sábado, 20 de agosto de 2022

Idoso morre vítima de dispositivo de segurança que ele próprio instalou em Araxá (MG)

 

Idoso morre vítima de dispositivo de segurança que ele próprio instalou em Araxá (MG)

Imagem conceito: arma apontada em close-up. (Foto: Getty Creative)
Imagem conceito: arma apontada em close-up. (Foto: Getty Creative)

Um idoso de 60 anos morreu neste sábado (20) vítima de um dispositivo de segurança que ele mesmo confeccionou para proteger a oficina mecânica, da qual era dono.

O caso ocorreu em Araxá, município que fica a 360 km de Belo Horizonte (MG).

De acordo com a Polícia Civil, a vítima montou um aparelho utilizando fio de cobre e uma arma de fogo. A intenção era que o dispositivo de segurança fosse acionado quando alguém entrasse no estabelecimento com intenções de roubo. Para isso, a pessoa teria que esbarrar no fio de cobre, o que acabou ocorrendo quando o próprio dono adentrou ao local. As informações são do G1.

Os agentes disseram que a arma disparou e um tiro atingiu o peito do homem, que morreu no local.

O corpo do idoso foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde vai passar por um exame de necropsia, sendo depois liberado para a família.

A polícia não informou se o homem tinha porte de arma e se ela estava com a documentação em conformidade.

Registro de armas

O Brasil tem experimentado um aumento expressivo de registro de posse de armas. Em 2021, o número de armas nas mãos de civis atingiu a marca de 204,3 mil artefatos licenciados pela Polícia Federal.

É uma alta de 300% em relação às 51 mil peças registradas em 2018, antes de o presidente Jair Bolsonaro assumir com a promessa de facilitar o acesso a armas para cidadãos comuns.

O levantamento, feito pelo jornal O Globo, mostra que 76% dessas armas foram parar nas mãos de civis e representa representa um aumento sem precedentes.

De acordo com especialistas, o aumento da circulação de armas na sociedade representa um risco para a segurança da população em geral. Daniel Cerqueira, do Fórum de Segurança Pública, afirma que a política do governo Bolsonaro é anticientífica ao estimular o armamento como forma de defesa.

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