Rolou na Pública Incentivo a crimes no Telegram. Na semana passada, revelamos a existência de grupos no Telegram que têm sido utilizados para incentivar crimes e atentar contra a democracia. A reportagem reproduziu diálogos em que Jackson Villar da Silva – evangélico que se intitula comerciante, radialista, conservador, presidente do “Acelera Para Cristo”, e que organizou uma motociata com o presidente Jair Bolsonaro em junho de 2021 – fala em “quebrar esquerdistas no cacete” e “quebrar a urna eletrônica no pau”. A reportagem foi republicada no UOL, no Nexo, na Revista Cenarium e no Brasil 247. Após a publicação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Telegram retirasse do ar dois grupos citados na reportagem da Pública.
Não vamos nos calar e não estamos sozinhos. Também após a publicação da reportagem, uma fonte encaminhou à Pública novos áudios postados no Telegram, alertando sobre ameaças de violência física e ofensas ao jornalista que apurou a reportagem e sobre uma ação orquestrada para derrubar os perfis da Agência Pública nas redes sociais. Recebemos o apoio de diversos jornalistas e de organizações como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJPSP) e a Folha de S. Paulo.
Bloqueio articulado. Durante o período que antecedeu o 2º turno, chamados de paralisação de caminhoneiros circularam em grupos bolsonaristas, como revelamos nesta reportagem. As mensagens mostram que os extremistas traçaram ao menos dois cenários antes mesmo da eleição acontecer: realizar a paralisação nas semanas anteriores à votação ou logo após a divulgação dos resultados, no que já chamavam de “contra-golpe”. A reportagem foi republicada no UOL e na Carta Capital. |
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