Política de terra arrasada (1).
A herança maldita do governo de um energúmeno vai
deixar um Brasil arrasado. A péssima gestão do presidente que menos trabalhou
na história do país e de seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes,
pode paralisar a máquina pública brasileira e deixar aposentados e pensionistas
sem os benefícios de dezembro, que começam a ser pagos nos primeiros dias de
janeiro. A herança que a dupla vai deixar para o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), é de um apagão da máquina pública.
“Os problemas orçamentários, com impactos sobre o
cotidiano da população, são o retrato de um desfecho dramático para o atual
governo”, diz reportagem da Folha de S. Paulo, que foca mais no teto dos gastos
do que na péssima gestão da economia. E, de acordo com a reportagem, ao
bloquear verbas para não estourar o limite de despesas imposto pelo teto de
gastos, a administração federal tem somente R$ 2,4 bilhões "para custear
todas as despesas discricionárias dos órgãos, o que inclui compra de materiais
e pagamento de contratos. Áreas como Saúde, Educação, Meio Ambiente e Justiça
estão estranguladas, e algumas atividades estão sendo paralisadas".
Isso significa que pode faltar dinheiro para pagar
integralmente a folha de dezembro do Instituto Nacional de Seguro Social
(INSS). A Casa Civil consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a
possibilidade de editar uma medida provisória de crédito extraordinário, que
autoriza gastos fora do teto.
O governo criou, na surdina, junto com deputados e
senadores aliados, um esquema chamado de Orçamento Secreto, que distribui
milhões de reais para os amigos como Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
dos Deputados, sem controle sobre como ou onde é gasto o dinheiro. Enquanto
isso, cortou verbas da Educação, da Saúde e políticas sociais.
Política de terra arrasada (2). Rombo
nas despesas obrigatórias é estimado em R$ 22,3 bilhões, dos quais 70%
correspondem à Previdência. Após promover uma série de bloqueios orçamentários
ao longo de 2022, o próprio governo do insano teme ficar sem recursos para
custear os gastos discricionários de todos os ministérios em dezembro,
sinalizando o risco de um “apagão” da máquina pública no último mês de mandato
da atual gestão.
“O próprio governo está com dificuldades de segurar o
bloqueio, que chegou a R$ 15,4 bilhões em 22 de novembro, após a constatação de
que as despesas com o INSS subiram novamente. Além disso, a Economia está sem
margem de manobra para acomodar uma necessidade extra de outros R$ 15,4 bilhões
para pagar benefícios do INSS. A solução seria cortar de vez as dotações das
emendas de relator (hoje apenas bloqueadas), mas isso demandaria aval prévio do
Congresso”, ressalta o periódico. (Fonte: Brasil247)
Política de terra arrasada (3). As
universidades federais de todo o país não terão dinheiro para pagar contas de
luz, água, serviços de limpeza e segurança que vencem neste mês de dezembro.
Faltam recursos também para bolsas e auxílios para estudantes. “De forma
estarrecida, vimos comunicar que as medidas do Governo Federal, em relação às
operações financeiras das universidades federais, culminaram na inviabilidade
imediata do cumprimento dos pagamentos de bolsas e serviços nas instituições de
ensino superior do Brasil”, diz a reitoria da Universidade Federal do ABC
(UFABC) em trecho de nota à comunidade universitária divulgada nesta segunda-feira
(5). A universidade foi criada no primeiro governo de Luiz Inacio Lula da
Silva.
“Desse modo, neste mês de dezembro, mantidas as
medidas, a UFABC não conseguirá pagar nenhuma das modalidades de bolsas e
auxílios estudantis vigentes e nenhum dos serviços da Universidade já executados
no mês de novembro (limpeza, segurança, fretado, energia elétrica, água, etc.).
Trata-se, lamentavelmente, de um montante de mais de R$ 7 milhões que foi
abruptamente retirado da governança da Universidade, gerando uma situação com
envergadura jamais ocorrida ao longo destes 16 anos da instituição”, diz outro
trecho do comunicado (confira íntegra no final da reportagem).
Poucas horas após o MEC restituir os limites de
empenho, na noite de 1º de dezembro, o governo voltou a bloquear os recursos.
Para isso editou o Decreto 11.269 e o MEC informou aos órgãos vinculados à
pasta que “zerou o limite de pagamento das despesas discricionárias do Ministério
da Educação previsto para o mês de dezembro”.
Segundo a associação dos reitores, o bloqueio ocorre em
um período no qual as universidades já enfrentavam grandes dificuldades para o
pagamento desses compromissos assumidos. Isso porque já havia a retirada
anterior de R$ 438 milhões, realizada em junho passado.
