Aposentadoria do canalha!
Você sabia? Qual o valor da sua aposentadoria, hoje,
depois da reforma patrocinada pelo energúmeno? Pois é, mas ele está fora dessa
lei.
Com uma canetada, o presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), concedeu mais de R$ 30 mil aposentadoria parlamentar ao
safado, que exerceu o cargo de deputado federal de 1991 a 2018 e está no último
mês do mandato como presidente da República, já que perdeu a eleição para Lula
(PT).
O ato de Lira é datado de 30 de novembro, mas foi publicado
na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (2). De acordo com a
Folha de S. Paulo, o benefício mensal a ser recebido pelo sacripanta deverá ser
superior a R$ 30 mil, já que, segundo o documento, “os proventos correspondem a
32,50% do subsídio parlamentar, acrescidos de 20/35 da remuneração fixada para
os membros do Congresso Nacional”.
O benefício concedido por Lira se somará à
aposentadoria que ele já recebe por ser capitão reformado do Exército, de R$
11.945,49. E com o salário que vai passar a receber do seu partido, o PL.
Com isso, o criminoso que que é autor da reforma da Previdência
que tirou de milhões o direito de se aposentar, ganhará mais de R$ 42 mil de
aposentadoria. E ainda vai ter direito a seguranças e carros oficiais custeados
pela União.
Só podia ser... O
senador Marcos do Val (Podemos-ES), apoiador do imbecil que está saindo do
poder, fez uma publicação no sábado (26) reclamando de dívidas e do próprio
salário. Segundo um contracheque postado pelo próprio parlamentar, ele recebe
R$ 33,7 mil brutos, equivalentes a R$ 19,9 mil líquidos. Entre os descontos,
está um empréstimo pessoal com parcelas de R$ 3 mil.
Do Val postou uma imagem de sua conta bancária para
afirmar que não tem “regalias e salários milionários”. Na imagem, o parlamentar
está com saldo do cheque especial negativo no valor de R$ 1,3 mil e pagamentos
de R$ 28,3 mil agendados até o dia 9 de dezembro.
“Na minha carreira anterior, eu recebia a cada dois
dias o que eu recebo hoje por mês como senador. E ainda tendo que ouvir
ataques, ofensas, ingratidão e até traição de colegas senadores”, escreveu o parlamentar
que ministrava palestras e tinha uma empresa de treinamento policial.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua do IBGE, cerca de 35,6 milhões de trabalhadores recebem até
um salário mínimo por mês, atualmente fixado em R$ 1.212. De acordo com o IBGE,
90% dos brasileiros têm renda mensal de até R$ 3.500.
“Ele” está com medo! O ministro
preferido do ex-capitão, Paulo Guedes, conversou com membros do governo de
transição sobre um eventual “ameaça” de prisão do presidente após deixar a
presidência. A informação é da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
De acordo com a jornalista, Guedes teria dito que “não
é razoável um país onde todo ex-presidente é ameaçado de prisão”. E ele teve a “cara
de pau” de descrever o canalha como uma “pessoa simples”.
O chefe da pasta da Economia costuma tratar do tema em
conversas com políticos e integrantes de cortes superiores, demonstrando preocupações
com a “judicialização da política”, algo que em sua avaliação abre caminho para
acusações de “politização do Judiciário”.
Não quer se esquecido? Derrotado
nas urnas em 30 de outubro o sacripanta disse a pessoas próximas que teme que
sua liderança política seja esquecida e esvaziada ao ficar fora do poder por
pelo menos quatro anos. Faltando um mês para fazer as malas e deixar o Palácio
da Alvorada, a transição ameaçava ser tumultuada devido ao mau relacionamento
entre os candidatos e às constantes denúncias da ultradireita contra o sistema
eleitoral.
No dia 28 de agosto, em encontro com grupos evangélicos
durante visita a Goiânia, ele disse ter três alternativas para seu futuro
próximo: “estar preso, morto ou vitória. Eles podem ter certeza de que a
primeira alternativa não existe; Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a
ninguém”, disse. Mas hoje vive uma quarta alternativa...
Três dias antes, havia sofrido um revés, quando o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, rejeitou o pedido de impeachment contra
Alexandre de Moraes, um dos onze desembargadores do Supremo Tribunal Federal e
membro do Supremo Tribunal Federal, que mandam investigar o presidente pelos
crimes de “calúnia” e “incitação ao crime”.
