sábado, 7 de janeiro de 2023

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 999


 

 

 


Ele quer escapar da cadeia.

Muito interessante a matéria publicada pela revista Isto É, na quinta-feira (05). Agora sabemos que o pulha que nos explorou e enfiou o Brasil na lama não pretende voltar ao país!

A fuga vergonhosa para a cidade de Orlando, na Flórida, é apenas parte de um plano de proteção contra eventual prisão. O assunto ainda é tratado sigilosamente: toda a família (ele, a esposa e uma filha menor) pede a celeridade à Embaixada da Itália em Brasília para a emissão da cidadania italiana para o clã, principalmente para o ex-presidente.

Ele acredita que é questão de pouco tempo o ministro do STF Alexandre de Moraes – ou algum juiz, quando os processos aos quais responde “descerem” para a 1ª instância – expedir mandado de prisão numa das encrencas em que se meteu. A principal delas está sob a caneta de Moraes: as fake news propaladas por ele sobre a Aids associada a uma vacina contra Covid-19, na qual a Polícia Federal já indicou sua culpa.

O plano de fuga do canalha está traçado: nos EUA, ele consegue se esconder por um tempo e driblar a Justiça brasileira, mas corre risco de o FBI e a PF baterem à sua porta e voltar algemado para o Brasil em caso de eventual mandado. Mas, se for para Roma a tempo, com cidadania, ele não volta mais, em razão de o país europeu não ter tratado de extradição.

Tudo tão escancarado que a direção do Partido Liberal adiou o aluguel de mansão no Lago Sul em Brasília. Os móveis da família, retirados do Palácio da Alvorada, estão guardados num depósito. Já os filhos com mandatos, Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro) também estão com pedido de cidadania em aberto, mas não pretendem deixar o Brasil.

Fim das armas e do sigilo de 100 anos! O presidente Lula da Silva assinou no domingo (1°), ao assumir o governo, medidas provisórias e decretos que cumprem os compromissos assumidos durante o período eleitoral e que garantem o atendimento e a visibilidade a áreas historicamente ignoradas no Brasil. Nos atos normativos, Lula inicia a reestruturação da política de controle de armas, garante o pagamento dos R$ 600 para famílias necessitadas, define a estrutura da Presidência da República e dos ministérios e o combate ao crime ambiental, entre outros.

Por meio da edição de medida provisória, o presidente garante o pagamento de R$ 600 para mais de 21 milhões de famílias beneficiárias do programa de transferência de renda vigente no país. Trata-se da primeira medida de enfrentamento à fome e à miséria no Brasil. Lula também prorrogou, por 60 dias, a isenção de tributos federais nos combustíveis.

Com a edição de dois decretos, o presidente Lula revoga normas impeditivas, criadas pelo insano, como o decreto que segregava crianças, jovens e adultos com deficiência, impedindo o acesso à educação inclusiva, e o decreto que criou barreiras para a participação social na discussão e elaboração de políticas públicas.

Lula já cumpriu a promessa de campanha presidencial em um dos primeiros atos após tomar posse para o terceiro mandato ao assinar um despacho determinando à Controladoria-Geral da União (CGU) uma reavaliação de sigilos impostos pelo ex-militar covarde no prazo de 30 dias.

Segundo uma fonte da jornalista, os sigilos foram mapeados e criticados por técnicos do governo, que vão recomendar ao agora presidente Lula que todos os órgãos federais revisem as decisões que desvirtuam o princípio da Lei de Acesso à Informação (LAI). A LAI estabelece que a transparência é a norma e o sigilo deve ser exceção e, de acordo com um estudo feito por um servidor aponta que, a União mantém cerca de 100 mil informações sob sigilo, a maioria parte das Forças Armadas.

Eis alguns dos “sigilos” decretados pelo pulha e que vão cair: informações dos crachás de acesso ao Planalto em nome de Carlos e Eduardo, filhos do presidente (100 anos de sigilo); registro de visitantes ao Planalto, ao Alvorada e à Granja do Torto; gastos com cartão corporativo da Presidência; valor discriminado de gastos com passeios de motocicleta promovidos pelo demente; dados sobre notas fiscais, nomeações de servidores e remuneração de membros do Exército; número de mortes por Covid ocorridas no hospital do Exército; custos de viagem de agentes públicos de alto escalão, entre eles, José Vicente Santini – ex-secretário do bandido que usou avião da FAB para viajar à Índia; contratos, notas fiscais e relatórios de licitação; telegramas sobre o caso Marielle e muito mais.

