Sindicato Nacional dos Gestores Públicos em Ciência e Tecnologia, Roberto Muniz. Ele frisou que a nova lei do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é a principal fonte de receitas para o setor, proíbe contingenciamento de recursos, que foram recompostos com ajuda do Poder Legislativo, mas o Poder Executivo não colaborou. “A desculpa é que está afundando o teto de gastos”, afirmou à Agência Câmara.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também sofrerá contingenciamento em seus recursos. O representante do Ministério da Educação na audiência foi o diretor de gestão da Capes, Anderson Lozi, que afirmou que orçamento inicialmente previa R$ 3,1 bilhões para este ano, mas emendas orçamentárias do Legislativo elevaram para R$ 3,84 bilhões. No entanto, houve contingenciamento de R$ 402 milhões. Lozi afirmou que as bolsas e periódicos estão garantidos, mas não descarta impacto no fim do ano. “Esperamos que até o segundo semestre esteja resolvida essa questão do contingenciamento”.

De onde saiu o dinheiro que ele gastou? (2) Dias depois de anunciar um corte de R$ 8,2 bilhões no Orçamento da União, atingindo especialmente recursos que deveriam ir para a Educação, Ciência e Tecnologia e Saúde, o insano sancionou, na terça-feira (31), nova lei que permite ao gestor público gastar seis vezes mais do que a média mensal dos últimos três anos em publicidade oficial neste ano.

O governo federal aumentou em R$ 25 milhões os recursos para despesas com publicidade justamente no ano em que tenta se reeleger.

Enquanto isso, o Ministério da Educação (MEC) deve ter R$ 3,2 bilhões bloqueados, o que atingirá institutos e universidades federais, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) R$ 3 bilhões - dos quais ao menos R$ 2,5 bilhões devem ser retirados do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

A legislação atual diz que os gastos com publicidade não podem ser maiores que a média dos gastos do primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem a eleição.

O Projeto de Lei nº 4.059, de 2021, também estabelece que as mesmas regras para contratação de contratos de publicidade pela administração pública servirão para serviços de comunicação.

Quem está ganhando? A resposta para essa pergunta é a de sempre. A alta dos preços tem afetado em cheio o bolso dos consumidores, mas muitas empresas não têm do que reclamar. Estudo realizado pela Economatica mostra que o lucro das companhias de capital aberto subiu mais de 55% no primeiro trimestre deste ano na comparação ao mesmo período do ano passado.

Enquanto o lucro das organizações cresce, 46% das categorias que negociaram reajuste salarial no mês passado não conseguiram ganhos reais nos seus salários, conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Nos últimos 12 meses, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acumula alta de 12,47%.

O lucro líquido nos primeiros três meses deste ano é de R$ 60,9 bilhões, 55,3% superior ao de 2021, quando as empresas registraram lucro de R$ 39,2 bilhões. Considerando as empresas não financeiras (sem Petrobras, Vale e Suzano), nove setores registram queda de lucratividade nos primeiros três meses deste ano com relação ao mesmo período de 2021.

E o trabalhador... A taxa de desemprego no Brasil recuou de 11,20% para 10,5% no trimestre encerrado em abril, mas ainda atinge 11,3 milhões de trabalhadores, os salários são menores e milhões foram contratados pela iniciativa privada sem carteira assinada, portanto, sem direito a férias, 13º e outros benefícios garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para completar o quadro, quase 39 milhões de trabalhadores estão na informalidade, o que contribui para a queda da taxa, mas não para melhoria de vida.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de trabalhadores e trabalhadoras sem carteira assinada no setor privado atingiu a marca de 12,5 milhões, o maior da série história do IBGE iniciada em 2012. Só este ano, aumentou em 20,8% (2,2 milhões) o total de trabalhadores sem carteira. 

A taxa de informalidade recuou para 40,1% da população ocupada (96,5 milhões de pessoas), contra 40,4% no trimestre anterior, mas ainda ficou acima da registrada no mesmo período do ano passado (39,3%). 38,7 milhões de trabalhadores brasileiros são informais.