O futuro político do imbecil é desconhecido. É provável
que opte por voltar ao Rio de Janeiro, onde iniciou sua carreira política como
vereador e depois representou como deputado federal em Brasília por quase três
décadas. E, embora o prefeito da cidade seja de esquerda, o governador do estado,
Cláudio Castro, é seu aliado. Mas ele pode ficar tranquilo. Por todas as
maldades que fez, não vai ser esquecido pelo povo brasileiro!
Resultados do seu governo. A desastrosa condução da economia por parte do insano e
seu ministro da Economia, Paulo Guedes, mostra mais uma face cruel da penúria e
fome que passam os brasileiros e brasileiras. O país bateu o triste recorde de
pessoas na pobreza e extrema pobreza, em 2021, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até o ano passado 62,5 milhões viviam na pobreza. Esse
número representa 29,4% do total da população brasileira de 212,6 milhões. Já
os que viviam em extrema pobreza somam 17,9 milhões, que representam 8,4% da
população total. Esses índices são recorde desde a série histórica iniciada em
2012.
Além disso, entre 2020 e 2021 houve aumento recorde
nestes dois grupos: o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7% (ou
mais 11,6 milhões de pessoas) e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%
(ou mais 5,8 milhões).
As crianças são também impactadas de forma cruel. No
ano passado, o percentual delas de até 14 anos abaixo da linha de pobreza
chegou a 46,2% no Brasil. É outra máxima da série iniciada em 2012. O indicador
estava em 38,6% em 2020.
Pretos, pardos, mulheres e nordestinos são os mais
atingido pela pobreza e extrema pobreza. A proporção de pretos e pardos abaixo
da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos
(18,6%).
A queda de renda entre os brasileiros é a maior causa
do aumento da pobreza e extrema pobreza. Em 2021, o rendimento domiciliar per
capita caiu para R$1.353, o menor nível desde 2012.
A renda proveniente do trabalho representava 75,3% do
total de rendimentos da população, enquanto os benefícios de programas sociais
representavam 2,6%. No entanto, entre os que recebiam até ¼ de salário-mínimo
per capita (R$ 303), o rendimento do trabalho representava 53,8%, enquanto a
parcela proveniente de programas sociais chegava a 34,7%.
Desemprego. A taxa de desocupação,
que mede o desemprego no país, foi de 8,3% no trimestre encerrado em outubro.
Essa taxa representa uma queda de 0,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao
trimestre anterior (maio a julho), sendo a menor para o período desde 2014. Na
comparação com o mesmo trimestre de 2021, a queda foi de 3,8 p.p. Os dados são
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje
pelo IBGE.
O contingente de pessoas ocupadas chegou a 99,7
milhões, um aumento de 1% no trimestre, batendo novamente o recorde na série
histórica, iniciada em 2012.
Já população desocupada foi de 9 milhões de pessoas, o
que presenta um recuo de 8,7% em comparação com o tri encerrado no mês de
julho, menos 860 mil pessoas. É o menor nível desde julho de 2015.
No que diz respeito ao nível da ocupação – ou seja, o
percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, houve
aumento de 0,4 p.p., chegando a 57,4%. Já a taxa composta de subutilização caiu
para 19,5%, uma queda de 1,4 p.p. no trimestre e 6,7 p.p. no confronto contra o
mesmo trimestre do ano passado. A população subutilizada também caiu (6,7%) e
chegou 22,7 milhões de pessoas.
Tirou dinheiro da saúde. Depois
que o grupo de transição indicado pelo presidente eleito, Lula (PT), para a área
da saúde afirmou que, de acordo com os dados disponíveis até momento, o setor
está “caos geral”, que perdeu milhões em recursos, além da péssima gestão, o demente
que ainda governa anunciou mais um bloqueio, de R$ 1,65 bilhão, do orçamento do
Ministério da Saúde. A medida por travar a máquina pública no último mês da
gestão de Bolsonaro.
A equipe de transição estima que, apenas para garantir
o mínimo funcionamento dos serviços públicos, ou seja, para atender as
necessidades emergenciais, são necessários R$ 22,7 bilhões.
Mesmo assim, na última sexta-feira (25), o Ministério
da Economia determinou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que escolha
quais áreas serão atingidas com o novo corte, que pode afetar ainda mais a
execução de políticas públicas até o fim deste ano.
