Ameaças de golpe!
Faltando poucas semanas para a decisiva eleição presidencial
brasileira, onde mais de 156 milhões de eleitores elegerão presidente,
senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais e onde as
pesquisas continuam apontando para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
como o favorito claro.
Temendo uma escalada de violência política nos atos do
gado que segue o ex-capitão, governos estrangeiros e entidades internacionais
entraram em estado de alerta, enquanto as embaixadas de vários países estudam a
ativação de protocolos de segurança no Brasil. Governos estrangeiros enviaram “avisos
claros” aos embaixadores brasileiros e funcionários do governo, inclusive por
meio dos serviços secretos, de que não apoiarão um golpe.
O jornal Folha de São Paulo informa que entidades como
a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e a Organização das Nações
Unidas (ONU) estão monitorando a situação brasileira. “O que acho mais
preocupante é que o presidente está pedindo a seus apoiadores que protestem
contra as instituições judiciais”, disse a ex-Alta Comissária da ONU para os
Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em 25 de agosto.
As últimas pesquisas também indicam que tanto o “imbrochável”
quanto os demais candidatos, especialmente Ciro Gomes e Simone Tebet, não têm
espaço nem tempo para decolar.
Enquanto o insano continua repetindo a muleta de uma
possível fraude por votação eletrônica e ameaça ignorar os resultados (se forem
adversos a ele, claro), uma pesquisa de opinião revelou que 81% das forças de
segurança defendem que o resultado da votação deve ser respeitadas eleições
quem for o vencedor.
A direita continua em sua carreira de Fake News. A
juíza Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o deputado
federal conhecido como “Dudu Bananinha” retire suas postagens das redes sociais
afirmando que o ex-presidente Lula apoiava invasões de igrejas e perseguia
cristãos. O filho-parlamentar associou o Partido dos Trabalhadores de Lula ao
governo da Nicarágua, que supostamente reprimiu manifestações religiosas em seu
país.
Lula encontra presidente da Bolívia. O
ex-presidente e candidato à presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva,
reuniu-se na segunda-feira em São Paulo com o chefe de Estado boliviano, Luis
Arce, a respeito de sua visita ao país sul-americano.
Em sua conta no Twitter, Arce escreveu: “Tivemos um
agradável encontro com representantes do Partido dos Trabalhadores e do irmão
Lula, a quem agradecemos o grande carinho que sente pelo povo boliviano e sua
luta constante pela unidade da Pátria Grande”.
Ambos os líderes discutiram a situação na América do
Sul e no mundo. O presidente boliviano continua sua agenda em São Paulo com
encontros com a comunidade boliviana e economistas.
O ex-presidente do Brasil prometeu na segunda-feira com
o presidente da Bolívia, acelerar a entrada do país andino como membro pleno do
Mercosul se vencer as eleições de outubro, das quais é favorito, segundo o
ex-chanceler Celso Amorim.
Excelente entrevista! “Quando
você ganha um monte de dinheiro fazendo especulação sem produzir nada e ainda
por cima não paga imposto, sinceramente não tem como funcionar”. A afirmação é
do economista e professor titular de pós-graduação da PUC/SP, Ladislau Dowbor,
no painel “Tributar os Super-Ricos e o Capital Improdutivo”, que foi transmitido
na última quinta-feira. A live faz parte da série de diálogos “Que os
super-ricos paguem a conta”, da Campanha Tributar os Super-Ricos e entidades
parceiras.
Coordenadora do painel, a vice-presidente do Instituto
Justiça Fiscal (IJF), Maria Regina Paiva Duarte, enumerou as propostas
apresentadas no Congresso pela campanha Tributar os Super-Ricos, como corrigir
as distorções da tabela do Imposto de Renda e instituir o Imposto sobre Grandes
Fortunas. “As eleições são uma oportunidade para impulsionar o debate sobre
esse tema crucial. Cada um pode contribuir com essa mudança condicionando seu voto
a quem defende a redução da igualdade com justiça fiscal”, pontuou a dirigente.
Para o economista, a tragédia da desigualdade no Brasil
não é resultado de falta de recursos, mas das decisões políticas. O PIB de 2021
foi de R$ 8,7 trilhões. Dividir esse valor pela população do país dá R$ 13 mil
por mês por família de quatro pessoas, contabiliza. “Dá para todo mundo viver
de forma digna e confortável, bastando reduzir a desigualdade moderadamente. A
desigualdade se aprofundou num país relativamente bem-sucedido. É uma escolha
política fazer isso”, pontua.
Para o economista, o dinheiro tem que ser produtivo.