Política de terra arrasada (4). A crise
econômica do Brasil por causa da má gestão do ex-capitão demente deixa um
rastro de miséria e pobreza atingindo especialmente os mais vulneráveis como as
crianças. Nunca houve um registro tão grande de meninos e meninas até 14 anos
passando fome, desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), começou em 2012 a mapear os índices da pobreza no país.
Em 2021, a proporção de crianças menores de 14 anos de
idade abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%. Veja abaixo os dados mais
detalhados da pesquisa do IBGE.
Diante desse caos, causado principalmente pela falta de
políticas públicas na área social, da queda de renda da classe trabalhadora, da
alta dos preços dos alimentos, da péssima qualidade da merenda oferecida nas
escolas, com a divisão de um ovo em quatro e distribuição só de bolachas, o
futuro governo Lula quer aumentar o valor do novo Bolsa Família para dar
dignidade ao povo mais pobre.
A ideia é dar R$ 600 por família e mais R$ 150 por
criança até seis anos de idade. O orçamento da União de 2023 proposto por
Bolsonaro prevê R$ 405 por família, o que desmente que ele, caso fosse
reeleito, manteria o atual valor que termina neste mês.
Porém, os militares de alto escalão receberam
supersalários, que em alguns casos chegaram a R$ 1 milhão ou mais em um único
mês. O trem da alegria começou a circular no auge da pandemia do novo coronavírus,
que agravou a crise econômica e deixou milhares de trabalhadores e
trabalhadoras desempregados, sem renda sequer de bicos por causa das restrições
impostas para conter a disseminação da Covid-9. Só o general Walter Braga
Netto, candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo crápula, recebeu R$
926 mil entre março e junho de 2020 somados, sem abatimento do teto
constitucional.
No período da campanha eleitoral, os gastos sigilosos
no cartão corporativo do governo aumentaram 108%, em comparação com a média
mensal do ano passado. Como Bolsonaro impôs sigilo no tipo de gasto, só quando
Lula derrubar os sigilos saberemos no que eles tanto gastaram.
Recorde de pobreza! Batemos o recorde de pessoas em situação de pobreza e
de extrema pobreza em 2021. Quase uma em cada três pessoas no país, o equivalente
a 29,4% da população, estava em situação de pobreza até pelo menos o ano
passado e quase uma a cada 10 pessoas, 8,4% estava na pobreza extrema.
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores
Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022,
divulgada hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a publicação, o país tinha, até o ano passado,
62,5 milhões de pessoas em situação de pobreza, ou seja, com uma renda diária
de menos de US$ 5,5 dólares por dia, e 17,9 milhões em situação de extrema
pobreza, com renda diária de menos US$ 1,90 por dia, segundo os critérios do
Banco Mundial. Tanto os números absolutos quanto as porcentagens são as maiores
desde o início da série histórica, em 2012.
Não apenas os números são recordes como o aumento entre
2020 e 2021, em meio à pandemia, também é. Nesse período, o contingente abaixo
da linha de pobreza cresceu 22,7%, o que significa mais 11,6 milhões de pessoas
nessa situação, e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%, ou mais 5,8 milhões.
Aplausos para o juiz! O
governo diz que, para cumprir teto de gastos, vai faltar dinheiro para pagar aposentados
e pensionistas do INSS, órgão que pode fechar as portas porque falta recursos
para comprar materiais e pagamento de contratos, a saúde segue no mesmo
caminho, mas para os militares, o que interessa é comprar novos veículos
blindados. A Justiça agiu rápido e proibiu o gasto.
O desembargador Wilson Alves de Souza do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu na segunda-feira (05) a compra de novos
veículos blindados do Exército que custariam 900 milhões de euros aos
combalidos cofres públicos brasileiros, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões.
De acordo com reportagem do UOL, o Exército decidiu na
semana comprar 98 veículos do modelo Centauro II, da marca italiana
Iveco-Oto-Melara. Chamado de “caça-tanques”, o blindado pesa 30 toneladas e tem
um canhão de longo alcance. O contrato seria assinado na próxima segunda-feira,
no último mês do governo do energúmeno, derrotado por Lula (PT), nas eleições
deste ano.
Na decisão, o magistrado diz que não é urgente a compra
de armas em tempos de paz. “Ao que consta a todos, a única guerra que se está a
enfrentar nesse momento é a travada contra a Covid-19, que permanece e
recrudesce no atual momento - e isso também é fato público e notório -, a
exigir mais investimentos em lugar de cortes, exatamente na área da saúde”, diz
o documento.
Resultado de uma política sórdida! O imbecil
que agora se prepara para deixar a presidência abusou, durante seu mandado, de
dar “ajuda” a grandes agricultores e fazendeiros. Liberou o desmatamento de grandes
áreas do país, inclusive em regiões de proteção ambiental ou territórios
indígenas. Agora o Brasil vai pagar o preço dessa insanidade.
