O desfecho que falta!
O desejo maior da população brasileira que conseguiu se
livrar do sacripanta que gastou milhões de reais com cartão corporativo para seu
prazer e financiar motociatas é ver o canalha na prisão. E isto está perto de acontecer.
No início desta semana, quatro deputados federais do PT
protocolaram representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra o bandido e sua ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e
senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) por suspeita de crime de
genocídio contra os povos Yanomâmis em Roraima.
Os deputados afirmam que a atitude do criminoso
contribuiu de maneira decisiva para a “contaminação dos rios (mercúrio) e,
consequentemente, resultou nos impactos na alimentação (pesca) e nas condições
de sanitárias (saúde) dos povos tradicionais que vivem e sobrevivem nas áreas
onde não deveria haver garimpos, legais ou ilegais”.
A representação também inclui todos os ex-presidentes da
Funai durante o governo do sacripanta – no período de janeiro de 2019 a
dezembro de 2022. Assinam a representação os parlamentares Alencar Santana
(PT-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Zeca Dirceu
(PT-PR).
As provas existem! É
desumana a situação dos indígenas da etnia Yanomami na zona rural de Boa Vista
(RR), constatou o presidente Lula (PT) após verificar pessoalmente, no sábado
(21) as denúncias sobre desnutrição e contaminações graves que já haviam sido
denunciadas mais de uma vez por ativistas e lideranças indígenas ao governo do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), que não tomou nenhuma providência.
“É desumano o que eu vi aqui”, disse Lula, que
responsabilizou diretamente o ex-presidente pela tragédia humanitária.
O governo do crápula ignorou ao menos 21 pedidos
formais de ajuda aos Yanomami, segundo levantamento do The Intercept Brasil, de
agosto do ano passado, que tomou como base ofícios encaminhados por uma
associação indígena a diversos órgãos, denunciando invasões de garimpeiros ao
território indígena. Nas peças encaminhadas à Funai, Ministério Público e
Exército, a Hutukara Associação Yanomami já alertava que os conflitos poderiam
“atingir a proporção de genocídio”, diz a reportagem publicada em agosto de
2022.
O Ministério da Saúde decretou estado de emergência
para “planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas”
para reverter as consequências da falta de assistência sanitária que atinge a
população Yanomami. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial
da União (DOU), na noite de ontem (20).
O 02 é fugitivo. O filho
02 do sacripanta, também conhecido como “Carluxo Cabeção” é um fugitivo da
Justiça.
Foi o próprio Carluxo quem disse que “o Rio de Janeiro
é a primeira cidade do país que possui um vereador federal”. Ele passou quase
todo o seu mandato em Brasília, despachando no gabinete do pai. Mas sua
história é bem estranha e pouco conhecida pelo seu envolvimento com as
conhecidas “rachadinhas” e por ter sido o criador do “gabinete do ódio” que se
especializou em espalhar Fake News.
Hoje ele vive em Atlanta, capital da Geórgia, nos EUA. O
pai, canalha-mor, vive agora na Flórida (EUA) e pode ser extraditado porque o
prazo do seu visto diplomático vencerá na próxima semana. Estarão preparando
novo golpe para não voltar?
Carluxo ou 02, como o pai apelidou os quatro filhos,
segundo denúncias, era o responsável por diversas contas nas redes sociais que
disseminavam conteúdo falso e foi apontado como cérebro do “Gabinete do Ódio”,
grupo que, sob as ordens do Palácio do Planalto, espalharia fake news e
afirmações agressivas contra adversários do atual governo, segundo relatório do
juiz Aírton da Veiga, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O juiz relatou a “presença de fortes indícios e
significativas provas apontando para a existência de uma verdadeira
‘organização criminosa’ de forte atuação digital e com núcleos de ‘produção’,
de ‘publicação’ de ‘financiamento’ e ‘político’ (…) com a nítida finalidade de
atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”. Segundo Aírton da Veiga, a
operação da PF visava atacar o núcleo de financiamento.
Em abril de 2020, a Polícia Federal identificou o “Cabeção”
como um dos responsáveis por chefiar as milícias digitais que disparam fake
news nas redes sociais, em inquérito sobre atos antidemocráticos do STF.
Pegar todos eles. O presidente do STF, desembargador Alexandre de
Moraes, autorizou ações de busca e apreensão em imóveis do ex-governador do
Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha e de seu ex-secretário executivo de Segurança
Pública, Fernando de Souza Oliveira, informam fontes oficiais.