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) manteve-se estável frente aos 3 meses anteriores, mas subiu 7,2% (mais 1,7 milhão de pessoas) em 1 ano.

A população desocupada foi estimada em 11,3 milhões de pessoas, uma queda de 25,3% no ano. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda na desocupação vem se mostrando sustentada desde o trimestre encerrado em julho de 2021, com avanços nos setores de transporte, armazenagem e correio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

De acordo com Adriana, o aumento da ocupação não se refletiu no rendimento real habitual, que caiu 7,9% na comparação anual, ficando em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril.

A economia vai decidir? A maioria dos brasileiros terá seu voto influenciado pela situação econômica do País. É o que mostra pesquisa Datafolha. Segundo o levantamento, 53% dos brasileiros consideram que a economia tem muita influência na sua decisão de voto. A informação foi veiculada na Folha de S. Paulo desta segunda (30).

Se somados os que consideram que a situação econômica tem um pouco de influência (24%), chega-se a 77% que enxergam importância no tema. Desta forma, pelo atual momento que o País vive, de inflação nas alturas, o cenário é ruim para o sacripanta.

Pela pesquisa feita com 2.556 pessoas acima de 16 anos, em 181 municípios do País, nos dias 25 e 26 de maio, apenas 21% dos entrevistados afirmam que a economia não tem influência no seu voto, enquanto 2% não souberam responder.

O levantamento mostra que 52% dos brasileiros consideram que a situação econômica pessoal piorou nos últimos meses. Em março, data da pesquisa anterior, 46% acreditavam que a vida estava pior.

Os números da pesquisa ajudam a explicar o fraco desempenho eleitoral, até aqui, de Jair Bolsonaro. Segundo o Datafolha, se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria o pleito de 2022 no primeiro turno, com 54% dos votos válidos, ante 30% do atual presidente.

Entre os eleitores do demente, 32% consideram que podem mudar o voto caso a situação econômica do País piore. No acumulado em 12 meses até abril, o IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 12,13%, maior nível desde outubro de 2003. Já o desemprego encerrou o primeiro trimestre em 11,1%.

Colômbia: uma chance para a esquerda. O líder do Pacto Histórico, Gustavo Petro, ratificou o que foi mostrado nas pesquisas e foi o candidato mais votado. Mas houve uma surpresa no processo.

Rodolfo Hernández, engenheiro, ex-prefeito de Bucaramanga e candidato do movimento Liga dos Governadores Anticorrupção, surpreendeu as eleições. De um lado, tirou o candidato da direita, Federico Gutiérrez (Seleção da Colômbia), do segundo turno sem grandes problemas, e do outro ficou com as bandeiras de uma direita que, embora não o apoiasse diretamente, agora irá com ele como a única maneira de Petro não chegar à Casa de Nariño.

Hernández, que votou cedo em Bucaramanga (nordeste do país) e foi para sua fazenda descansar até o fechamento das urnas (16h), obteve 28,19%, um total de aproximadamente 5.942.000. Um movimento que foi além da contundência da palavra e que em três semanas mudou o cenário eleitoral do país. O Engenheiro, considerado um populista e que está sob investigação devido ao interesse na celebração de contratos, coloca o Petrismo nas cordas e a esperança de uma vitória confortável no segundo turno.

“Hoje triunfamos”, diz Petro. Após a confirmação de um segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia no domingo (29), o candidato da esquerda Gustavo Petro, representante da coalizão Pacto Histórico, fez um discurso em Bogotá, capital colombiana, diante de milhares de apoiadores.

Vencedor do primeiro turno, Petro afirmou que este domingo foi um “dia de triunfo”, agradecendo a todos que “fizeram o possível na Colômbia para que fossemos mais de 8 milhões de cidadãos vitoriosos”.

“Vimos que poderíamos ser vitoriosos [...] hoje se define, a partir de agora, como queremos que a mudança no país aconteça. Queremos uma mudança de verdade, próspera e que se inicie uma nova era”, disse Petro, que fechou o primeiro turno com 40,32% e 8.527.070 dos votos válidos.