O Parlamento e o Conselho Europeu chegaram a um acordo
provisório na terça-feira (06) sobre um regulamento que visa tornar as cadeias
de abastecimento livres de desmatamento para produtos vendidos na União
Europeia (UE) ou exportados do bloco.
“A UE é um grande consumidor e comerciante de
commodities que desempenham um papel substancial no desmatamento – como carne
bovina, cacau, soja e madeira. As novas regras visam garantir que, quando os
consumidores comprarem esses produtos, eles não contribuam para degradar ainda
mais ecossistemas florestais”, comentou Marian Jurecka, ministra do Meio
Ambiente da República Tcheca, que ocupa a presidência rotativa do Conselho da
UE.
A decisão pode afetar a exportação de commodities
brasileiras, especialmente a soja e a carne, que enfrentam acusação de produção
em áreas desmatadas na Amazônia. A limitação não atinge áreas desmatadas ou de
degradação florestal anteriores a 31 de dezembro de 2020. Dessa forma, livra a
Europa, cujo desmatamento ocorreu em séculos passados.
Enquanto se aguarda a adoção do regulamento, uma lista
de bens essenciais poderá ser vendida ou exportada da UE somente se for
comprovado que sua produção não contribuiu para o desmatamento em qualquer
lugar do mundo.
Esses produtos incluem óleo de palma, gado, soja, café,
cacau, madeira e borracha, bem como produtos derivados, como carne bovina,
móveis, chocolate, papel impresso ou derivados selecionados à base de óleo de palma
usados como componentes em produtos de higiene pessoal. A lista será revisada e
atualizada.
Uma multa de pelo menos 4% do volume de negócios anual
da UE do operador será aplicada em caso de incumprimento. A multa deve ser proporcional
ao dano ambiental e ao valor dos produtos e commodities. Uma vez em vigor o
regulamento, os operadores e comerciantes terão 18 meses para o implementar. (Com
Agência Xinhua)
Formação do novo Governo. Na
sexta-feira (09), o presidente eleito do Brasil, Lula da Silva (PT), anunciou
os nomes dos primeiros cinco ministros de sua equipe. O anúncio foi realizado
durante evento no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde
a equipe de transição de governo está reunida.
Lula deve anunciar o restante da equipe ministerial ao
longo das próximas semanas. Na segunda-feira (12), Lula será diplomado, às 14h,
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assumir o governo federal em 1º de
janeiro. A expectativa é de que o petista anuncie outros dez ministros na data.
Veja os cinco nomes anunciados: a) Fazenda: Fernando
Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação; b) Defesa:
José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro-chefe
da Secretaria de Relações Institucionais; c) Casa Civil: Rui Costa (PT),
ex-governador da Bahia; d) Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB),
senador eleito pelo Maranhão e ex-governador do estado; e) Relações Exteriores:
Mauro Vieira, ex-chanceler brasileiro e embaixador do Brasil na Croácia.
Sim, foi golpe (1). Por
várias vezes o nosso Informativo Semanal alertou para o golpe em andamento no
Peru, desde a posse do professor Pedro Castillo. Os fatos parecem confirmar que
tínhamos razão.
Vale lembrar que a vitória de Castillo, em 2021, foi
consequência da imensa crise econômica e política em que se encontrava o Peru.
Um pequeníssimo grupo no poder, enriquecendo muito às custas do povo enquanto
os trabalhadores estavam com salários arrochados, 43% de desnutrição infantil,
desemprego e imensa desigualdade social. Entre 2017 e 2021 muitas mobilizações
populares, greves, manifestações de protesto e outras ações foram ganhando peso
no cenário peruano.
O surgimento do partido Peru Libre (PL) foi o resultado
de toda essa mobilização, mas não tinha uma composição muito homogênea. Parecia
um grande “ajuntamento” contra a situação anterior. Não é por acaso que, menos
de uma semana depois das eleições, um grupo de deputados que tinham sido
eleitos pela sigla (PL) trocam de partido e o nosso Informativo alertou para o
fato. Também não é por acaso que nesse breve tempo de mandato presidencial
Pedro Castillo tenha tido tantos problemas com seus ministros e fizesse tantas
mudanças ministeriais.
Sim, foi golpe (2). Castillo
passa a abandonar seu programa de campanha eleitoral (em particular o aumento
do orçamento para saúde e educação e a convocação de uma Assembleia Nacional
Constituinte) para garantir uma “institucionalidade” que lhe permitisse governar.
A direita raivosa ia percebendo seu enfraquecimento e voltou à carga com várias
acusações contra ele. Como resultado das suas “idas e vindas” políticas a
centro-esquerda que havia apoiado sua candidatura rompeu com o governo.