A ordem da equipe de Paulo Guedes, o comandando da
combalida economia, é cortar verba das despesas discricionárias, ou seja, os
recursos usados em programas como o Farmácia Popular, para a habilitação de
leitos e na compra de medicamentos e insumos.
O governo já havia travado R$ 2,23 bilhões da Saúde. Ou
seja, o corte total desse tipo de verba vai a cerca de R$ 3,8 bilhões.
E bloqueou mais. O Ministério do Trabalho e Previdência é a mais nova
vítima da bagunça orçamentária do final de governo do insano. A pasta dispunha
de R$ 225 milhões, mas ficará com apenas R$ 14 milhões para terminar o ano. O
suficiente para pôr em risco o funcionamento de agências de atendimento aos cidadãos.
Além disso, operações de fiscalizações trabalhistas e até de combate ao
trabalho escravo podem sofrer paralisações. O corte de R$ 211 milhões é
desdobramento do bloqueio de R$ 5,7 bilhões no orçamento de 2022 anunciado pelo
governo na semana passada.
Além de Trabalho e Previdência, o corte atinge
duramente também as áreas da Educação e da Saúde. O governo alega que precisa
passar a tesoura em “despesas não obrigatórias” para cumprir o teto de gastos
até o final do ano. Mas com R$ 366 milhões retirados do orçamento de universidades
e institutos federais de ensino técnico e tecnológico, faltarão recursos pagar
contas básicas, como água, luz e pessoal. Os cortes na Educação podem chegar a
R$ 1,7 bilhão, informa a CNN.
De acordo com o Ministério da Economia, o “contingenciamento”
se deve a despesas extras de R$ 2,3 bilhões da Previdência Social – consideradas
obrigatórias. E também à determinação de que R$ 3,8 bilhões de benefícios para
o setor cultural sejam pagos ainda este ano. O governo havia vetado em julho os
pagamentos referentes às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, e editado medida provisória
empurrando a conta para 2023. Porém, o efeito dessa MP foi derrubado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
Nem os empresários estão confiando nele. O
Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia
(Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 6,7 pontos em novembro, para
91,5 pontos, o menor nível desde fevereiro deste ano (91,1 pts.). Em médias
móveis trimestrais, o indicador recuou 3,0 pontos.
“A forte queda da confiança empresarial em novembro está
relacionada à percepção de desaceleração do nível de atividade corrente e da
perspectiva de continuidade desta tendência nos próximos meses. O aumento do
pessimismo parece também ser acentuado em alguns segmentos por dúvidas com
relação à política econômica a ser implementada a partir de janeiro de 2023. No
comércio e na indústria, a queda da confiança parece mais relacionada à
desaceleração em curso, com preocupações com relação ao nível da demanda, sob
impacto da política monetária mais restritiva e da limitação imposta pelo nível
elevado de endividamento das famílias. Nos serviços e na construção, são as
expectativas que mais influenciaram na queda dos índices no mês”, avalia
Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do Ibre.
A queda da confiança empresarial de novembro foi
motivada pela piora das percepções sobre a situação presente e das expectativas
para os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou
4,1 pontos, para 95,2 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-E), 8,0 pontos,
para 87,9 pontos. Com o resultado, o ISA-E acumula perda de quase 7,0 pontos no
mesmo período e registra o menor nível desde março de 2022 (92,1 pts.). O IE-E
alcança o menor nível desde março de 2021 (85,2 pts.) e acumula perda superior
a 12 pontos em dois meses.
Todos na prisão! Em
entrevista à Sputnik Brasil, advogado da equipe de transição de Lula diz ser
necessário responsabilizar criminalmente o ex-juiz Sergio Moro, procuradores e “advogados
cooptados” pela Lava Jato. Kakay ainda revela que delatores da Lava Jato
estariam prontos para denunciar a operação e dizer que foram coagidos a falar.
Na sexta-feira (02), o advogado criminalista Antônio
Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, pediu a condenação de
juízes, procuradores e "advogados cooptados" pela Operação Lava Jato
durante evento do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM)
realizado em Recife, Pernambuco.
“A Lava Jato só acaba quando o Moro, os procuradores e
advogados forem responsabilizados”, disse Kakay à Sputnik Brasil. “Eu sustento
que desde o início que a Lava Jato [...] instrumentalizou o Judiciário e o
Ministério Público pra atingir o poder”.
Para ele, a participação de Sergio Moro no governo do
pulha configuraria “caso clássico de corrupção de agente público, que realiza
um ato de ofício para depois obter um benefício”.