Em seguida, Petro afirmou que esta eleição “derrotou os partidos aliados” do atual presidente colombiano Iván Duque, declarando que a votação “lança uma mensagem central de que se acaba um período, uma era”.

Falando ao lado de Francia Márquez, candidata a vice na chapa, o ex-prefeito de Bogotá declarou que a Colômbia quer “o caminho da paz”, propondo que haja justiça social e estabilidade na sociedade colombiana.

No discurso, Petro enviou uma clara mensagem ao seu oponente, afirmando que a corrupção “não se combate com frases no TikTok”.

Cerca de 39 milhões de colombianos estavam aptos para participar neste domingo das eleições presidenciais no país que, pela primeira vez, tinha a esquerda com o Pacto Histórico liderando as pesquisas.

“Esperança de mudança na Colômbia”. O Grupo de Puebla, organização formada por 30 líderes de 12 países da América Latina, parabenizou na segunda-feira (30) a vitória de Gustavo Petro no primeiro turno das eleições na Colômbia, declarando que o triunfo é uma “esperança de mudança” no país.

Por meio de uma declaração em nota, intitulada “Viva Colômbia: a que começa a viver feliz a partir de hoje”, o grupo descreveu a vitória de Petro como uma expressão do “espírito democrático e a vontade cívica” dos colombianos no último domingo (29), com a qual “todos os excluídos serão reconhecidos”.

A nota também destacou “o enorme trabalho dos jovens que sonham com uma nova Colômbia”, apelando para um cenário que possa encher a América Latina de “esperança, onde novos ares de diálogo, igualdade social e integração começaram a ser respirados”.

O candidato da esquerda Petro, representante da coalizão Pacto Histórico, e o empresário de extrema-direita Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia, marcado para 19 de junho.

Quem é Hernández? Antes desta campanha, Rodolfo Hernández, um engenheiro civil de 76 anos com uma fortuna superior a 100 milhões de dólares, era conhecido pela opinião pública como um político com um senso de humor muito particular, que rotulou alguns de seus adversários eleitorais como “prostitutas” e que ficou conhecido pela bofetada que deu a um vereador enquanto era prefeito de Bucaramanga.

Hernández, “o Trump colombiano”, chegou a se acertar no segundo turno para concorrer com Gustavo Petro com base em um discurso anticorrupção por meio de redes sociais como o TikTok. Apresenta-se como um “outsider” político, mas tem cerca de 30 inquéritos abertos por ataques a agentes públicos, e foi acusado pelo Ministério Público em maio de 2021 do crime de interesse indevido na celebração de contratos na implementação de novas tecnologias de resíduos sólidos.

Há quase um ano, o áudio de uma entrevista que ele havia dado à RCN News em 2016 se tornou viral na qual ele dizia: “Sou seguidor de um grande pensador alemão chamado Adolf Hitler”. Suas poucas propostas de campanha se limitam a doar o salário do presidente, fechar embaixadas, eliminar o conselho presidencial da igualdade das mulheres e retirar veículos oficiais dos parlamentares.

Não devemos esquecer que a Colômbia é um aliado estratégico dos EUA há décadas. Oito bases militares, Paz Colômbia, Plano Colômbia e empreiteiros de segurança são sinais desse vínculo estreito, ameaçado pela chegada de um governo progressista, o que pode significar um marco na política daquele país.

Colômbia é ponto crítico da fome. A Organização das Nações Unidas chamou a atenção para a situação alimentar na Colômbia, onde a Covid-19 e o contexto de violência agravaram os índices de desnutrição. Segundo a FAO, mais de sete milhões de colombianos e colombianas precisarão de assistência alimentar este ano. No próximo domingo haverá eleições presidenciais.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou para os perigos do aprofundamento da “insegurança alimentar”, um eufemismo para a fome, quando persistem as condições predominantes de conflito e violência, bem como desastres climáticos. Segundo a agência, a Colômbia é o país sul-americano com maior risco de insegurança alimentar. A avaliação foi rejeitada pelo governo colombiano e eles pediram à FAO que excluísse seu país do relatório. O país está em conflito armado há mais de 50 anos e, apesar da assinatura do Acordo de Paz entre o Governo e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o fogo cruzado entre vários atores parece não ter fim, com mortes permanentes entre a população civil.