Ele lamenta que até mesmo os investidores na produção estão optando por ganhar
dinheiro com a especulação financeira. “No Brasil a empresa produtiva não tem
mercado e a agiotagem sobre o investimento no crédito bancário tem uma taxa média
de 58%. Não pode uma economia funcionar assim”, enfatizou o escritor que
disponibiliza toda sua obra online.
Do outro lado, a covardia. A
empresária Roseli Vitória Martelli D'Agostini Lins do setor agropecuário,
divulgou um vídeo nas redes sociais estimulando seus colegas a demitir trabalhadores
e trabalhadoras que forem votar no ex-presidente Lula (PT) nas eleições para
escolher o novo presidente da República, em 2 de outubro deste ano.
“Demitam sem dó”, diz a sócia da empresa baiana Imbuia
Agropecuária LTDA, que produz soja no município de Luís Eduardo Magalhães.
“Eu queria falar algo para os nossos agricultores: façam
um levantamento, quem vai votar no Lula e demitam. Demitam sem dó porque não é
uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com
o agro e que defende o Lula, faça o favor, saia também”, afirmou a empresária
no vídeo.
“Nós, agricultores, temos que tomar posição. E não
venham me dizer 'ah, não, tem que [respeitar] o direito'. Não é direito, é
questão de sobrevivência”.
Nós, aqui do Informativo, também temos uma proposta: por
que ela não vai trabalhar de sol a sol, cuidando do terreno, semeando e
colhendo? Por que ela não pega na enxada e vai trabalhar?
Câmara é a instituição mais corrupta do país. A
Câmara dos Deputados é vista como corrupta para 76% dos brasileiros, segundo da
Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), empresa formada em
2021 pelos executivos e estatísticos do antigo Ibope Inteligência, divulgada
nesta segunda-feira (5).
Em segundo lugar, como instituição onde tem “muita
corrupção”, está o Senado, segundo 70% dos entrevistados. Em seguida estão o
governo federal (64%) e os governos estaduais (61%).
O poder Judiciário foi avaliado como muito corrupto por
47% dos entrevistados, ficando em quinto lugar.
A pesquisa foi encomendada pelo jornal O Globo e ouviu
2 mil pessoas pela internet. O instituto perguntou aos entrevistados se
percebiam corrupção em algumas das instituições listadas e em qual nível.
Não tem verba para a merenda escolar. O
presidente “imbrochável” vetou, semana passada, emenda parlamentar à Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) que previa o reajuste de 34% ao Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Segundo especialistas da área, ouvidos
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o governo
piora a quantidade e a qualidade da merenda escolar e consequentemente prejudica
a qualidade da educação e o desenvolvimento das crianças e adolescentes de todo
país.
A funcionária pública e técnica em nutrição escolar
Rosângela Freitas Dias conta que estudantes de uma escola estadual no Mato
Grosso, por exemplo, já não estão consumindo todos os alimentos que complementam
a alimentação necessária por dia, conforme os valores nutricionais.
Alegando que a proposta é “contrária ao interesse
público”, a emenda que insano vetou, se aprovada, destinaria pelo menos, R$
5,53 bilhões à alimentação escolar, um aumento de R$ 1,5 bilhão em relação aos
valores de 2022.
Nem para a “Farmácia Popular”. O ex-capitão cortou 59% do orçamento do programa “Farmácia
Popular” para 2023 para liberar mais dinheiro para deputados e senadores via
Orçamento secreto, segundo o jornal o Estado de S Paulo. O Orçamento secreto é
um mecanismo criado pelo governo e parlamentares que permite a liberação de
milhões de reais sem controle ou transparência, e é comandado pelo presidente
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chefão do Centrão e um dos aliados mais fiéis
do presidente.
Com a decisão do presidente, brasileiros e brasileiras,
em especial os mais pobres, podem ficar sem os remédios para asma, hipertensão
e diabetes distribuídos de graça pelo “Farmácia Popular”, criado em 2003 no
governo do ex-presidente Lula. O programa atende em todo o país mais de 21
milhões de pessoas.
Acabar com o Farmácia Popular é “um tiro no pé”, já
havia dito em 2020, o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos
Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, um dos inúmeros representantes
do setor que criticou duramente a medida quando o governo Bolsonaro sinalizou
cortar verbas pela primeira vez. “O programa é exitoso”, disse à época.
De acordo com o assessor do Senado e especialista em
saúde, Bruno Moretti, em 2022, o orçamento do Farmácia Popular era de R$ 2,04
bilhões. Já no projeto de 2023, o governo previu R$ 842 milhões: corte de R$
1,2 bilhão.