Recentemente convocado para participar do grupo Crimes
Contra o Estado Democrático de Direito da equipe de transição do governo do
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Kakay acredita que será necessário
reverter o mau uso de práticas jurídicas no Brasil, como a delação premiada e
os acordos de leniência.
Farsa da luta contra as drogas nos EUA. Os presidentes progressistas do México e da Colômbia, Andrés
Manuel López Obrador e Gustavo Petro, consideraram um fracasso o combate às
drogas empreendido há décadas na região a mando dos EUA, principal consumidor,
e concordaram com a necessidade de reconsiderar a referida estratégia.
Ambos os líderes concordaram em reconsiderar e redesenhar
uma estratégia de segurança e saúde em torno do narcotráfico e propuseram a
criação de uma Conferência Internacional de Líderes Latino-Americanos.
Foi uma breve declaração de intenções, mas supõe a
possibilidade de criar um divisor de águas no tratamento de um dos problemas
mais urgentes da região, por meio de acordos multilaterais positivos, que bem podem
constituir a oportunidade de deixar para trás a política inútil e contraproducente
política punitiva de drogas imposta pelos EUA ao resto do mundo desde a década
de 1970, que causou uma destruição humana e material incalculável.
Desde que assumiu a presidência, há pouco mais de cem
dias, Petro levantou a necessidade de redirecionar esforços na política
antidrogas. Antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, ele exigiu o fim da
guerra irracional contra as drogas.
No México, o uso de drogas começa cada vez mais cedo,
aumenta entre adolescentes e mulheres e não há redução da oferta de substâncias
ilícitas; apesar da criminalização e perseguição que deixou 375.000 homicídios,
300.000 pessoas desalojadas de suas casas e mais de 30.000 desaparecidos entre
2006 e 2019.
Multidão marcha no México. Centenas de
milhares de pessoas participaram no domingo (27) de uma grande marcha que lotou
as ruas da Cidade do México.
O evento foi convocado pelo presidente Andrés Manuel
López Obrador para celebrar o aniversário de quatro anos do seu mandato e
contou com a presença do próprio mandatário.
Ainda durante esta jornada, Obrador deve participar de
um ato final do evento, a ser realizado no Zócalo, principal praça do centro da
capital mexicana.
Segundo a imprensa mexicana e o canal TeleSUR, o
presidente mexicano deve aproveitar o ato para fazer um balanço deste quarto
ano de mandato e apresentar as prioridades para os próximos dois anos, os
últimos até o final do seu mandato – no México não existe a possibilidade de
reeleição.
Apesar de Obrador garantir que o ato deste domingo não
tem nada a ver com o realizado pela oposição semanas atrás, chama a atenção o
fato de que ele acontece quando o governo precisava, novamente, mostrar que
continua contando com grande apoio popular.
Apoio da China em Cuba. A China
ofereceu uma doação de 100 milhões de dólares (541 milhões de reais) a Cuba
para ajudar o país insular a sobreviver a uma crise econômica paralisante, além
de reestruturar a dívida externa de Havana com Pequim e retomar projetos de
investimento, disse no sábado (26/11) o vice-primeiro-ministro cubano,
Alejandro Gil.
O anúncio foi feito durante uma rara viagem oficial ao
exterior do presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, que reuniu-se com o
presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, na sexta-feira (25/11). O giro internacional
de Diaz-Canel incluiu também visitas a Rússia, Turquia e Argélia.
Gil, que também é ministro da economia de Cuba, disse
que os recursos doados pela China seriam usados em “prioridades” na ilha, que
enfrenta a sua pior crise econômica em três décadas, agravada pela pandemia de
covid-19 e o embargo econômico dos EUA.
Um dos principais objetivo de Cuba com a visita era
obter apoio chinês para renovar a sua infraestrutura elétrica, que vem
apresentando repetidas falhas e apagões com mais intensidade desde o furacão
Ian, em setembro.
A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba,
depois da Venezuela, mas o comércio bilateral entre os dois países caiu de 2
bilhões de dólares (R$ 10,8 bilhões) em 2017 para 1,3 bilhão (R$ 7 bilhões) em
2021, segundo Havana.
Direita de olho na Nossa América. Há
algumas semanas, enquanto as atenções de grande parte do mundo se voltavam para
a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito,
outra cúpula acontecia no continente americano, mais precisamente na Cidade do
México.