O covarde se foi, os milicos tentam se desculpar. Em sua fala em rádio e TV nacional menos de quatro horas após o fim do desastroso governo, o general Hamilton Mourão foi o porta-voz do reajuste tático do partido dos generais na atual conjuntura, em operação pública da direção partidária do as Forças Armadas para se livrar do insano.

Sem citar seu nome em qualquer momento, o general mencionou-o indiretamente como alguém que, com o seu “silêncio ou protagonismo intempestivo e deletério”, gerou “um clima de caos e desintegração social” no país.

Com aquele cinismo típico com que os militares desviam a atenção da realidade e geram dissociações cognitivas para mascarar a participação central das Forças Armadas no questionamento do resultado eleitoral e no clima de caos e terror que o país vive, Mourão citou dirigentes que “irresponsavelmente deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, alguns por omissão e outros promovendo um suposto golpe”.

Assessoria especial do Lula! O ex-chanceler Celso Amorim foi nomeado assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente Lula da Silva. Ele vai assessorar o presidente brasileiro em assuntos internacionais. Amorim trabalhará no Palácio do Planalto ao lado de Lula e manterá diálogo direto com o chanceler Mauro Vieira, com quem tem uma relação muito próxima.

Celso Amorim foi ministro das Relações Exteriores pela primeira vez durante o governo de Itamar Franco (1992–1994) e, após deixar o cargo, representou o Brasil em diversos organismos internacionais.

O resultado já está aparecendo. Após quatro anos sob o comando da extrema-direita, a política externa do Brasil respira novos ares. As novas orientações podem ser percebidas pela estrutura interna do Ministério das Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, como também pelas primeiras decisões do organismo no recém-inaugurado governo de Lula da Silva e agora capitaneado pelo ministro Mauro Vieira.

Na terça-feira (03/01), o novo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, visitou o complexo da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém. O gesto do político do partido Poder Judeu, e que integra o governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, foi considerado uma provocação pelas autoridades palestinas, que classificaram Ben-Gvir como um "extremista".

Em nota, o Itamaraty afirmou: "Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz".

“O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Com esse propósito, o governo brasileiro exorta ambas as partes a se absterem de ações que afetem a confiança mútua necessária à retomada urgente do diálogo com vistas a uma solução negociada do conflito”, também destacou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Brasil volta a integrar Pacto Global para Migração Segura. O Brasil comunicou à Organização das Nações Unidas (ONU) que vai retornar ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular, informou nessa quinta-feira o Itamaraty. A medida está entre os primeiros anúncios da gestão do novo chanceler Mauro Vieira.

O país havia se retirado do pacto em janeiro de 2019, também num dos primeiros atos do insano que assumiu o poder e da gestão do então chanceler Ernesto Araújo. À época, o ministro disse que o tema não devia ser tratado como questão global e sim como assunto ligado à soberania de cada país.

Em nota, o Itamaraty disse que os compromissos do pacto estão de acordo com a legislação brasileira, “considerada uma das mais avançadas do mundo” e que prevê garantias como o acesso de migrantes a serviços básicos.

“O retorno do Brasil ao pacto reforça o compromisso do governo brasileiro com a proteção e a promoção dos direitos dos mais de 4 milhões de brasileiros que vivem no exterior”, afirmou o Itamaraty.

Com o reingresso do Brasil, o Pacto para Migração Segura, Ordenada e Regular passa a contar com a adesão de 164 países.

“É bom saber que o Brasil está de volta”. O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse no domingo (01), em Brasília, que, com a posse de Lula na Presidência da República, “não começa apenas um novo ano, mas também uma nova era política” no Brasil.

Steinmeier chegou a Brasília na véspera para participar da cerimônia de posse, marcando uma reaproximação entre a Alemanha e o Brasil após quatro anos de distanciamento e crises durante o governo do demente.

Falando a jornalista alemães, incluindo uma equipe da DW, Steinmeier, disse que "É bom saber que o Brasil está de volta aos palcos internacionais".