Ao abandonar as promessas de campanha, pressionado pela
direita, Castillo começou a perder o apoio popular que o levou à vitória. A
situação ficou ainda pior quando o conhecido empresário neofascista, López
Aliaga, venceu, em outubro deste ano, as eleições para a Prefeitura de Lima! A
vitória fortaleceu a onda golpista e atraiu o apoio do Legislativo peruano.
Para piorar sua situação, Castillo preferiu pedir a
ajuda da OEA (tradicional organismo dos EUA para intervir na América Latina).
Isso fez ele perder ainda mais apoios, até de alguns ministros que ainda eram
fiéis. Para piorar, a Casa Branca fez uma declaração dizendo que “Os Estados
Unidos rejeitam categoricamente qualquer ato extraconstitucional do presidente
Castillo para impedir que o Congresso cumpra seu mandato…”.
Sim, foi golpe (3). É nesse
contexto que, prevendo o golpe e que já tinha perdido seus aliados no Congresso,
ele fez a mensagem à Nação propondo o fechamento do Congresso e a convocação de
um Congresso Constituinte, o que fazia parte do seu programa de campanha. E,
para agradar empresários, diz que haveria “respeito à propriedade privada”!
O fato é que Dina Boluarte, a vice, agora assume a presidência
com uma imensa fragilidade política e vai ser refém dos parlamentares.
Nossas preocupações são mais amplas: a) como sabemos, o
lawfare tem sido uma arma largamente usada pelos EUA na América Latina (contra
Dilma, contra Lula, contra Evo Morales, recentemente contra a Cristina, na
Argentina – veja adiante); b) na América Latina temos quase todos os governos
progressistas, com a eleição do Lula (apenas ficam na direita o Uruguai e o
Equador), mas o Peru pode se tornar mais um.
Castillo oficializa pedido de asilo no México. O
presidente deposto do Peru, Pedro Castillo, oficializou na quinta-feira (08) a
solicitação de asilo ao governo do México. A informação foi divulgada pelo
ministro do Exterior mexicano, Marcelo Ebrard, que afirmou que seu país iniciou
conversas com as autoridades peruanas para realizar os procedimentos de asilo a
Pedro Castillo.
“O embaixador Pablo Monroy me informa de Lima que pôde
se encontrar com Pedro Castillo na prisão. Ele o encontrou fisicamente bem e na
companhia do seu advogado”, escreveu Ebrard em sua conta no Twitter.
"Procedemos ao início de consultas com as autoridades peruanas.
Ebrard anexou à sua mensagem a carta enviada pelo
advogado de Castillo ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, na
qual pedia asilo para o ex-mandatário peruano “diante da perseguição infundada
por órgãos judiciais que assumiram um caráter político”.
O golpe contra a Argentina. A
vice-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, foi condenada na
terça-feira (06) a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para exercer
cargos públicos, por determinação dos juízes da 2ª Vara Federal de segunda
instância do país.
A pena definida pelos magistrados Jorge Gorini, Rodrigo
Giménez Uriburu e Andrés Basso afirma que Cristina é culpada da acusação de
“administração fraudulenta em detrimento da administração pública”, tese levantada
pelos procuradores Diego Luciani e Sergio Mola, que a apontaram como chefe de
associação ilícita.
A sentença ocorre em meio a diversas denúncias de lawfare
e conluio entre membros do Judiciário e da oposição, envolvendo mais
especificamente o principal adversário política de Cristina, o ex-presidente e megaempresário
Mauricio Macri.
O jornal argentino Página/12 chegou a publicar uma
reportagem mostrando as visitas de juízes e procuradores à casa de campo de Macri,
além de viagens realizadas a estâncias de férias com gastos financiados por
empresários antikirchneristas.
Vale lembrar que Cristina Fernández de Kirchner foi
senadora por vários mandatos, duas vezes presidenta da Argentina e é
vice-presidenta eleita, na atualidade. Todos são cargos eletivos. Ela é uma
cidadã comum, mas nela estão representados milhões de argentinos que, se ela
for banida, serão banidos com ela.
E não dá para esquecer, também, que em setembro passado
ela foi alvo de um atentado contra sua vida e as investigações ainda andam
lentamente na “justiça” argentina.
A vice-presidente da Argentina deu várias entrevistas
nos últimos dias denunciando a operação de lawfare que vem sofrendo.
O presidente argentino Alberto Fernández também vem
afirmando há meses que o caso está viciado por operações de lawfare, e
inclusive chegou a compará-lo com o sofrido pelo agora presidente eleito do
Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2019, quando estava em campanha presidencial,
Fernández chegou a visitar Lula na prisão em Curitiba, e na ocasião defendeu
sua inocência.