Agentes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da
Polícia Federal cumpriram cinco mandados de busca e apreensão no Palácio do
Buriti, sede do DF em Brasília, escritório de advocacia, casa do ex-governador
Bolsonaro, Secretaria de Segurança Pública e na residência do ex-funcionário.
Os dois réus estão sendo investigados pelo Ministério
Público para apurar a conduta dos comandantes estaduais que permitiram o assalto
às três sedes emblemáticas do poder político em Brasília: Palácio do Planalto,
Congresso e Supremo Tribunal Federal.
O mandado de busca e apreensão contra Ibaneis e de
Souza Oliveira foi requerido pelo Grupo Estratégico de Combate a Atos
Antidemocráticos da PGR como parte das investigações relacionadas ao assalto
realizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contra três
autoridades públicas no dia 8 de janeiro.
Lula exonera chefe do Exército! Lula da
Silva (PT) demitiu, no sábado (21), o comandante do Exército, general Júlio
Cesar de Arruda. Ele foi empossado interinamente no cargo em 30 de dezembro do
ano passado, ainda no governo do canalha, em um acerto com a equipe de
transição para que a troca do comando ocorresse antes da posse do novo governo.
No lugar de Arruda à frente da corporação assumirá o também general Tomás
Miguel Ribeiro Paiva.
Paiva foi destaque de noticiários durante a semana
depois de, na quarta-feira (18), ter feito declarações incisivas contra os atos
de terrorismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em sua fala, ele cobrava
respeito ao resultado das eleições de outubro. “Democracia pressupõe liberdade,
garantias individuais […] e alternância do poder”, disse o então comandante militar
do Sudeste.
Ele falava durante cerimônia, em São Paulo, em homenagem
aos militares brasileiros mortos no Haiti. Em seu discurso, Paiva conclamou o
Exército a respeitar o resultado da eleição que levou Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) à Presidência da República. “(Democracia) também é o regime do povo (…) É
o voto. E quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não
interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo
que a gente não goste”, afirmou.
Lula participa da Celac. O
presidente brasileiro desembarcou na noite de domingo na capital argentina para
participar da VII Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e realizar um encontro com seu homólogo
argentino Alberto Fernandez.
À margem da nova cúpula da Celac, o presidente
brasileiro teve um encontro com seu homólogo Alberto Fernández e a
vice-presidente Cristina Fernández.
Do governo argentino indicaram que os dois líderes
pretendem avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum
“Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda
sul-americana comum que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros
quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e reduzindo nossa vulnerabilidade
externa”, afirma um comunicado do governo de Alberto Fernández.
Eles também expressam sua condenação a todas as formas
de extremismo antidemocrático e violência política e defenderão a consolidação
da paz e da democracia na região.
Em primeiro evento de sua viagem à Argentina, Lula foi
recebido pelo anfitrião Alberto Fernández na Casa Rosada na tarde de
segunda-feira (23).
O encontro serviu para a assinatura de diversos acordos
entre os dos países, e também para uma reunião entre Lula e Fernández, que
terminou com uma coletiva de imprensa conjunta entre os dois mandatários.
Antes da entrevista, os presidentes deram declarações
sobre a importância da reaproximação dos dois países a partir dos seus
governos, já que essa relação se tornou mais distante durante o governo de Jair
Bolsonaro, que manteve uma postura hostil com Buenos Aires devido a suas
diferenças ideológicas com o governo de Fernández.
Em sua declaração, Lula enfatizou justamente essa
reaproximação e disse que “o Brasil está outra vez de braços abertos aos amigos
argentinos”. O mandatário brasileiro ressaltou que “Brasil e Argentina nunca devem
estar distantes, nem nos aspectos econômicos, nem nos aspectos comerciais,
sociais, científicos, esportivos e culturais”.
Na etapa de perguntas dos jornalistas, Lula falou sobre
o projeto de criação de uma moeda única dos países da América do Sul, que funcionaria
somente para as grandes transações comerciais.
“Em 2008, houve uma primeira experiência nesse sentido,
mais tímida, que não foi adiante (…) mas desta vez eu espero que os ministros
de Economia dos nossos países apresentem propostas que possam fazer com que
esse projeto funcione, porque seria ideal que nós possamos fazer nosso comércio
usando as nossas moedas nacionais, sem ter que passar pelo dólar”, explicou.
Lula também falou sobre a retomada das relações com a
Venezuela, situação questionada por um jornalista argentino. “Vamos a recuperar
as relações entre duas nações livres e independentes (…) o que eu quero para o
Brasil eu quero também para a Venezuela, respeito à soberania e à
autodeterminação dos povos”, ressaltou o mandatário brasileiro.