De onde sai tanto dinheiro? Para se
defender da denúncia de possível lavagem de dinheiro na compra de imóveis, o ex-capitão,
candidato à reeleição, disse uma entrevista à Jovem Pan, na terça-feira (06),
que sua família não utilizou dinheiro em espécie em transações imobiliárias que
somam R$ 25,6 milhões nos últimos 30 anos.
Segundo o presidente, os jornalistas do UOL que
denunciaram o escândalo envolvendo sua família, tentaram confundir os leitores
usando o termo “moeda corrente nacional” como se isso fosse sinônimo de “dinheiro
vivo”. “Em qualquer escritura está escrito moeda corrente”, disse ele. Nas
redes sociais, a tese do energúmeno espalhada por apoiadores era de que o termo
“moeda corrente” significava que o imóvel teria sido pago com o Real (e não em
dólar, por exemplo).
Para comprovar a denúncia, os jornalistas Juliana Dal
Piva e Thiago Herdy, do UOL, foram atrás das evidências de pagamento em
dinheiro vivo e encontraram documentos que comprovam que o clã golpista usou
dinheiro vivo para quitar 51 das 107 transações imobiliárias realizadas no
período. Os dados estão acompanhados de documentos oficiais. A reportagem
também entrevistou parte dos vendedores e consultou os próprios cartórios de
notas.
Enquanto isso, o brasileiro está endividado. O
número de endividados bateu novo recorde em agosto. Subiu de 78% pra 79% do
total de famílias. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo. Há um ano, número era de 72,9%.
Também aumentou o percentual de inadimplentes (gente
que tem contas em atraso): de 29% pra 29,6%. Índice era de 25,6% em agosto
passado.
Esses resultados aparecem num momento de inflação ainda
perto de dois dígitos e alta de juros. Isso compromete o orçamento do
brasileiro e pode afetar a retomada da economia.
O alto endividamento pode comprometer a capacidade de
consumo. Num ciclo virtuoso de emprego e renda, o aumento do endividamento até
poderia significar mais consumo, especialmente de bens duráveis, cujas vendas
costumam ser parceladas. O mercado de trabalho tem até gerado empregos, mas com
salários menores.
O endividamento das famílias paulistanas segue
crescendo. Em agosto, a porcentagem de lares com dívidas marcou um novo recorde
para a série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(PEIC). O levantamento, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indica que o percentual chegou
a 76,6%. Há um ano, esta parcela era de 67,2%. Em números absolutos, são 3,08
milhões de famílias com algum tipo de dívida (400 mil a mais, no contraponto
anual).
Taxas de juros das operações de crédito sobem. Segundo
a Pesquisa de Juros da Anefac, as taxas de juros das operações de crédito subiram
em agosto, sendo a 8ª vez consecutiva em 2022. “A elevação está sendo causada
pelo aumento dos juros futuros, da elevação da Selic e expectativa de novas
elevações frente a uma inflação maior e, ainda, devido aos índices de
inadimplência do Brasil que devem subir por causa do desemprego elevado,
aumento da inflação e seu reflexo na renda e maior dificuldade na concessão de
crédito por parte dos bancos, e, por último devido a elevação da CSLL (Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido) dos bancos para custear a abertura do programa de
renegociação de dívidas de empresas do Simples Nacional”, explica Miguel José
Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac.
Na visão do especialista, esse cenário não será
diferente nos próximos meses e as taxas de juros das operações continuarão
subindo, tendo em vista a piora do cenário econômico com maior risco de crédito
e da elevação da inadimplência, bem como com as prováveis novas elevações da
Selic frente a uma inflação maior.
No Chile, uma derrota que dói. O Serviço Eleitoral do Chile (Servel) informou na noite
de domingo (04) que os cidadãos chilenos rejeitaram a nova Constituição que
poderia mudar a Carta Magna herdada da ditadura de Pinochet. Após três horas do
encerramento das assembleias de voto, o órgão eleitoral apurou que com 61,88%
(7.842.477), o "rechazo" ganhou o plebiscito. A opção
"apruebo" ficou com 38,12% (4.830.725).
A Servel notificou que dos 15.076.690 cidadãos
convocados para votar no plebiscito, mais de 13 milhões compareceram para votar
a favor ou contra da nova Constituição no país.
A Carta Magna rejeitada decorrente da Convenção
Constitucional consagrava um “Estado Social de Direitos”, em resposta às reivindicações
expressas nas massivas manifestações sociais de outubro de 2019.