O mundo em que vivemos, em números. O número de famintos no mundo, segundo o PMA (Programa
Alimentar Mundial), da agência das Nações Unidas é de 828 milhões. Desses, 60%:
vivem em áreas devastadas pela guerra e pela violência. E os choques climáticos
– materializados em secas prolongadas e inundações severas – também destroem
vidas, colheitas e meios de subsistência, e enfraquecem a capacidade das pessoas
de se alimentarem.
O número de pessoas em situação de insegurança
alimentar aguda era de 135 milhões em 2019 e saltou para 345 milhões hoje, um
aumento de 151%. O número de pessoas (em 45 países) à beira da fome chega a 50
milhões.
O mais curioso nisso é que, segundo o PMA, seriam
precisos 22,2 bilhões de dólares para alcançar 152 milhões de pessoas com ajuda
alimentar em 2022. Mas sabemos que os gastos militares mundiais em 2021
ultrapassaram 2 trilhões (milhões) de dólares.
Sobre os EUA, os números são ainda mais marcantes: a)
nas últimas quatro décadas ocorreu a transferência de riqueza de cerca de US$
50 trilhões dos 90% mais pobres para o 1% mais rico; b) a remuneração do CEO em
grandes empresas (Chief Executive Officer ou Diretor Executivo) aumentou 1.460%
(quase 15 vezes) desde 1978; c) e eles agora ganham 399 vezes mais que o
trabalhador médio (em 1989 a proporção era de 59 para 1); d) atualmente, três
bilionários têm a mesma riqueza que a metade mais pobre dos estadunidenses (160
milhões de cidadãos); e) a lista é enorme, mas, para finalizar, desde 2020 (o
surto de COVID), a riqueza dos bilionários aumentou mais de 50% (quase 5
trilhões de dólares).
Mudanças no futuro do planeta. Em 2016, poucos meses após a assinatura do Plano de
Ação Conjunta Abrangente (1) em julho de 2015, entre o chamado G5+1 e a
República Islâmica do Irã, a nação persa juntamente com a Federação Russa e a
República Popular da A China decidiu tomar medidas para consolidar uma aliança
com abordagem multilateral.
O novo Eixo é também dotado de poderio militar, capaz
de contrabalançar, nas áreas de disputa, nos campos naval, terrestre e aéreo, a
Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN - assim reconhecida pelos
altos comandos da Aliança do Atlântico Norte e pela própria análises dos Think
Tanks, ligados tanto à OTAN como ao Pentágono. Uma vantagem que hoje mais do
que nunca está no campo das análises e decisões desde que a guerra na Ucrânia
serviu para aguçar o cerco contra a Rússia e ao mesmo tempo fortalecer um bloco
ocidental que tenta enfraquecer qualquer tentativa da Federação Russa de
exercer o poder regional que possui e matérias-primas estratégicas que lhe
conferem um poder incontestável, como o petróleo e o gás, juntamente com as
suas infraestruturas de distribuição que atravessam o território da Ásia
Central,
China, Rússia e Irã começaram a concretizar, sob a
proteção da decisão de seus governos e com vastas áreas do planeta sujeitas a
guerras ou conflitos contenciosos de máxima tensão política, uma cooperação estratégica.
Isso, no quadro de coordenar decisões e ações em relação às agressões sofridas
pelos povos da Ásia Ocidental de forma principal: Síria, Iraque e que tem na
política de pressão máxima contra o Irã um recurso de ação que não é aceito por
Teerã, que passou a aplicar ações retaliatórias contra bases militares
terroristas, como as localizadas no norte do Iraque e gerar exemplos de coordenação
militar com a China e a Rússia, seja com exercícios navais, seja no Golfo
Pérsico em termos de proteção do Estreito de Ormuz, como o Oceano Índico,
China se aproxima da Arábia Saudita. O
presidente chinês Xi Jinping participou, na sexta-feira (09), em Riad, de
diversas cúpulas com dirigentes árabes, considerados por Pequim como “encontros
centrais”, no terceiro dia de uma visita na Arábia Saudita para discutir temas
econômicos e geopolíticos estratégicos.
Xi Jinping foi acolhido pelo príncipe herdeiro saudita,
Mohammed ben Salmane, em sua chegada no centro de conferência onde foi realizada
a primeira cúpula com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG),
de acordo com imagens divulgadas por veículos de comunicação estatais.
Em seguida, o líder chinês participou de um segundo
encontro incluindo outros dirigentes do Oriente Médio, entre eles o presidente
egípcio Abdel Fattah al-Sissi, o presidente da Tunísia Kais Saied e altos
representantes do Líbano e do Iraque.