Promovida por lideranças da ala conservadora de países
do continente, a Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) reuniu na
capital mexicana nomes como Steve Bannon, ex-assessor de campanha do
ex-presidente americano Donald Trump, José Antonio Kast, político conservador
chileno que concorreu, sem sucesso, à presidência do Chile em 2021, e Javier
Milei, líder da direita argentina. O Brasil também marcou presença, representado
pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A CPAC é um encontro anual de lideranças
conservadoras, organizado pela União Conservadora Americana e realizado em
diferentes capitais do continente americano a cada edição. Em 2021, o evento
foi sediado no Brasil.
Na edição deste ano, entre outros temas, foram debatidos
no encontro o combate ao aborto e ao comunismo. Para entender o que a cúpula representa
e como ela se relaciona com a atual ascensão de líderes progressistas na
América Latina, a Sputnik Brasil conversou com Vinícius Rodrigues Vieira,
doutor em relações internacionais pelo Nuffield College, da Universidade de Oxford,
e professor de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado
(FAAP), e Clarisse Gurgel, cientista política e professora da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Uma saída justa e correta. Bolívia
e Chile estão mais próximos de retomar suas relações diplomáticas. Na quinta-feira
(01), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que as águas do rio
Silala, que nasce no território boliviano e atravessa o país vizinho, deve ser
considerado um curso de águas internacionais e, portanto, ambas nações devem
acordar o uso equitativo da via fluvial.
“Ambas as partes também acordam que têm direito
equitativo e razoável das águas do rio Silala, segundo o direito internacional
consuetudinário. Não compete à Corte tratar uma diferença de opiniões sobre possíveis
usos futuros das águas", declarou a juíza Joan Donoghue.
A decisão coloca fim a seis anos de litígio entre Chile
e Bolívia. O processo foi iniciado pela parte chilena, em 2016, durante a
gestão de Michelle Bachelet, que reivindicava o controle total do Estado
chileno sobre o rio. Em 2018, a Bolívia, sob governo de Evo Morales, ingressou
com um novo pedido requerendo que as águas do Silala fossem consideradas de
curso internacional e que seu uso por parte do Chile não prejudicasse a parte
boliviana, mas que, no entanto, a própria Corte regulamentasse o uso do
afluente.
Em 1879, após uma guerra contra o Chile, a Bolívia não
perdeu só seu acesso ao mar, 120 mil quilômetros quadrados de territórios ricos
em minérios e 400 quilômetros de costa, mas também a oportunidade de exportar
cobre, lítio, prata e outros recursos de grande valor no mercado mundial.
Essa condição, que deixa o país cercado, causou perdas
econômicas que atualmente chegam a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estudos
citados por especialistas do Banco Central da Bolívia.
Peru: golpe ainda em andamento. A direita
peruana apresentou na quarta-feira (30) mais uma “moção de vacância”, que é
como se chama o processo de impeachment, novamente tendo como alvo o presidente
Pedro Castillo, que está no cargo desde julho de 2021.
Este novo pedido foi elaborado pelo parlamentar opositor
Edward Málaga e conta com 67 assinaturas de diferentes bancadas, e acusa o
mandatário de “permanente incapacidade moral do presidente por graves erros
técnicos que atentam contra a dignidade da figura presidencial”.
Com toda certeza, tudo está bem armado e orquestrado
pela CIA e pela Casa Branca. O plenário do Congresso peruano admitiu em 1º de
dezembro a tramitação de novo pedido de impeachment contra o presidente Pedro
Castillo, sob o fundamento constitucional de incapacidade moral permanente para
o exercício do cargo.
“Com 73 votos a favor, o plenário do Congresso aprovou
a admissão da Moção 4.904, que propõe declarar o Presidente da República, Pedro
Castillo, incapacidade moral permanente e sua vacância [destituição] do cargo”,
informou o Parlamento através de seu Twitter conta.
O Congresso aprovou no dia 1º de dezembro, com 59 votos
a favor, que a sessão para debater e votar o pedido de vaga do presidente seja
realizada no dia 7 de dezembro, às 15h, horário local (20h GMT). O presidente
pode exercer pessoalmente seu direito de defesa ou ser assistido por um
advogado, acrescentou o Congresso.