O projeto constitucional também estabelecia um novo
catálogo de direitos sociais em saúde, educação e previdência, com forte ênfase
no meio ambiente e na proteção de novos direitos.
Pinochet deixou herança maldita. O povo
chileno teve uma oportunidade histórica de reformular várias estruturas de sua
sociedade. Os mais de 350 artigos da proposta constitucional, reúnem propostas
que formulam uma democracia representativa e uma democracia direta, inéditas na
realidade política do país sul-americano, uma das abordagens inovadoras que
foram elaboradas é a visão geral que permeia todo o documento baseado na
paridade junto com uma proposta ecológica, elementos esses que representam a
base da reivindicação de muitos direitos sociais violados.
O caráter plurinacional, a autonomia nos territórios
indígenas e o sistema presidencialista de governo com bicameralismo assimétrico
-que poderia acabar com o Senado- são as reformas propostas que encontraram
maior rejeição nos setores da direita conservadora, algo que temos já visto em
países como Equador e Chile, onde o caráter plurinacional do Estado gerou
reações violentas –incluindo um golpe na Bolívia– por parte dos grupos mais
arcaicos do conservadorismo neofascista latino-americano. Seria muito ingênuo
pensar que a campanha contra a nova Constituição realizada pela direita não
incluiu medo e ansiedade como é costume e como vimos em outros países de nossa
América.
As urnas, financiadas majoritariamente pelos partidos
políticos de direita e seus financiadores empresariais, incentivaram a derrota
do projeto, após ter desencadeado uma campanha de intimidação midiática baseada
na ampliação dos erros cometidos pelos convencionais e na multiplicação de
falsidades disseminadas através da mídia hegemônica e das redes sociais.
A atual Carta Magna foi elaborada em 1980 durante a
ditadura criminosa de Augusto Pinochet. Embora tenha sido modificado em alguns
artigos, o espírito neoliberal com que foi concebido mantém as características
autoritárias que levaram ao seu questionamento.
A nova Constituição não iria desmantelar o
neoliberalismo por si só, mas sem dúvida gerou melhores condições para
continuar lutando. Como explicar que uma imensa maioria de homens e mulheres
chilenos deu as costas a essa proposta constitucional, considerada por organizações
sociais como um avanço histórico?
Atentado contra Cristina preocupa Nossa
América. Às 21h00 da quinta-feira (01), ocorreu a mais grave
explosão política na Argentina constitucional em décadas: a tentativa de
assassinato da vice-presidente da Nação, Cristina Fernández de Kirchner, duas
vezes chefe do Executivo entre 2007 e 2015 e líder de um dos mais importantes
movimentos político-sociais da América Latina e Caribe.
A imagem da pistola que falhou o tiro final a 15 centímetros
da cabeça do alvo, uma Bersa calibre 32, “própria para disparar” segundo fontes
judiciais e com 5 balas no seu carregador, rompeu com aquele país de sensações
que se tem vivido nas últimas semanas, ao ritmo das denúncias de um setor
judiciário comprometido com os interesses das corporações econômicas que
Mauricio Macri e suas tropas representam e dos meios de propaganda que promovem
suas políticas.
Se quem planta ventos... colhe tempestades, quem
projeta ódio pode gerar assassinos. Este Fernando Sabag (já se considera que
não agiu sozinho e que suas ações foram organizadas), portador de “um discurso
antiperonista, anti-K e ferozmente contrário aos planos sociais” e “mentalmente
saudável”, além de ser acusado de “tentativa de homicídio agravado por uso de
arma de fogo e por traição” é o que emerge desse discurso, a minúscula face
visível de um sermão que percorre um caminho com marcos como “viva o câncer”, o
sacos para cadáveres, forcas e guilhotinas e bonecos cadáveres localizados na
Plaza de Mayo por partidários da direita local, e o pedido de pena de morte
para o vice-presidente por um deputado nacional Macrista.
Investigações do atentado. A
investigação sobre a tentativa de assassinato da vice-presidenta Cristina
Kirchner em um ato de apoiadores próximo à sua casa, na semana passada, aponta para
o planejamento e acordo prévio do crime. Através de imagens de câmeras de segurança,
os passos que levaram à execução do crime são reconstruídos e indicam a
possibilidade de que o casal detido não atuou sozinho.
Os acusados são Fernando Sabag Montiel (35), que
disparou a arma a poucos centímetros da cabeça de Kirchner (o disparo não foi
concluído dado que a bala não estava engatilhada), e sua namorada, Brenda Uliarte
(23).