Em 31 de janeiro de 2022, a FAO publicou seu relatório trimestral chamado “Famine Hotspots. Alertas precoces para ação humanitária urgente da FAO-PAM sobre a insegurança alimentar aguda. Perspectivas de fevereiro a maio de 2022”. Ressalta, entre outros aspectos, que Etiópia, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen continuam sendo os países com maior nível de alerta, enquanto na América Latina são Haiti, Honduras e Colômbia.

Uma cúpula contra Nossa América! A cúpula convocada por Biden e que vai acontecer na próxima semana, em Los Angeles, mais uma vez comprova o caráter autoritário e antidemocrático das elites que governam os EUA.

A exclusão de Cuba, Nicarágua e Venezuela da reunião desde o início confirma o que dizemos. E este é um fato gravíssimo, que leva a outras exclusões. A Casa Branca desprezou o consenso de não exclusão alcançado, pelo qual Cuba já participou das VII e VIII edições do Panamá e Lima, obedecendo a um clamor geral dos governos e povos da região. Isso significa que Washington não entende, ou não quer perceber, que o tempo da hegemonia neoliberal acabou quando fez e desfez como quis. Tampouco sustenta que volte a ganhar muita força, mas com mais profundidade, a rejeição popular ao neoliberalismo e uma clara tendência a eleger governos progressistas, presentes no México, Bolívia, Honduras, Peru, Argentina, Chile e batendo de porta em porta na Colômbia com Petro, recente vencedor do primeiro turno, e no Brasil com Lula, que todas as pesquisas já dão como vencedor absoluto. Claro, a isso devemos adicionar Cuba, Venezuela, Nicarágua e os 6 bravos Estados do Caribe Oriental que fazem parte da ALBA, que compartilham muitas ideias e também projeções em política externa com os mencionados acima e acabam de mostrar uma clara e visão precisa do mundo atual na XXI Cimeira de Alba.

Outra grave ação antidemocrática do governo Biden é que ele não perguntou aos governos da América Latina e do Caribe quais questões eram de seu interesse discutir na reunião. Com sua habitual arrogância e, como prova de que o fantasma de James Monroe ainda orienta as ações do Departamento de Estado e da Casa Branca, eles reivindicaram o direito, que ninguém lhes concedeu, de decidir as questões e, se houver, de fingir que eles estavam consultando os rascunhos com alguns dos governos de sua preferência. Além de não terem pedido atempadamente os critérios de outros países, agora correm contra o relógio, tentando reparar o irreparável.

Entre os assessores de Biden há, portanto, medo, e até pânico, do colapso da Cúpula das Américas, e iniciaram uma exibição “diplomática” que inclui a sedução com os países como o Uruguai e o Peru. O Departamento de Estado está fazendo turnês por diferentes países, tentando sustentar uma cúpula que já é considerada um fracasso. É nesse desespero que se tentou a fórmula de convidar um representante de Cuba, um grave erro diplomático que, mais do que dividir, só reforça a unidade latino-americana em torno de uma ideia: não exclusão e respeito à soberania da América Latina e do Caribe além das diferenças ideológicas entre os governos.

Enquanto enviam armas para a Ucrânia… De acordo com o FMI, a economia mundial está passando por uma inflação sem precedentes até agora neste século, que pode atingir uma média global de 7,4% este ano.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), registou na quinta-feira (02) que a taxa de inflação do bloco cresceu para 9,2 por cento em abril de 2022, em correspondência com a aceleração dos preços dos alimentos e serviços, que representa o valor mais elevado desde 1998.

O informe mostrou que o aumento dos preços dos alimentos atingiu 11,5% no último mês de abril; enquanto em março atingiu 10%; enquanto o índice de preços de serviços cresceu 4,4% em média ano a ano nos 33 países da Organização.

Em outra ordem, revelaram que o aumento dos preços de energia influenciou diretamente na elevação das taxas de inflação em países do bloco como França, Alemanha e Itália em abril.