Greve dos ferroviários franceses. A circulação de trens está fortemente praticamente
parada na França devido a uma greve de ferroviários que obrigou a companhia
estatal SNCF a cancelar 60% dos trens programados na sexta-feira (02) e neste
fim de semana. Há temores de que a paralisação possa ser repetida durante as
comemorações do final do ano.
A SNCF prevê a circulação, de sexta a domingo, de um
trem em cada dois. Na rede de alta velocidade TGV, apenas um em cada quatro
funcionarão. Já na rede inter-regional Intercités, a metade das viagens foi
cancelada. Nenhum trem noturno circulará.
Nas linhas internacionais, a companhia prevê tráfego
normal do Eurostar para a Grã-Bretanha e do Thalys, que realiza trajetos entre
França, Bélgica, Holanda e Alemanha. Haverá um trem TGV a cada três para a
Suíça, um a cada dois para a Alemanha, um em cada três para a Itália e nenhum
para a Espanha.
O movimento exige reivindicações salariais, projetos de
evolução de carreira e, sobretudo, maior reconhecimento das especificidades da
atividade dos cerca de 10.000 fiscais da SNCF. Os profissionais têm uma função
essencial em termos de segurança ferroviária e para os viajantes.
Os fiscais, sem os quais os trens não podem circular,
já abriram editais de greve para os finais de semana de Natal e Ano Novo.
Vai ser um inverno difícil. Os
residentes do Reino Unido reduziram o consumo de gás e eletricidade em cerca de
10% em outubro, apenas algumas semanas antes do início do inverno e em meio à
crise energética que a Europa enfrenta.
Empresas como a E.ON, a segunda maior fornecedora do
Reino Unido, relataram que o consumo de energia caiu "dois dígitos"
nas últimas semanas, uma tendência que deve aumentar à medida que o inverno se
aproxima.
Segundo Michael Lewis, diretor executivo da E.ON, ele
especificou que as reduções estão entre 10% e 15%, em contraste com as médias
divulgadas semanas atrás.
Andrew Lindsay, diretor executivo da Telecom Plus,
confirmou que o uso de gás caiu 10% nos últimos meses e a expectativa é que o
consumo continue caindo "na medida em que as pessoas se
autorregularem".
Os dois executivos concordaram que o clima ameno em
outubro e novembro, incomum nesta época, dificulta uma análise precisa.
No entanto, apesar da redução, muitos britânicos não
veem uma redução em suas contas, de acordo com várias reportagens de jornais.
Diante dessa situação, o secretário de Comércio, Grant Shapps, ficou
"perturbado" com a informação e afirmou que iria investigar o
ocorrido.
Itália não concorda. A
Itália não vai aderir à votação da proposta da Comissão Europeia (CE) sobre o
teto do preço do gás, declarou o ministro do Meio Ambiente e Segurança
Energética, Gilberto Pichetto Fratin.
“Deve ser muito apreciada a boa vontade da Comissão
Europeia, que apresentou aos Estados uma proposta que resulta da mediação entre
diferentes posições, muitas vezes contrárias (...). Mas se a proposta se
mantiver inalterada, não votaremos por favor”, enfatizou em entrevista ao
jornal La Veritá.
A Comissão Europeia propôs a criação de um mecanismo
provisório de correção do mercado do gás como medida de combate à crise
energética. E o mecanismo implica um preço máximo de 275 euros para os futuros
de gás no Title Transfer Facility (TTF), um índice de preços neutro para o
referido combustível que é utilizado como referência na UE.
A União Europeia (UE) ainda não conseguiu aprovar um
valor concreto para o teto do preço do petróleo russo, e o principal motivo
para isso são as propostas da Polônia e dos países bálticos sobre o assunto,
fazendo com que o bloco corra o risco de perder sua unidade, indica o
'Financial Times', citando um diplomata europeu.
Anteriormente, a maioria dos membros da UE já havia
manifestado seu apoio à proposta de fixar o teto entre 65 e 70 dólares por
barril. No entanto, a Polônia e os países bálticos consideraram a proposta “muito
favorável” para a Rússia e insistem em cortar o preço pela metade. Como
resultado, indica o veículo, as negociações sobre o assunto chegaram a um impasse.
O diplomata que falou ao Financial Times sobre o evento
criticou este processo, salientando que todos os membros da UE têm de chegar a
acordo sobre o assunto até 5 de dezembro. Além disso, sublinhou que estas
propostas estão a minar a unanimidade europeia num momento em que "a UE
tem de dar sinais claros sobre a sua unidade".