Esta é a primeira vista do dirigente da segunda economia
mundial ao reino desde 2016 e sua terceira viagem a outro país desde o começo
da pandemia de Covid-19 em 2020.
Os países do Golfo, tradicionalmente parceiros de
Washington, reforçaram nestes últimos anos seus laços com a China dentro dos
esforços visando a reduzir a dependência de suas economias de combustíveis
fósseis.
Mudanças no mundo unipolar. Muito
interessante a entrevista do ministro de Relações Exteriores da Rússia ao site Sputnik
Brasil. Segundo ele, a globalização à maneira estadunidense acabou; um novo
sistema está sendo construído que não vai depender dos caprichos de nossos
antigos parceiros no Ocidente, declarou o ministro das Relações Exteriores da
Rússia, Sergei Lavrov.
Ele observou que a Rússia não queria mais ilusões de
que o Ocidente, que “provou ser totalmente indigno de confiança, pouco
confiável e mentiroso”, participaria de boa fé dos processos de globalização
que ele mesmo criou e que não abusaria deles.
Em seu discurso proferido no fórum internacional
Primakov Readings, o chanceler falou ainda sobre a expansão da Organização do Tratado
do Atlântico Norte (OTAN), que, segundo ele, continua sendo o principal motor
nas relações não só com a Rússia, mas também com outros países do mundo.
“A expansão da OTAN continua a ser, por assim dizer, o
principal motor do Ocidente nas relações não só com a Federação da Rússia, não
só com os países pós-soviéticos, não só com os países do antigo Pacto de
Varsóvia, que já foram praticamente todos absorvidos pela Aliança do Atlântico
Norte, mas também nas relações gerais com outros países do mundo, outras regiões
do mundo”, destacou.
O crescimento do BRICS. Em
2022, vários países mostraram interesse para se integrar ao bloco econômico
BRICS composto atualmente por cinco Estados: Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul. Entre eles há importantes protagonistas regionais como Argentina,
Irã e Argélia.
Em 27 de junho, a República Islâmica do Irã pediu seu
ingresso no bloco. Ela foi seguida pela Argentina que solicitou a adesão
durante um fórum organizado pelo BRICS em 8 de setembro. Em 7 de novembro, Argélia
juntou-se aos dois últimos e apresentou um pedido formal de ingressão no grupo.
Por outro lado, a Nigéria e a Arábia Saudita também manifestaram
interesse em se tornar novos membros do BRICS. A ideia de incluir mais países
ao bloco foi articulada pela China em maio passado.
As autoridades egípcias anunciaram a adesão do Cairo ao
Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul), segundo comunicado do Conselho de Ministros egípcio.
O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), cuja criação foi
anunciada pelo BRICS na cúpula de Fortaleza (Brasil) em julho de 2014, persegue
o objetivo de financiar os projetos de infraestrutura dos países fundadores e
oferecer recursos a outros países em desenvolvimento. O NBD Foi lançado
oficialmente em Xangai, no dia 21 de julho de 2015.
E o embargo? A França aumentou em agosto as importações de mercadorias
da Rússia pela primeira vez desde fevereiro. Outros países europeus também
retomaram as importações russas no mesmo período.
Com base em dados de departamentos de estatística dos
países da União Europeia (UE), a França aumentou em agosto as importações de
mercadorias da Rússia em termos mensais em um quarto — com um valor total de cerca
de 1,1 bilhão de euros (R$ 6,1 bilhão).
Esse aumento ocorreu pela primeira vez desde fevereiro
deste ano, quando o valor atingiu impressionantes 1,8 bilhão de euros (R$ 10
bilhões). Depois desse auge, Paris optou por reduzir os gastos com produtos
russos em razão do conflito na Ucrânia.
Segundo a análise, Portugal foi o país que mais aumentou
as importações de bens da Rússia em termos mensais em agosto — 9,4 vezes,
atingindo 79 milhões de euros (R$ 438 milhões).
As compras de mercadorias russas também aumentaram na
Letônia (44%), Áustria (27%), Espanha (27%), Grécia (15%) e Eslováquia (6%). Ao
mesmo tempo, a Eslovênia (-60%) e a Irlanda (-63%) se tornaram os europeus
líderes na redução da importação de produtos russos.
A Alemanha recuperou em agosto o título de principal
compradora de mercadorias russas, após ter sido ultrapassada pela Itália em
julho. As importações da Rússia chegaram a 2,7 bilhões de euros (R$ 15 bilhões)
em Berlim contra 2 bilhões de euros (R$ 11 bilhões) em Roma. Em terceiro lugar
estão os Países Baixos com compras de 1,5 bilhão de euros (R$ 8,3 bilhões).