“Aqui no Brasil não começa apenas um novo ano, mas também uma nova era política. Fico feliz de poder estar na posse do presidente Lula em Brasília. O Brasil vive tempos difíceis. E o presidente eleito vai assumir essa responsabilidade neste momento difícil”, disse.

“Nós precisamos do Brasil, precisamos da liderança política brasileira, que o país desempenhe o seu papel. E não apenas na economia, como também na proteção climática global. E eu fiquei feliz de constatar que o presidente eleito quer desempenhar esse papel com o Brasil. É bom estar de volta ao Brasil. É bom saber que o Brasil está de volta aos palcos internacionais”, concluiu o presidente alemão.

Rússia também apoia Brasil. O senador russo Konstantin Kosachev, vice-presidente do Conselho da Federação — a câmara alta do parlamento russo. Kosachev, que veio ao Brasil para a posse do presidente Lula, comentou diversos pontos da relação entre Brasil e Rússia, incluindo comércio, BRICS e o esforço por um mundo multipolar.

O petista assumiu oficialmente o cargo no domingo (1º) diante de dezenas de chefes de Estado e representantes de governos do mundo inteiro. Entre esses representantes estão Matvienko e Kosachev, cuja delegação esteve com Lula em Brasília ainda antes da posse para tratar de assuntos de interesse de Rússia e Brasil.

Na avaliação do vice-presidente do Conselho da Federação, ao contrário do governo do demente que saiu, Lula tem interesse em reativar suas relações bilaterais em todos os continentes. Segundo Kosachev, Lula pretende "levar o Brasil de volta ao cenário internacional" e esse objetivo deve ser apoiado pela Rússia.

Kosachev aponta que o BRICS continua tendo um papel relevante no sentido de "trazer a multipolaridade para as relações internacionais". Segundo ele, a maioria dos problemas e conflitos globais tem raiz na "tentativa dos países ocidentais de dominar o mundo, de guiar o mundo, de impor à outra parte do mundo seus próprios valores, interesses, padrões".

Lula quer retomar relações com a Rússia. Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação — câmara alta do parlamento russo —, declarou que o presidente do Brasil, Lula da Silva, confirmou sua prontidão e interesse em reiniciar as relações entre os dois países em diversas áreas.

A declaração de Matvienko, que chefiou a delegação da Rússia na cerimônia de posse de Lula, foi feita neste domingo (1º).

“O presidente recém-eleito [Lula] confirmou sua prontidão e interesse em reiniciar as relações russo-brasileiras em termos de aumento da cooperação comercial e econômica, na esfera científica, no campo técnico, na esfera da proteção ambiental e em uma variedade de outros campos”, disse Matvienko a repórteres.

A Rússia e o Brasil têm a mesma ideia de como o mundo futuro deve ser baseado em uma ordem multipolar justa, disse Matvienko, acrescentando que ambos os países têm muito potencial para impulsionar a cooperação.

O chefe da câmara alta russa também enfatizou que Moscou vê Brasília como um parceiro importante e confiável. Os países celebrarão 195 anos de relações diplomáticas este ano, salientou Matvienko.

Vence toda a América Latina! A volta de Lula da Silva à presidência brasileira foi a melhor notícia do ano novo para milhões de seus compatriotas, assim como para os latino-americanos que não esqueceram seu papel no projeto de integração regional e que veem em sua figura um dos pilares da onda progressista que permitiu grandes transformações na primeira década deste século. A alegria do povo brasileiro ficou evidente nas ruas de Brasília, transformadas em verdadeiro carnaval pelas dezenas de milhares de pessoas que se reuniram para presenciar e celebrar a inauguração.

Para indígenas, afrodescendentes, mulheres e setores populares, a reação ao ver Lula cruzar a faixa presidencial pela terceira vez foi de esperança, mas, sobretudo, de alívio: alívio por impedir a reeleição de um canalha, por evitar outra quatro anos de racismo institucionalizado, exaltação da violência de Estado, leilão de bens públicos, desmantelamento de direitos, saques sistemáticos, devastação ambiental e fomento do ódio. Na cerimônia multitudinária, a forma virou substância: antes da fuga simbólica do ex-capitão para Miami, dois dias antes do fim do mandato, foi uma cartonera quem impôs o emblema nacional a Lula.