Mas a Europa importa mais gás. O volume
de gás natural liquefeito (GNL) que a Europa importa da Rússia aumentou mais de
40% nos primeiros dez meses de 2022.
As informações foram divulgadas pelo jornal Financial
Times nesta segunda-feira (28).
“As importações da Rússia durante este período subiram
a 17.800 milhões de metros cúbicos, um aumento de 42% em comparação com o mesmo
período em 2021, com a França, Bélgica, Espanha e os Países Baixos absorvendo
quase todos os volumes”, diz a reportagem. E o gás russo representava 16% do volume
que a Europa importava pela via marítima entre janeiro e outubro.
Itália vai retirar ajuda para a Ucrânia. O
anterior premiê Mario Draghi aprovou medidas que permitiram a Roma fornecer
armas a Kiev até o final deste ano, e o atual governo quis as alargar até o final
do próximo ano.
Os partidos da coalizão de direita da Itália retiraram
na terça-feira (29) uma emenda que permitiria continuar enviando armas à
Ucrânia sem autorização parlamentar, relatou a agência britânica Reuters.
A medida, introduzida pouco depois do começo em fevereiro
da operação militar especial da Rússia na Ucrânia pelo então premiê Mario
Draghi (2021-2022), expira no final de 2022, e sua sucessora Giorgia Meloni
tentou o prolongar até 31 de dezembro de 2023.
No entanto, o Partido Democrático de centro-esquerda
opositor argumentou que a lei não era específica à ajuda militar à Ucrânia e
que o governo estava interpretando as leis parlamentares de modo demasiado
livre.
A ONU reconhece a ilegalidade. A
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na quarta-feira
uma resolução que manifesta o descumprimento por parte de Israel da Resolução
497, de 1981, do Conselho de Segurança, que proíbe o estabelecimento de normas
legais sobre as Colinas de Golã sírias ocupadas.
Com 92 votos a favor, nove contra e 65 abstenções, o
seio da ONU declarou nula e sem efeito a anexação israelense dos territórios
das Colinas de Golã, instando as autoridades sionistas a desistirem desse
propósito.
Nesse sentido, a Assembleia ratificou que a ocupação
israelense desses territórios constitui um obstáculo à estabilidade regional,
entretanto, apelou ao respeito dos limites estabelecidos em 4 de junho de 1967
pelo Conselho de Segurança.
Da mesma forma, a resolução aprovada apela ao diálogo
entre as partes e a comunidade internacional para apoiar as tentativas de
alcançar uma paz justa e duradoura na região.
As forças israelenses ocuparam o território sírio na
Guerra dos Seis Dias de 1967, que causou o deslocamento de seus habitantes e
uma série de guerras como a Guerra do Yom Kippur.
Por sua vez, só para variar, os EUA consideram a
ocupação das Colinas de Golã de grande importância para a segurança sionista,
que foi exacerbada na administração de Donald Trump.
Rússia vai ganhar com o “teto”? Se o
Ocidente liderado pelos EUA impuser restrições de preços ao petróleo da Rússia,
isso não a privará da renda dessa commodity, mas, pelo contrário, a fará
aumentar, disse especialista do portal Oil Price, Irina Slav.
Ela fez lembrar que Moscou havia alertado contra a imposição
de um teto de preços, dizendo que cessaria o fornecimento aos países que
apoiassem essa medida. Slav observou que tal medida de retaliação é bastante
previsível.
Na União Europeia (UE) continua o debate sobre o qual o
teto de preços a impor ao petróleo russo. A especialista pôs em questão a
conveniência econômica do estabelecimento do nível em US$ 65-70 por barril.
Por fim, ela opinou que a UE não será capaz de chegar a
um acordo sobre o teto: a Polônia insistirá que ele deve ser mais baixo, por
outro lado, a Grécia e Chipre exigirão proteger seus navios e não baixar o
limite de preço. Como resultado, a UE terá que impor um embargo, que aumentará
os preços do petróleo e, consequentemente, as exportações e as receitas russas.
Carga pesada! Os
membros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vão cortar
a ajuda à Ucrânia devido ao esgotamento económico, escreveu o jornal 'Global
Times'.
De acordo com o jornal, os países europeus estão
sofrendo o peso do conflito em torno da Ucrânia e pagaram um preço alto por fornecer
ajuda a Kyiv, não apenas consumindo seu armamento existente, mas também
sofrendo com o aumento das contas de energia e da inflação de décadas.