Cabe especificar que os países em desenvolvimento serão os mais afetados por esse aumento generalizado de preços; Pois bem, estima-se uma inflação de 8,7 por cento, enquanto nos mais avançados chegarão a 5,7, a estatística mais elevada registada nos três anos anteriores à Covid-19, com apenas dois por cento.

China e Argélia. Com negociações acontecendo desde o ano passado, os dois países firmaram parceria para atualizar seis poços existentes, perfurar mais 12 e realizar a manutenção de instalações em campo localizado no sudeste argelino.

No sábado (28), a empresa chinesa Sinopec Oil & Gas Limited fechou um contrato de 25 anos com a empresa petrolífera argelina Sonatrach para exploração de petróleo e gás natural e para o desenvolvimento conjunto.

Sob o contrato, ambos os lados esperam extrair cerca de 95 milhões de barris de petróleo do campo de Zarzaitine localizado na província de Illizi, sudeste da Argélia. O investimento é de cerca de US$ 490 milhões (R$ 2,3 bilhões), a quantia será distribuída para ajudar a atualizar seis poços existentes, perfurar mais 12 e realizar a manutenção das instalações.

As negociações entre as companhias chinesa e argelina estão em andamento há pouco mais de um ano, desde que as duas empresas assinaram um memorando de entendimento em 20 de maio de 2021.

O documento foi assinado pelo vice-presidente da Sonatrach, Mohamed Slimani, e o diretor-geral da Sinopec, Wu Xiuli, na presença do ministro da Energia da Argélia, Mohamed Arkab, segundo a RTP.

Eleições legislativas na França. Os franceses vão às urnas nos dias 12 e 19 de junho para renovar os mandatos dos deputados da Assembleia Nacional. Neste ano, o pleito vem sendo chamado de “terceiro turno” da eleição presidencial, realizada em abril, devido ao potencial de intenções de voto na esquerda, descartada pela extrema direita na reta final. Entenda como a votação para o Legislativo funciona e o que está em jogo nas próximas eleições francesas.

As eleições legislativas francesas ocorrem em dois turnos, em 577 distritos eleitorais, na chamada França continental e nos territórios ultramarinos. Cada um dos 101 departamentos que compõem o território francês conta com ao menos um distrito eleitoral, onde um único candidato se consagra vencedor.

Para se candidatar às eleições legislativas na França, é preciso ter a nacionalidade francesa e 18 anos completos. Cidadãos sob tutela do Estado e alguns funcionários públicos de alto escalão não são elegíveis. Secretários de segurança pública, juízes e reitores, por exemplo, não podem se candidatar a deputado em um departamento onde exerceram essas funções nos últimos três anos.

De modo geral, as eleições legislativas não costumam mobilizar o eleitorado na França. Em 2017, no segundo turno, 57,36% dos eleitores não foram votar – um recorde de abstenção desde 1958, ano em que foi aprovada a Constituição vigente no país.

No entanto, em 2022, a votação atrai o interesse dos eleitores por ser considerada como uma espécie de “terceiro turno” das eleições presidenciais. No último 24 de abril, boa parte dos franceses que reelegeram Emmanuel Macron não votaram por convicção no programa do chefe de Estado, mas para impedir que a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, vencesse o pleito.

A frustração é observada principalmente entre os eleitores de esquerda, que viram o candidato Jean-Luc Mélenchon, do partido A França Insubmissa, chegar muito perto da classificação para o segundo turno, mas ser eliminado pela candidata nacionalista. O líder da esquerda radical obteve 21,95%, poucos pontos atrás de Le Pen, que ficou com 23,3%.

Será que aguentam? A União Europeia (UE) concordou em proibir parcialmente as importações de petróleo da Rússia, informou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“Chegamos a um acordo para proibir a exportação de petróleo russo para a UE. Isso cobre imediatamente mais de dois terços das importações de petróleo da Rússia, cortando uma enorme fonte de financiamento para sua máquina de guerra”, tuitou.

O sexto pacote de sanções contra Moscou, segundo o chefe do Conselho Europeu, também inclui a desconexão do maior banco russo Sberbank do sistema SWIFT, a proibição de três outras emissoras estatais russas, bem como medidas contra três indivíduos "responsáveis ​​por crimes de guerra".