Na quinta-feira (08), o site de notícias Infobae
divulgou imagens de uma câmera de segurança que mostram o casal em um Mc
Donald's em Quilmes, município na Grande Buenos Aires, cerca de quatro horas
antes da tentativa de assassinato. Naquela noite, as imagens mostram o casal em
uma interação discreta com uma mulher que, sentada em uma das mesas do local de
fast food, joga um papel no chão.
Segundo o Infobae, Brenda Uliarte recolhe o papel do
chão, lê e o entrega a Fernando Sabag Montiel. Ele também lê o papel e o joga no
lixo. Ainda não há maiores informações sobre a identidade da mulher revelada
pelas câmeras de segurança.
O que mais sabemos? Desde
meados de agosto, centenas de argentinos se reuniram dia e noite na entrada da
residência de Cristina Fernández para expressar seu apoio e solidariedade
diante do processo judicial contra ela.
Recordemos que o procurador Diego Luciani, encarregado
do caso Vialidad, pelo qual Cristina Fernández é acusada de corrupção sem
provas, requereu uma pena de 12 anos de prisão e seu banimento político, o que
a impediria de concorrer às eleições presidenciais de 2023.
Sabag Montiel, o quase assassino, tem 35 anos. Ele é
natural do Brasil e vive na Argentina desde 1993. Na última sexta-feira à
noite, tentou-se obter depoimentos dele no local onde está detido, para evitar
os riscos de transferi-lo, mas ele se recusou a fazê-lo e fez não entregar o
seu código de telefone.
Em uma primeira avaliação, os peritos psiquiátricos
sustentaram que ele está localizado no tempo e no espaço e que está apto a
testemunhar. Ao rever seus antecedentes, soube-se que ele foi preso há algum tempo
enquanto carregava uma faca. Usa uma tatuagem nazista na mão esquerda, que pode
ser vista em fotos dele nas redes sociais. Trata-se da Cruz de Ferro,
condecoração do exército alemão que deixou de ser concedida em 1945 por estar
associada às condecoradas durante o nazismo.
“Barbas de molho”. Jornalistas
e analistas políticos latino-americanos estão vendo no atentado contra Cristina
um risco para a democracia na região. Para eles, o atentado reascendeu um
debate sobre a violência política na América Latina. Para analistas, há um
paralelo direto do episódio com o cenário brasileiro, de embate eleitoral entre
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-capitão demente.
A tentativa de assassinato de Kirchner por um
neonazista, a onda de violência desencadeada pelo golpe que abalou a Bolívia em
2019, a tentativa de assassinato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o
magnicídio do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, o aumento das mortes de
lideranças sociais na Colômbia e no México, a morte da vereadora Marielle
Franco em 2018 no Rio de Janeiro, o assassinato de um dirigente do PT por opositor
político em festa de aniversário e a necessidade de reforço na segurança do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha de 2022 por determinação
da Justiça Eleitoral são apenas alguns exemplos dessa onda de violência que
abala o subcontinente.
Mais um grande passo. A
Pátria Grande vai ressurgindo dentro da nova face da América Latina. Como um
novo passo para o restabelecimento das relações diplomáticas, os governos da
Venezuela e da Colômbia anunciaram na sexta-feira (09) que a reabertura da
fronteira entre os dois países será realizada em 26 de setembro.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou o
anúncio da abertura da fronteira e informou a retomada de voos entre Caracas e
Bogotá. Segundo o chefe de Governo, “o intercâmbio e a cooperação entre nossos
povos recomeçam com bom pé”.
O anúncio foi feito após Maduro receber o ministro do
Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, Germán Umaña Mendoza na última quinta-feira
(08/09). Segundo a Agência Venezuelana de Televisão (VTV), o objetivo do
encontro era o aprofundamento de questões para cooperação bilateral.
Crise se agrava na Europa. A
siderúrgica alemã ArcelorMittal, uma das maiores siderúrgicas da Europa,
anunciou há alguns dias que encerrou suas operações devido aos altos preços da
energia, que estão sendo pressionados pela escassez artificial causada pelas
sanções de Bruxelas contra a Rússia.
Esse anúncio foi seguido pelo anúncio do fechamento
também de fundições de alumínio, fundições de cobre e plantas de produção de
amônia nas últimas semanas. Esse conjunto de fechamentos demonstra o desespero
desta hora.