Devolvida a embaixada da Venezuela, em Brasília! Dirigentes e membros de diversos movimentos populares realizaram na segunda-feira (02) um ato simbólico de entrega da embaixada da Venezuela em Brasília à delegação do país vizinho, que estava na capital após acompanhar a posse de Lula.

A sede diplomática chegou a ser invadida em 2019 por apoiadores do ex-deputado Juan Guaidó, mas foi retomada por militantes de organizações sociais com o auxílio de parlamentares da esquerda brasileira e o próprio corpo diplomático venezuelano no país. A ação dos movimentos fez com que a “embaixadora” fictícia indicada por Guaidó e reconhecida pelo pulha governante, a advogada Maria Teresa Belandria, nunca operasse na sede oficial da missão diplomática venezuelana no país.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Partido dos Trabalhadores (PT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Comitê Anti-imperialista Abreu e Lima foram alguns dos movimentos que estiveram presentes no ato desta segunda.

O presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, que representou o país na posse de Lula, agradeceu as organizações e disse que “jamais a Venezuela vai esquecer o gesto e o acompanhamento que vocês fizeram”.

Ao ser escolhido como novo chanceler ainda no final de 2022, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, garantiu que o governo Lula iria retomar as relações diplomáticas com a Venezuela e reconhecer o governo do presidente Nicolás Maduro.

Primeiro giro internacional de Lula. Lula da Silva, fará sua primeira viagem oficial ao exterior, com passagem pela Argentina no final de janeiro e depois passará por EUA, Portugal e China, informou na terça-feira fonte próxima à Presidência.

Lula, após sua posse como presidente da República Federativa do Brasil, participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontecerá entre os dias 23 e 24 de janeiro em Buenos Aires. Depois, aceitando convite, viajará ao Uruguai no dia 25 de janeiro.

Segundo fontes do governo, os chanceleres do Uruguai e do Brasil, Francisco Bustillo e Mauro Vieira, respectivamente, já estão trabalhando na agenda do encontro bilateral.

Depois deve reunir-se com Joe Biden, em Washington, numa viagem ainda “sem data”, segundo a mesma fonte. E a viagem à China, primeiro parceiro comercial do Brasil, será “após março”, acrescentou.

Fontes oficiais também confirmaram que Lula estará em Portugal de 22 a 25 de abril, conforme havia indicado na véspera o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo, após ambos se reunirem em Brasília.

Retomada do programa “Mais Médicos”! O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira que, para ampliar a cobertura de saúde no país, retomará o programa Mais Médicos, encerrado no governo anterior.

O secretário de Atenção Básica do Ministério da Saúde do Brasil, Nesio Fernandes, confirmou a decisão de retomar o projeto iniciado em 2013 pelo Governo de Dilma Rousseff, que permitiu a colaboração de médicos estrangeiros, principalmente de Cuba.

“A pauta para a retomada do Mais Médicos é imediata. Queremos colocar médicos em todos os municípios brasileiros em um curto espaço de tempo”, disse o governante.

Fora, milicada. Lula dispensa militares em cargos-chave e começa processo de desmilitarização do governo. Chefe da Defesa entregou na sexta-feira (06) ao Presidente relatório que mostra redução nos acampamentos bolsonaristas pelo país.

A forte presença militar em cargos do governo federal herdada do governo do insano começou a receber um “pente-fino” e quem estava no entorno do presidente não passou ileso, segundo a coluna de Lauro Jardim em O Globo.

Desde que o petista tomou posse, seis militares foram dispensados de seus cargos na Casa Civil, secretaria-geral e gabinete pessoal da presidência da República, escreve o colunista.

Na sexta-feira, mais quatro nomes foram dispensados, são eles: Marcelo Paredes, suboficial do Comando do Aeronáutica; Fernando Martins, subtenente do Comando do Exército; e os soldados Johnny Ornelas e Jair de Souza. Todos atuavam em cargos subordinados à secretaria-geral da Presidência, no Palácio do Planalto.

Demarcação de terras indígenas. Lula da Silva assinou um decreto que restabelece as instâncias de controle do Fundo Amazônia, destravando os R$ 3,3 bilhões a que já tem direito e ainda deve passar a receber novos repasses —segundo o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), de mais de R$ 5 bilhões. Só a Alemanha já liberou 35 milhões de euros para o fundo.