Por sua vez, Mikhail Ulyanov, representante permanente russo nas organizações internacionais em Viena, disse que neste caso Moscou encontrará outros importadores.

O embargo de petróleo que a União Europeia ativará contra a Rússia fornece uma exceção temporária para a República Tcheca e a Hungria, disse o primeiro-ministro belga Alexander De Croo.

Está incomodando alguns. Os países da União Europeia devem “pausar” a imposição de novas sanções contra a Rússia e analisar as consequências das medidas já adotadas, declarou o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo.

“Do lado da Bélgica, acho que o sexto pacote foi um grande passo à frente e acho que devemos fazer uma pausa agora. Temos que colocar esse pacote em andamento e estudar seus efeitos”, disse De Croo antes do início do segundo dia de a competição Cimeira comunitária em Bruxelas.

O primeiro-ministro também observou que “a decisão sobre um embargo de gás russo será ainda mais difícil de concordar”.

No primeiro dia da cúpula da UE em Bruxelas, os líderes concordaram em introduzir um embargo parcial de petróleo contra a Rússia, desbloqueando assim a implementação do sexto pacote de sanções anti-russas.

Vão ficar sem combustível! A estatal russa Gazprom informou terça-feira que parou de enviar gás para a empresa holandesa GasTerra devido à recusa desta em pagar o combustível em rublos, conforme ordenado pelo presidente Vladimir Putin em março passado.

O comunicado da empresa russa detalhou que em 30 de maio, final do prazo acordado, ainda não havia recebido o pagamento correspondente ao gás fornecido em abril.

Lembrou também que o decreto presidencial deixou claro que a partir de abril passado os pagamentos deveriam ser feitos em rublos e sublinhou que a GasTerra foi notificada dessa mudança.

No dia anterior (29 de maio), a empresa holandesa informou sua decisão de não atender aos requisitos de pagamento da Gazprom.

Esta declaração sublinha ainda que a GasTerra “correria o risco de violar as sanções impostas pela União Europeia” e que considera que existem demasiados riscos financeiros e operacionais com a via de pagamento que é exigida.

Antes da Holanda, a Rússia havia parado de fornecer gás à Bulgária, Polônia e Finlândia, tudo por não pagar o combustível em rublos.

E mais alguns... As empresas de energia Shell Energy Europe, na Alemanha, e a Orsted, na Dinamarca, deixaram de receber gás da empresa estatal russa Gazprom desde quarta-feira (01), já que as companhias europeias não aceitaram pagar pelo gás em rublos, exigência feita pelo país do leste europeu devido às sanções que vem sofrendo do ocidente.

“A empresa dinamarquesa Orsted notificou a Gazprom que não pretende efetuar pagamentos pelo gás fornecido em rublos. A Shell Energy Europe disse que não pretende efetuar pagamentos sob o contrato de fornecimento de gás à Alemanha em rublos”, disse a Gazprom em um comunicado nesta quinta-feira (31/05). A estatal ainda destacou que não foi paga pelas entregas de gás feitas às empresas em abril.

A Rússia sofre sanções desde o início da ofensiva militar contra a Ucrânia, que ocorreu no dia 24 de fevereiro. Entre as medidas aplicadas contra o país estão restrições a exportações de petróleo, aço e ferro, e fechamento de portos a navios russos. De acordo com o ministro das Relações Internacionais russo, Sergey Lavrov, tais medidas estão causando uma crise de segurança alimentar no mundo.

Guerra é guerra... Enquanto a imprensa mundial demoniza e ataca a Rússia por defender territórios que são, eminentemente, separatistas e que desejam a união e o retorno às origens, outras invasões vão acontecendo na Ucrânia sem que a grande imprensa vendida comente.

Parece que a Polônia já está se movendo para tomar território no oeste da Ucrânia, observou o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.