É inevitável que as maiores economias da Europa se
tornem independentes dos ditames de Bruxelas, onde a Comissão Europeia apenas
repete as ordens de Washington. Pode ser também que alemães e franceses sejam governados
diretamente por Washington, movendo-se como marionetes da oligarquia
internacional. Fantoches entre os quais os europeus acreditam eleger
governantes. Os países europeus devem negociar acordos individuais com a
Rússia, permitir que Zelensky se renda e acabar com o mito de que, se
entregarem as armas, seu governo pode impedir a operação militar russa. A
rendição de Zelensky é a única solução realista para esta crise que, se
continuar, fará com que os países europeus percam o status de países mais desenvolvidos
econômica e socialmente.
Pânico com a decisão de Putin. A
agência Bloomberg relatou que o Reino Unido ficou em pânico devido à decisão de
Putin sobre o bloqueio do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) da Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, deixou o Reino
Unido em pânico ao bloquear um dos principais gasodutos da Europa, afirmou a
ex-diretora executiva da Energy UK Angela Knight à Bloomberg.
De acordo com a especialista, os britânicos entraram em
pânico, assim como a Europa, devido à atual “guerra econômica” que está sendo
desencadeada. Além disso, ela acusou as autoridades de terem criado dependência
do fornecimento de energia de diferentes países, que nem sempre são “amigáveis”.
Gasoduto russo paralisa fornecimento à Europa. A maior
produtora de gás da Rússia, a Gazprom, anunciou na sexta-feira (02) que
interrompeu o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream por um
período indefinido. A empresa disse em um post do Telegram que um vazamento de
óleo foi detectado durante o trabalho de manutenção conjunta com a Siemens na
única unidade de compressor de gás Trent 60, a única restante da estação de
compressores de Portovaya.
A paralisação eleva a tensão sobre os preços de gás, às
vésperas do começo do outono no hemisfério Norte. Aumenta também a pressão pela
ativação do gasoduto Nord Stream 2, cujo início de operação foi paralisado após
o conflito na Ucrânia.
As questões técnicas com o fornecimento de gás para a Europa
através do gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) permanecerão até que o
Ocidente levante as sanções impostas à Rússia devido a operação especial na
Ucrânia, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Em 31 de agosto, a empresa estatal de energia Gazprom cessou
completamente o fornecimento de gás através do gasoduto.
Vão “entregar os pontos”? Na
questão do gás, a União Europeia (UE) está se aproximando cada vez mais da
capitulação ante a Rússia, escreve o colunista turco Hasan Basri Yalcin em um
artigo no jornal Sabah.
Ele destacou que o bloco europeu não está em condições
de resolver a questão do abastecimento de gás.
Segundo aponta o especialista, a Europa não pode contar
com a ajuda dos EUA por causa do resultado incerto das próximas eleições para o
Congresso, em novembro. Se os republicanos ganharem, a UE corre risco de ficar
sem qualquer apoio do outro lado do oceano, explicou.
A União Europeia (UE) encontra-se neste momento presa
no seu próprio covil, uma vez que atua como bloqueadora do fornecimento e
comercialização do gás russo no território europeu, o mesmo recurso energético
do qual é extremamente dependente.
Vão morrer de frio? As
projeções meteorológicas preveem que a Europa enfrentará um inverno rigoroso a
partir do próximo mês de setembro, pelo que a sua população necessitará do gás
essencial para o aquecimento, que é difícil de adquirir devido ao seu alto
preço e escassez, devido ao facto de os seus líderes seguiram à risca para
aplicar as “sanções” ordenadas por Washington contra a Rússia.
O preço do gás subiu acentuadamente enquanto o euro
caiu abaixo ou em paridade com o dólar, o que torna difícil para a população
adquiri-lo para colocar o aquecimento ao mesmo tempo em que os custos dos
alimentos aumentam.
Nas condições atuais, o preço do gás dispara por
qualquer motivo, como aconteceu quando a Gazprom anunciou que interromperia o
envio pelo Nord Stream de 31 de agosto a 2 de setembro para trabalhos de
manutenção na única turbina em funcionamento.
Alemanha, Polônia, Áustria, Holanda e Grécia começaram
a reabrir usinas a carvão, apesar dos graves danos ambientais que isso
acarreta.
Será o pior cenário? O
jornal The Wall Street Journal afirmou que a suspensão do funcionamento do
gasoduto Nord Stream desencadeou o pior cenário da crise energética nos países
europeus.
De acordo com o jornal, depois do anúncio da
interrupção do Nord Stream, os preços do gás natural e da energia elétrica
cresceram em mais de 30% e depois subiram ainda mais 10%.
Este cenário causou a maior desvalorização do euro nos
últimos 20 anos, além da alta dos preços e de uma inflação recorde, provocando
o empobrecimento da população e pressionando o setor energético.