Além de cumprir essa promessa caberá ao governo Lula realizar, no primeiro mês de seu mandato, a demarcação de terras indígenas que já estão com toda a documentação de homologação pronta, à espera da medida, desde o governo do ex-capitão insano. No total, 13 territórios esperam a demarcação nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.

No Nordeste, serão Aldeia Velha (pataxós), Porto Seguro (BA), com 1.997 hectares; Kariri-Xocó, em São Brás, Porto Real do Colégio (AL), 4.694 hectares; Potiguara de Monte-Mor (indígenas potiguaras), em Marcação, Rio Tinto (PB), com 7.530 hectares; Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios (AL), com 7.020 hectares, e Tremembé da Barra do Mundaú (indígenas tremembés), em Itapipoca (CE), com 3.511 hectares.

No Sul, são Morro dos Cavalos (indígenas guaranis), em Palhoça (SC), com 1.983 hectares; Rio dos Índios (kaingang), em Vicente Dutra (RS), com 711.701 hectares, e Toldo Imbu (kaingang), em Abelardo Luz (SC), com 1.960 hectares.

No Centro-Oeste: Cacique Fontoura (karajá), em Luciara, São Félix do Araguaia (MT), com 32.304 hectares, e no Norte: Arara do Rio Amônia (indígenas araras), em Marechal Thaumaturgo (AC), com 20.534 hectares; Rio Gregório (indígenas katukinas), em Tarauacá (AC), com 187.120 hectares; Uneiuxi (indígenas makus e tukanos), em Santa Isabel do Rio Negro (AM), com 551.983 hectares, e Acapuri de Cima (indígenas kokamas), em Fonte Boa (AM), com 18.393 hectares.

Mais pesadelo para Washington. O Irã está negociando com Cuba, Nicarágua e Venezuela a construção e reparo de usinas nesses países, disse Mohammad Ali Farahnakian, assessor de assuntos internacionais do ministro de Energia iraniano.

“Estamos em negociações com Cuba, Nicarágua e Venezuela. Uma das principais questões é a construção e reparação de usinas”, disse Farahnakian, segundo a agência de notícias Tasnim.

Além disso, frisou, “a criação de redes de esgotos” está a ser negociada nestes países. Cuba, Nicarágua e Venezuela “querem aproveitar a capacidade técnica e de engenharia da República Islâmica”, enfatizou.

Arce pedirá ajuda a Lula. Lula realizou na segunda-feira (02) uma série de reuniões bilaterais em Brasília, com todos os chefes de Estado que compareceram à cerimônia de posse, no dia anterior.

Um dos encontros mais importantes foi com o presidente da Bolívia, Luis Arce, que fez um pedido especial ao colega brasileiro, a respeito de um processo judicial que envolve a oposição boliviana e o demente que governava o Brasil.

Em entrevista exclusiva à Folha de São Paulo, Arce revelou um pedido que fez a Lula, para que o novo governo brasileiro ajude a investigar as possíveis ligações entre o insano e os líderes golpistas bolivianos, especialmente Camacho.

“Ao companheiro Lula, queremos mostrar todas as hipóteses que levantamos e que fomos documentando durante todo esse tempo. Esperamos que o Brasil, com Lula, possa colaborar mais do que o governo anterior. Falta informação do lado de cá [do Brasil] para confirmar nossas suspeitas. Principalmente a de que o golpe de Estado envolveu muito mais atores e foi um plano arquitetado de modo ilegal”, explicou Arce, em entrevista à jornalista Sylvia Colombo.

Lula e Xiomara Castro. A presidente Xiomara Castro, eleita pela maioria dos votos do povo hondurenho, mais de 1,7 milhão de votos, e que dirigentes e deputados de partidos políticos de oposição geralmente dizem ignorar, esteve no Brasil como convidada especial da posse de Lula da Silva.

São dois governos e povos irmãos que no passado recente, durante o governo do presidente Manuel Zelaya Rosales em Honduras (2006-junho de 2009), mantiveram relações de cooperação bilateral muito estreitas, onde vários dos projetos que realizaram em conjunto foram posteriormente abandonou o golpe de estado contra seu governo em junho de 2009, dando início aos chamados golpes “suaves” contra governos latino-americanos progressistas pouco simpáticos aos interesses econômicos, militares e geoestratégicos dos EUA, e grupos oligárquicos locais do extrema direita.