O petróleo russo e o mercado global. O
petróleo russo continuará a ser procurado nos mercados internacionais, disse o
vice-primeiro-ministro Alexander Nóvak.
“A Rússia é o maior fornecedor de petróleo bruto para
os mercados internacionais de energia... O petróleo russo sempre foi e
continuará sendo demandado. Mecanismos logísticos, cadeias [de abastecimento]
vão mudar, mas não vemos nenhuma tragédia em isso”, disse ele a repórteres.
O vice-primeiro-ministro salientou que as atuais condições
são mais complicadas do que no passado, obrigando ao recurso a “novas ferramentas,
novos mecanismos de seguros, transporte e interação entre empresas”, e que se
multiplicam os comerciantes envolvidos na distribuição de crude russo .
O Grupo dos Sete (G7), formado por Canadá, França, Alemanha,
Reino Unido, Itália, Japão, Estados Unidos, além da União Europeia e Austrália,
recusou-se a comprar petróleo russo a um preço superior a US$ 60 por barril, a
partir de 5 de dezembro. A Rússia já deixou claro que “não aceitará esse teto”.
Será sério? A ONU instou na quinta-feira
(08) o Estado de Israel a eliminar seu arsenal de armas nucleares, contribuindo
assim para a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio.
Durante sessão da Assembleia Geral da entidade foi
aprovada uma resolução solicitando a destruição de armas atômicas de Israel,
país que se recusa a aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e
outros acordos de controle de armas.
“Tel Aviv rejeita todos os mecanismos internacionais
destinados a controlar as armas de destruição em massa e representa um desafio
à estabilidade regional”, disse a entidade.
Nesse sentido, a resolução foi aprovada com 149 votos a
favor e seis contrários – além de Israel, também se opuseram os governos dos
Estados Unidos, Canadá, Micronésia, Palau e Libéria. Outros 26 países,
incluindo europeus, preferiram a abstenção neste caso.
A resolução é parte de um pacote anual de mais de 15 textos
que a Assembleia Geral deve debater, com o interesse de conter o militarismo e
as violações dos direitos humanos praticados pela ocupação israelense na Palestina,
além de ratificar os direitos reconhecidos a esse povo, denunciadas em inúmeros
documentos anteriores do organismo internacional. (matéria em teleSUR)
Vendas globais de armas... Desafios
da cadeia de suprimentos, que afetaram quase todas as indústrias do mundo, não
impediram que as vendas de armas e serviços militares pelas 100 maiores empresas
do setor tivessem um aumento de 1,9%, em termos reais, em 2021 em comparação
com 2020. O valor atingiu US$ 592 bilhões.
O aumento marcou o sétimo ano consecutivo de incremento
nas vendas globais de armas, observou o relatório. Os dados não foram afetados
pela guerra na Ucrânia, que começou em 2022.
As empresas dos EUA dominam as vendas, disse o
Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) em um
relatório nesta segunda-feira, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
As vendas de armas das 40 empresas dos EUA na lista das
100 maiores empresas de armas do mundo totalizaram US$ 299 bilhões em 2021, uma
leve queda de 0,9% em comparação com 2020, disse o relatório. Apesar da leve
retração, representam mais da metade do comércio de armamento. Desde 2018, as
cinco maiores empresas do setor estão todas sediadas nos Estados Unidos.
O relatório também disse que uma onda recente de fusões
e aquisições na indústria de armas dos EUA continuou em 2021. “Provavelmente
podemos esperar uma ação mais forte do governo dos EUA para limitar as fusões e
aquisições da indústria de armas nos próximos anos”, disse Nan Tian,
pesquisador sênior do Instituto, em um comunicado à imprensa, acrescentando que
“o Departamento de Defesa dos EUA expressou preocupação de que a redução da
concorrência no setor possa ter efeitos indiretos nos custos de aquisição e na
inovação de produtos”.
Arsenal dos EUA está caindo. Os EUA
gastaram reservas de sistemas Stinger e Javelin que seriam suficientes por
vários anos. Isso se deve à ajuda prestada às Forças Armadas da Ucrânia,
informou o 'National Review', citando o CEO do complexo militar-industrial estadunidense
Raytheon, Greg Hayes.
“O problema é que, nos primeiros meses do conflito,
muitas das reservas se esgotaram. Esgotamos uma série de Stingers que levam 13
anos para serem produzidos e uma série de Javelines equivalentes a cinco anos
de produção”, explicou Hayes. para avaliar o fornecimento de armas ao regime de
Kyiv.
Ele acrescentou que a questão da reposição do arsenal é
muito séria, especialmente porque o Pentágono não compra sistemas antiaéreos
portáteis (como o Stinger) desde 2004. Segundo o colunista Jimmy Quinn,
Washington enviou 5.500 unidades do Mísseis antitanque Javelin e 1.400 Stinger
para o regime de Zelensky, enquanto a Raytheon ganhou uma licitação de $ 624
milhões para reabastecer o arsenal do Exército dos EUA.
