Esta obra traz um retrato autêntico e crítico sobre os fatos ocorridos durante a pandemia da Covid, ainda em curso, especialmente no Brasil e nos Estados Unidos. Trata-se de um registro histórico do drama e do agravamento da situação da saúde das populações, acentuado pelas políticas neoliberais capitalistas, conjugando com as ferramentas utilizadas pela extrema direita mundial e reproduzidas a nível nacional pelo movimento bolsonarista.
Bolzan é certeiro ao narrar e contextualizar os fatos ocorridos no Brasil desde a patética reunião ministerial de Jair Bolsonaro em 02/04/2020, passando pelo boicote à vacinação e ao uso de máscaras, além da alternância no poder de quatro ministros da saúde durante a pandemia. Similarmente, denuncia a tentativa de privatização da rede de atenção primária de saúde brasileira, em obediência ao capitalismo internacional.
A pandemia ceifou a vida de milhares de pessoas. O sofrimento a que a população foi exposta alcançou limites inaceitáveis, agravado pelo governo protofascista bolsonarista. O autor não deixa escapar que a pandemia teve um maior impacto na população negra, historicamente racializada e oprimida. Racismo este, inerente ao modo de produção capitalista, o qual o legitimou e universalizou.
Nesse sentido, o livro também evidencia como o sistema capitalista se utiliza do diversionismo negacionista para negar a exploração da mão de obra trabalhadora e a opressão contra mulheres, em nome de uma suposta liberdade individual e econômica. Isso resulta na manutenção de um sistema opressor, que nega a vida em prol do progresso financeiro de uma minoria economicamente favorecida.
Trata-se, afinal, de um texto propositivo que, entre imprescindíveis e ácidas críticas ao sistema capitalista, costura alternativas de resistência através do desenvolvimento de um processo democrático e participativo capaz de construir um senso de responsabilidade coletiva. É pautando-se no fortalecimento do reconhecimento do valor da vida que poderemos construir uma consciência ética e humanista que nos permita concluir o que Bolzan não tarda em nos comunicar: a saúde é um direito e não pode ser tratada como mercadoria. Mariana Ordovás Baldi, Psicóloga e Emiliano Botelho dos Santos, Administrador.
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Sumário
Introdução
Fundamentalismo de mercado e o desprezo à vida
Sistemas universais de saúde x Fundamentalismo de mercado
Pandemia negacionista e Genocídio
Pós Pandemia
Conclusão
Referências Bibliográficas
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Luís Carlos Bolzan é psicólogo, especialista em psicologia da saúde e mestre em gestão público pela FIOCRUZ Aggeu Magalhães. Foi diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS – DENASUS e do Departamento de Ouvidoria Geral do SUS – DOGES, ambos do Ministério da Saúde. Foi secretário municipal de saúde de Novo Hamburgo e de São Francisco de Paula no Rio Grande do Sul. Exerceu a presidência do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul – COSEMS/RS e do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul – CES/RS. É professor convidado do curso de pós-graduação em saúde mental da Universidade de Caxias do Sul – UCS.
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Ano de lançamento: 2022
Tamanho: 15x21cm
Número de páginas: 260
ISBN: 978-85-53104-57-4
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