O Brasil não só permitiu que sua Embaixada em Honduras servisse de refúgio e proteção ao presidente, sua esposa e simpatizantes por quatro (4) meses, uma vez que decidiu retornar ao país para iniciar um diálogo franco com setores da oposição e retomar o poder, mas que as chamadas forças “escuras” da ordem com Roberto Micheletti à frente, eleito por decreto-presidente interino, se opunham; Pelo contrário, defendeu o respeito dos direitos adquiridos e a denúncia do “início precoce” dos militares nos fóruns internacionais.

Tanto o Brasil quanto Honduras devem reativar programas maciços de acesso à terra para populações rurais pobres, especialmente mulheres, e de entrega de títulos de propriedade definitivos a grupos e povos indígenas. No passado recente, esses programas implementados por ambos os países foram chamados de programas de acesso à terra assistido pelo mercado, mas que, na ausência de processos de reforma agrária abrangentes ou de nova geração, devem ser apoiados pela aprovação de fundos para a compra de terras, composta por terras ociosas ou mal utilizadas, ou a cobrança de impostos sobre terras não cultivadas.

Brasil retorna à CELAC. O chanceler argentino, Santiago Cafiero, comemorou o retorno do Brasil à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Pouco antes, o governo do Brasil informou que o país estava “total e imediatamente” voltando ao bloco.

“É hora de construir uma nova relação com o Brasil, nosso principal parceiro comercial. A reincorporação ao @PPT_CELAC traz segurança e fortalece a região. Seja bem-vindo presidente @LulaOficial à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos”, escreveu Cafiero no Twitter na noite desta quinta-feira .

Pouco antes, o Itamaraty anunciou que o país voltaria “total e imediatamente” ao bloco que havia abandonado três anos antes durante o mandato do ex-capitão demente. Segundo nota oficial, o presidente Lula aceitou o convite do seu homólogo argentino, que preside o fórum, e participará da VII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC, a ser realizada em Buenos Aires. 24.

A CELAC foi formalmente constituída em fevereiro de 2010 com o objetivo de promover o diálogo político e a coordenação da cooperação regional e é formada por 33 países.

Organizações sociais reiniciam protestos no Peru. Diversas organizações sociais, sindicais e movimentos em favor de indígenas e camponeses do Peru iniciaram na quarta-feira (04) uma nova onda de manifestações contra o governo da presidente peruana Dina Boluarte.

A mobilização de todas essas entidades tem três demandas em comum, sendo a principal delas a realização de novas eleições no país ainda no primeiro semestre de 2023, como forma de solucionar a crise política que se instalou no país desde a destituição de Pedro Castillo, em dezembro.

Outras reivindicações importantes são a realização de uma assembleia constituinte no país, para substituir a atual carta magna imposta em 1993 pelo então ditador Alberto Fujimori, e uma investigação para apurar as responsabilidades políticas sobre as 22 mortes de manifestantes ocorridas durante os protestos de dezembro.

As entidades que aderiram à mobilização formam parte da Coordenadoria das Organizações Políticas de Esquerda e Progressistas (COIP) e da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP).

Várias regiões do Peru acatam a greve. Habitantes de várias regiões peruanas realizam na quarta-feira ações de protesto incluídas na greve nacional contra o governo da presidente designada Dina Boluarte, a quem acusam de se aliar à direita.

Após duas semanas de trégua, em relação às festividades de final de ano, a população da região de Puno retomou as ações de protesto contra o Governo de Boluarte; uma ação que é acatada por transportadoras, comerciantes, sindicatos sociais e público em geral.

Com a medida, não há passagem para a zona sul da região, enquanto na zona norte piquetes de manifestantes restringiram o tráfego de veículos, segundo informações de veículos de comunicação locais.

A rodovia Puno-Desaguadero também foi bloqueada; enquanto um grupo de grevistas se deslocou para a Ponte Internacional de Ilave, para bloquear aquela área, sempre exigindo a renúncia de Boluarte e eleições antecipadas.

Na província de Lampa, um grupo de ronderos (sindicato ao qual pertencia o presidente deposto Pedro Castillo) cumpre esta medida; enquanto na província de San Antonio de Putina, o transporte para a cidade de Juliaca foi restrito.