No entanto, as tentativas do Departamento de Defesa dos
EUA de aumentar a produção de armas estiveram sujeitas a alguma incerteza.
Segundo o autor, isso porque ainda não está clara a política que os republicanos
que conquistaram a maioria no Senado seguirão em relação à Ucrânia.
Até 2025? Os EUA planejam
alimentar o conflito na Ucrânia no mínimo até o fim de 2025, conforme se
depreende de documentos estadunidenses que são públicos, afirmou a representante
oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova.
“Washington planeja alimentar as ações militares na
Ucrânia pelo menos até o fim de 2025 – eles próprios o planejam, a julgar pelos
documentos que não escondem de ninguém”, disse Zakharova na coletiva de
imprensa de quinta-feira (08).
A mídia dos EUA, disse ela, já está apreciando os
detalhes da maratona de corrupção envolvendo a Casa Branca e Kiev, o que
explica o desejo da administração Biden de convencer o Congresso a incluir no
orçamento para 2023 uma ajuda extra a Kiev no valor de 37 milhões de dólares
(R$ 193 milhões).
Uma grande parte do dinheiro visa abastecer as tropas
ucranianas, mas a seguir, segundo acrescentou a representante da chancelaria da
Rússia, o resto vai "assentar" em bancos europeus e mundiais e fundos
privados.
Greve histórica nos EUA. Nos EUA,
está em curso uma greve na área do ensino superior, que já entrou na terceira
semana, considerada a maior greve do gênero na história do país. Com uma longa
lista de demandas, incluindo salários dignos, aumento dos benefícios de creche
e licença familiar ampliada, a greve envolve cerca de 48.000 trabalhadores
acadêmicos de todos os dez campi da Universidade da Califórnia. Isso inclui
assistentes de ensino, pós-doutorandos, pesquisadores de pós-graduação, tutores
e associados de pesquisa. Conversamos com dois alunos de pós-graduação e um
professor de três universidades do sistema da Universidade da Califórnia, Dando
suas opiniões sobre o acordo provisório anunciado na terça-feira por
funcionários da universidade com pesquisadores acadêmicos e pós-doutorandos que
não inclui estudantes de pós-graduação empregados pela universidade, que
constituem a grande maioria dos que estão em greve. “Somos nós que trabalhamos
e produzimos conhecimento. Somos nós que estamos na sala de aula ensinando. No
entanto, a maioria dos estudantes trabalhadores está abaixo da linha da
pobreza”, diz Enrique Olivares Pesante, estudante de doutorado da UCLA e líder
sindical local. Por sua vez, a estudante pesquisadora da UC Davis, Aarthi Sekar,
descreve como essa situação também afeta os estudantes de pós-graduação que vêm
de outros países. Conversamos também com o professor Nelson Lichtenstein,
diretor do Centro de Estudos do Trabalho.
Matéria em Democracy Now!
Oliver Stone acusa EUA. O
jornal sérvio Politika publicou na segunda-feira (05) uma entrevista com o
cineasta estadunidense Oliver Stone, na qual ele aborda o conflito na Ucrânia,
afirmando que ele foi provocado por ações deliberadas de Washington para
instigar Kiev a perder seu status neutro em relação à Rússia.
O diretor e documentarista ressaltou, no começo da
entrevista, que “não quero entrar na história mais ampla do que está acontecendo
na Ucrânia, porque o caso não é simples e todo mundo está gritando: ‘os russos
estão atacando’”.
“O que está acontecendo lá em Donbass desde 2014 e quantas
pessoas foram deslocadas para lá porque os Estados Unidos estavam armando
fortemente o exército ucraniano, fazendo com que a Ucrânia não fosse mais
neutra, passou a ser contra os russos”.
Stone acrescentou que Washington levou Kiev a
“perturbar o equilíbrio militar, e é daí vem a guerra”. Também lembrou que seu
país atua de forma contraditória ao se apressar em condenar qualquer país do
mundo que “cruze a linha da ordem internacional, enquanto os Estados Unidos
violam essas regras quando querem”.
Questionado sobre a atual administração
norte-americana, o diretor confessa que se arrepende de ter votado em Joe Biden.
“Ele se revelou muito perigoso. Agora grita ‘vamos matar os russos, agora é a
nossa oportunidade’, mas confunde a Rússia com Putin, pensa que ao se livrar de
Putin vai controlar a Rússia, como na época do [Boris] Yeltsin. E isso é apenas
um sonho”, explica o vencedor de três Oscars.
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