Além disso, o jornal ressalta que há uma grande preocupação
em relação ao fechamento de indústrias, que pode ocorrer na Europa.
Economia russa está bem. Os
ganhos da Rússia com exportação dos recursos energéticos superam
significativamente os gastos dos seis meses da operação especial russa na Ucrânia,
diz o relatório do Centro de Pesquisa de Energia e Ar Limpo da Finlândia (CREA,
na sigla em inglês).
A análise registra exportações do petróleo, gás e
carvão no período de 24 de fevereiro a 24 de agosto deste ano, baseando-se nos
dados do transporte marítimo e dutoviário. Ele demonstra que a União Europeia
foi a maior compradora com 85 bilhões de euros (R$ 437,8 bilhões), seguida pela
China com 35 bilhões de euros (R$ 180,28 bilhões).
Os autores da pesquisa estimam as receitas da Rússia no
período respectivo em 158 bilhões de euros (R$ 813,86 bilhões) com os gastos da
operação especial sendo avaliados em 100 bilhões de euros (R$ 515 bilhões). A
Rússia vem recebendo uma renda extremamente grande devido aos preços altos de
combustível, notam os autores da pesquisa.
Mais gás para a China. A
estatal russa de gás natural Gazprom, e a chinesa CNPC assinaram um acordo que
determina que Pequim pague pelo fornecimento do combustível fóssil em rublos e
em yuans, anunciou a empresa de Moscou nesta terça-feira (06/09).
A alteração do pagamento e novos contratos de fornecimento
de longo prazo, foram firmados pelos presidentes das duas estatais, Alexei
Miller e Dai Houliang.
A Gazprom ressaltou, dentro do comunicado oficial, uma
fala de Miller, em que o funcionário da empresa afirma que a nova forma de
pagamento é "uma solução mutuamente benéfica, oportuna, confiável e prática".
A Rússia concordou com os principais parâmetros de
fornecimento de gás à China através da Mongólia, declarou o presidente russo,
Vladimir Putin.
O presidente russo também chamou a China de parceiro
estável e confiável.
Sindicatos europeus iniciam protestos. A
Confederação Europeia de Sindicatos (CES) denunciou na terça-feira que a conta
anual média de energia é agora superior ao salário de um mês para trabalhadores
mal pagos na maioria dos estados membros da União Europeia (UE).
De acordo com a CES, cerca de 9,5 milhões de pessoas
que trabalham já estavam lutando para pagar suas contas de energia antes do
início da crise do custo de vida.
Nesse sentido, apontam que até julho deste ano, o custo
do gás e da eletricidade aumentou 38 por cento em toda a Europa em relação ao
ano passado e o mesmo, no entanto, continua a aumentar.
De acordo com a denúncia da central sindical europeia,
a atual crise deixou os trabalhadores que ganham o salário mínimo em 16 estados
membros da UE com a necessidade de reservar o equivalente a um mês de salário
ou mais para manter as luzes e o aquecimento ligados nos casa.
O número de dias que uma pessoa que ganha o salário
mínimo tem que trabalhar para pagar sua conta de energia aumentou drasticamente
em alguns países: Estônia (+26), Holanda (+20), República Tcheca (+17), Letônia
(+ 16), denuncia a CES.
Aqui mora o perigo! Se há
uma pessoa no Ocidente que construiu uma narrativa contra Moscou e a favor da OTAN,
é Liz Truss, a recém-eleita primeira-ministra do Reino Unido que seguirá uma
linha de política externa ainda mais forte do que seu antecessor, Boris Johnson.
Muitos já estão começando a chamá-la de Margaret Thatcher
do século 21. Sua recente fotografia a bordo de um tanque militar na Estônia
lembrou quando a Dama de Ferro fez o mesmo em 1986 com tropas britânicas na
Alemanha. Essa imagem belicista é o símbolo de um fato inegável: Liz Truss
promove um discurso abertamente anti-russo.
Especialistas em segurança internacional garantem que a
Truss vai endurecer a posição do Reino Unido contra Moscou, num momento em que
a operação militar do país eurasiano já dura mais de meio ano. O Ocidente
acreditava que as sanções forçariam o Kremlin a desistir de seus objetivos. Os
fatos provam o contrário.
O jornalista do Financial Times, Sebastian Payne, escreveu
em suas redes sociais que o discurso de Liz Truss para políticos conservadores
consiste em dizer a palavra “liberdade” o máximo possível, além de se assemelhar
à ex-primeira-ministra Margaret Thatcher até na forma de posar na fotografias.