Enquanto isso, na cidade de Puno cumpre-se a chamada greve seca, não há transporte urbano e anunciaram que a medida se manterá até quinta-feira.

Mobilização continua. Após as festas de fim de ano, o Peru retomou a dinâmica de crise política instalado desde o começo de dezembro de 2022. A destituição de Pedro Castillo e sua substituição por Dina Boluarte causou revolta em parte da sociedade, especialmente das organizações civis, que consideram o novo governo ilegítimo e que a melhor solução para a crise seria a realização de novas eleições gerais [para escolher o novo presidente e a totalidade das vagas do Congresso unicameral] já no primeiro semestre de 2023.

Essa mobilização em favor de novas eleições se incrementou no dia 10 de dezembro, a primeira vez em que os protestos aconteceram simultaneamente em diferentes regiões do país.

Também foi a primeira jornada em que o governo reagiu às manifestações com um aparato de repressão policial, e produziu as três primeiras mortes. Segundo a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos do Peru (CNDDHH), o ano terminou com um saldo maior, de 32 mortes de civis provocadas ação da polícia peruana.

Repressão deixa 14 feridos! A Ouvidoria do Peru informou na sexta-feira (06) que pelo menos 14 pessoas ficaram feridas como resultado da repressão pelas forças de segurança de uma manifestação contra a presidente Dina Boluarte na região sul de Puno.

A entidade peruana confirmou a existência de 10 civis e quatro policiais feridos no hospital Carlos Monge Medrano, na cidade de Julicaca, como resultado da repressão à mobilização contra o Governo e pela libertação do ex-presidente Pedro Castillo.

Na capital do país, Lima, uma marcha que se dirigia à sede do Congresso foi contida por policiais, deixando pelo menos cinco feridos e mais de 40 detidos.

Manifestantes no Peru exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, a antecipação das eleições gerais para 2023 e a convocação de uma assembleia constituinte, entre outras reivindicações.

Inverno difícil para a Europa. No domingo (1º), a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, advertiu que a Europa enfrentará um “inverno difícil” este ano em meio ao plano do bloco de acabar com a dependência de fontes de energia russas.

Conforme declarou Georgieva em entrevista à emissora estadunidense CBS, é provável que o próximo inverno europeu seja ainda pior.

Ao lado dos EUA, a UE impôs um volume sem precedentes de sanções contra a Rússia e prometeu acabar com sua dependência do fornecimento de energia russo. As medidas são retaliação à operação militar especial russa na Ucrânia, em curso desde fevereiro de 2022.

Ao impor sanções à economia russa, incluindo os chamados tetos de preços, a Europa hoje 'aproveita' as consequências de suas atividades. A crise de energia e a alta inflação afetam até hoje os moradores do quarteirão comunitário. Eles também preveem que o ano de 2023 trará mais recessão à Europa como resultado de sua política.

No entanto, os economistas alertam que, sem suprimentos da Rússia, será muito difícil repor as reservas. A Europa costumava contar com o armazenamento de gás de inverno dos suprimentos russos. Abandonando um parceiro tão estável, a Europa precisa se esforçar em 2023 para cumprir a tradicional tarefa de inverno de encher as instalações de armazenamento de gás, mas agora sem a Rússia.

Um artigo do Financial Times aponta que a economia da zona do euro já estava em recessão. Espera-se que o produto interno bruto (PIB) se contraia em 2023 por razões tangíveis.

Não tem pão? Assustadoramente, volta à lembrança a frase de Maria Antonieta da rainha da França durante a crise de 1774 quando, revoltados com a fome, o povo pedia pão. Respondeu ela: “Se não tem pão, que comam brioches”!

Em um contexto de crise energética e inflação na Europa, um produto recebe especial atenção: o pão. O processo de fabricação da baguete, que exige muita energia, é tratado em reportagens nos principais jornais franceses na quarta-feira (04). Este alimento básico estampa a capa do Le Parisien, que afirma: “É preciso salvar os padeiros”.

A reportagem se refere aos esforços anunciados pelo governo francês, na terça-feira (03), a fim de apoiar cerca de 33 mil padarias que se preocupam com a explosão dos preços de suas contas de luz. A oposição, sublinha o diário da capital francesa, não perderá a oportunidade de tirar proveito dessa insatisfação do setor.