“Os chamados ‘parceiros ocidentais’ do regime de Kiev também não se opõem a explorar a situação atual em seu próprio interesse e têm planos especiais para terras ucranianas. A visita do presidente polonês [Andrzej] Duda à capital ucraniana, bem como sua declarações de que a fronteira polaco-ucraniana deixará de existir em breve são uma demonstração clara disso”, disse Patrushev em uma reunião sobre segurança nacional na região do Volga.

Vamos explicar melhor: a Polônia já está tomando medidas para tomar os territórios ocidentais da Ucrânia, com as bênçãos dos EUA!

Além disso, o governo polonês informou que os fluxos financeiros destinados a Kiev de outros países devem ser acumulados em Varsóvia. O “centro de reconstrução da Ucrânia” não deve estar localizado em Kiev, mas em Varsóvia. Além disso, a Polônia se recusa a fornecer combustível gratuito à Ucrânia no futuro. Os ucranianos foram até privados do direito de viajar gratuitamente nos transportes de Varsóvia.

Mais provocação? A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, disse na terça-feira (31) que os EUA estão planejando uma “cooperação” entre sua Guarda Nacional e o Exército taiwanês, segundo a Reuters.

Ao visitar a senadora estadunidense Tammy Duckworth, que se encontra em Taipé, Tsai observou que Duckworth foi uma das principais patrocinadoras da Lei de Parceria de Taiwan, que recebeu apoio bipartidário, embora ainda não tenha se tornado lei.

Conversando posteriormente com o primeiro-ministro taiwanês, Su Tseng-chang, Duckworth disse que trouxe consigo o diretor do Programa de Parceria de Estado da Guarda Nacional dos EUA “que trabalhará com você na criação de sua defesa total”, entretanto, não revelou maiores detalhes, relata a Reuters.

O Programa de Parceria Estadual une unidades da Guarda Nacional dos EUA com outros países para ajudar no treinamento e na interoperabilidade. A ilha, no entanto, não foi incluída no Quadro Econômico Indo-Pacífico para Prosperidade dos EUA (IPEF, na sigla em inglês) apesar de seus esforços de lobby. Contudo, Tsai disse que Taiwan continuará expressando sua vontade de participar.

Mais provocação! De acordo com o jornal The Times of Israel, diversos caças israelenses participaram das manobras, que tinham como objetivo simular um ataque contra as instalações nucleares iranianas.

Os exercícios tiveram início no dia 9 de maio e decorrem até o dia 3 de junho, contando com tropas regulares, incluindo reservistas de quase todas as unidades das Forças de Defesa de Israel.

Irã e Israel passam por uma nova onda de tensão, com ambos trocando farpas. No dia 18 de abril, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou atacar o "centro do regime sionista" caso realizassem qualquer movimento contra o país.

Kkkkkkk! Prometeram dar o que não possuem e o resultado é mais polêmica.

Recentemente, o governo alemão afirmou que não poderia fornecer detalhes sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, que inclui um sistema de defesa aérea.

Por sua vez, o Exército alemão afirmou que as Forças Armadas do país não possuem estes equipamentos militares em seu inventário, e que foi por isso que o chanceler Olaf Scholz não forneceu detalhes sobre o fornecimento a Kiev.

A arma em questão é o chamado IRIS-T, um míssil ar-ar de curto alcance, ou um sistema de defesa aérea de curto ou médio alcance baseado no solo.

Ao ser questionado sobre o fornecimento alemão, o capitão naval David Helmbold afirmou que "a questão deve ser colocada à indústria [de defesa], já que o país não possui estes sistemas à disposição em seu arsenal".

Estão morrendo como moscas. Conforme informou na quinta-feira (2) o Ministério da Defesa da Rússia, desde o início de maio, o fluxo de mercenários estrangeiros à Ucrânia quase parou.

O major-general Igor Konashenkov, representante oficial da pasta, disse que centenas de mercenários foram aniquilados na Ucrânia logo depois de sua chegada, nos locais de preparação adicional.

O número de mercenários estrangeiros no país se reduziu quase a metade, de 6,6 mil para 3,5 mil. Em Donbass essa redução foi em dezenas de vezes, segundo dados do ministério. A maior parte dos combatentes estrangeiros ao lado de Kiev foi eliminada devido à falta de experiência de combate e baixo nível de treinamento, relatou Konashenkov.