O Global Times também observou que, em muitos países
europeus, o apoio público à ajuda contínua à Ucrânia é frágil e "a julgar
pela situação atual na Europa, é difícil para os membros europeus da OTAN sustentá-lo".
Quanto aos EUA, líder do bloco, após as eleições de
meio de mandato, com os republicanos assumindo o controle da Câmara dos
Representantes, o incentivo de Washington para oferecer ajuda à Ucrânia será
significativamente reduzido, indica a mídia.
Eu não disse o que disse! A presidente
da Comissão Europeia deu uma declaração em que falou dos custos humanos e
financeiros da operação militar especial na Ucrânia, pelos quais condenou a
Rússia.
A Comissão Europeia publicou nesta quarta-feira (30)
dados das perdas de efetivos militares e civis da Ucrânia, mas os eliminou
pouco depois, tendo mais tarde apontado uma "inexatidão".
Pouco antes disso, Ursula von der Leyen, presidente do
órgão executivo da União Europeia, emitiu um comunicado sobre a necessidade de “responsabilizar
internacionalmente” a Rússia pela operação militar especial e de usar os fundos
russos congelados para reconstruir a Ucrânia. Para apoiar o comunicado, von der
Leyen destacou que, “de acordo com estimativas até o momento, mais de 20.000
civis e 100.000 militares já morreram"”
O parágrafo sobre o número de mortos e feridos acabou
sendo completamente removido das declarações escrita e oral de Ursula von der
Leyen.
Até o último ucraniano! O
porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que a OTAN incita a
guerra e pretende lutar até o último ucraniano.
“A aliança ainda prefere lutar até o último ucraniano,
e a aliança continua alimentando a Ucrânia com suas armas. Prolongando,
naturalmente, a guerra e complicando ainda mais a situação para esse mesmo
regime ucraniano”, declarou.
Além disso, o porta-voz afirmou que uma percepção da
OTAN sobre a situação na Ucrânia não deve ser esperada. E disse que as
tentativas do Ocidente de criar um "tribunal" sobre a Ucrânia não
serão legítimas.
O discurso de ódio no país de “merda”! No ano de 2022, a porcentagem de adultos estadunidenses
que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou que
simplesmente não se entendem heterossexuais aumentou para um novo recorde de
7,1% – o dobro da porcentagem registrada de 2012, quando a agência Gallup
começou a fazer esse tipo de levantamento.
Ironicamente – e infelizmente –, foi também neste ano
que os EUA bateram o recorde de projetos de leis contra a população LGBTQIAP+. “Foram
mais de 200 propostas enviadas ao poder legislativo”, conta à reportagem do
Brasil de Fato o diretor de comunicação da ONG Equality California, Jorge Reyes
Salinas.
Entre as propostas aprovadas este ano estão a lei “Direito
Parental na Educação”, assinada em março pelo governador da Flórida, o
republicano Ron de Santis. De acordo com o texto desta nova regra, professores
de escolas públicas são proibidos de discutir identidade de gênero e orientação
sexual em sala de aula.
No Texas, administrado pelo também republicando Greg
Abbott, uma proposta quer classificar como abuso de menores o tratamento médico
dado de afirmação de gênero oferecido às crianças trans. Se aprovada, essa lei
pode colocar na cadeia pais, médicos e outros profissionais da saúde que atuem
na causa.
Outras tantas propostas contra a população LGBTQIA+ dos
EUA seguem em debate em diversos estados do país, mas o que todas elas têm em
comum é que são defendidas quase exclusivamente por republicanos.
As consequências de todo esse discurso e movimentação
judicial nos EUA chegou com cinco mortos e 19 feridos em uma boate em Colorado
Springs. No último dia 19 de novembro, um atirador abriu fogo contra pessoas que
só estavam se divertindo no clube noturno, refúgio da população LGBTQIA+ na
pequena cidade no estado do Colorado.
Essa tragédia recente nos lembra que, nos EUA, pessoas
LGBTQIA+ estão quase quatro vezes mais propensas do que as pessoas não-LGBTQIA+
a sofrer algum tipo de violência, incluindo estupro, agressão sexual e agressão
agravada. Os dados são de um novo estudo do Instituto Williams, da Escola de
Direito da UCLA. De acordo com o documento, as pessoas deste grupo são mais
propensas a sofrer violência tanto por parte de alguém conhecido, quanto nas
mãos de um estranho.
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