Crise no Reino Unido. Em seu primeiro discurso do ano, na quarta-feira (04), o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak prometeu reduzir a inflação pela metade este ano, enfrentar a crise sanitária e combater a imigração ilegal no país. O premiê apontou suas prioridades, no momento em que o Reino Unido passa por uma grave turbulência social.

O chefe do governo conservador, que assumiu o poder no final de outubro, elencou “cinco promessas”, “cinco alicerces para construir um futuro melhor para nossos filhos e netos”, disse, sem apresentar, entretanto, novas medidas sobre esses temas.

“Vamos reduzir a inflação pela metade este ano” para diminuir o custo de vida, "vamos fazer a economia crescer, criando empregos com melhores salários e oportunidades em todo o país", disse Rishi Sunak.

O chefe do governo prometeu, ainda, reduzir a dívida do país, que aumentou desde meados de 2021, sob o impacto da inflação que se aproxima dos 11%. Sua promessa de cortar o índice de inflação pela metade corresponde às previsões atuais do Banco Central.

Contudo, é a crise do sistema público de saúde, à beira da ruptura, que mais preocupa os britânicos. Sunak prometeu reduzir as longas listas de espera no sistema público de saúde, o NHS, completamente sobrecarregado, após mais de dez anos de austeridade e pandemia.

Futuro incerto. Em julho do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou a “atualização das perspectivas econômicas mundiais: Perspectivas sombrias e mais incertas”, cujo conteúdo pode ser bastante preocupante tanto para o setor financeiro, quanto para o setor público e ainda mais para lares da classe trabalhadora.

No documento, o FMI apresenta pela primeira vez 4 eixos que sintetizam o panorama mundial, relativamente à crise desencadeada pela pandemia de COVID-19 e pela guerra na Ucrânia, que colocaram o mundo numa situação de subida da inflação, desaceleração da economia, aumento na dívida pública e privada e crise no setor financeiro.

No primeiro ponto, expõem as principais razões que explicam a situação atual, que tanto pode melhorar como piorar, mas estimam que esses resultados não poderão ser visualizados até 2024. No segundo ponto, expressam em cifras o estado de reduzido crescimento econômico mundial e nas principais potências econômicas, ou seja, as flutuações nos percentuais de crescimento do PIB mundial, do PIB dos EUA e da China. Para então indicar a inflação média de países avançados como os Estados Unidos e de economias emergentes como o Chile. Números chave para medir a conjuntura económica, com os quais acabam por estimar o crescimento que haverá em 2023, ainda menos do que em 2022.

Ao final do 3º ponto, apresentam o cenário mais catastrófico, com a dificuldade de redução da inflação, o aumento da dívida externa principalmente dos países mais pobres, a possibilidade de novos surtos de COVID-19, etc. Terminando em termos económicos e em valores percentuais, um cenário alternativo que se verificaria caso se materializassem os maiores riscos evidenciados, onde o crescimento económico em 2023 seria ainda inferior ao estimado no ponto 2. E no último ponto, apresentam em linhas gerais o que os governos devem fazer com sua autoridade econômica para aliviar esta crise, na qual lhes pedem o aperto da política monetária -reduzir gastos públicos ou aumentar as taxas de juros- acompanhado de políticas monetárias de leve ajuda ao máximo vulneráveis ​​que não impliquem em ajustes de preços, colocando em risco a estabilidade financeira - ou seja, os investimentos - com esta política fiscal, mas combatendo, ainda que parcialmente, o aumento da inflação.

Problemas mentais com Biden? Os problemas mentais de Joe Biden, manifestados em diversos momentos, ameaçam a segurança do país, segundo o The Federalist.

De acordo com a mídia, não é segredo que o presidente Joe Biden não está em boas condições físicas e mentais, cometendo uma série de erros que colocam o país em risco “quase sempre que abre a boca”.

A mídia ainda ressaltou algumas das falas de Biden, como quando ele chamou o Holocausto de causa nobre e as tropas estadunidenses de egoístas, além de ter alegado que tinha câncer.

Em um discurso em Varsóvia, em março de 2022, Biden fez uma das declarações mais problemáticas para o país, quando afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, deveria ser retirado do poder, segundo a mídia. Posteriormente, ele ressaltou que esta não é a posição oficial dos EUA.

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