De acordo com a Defesa russa, os comandantes das unidades do Exército ucraniano e da Guarda Nacional que empregam os mercenários não os poupam, em busca de reduzir as perdas entre seus soldados. Além disso, muitos mercenários de outros países, ao enfrentarem a situação real no campo de combate, preferem deixar a Ucrânia, mas Kiev se esforça a impedir sua saída, afirmaram na pasta.

Vai faltar petróleo para “eles”. O volume de petróleo bruto na Reserva Estratégica dos EUA caiu para 526,6 milhões de barris, segundo dados oficiais dos EUA.

De acordo com a Administração para Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), o volume é cerca de 15% menor que em 28 de maio de 2021.

Trata-se do menor nível desde 1987, quando havia 526,4 milhões de barris na reserva estratégica.

O nível de petróleo bruto fora da SPR também caiu. No dia 27 de maio, o volume foi contabilizado em 414,7 milhões de barris, o que equivale a 13,5% menos que no ano passado.

Além disso, as importações diárias foram de 6,2 milhões de barris, sofrendo uma queda de 268.000 barris.

A queda é resultado da alta dos preços dos combustíveis a nível mundial. O preço médio de um galão de gasolina ficou três centavos mais caro em uma semana e US$ 1,6 (R$ 7,6) em um ano.

Vão enfrentar um “furacão” econômico? O diretor-executivo da corporação financeira JP Morgan, Jamie Dimon, avisou sobre o “furacão” econômico no horizonte.

De acordo com suas palavras, a futura recessão precisa de medidas preparadas por bancos.

“É melhor se preparar. O JP Morgan está se preparando e vamos ser muito conservativos com o nosso balanço”, constatou.

“Agora faz bastante sol, as coisas estão indo bem. Todos acham que a Reserva Federal pode lidar com isso. Mas aquele furacão está lá fora, vindo em nossa direção. No momento, ninguém sabe se o furacão é pequeno ou uma super tempestade [como] a Sandy”, alertou.

Conforme suas avaliações, as poupanças existentes dos consumidores estadunidenses serão suficientes para um período de seis a nove meses, posteriormente iniciando dificuldades econômicas.

Outro tiroteio. Autoridades relatam um tiroteio fatal perto de um hospital na cidade de Tulsa, Oklahoma. O incidente deixou cinco mortos, incluindo o agressor, e um número indefinido de feridos, de acordo com relatórios da polícia local.

As autoridades policiais de Tulsa dizem que um homem com um rifle abriu fogo no Natalie Medical Building, localizado no campus do Hospital St. Francis, perto da 61st e Yale, causando várias vítimas.

O edifício Natalie, onde ocorreu o incidente, abriga um centro de cirurgia ambulatorial e um centro de saúde da mama.

O tiroteio ocorre exatamente 101 anos após os distúrbios raciais de Tulsa, conhecidos como o massacre de Greenwood. Em 31 de maio e 1º de junho de 1921, multidões de moradores brancos atacaram a comunidade negra da cidade, matando cerca de 300 afro-americanos. Mais de 800 pessoas foram internadas em hospitais e até 6.000 moradores negros foram abrigados em grandes instalações para evitar serem linchados.

Ao mesmo tempo, o Departamento de Polícia explicou que os agentes permaneceram no hospital para descartar a presença de outros suspeitos de atirar, bem como em operações de limpeza.

E mais um... O Departamento de Polícia de Nova Orleans confirmou no sábado que uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um tiroteio na Universidade Xavier, localizada em Louisiana, EUA.

Segundo as autoridades, o incidente ocorreu às 11h45 (hora local) após a conclusão da cerimônia de formatura. Entre os feridos estão dois homens, enquanto a vítima fatal foi uma mulher.

Da mesma forma, o porta-voz da Polícia de Nova Orleans, Gary Scheets, explicou que o tiroteio teria sido gerado após um confronto entre duas mulheres, ao mesmo tempo, informou que três pessoas foram detidas para interrogatório na delegacia.

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