Seguindo sua mensagem, ela compartilhou algumas imagens dos dois conservadores
em atmosferas bélicas semelhantes, mas com mais de três décadas de diferença.
Covardia com armas estadunidenses. Enquanto
a Casa Branca não para de financiar e armar o governo neonazista da Ucrânia, o
presidente Zelensky se acha no direito de todas as barbaridades.
O prefeito da cidade de Donetsk, Alexei Kulemzin,
denunciou na sexta-feira que as forças armadas ucranianas atacaram com
artilharia o principal hospital da referida cidade, situado em Donbas.
Nesse sentido, a entidade especificou que não se sabe o
número de feridos e mortos em decorrência do bombardeio.
Durante este dia, outros ataques realizados por tropas
ucranianas causaram a morte de oito civis na autoproclamada República Popular
de Donetsk (DPR), cinco deles na cidade mencionada.
Como se não bastasse, Zelensky coloca em risco toda a
Europa ao fazer ataques diários à maior usina nuclear da região.
Tropas ucranianas atacaram a cidade de Energodar e a
usina nuclear de Zaporizhia 15 vezes nas últimas entre quinta e sexta-feira,
disse o Ministério da Defesa russo.
A usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, está
localizada no sudeste da Ucrânia, perto da cidade de Energodar, e desde março
passado está sob o controle dos militares russos.
O “sonho estadunidense”! As
questões econômicas e políticas mais importantes nos EUA são os níveis
extraordinários de desigualdade de renda e riqueza, assinalou o senador
democrata Bernie Sanders em artigo no jornal britânico The Guardian publicado
semana passada.
Sanders, que foi pré-candidato de seu partido à
Presidência da República, mas perdeu a indicação para Joe Biden, levantou
sérias preocupações sobre a crescente concentração de propriedade, o declínio
de longo prazo da classe média americana e a evolução dos Estados Unidos para
uma oligarquia.
“Agora temos mais desigualdade de renda e riqueza do
que em qualquer outro momento nos últimos cem anos. No ano de 2022, três
multibilionários possuem mais riqueza do que a metade inferior da sociedade estadunidense
(160 milhões de americanos). Hoje, 45% de toda a nova renda vai para o 1% do
topo, e os CEOs de grandes corporações ganham um recorde de 350 vezes o que
seus funcionários ganham”, disse.
No Brasil, seis bilionários têm uma riqueza equivalente
ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país. Os 5% mais ricos detêm a
mesma fatia de renda dos demais 95%, segundo levantamento da ONG Oxfam divulgado
em 2018.
Previsões muito ruins (para eles). A
economia dos EUA poderia afundar em um pântano de encolhimento da produção e aumento
da inflação e do desemprego, alertou Nouriel Roubini, renomado economista e
professor da Universidade de Nova York, durante um webinar do eToro.
Roubini disse que a Reserva Federal pode ter que dobrar
as taxas de juros para 5% para conter a inflação. Por sua vez, tal aumento
poderia sufocar o crescimento econômico e causar um aumento no desemprego,
ressaltou o economista.
Além disso, o aumento das taxas poderia desencadear uma
crise da dívida. Ele também advertiu que as ações do regulador dos EUA para
conter a inflação podem afundar a economia e causar choques no mercado de ações,
títulos, habitação, crédito, capital privado e outros ativos no território da
bolha.
Democracia? Lá não existe democracia
como é propagandeado por todo lado. A onda nacional de organização sindical e
militância liderada por trabalhadores da Starbucks e Amazon é a maior onda de
organização de trabalhadores desde as décadas de 1930 e 1940. A onda de organização
se espalhou para Trader Joe's, Chipotle, Apple, REI e uma lista crescente de
cadeias de lojas e indústrias.
No entanto, essa revolta dos trabalhadores, que tem o
potencial não apenas de salvar o movimento trabalhista, mas de transformá-lo,
está sob ataque com risco de vida. Devemos nos unir em defesa dos bravos jovens
trabalhadores que estão na vanguarda dessa luta trabalhista transformadora.
Das salas de reuniões corporativas aos gerentes do
local de trabalho, a Starbucks e a Amazon estão engajadas em uma guerra aberta
para esmagar a onda de organização. A Starbucks está demitindo organizadores
sindicais, fechando lojas, cortando horas de trabalho e negando aumentos
salariais e benefícios a trabalhadores pró-sindicatos. Os funcionários da
Starbucks estão revidando. A Starbucks Workers United continua a vencer as
eleições sindicais em todo o país e flexionar seus músculos com paralisações e
greves.
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