Lula pede desculpas. Em
encontro com seu homólogo da Argentina Alberto Fernández, dentro da Casa
Rosada, na segunda-feira (23), Lula pediu desculpas ao povo argentino “pelas
grosserias” do sacripanta que governou o Brasil, sem mencionar o seu nome
diretamente.
“Estou pedindo desculpas ao povo argentino por todas as
grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como genocida por
causa da falta de cuidado que teve com a pandemia, por todas as ofensas que fez
contra Fernández”, afirmou.
O presidente brasileiro completou a fala, enfatizando
que “um país que tem a grandeza do Brasil não tem o direito de procurar inimigos,
precisa buscar amigos e sócios. O Brasil está outra vez de braços abertos para
acolher os companheiros argentinos”.
Moeda comercial. Brasil
e Argentina vão anunciar em breve o início dos trabalhos preparatórios para a
adoção de uma moeda única, informou o jornal Financial Times, citando fontes.
Após quase quatro anos de distanciamento ideológico,
Brasil e Argentina voltaram a se aproximar com a eleição do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. E, na segunda-feira (23), Lula já acordou em Buenos Aires
para seu primeiro encontro internacional, com Alberto Fernández, presidente
argentino.
Segundo publicação do jornal Financial Times, Brasil e
Argentina estão perto de anunciar um trabalho em conjunto para a adoção de uma
moeda única para os negócios entre os países.
A ideia não seria unificar as moedas dos países, muito
menos acabar com o real e o peso argentino, mas sim implementar uma unidade
monetária paralela para facilitar as transações comerciais das nações vizinhas
e, consequentemente, diminuir a dependência do dólar.
O economista Fábio Sobral, professor da Universidade
Federal do Ceará (UFC), afirma que, após um período de afastamento, o movimento
de reaproximação é “muito bem-vindo”.
Segundo o especialista, há uma dimensão geopolítica
importante em uma aliança do Brasil com a Argentina, pois juntos os países
podem ajudar a fortalecer as relações da América do Sul com a China.
Ele aponta que a Argentina já tem se aproximado da
China, que atualmente é seu principal parceiro comercial. Além disso, o país
vizinho é candidato a aderir ao BRICS, podendo ter o apoio do Brasil. O professor
lembra que, antes do conflito na Ucrânia, "a Argentina chegou a buscar a
própria Rússia como um parceiro privilegiado, já que o Brasil se ausentava".
Uma visão do futuro. A crescente
cooperação entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(Celac) favorece a inserção global da América Latina, destacou o especialista
argentino Marcelo Rodríguez nesta segunda-feira.
“O fórum que reúne as duas partes tem tido o maior
número de reuniões e maior dinamismo desde a sua criação e é chamado a desempenhar
um papel muito importante na inserção da América Latina na nova ordem
internacional que se configura”, disse o acadêmico em entrevista à Xinhua.
Rodríguez, diretor do Centro de Estudos e Formação
Marxista (Cefma) Héctor P. Agosti, da Argentina, destacou que a formação do fórum
China–Celac é muito “importante, porque foi o primeiro que se conseguiu sem a
presença de Estados Unidos”.
“A ligação entre a China e os países da região por meio
da plataforma oferecida pela Celac diz muito simbolicamente, mas vai além
porque também há fatos concretos, com acordos e propostas para aprofundar a
cooperação entre as partes”, observou o especialista.
Lula defende a proposta. Lula disse
que é possível discutir a adoção de um acordo de livre comércio entre a China e
o Mercosul (bloco econômico que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai,
além de países associados).
Para o presidente brasileiro, antes é preciso destravar
a ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Aprovado em
2019, após 20 anos de negociações, esse acordo comercial precisa ser ratificado
pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. No
entanto, diversos países europeus suspenderam a aprovação do acordo, o que
exigirá negociações adicionais.
“Vamos intensificar as discussões com a União Europeia
e vamos firmar esse acordo para que a gente possa discutir apenas um possível
acordo entre China e Mercosul, e eu acho que é possível”, disse em declaração à
imprensa ao lado de Lacalle Pou.
Venezuela apoia moeda única. O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira seu apoio à
iniciativa apresentada pelos seus homólogos da Argentina, Alberto Fernández, e
do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a criação de uma moeda comum para a
região.
“Hoje, o presidente Lula da Silva e o presidente
Alberto Fernández anunciaram que vão abrir caminho para a criação de uma moeda
comum sul-americana. Eu anuncio que a Venezuela está pronta e apoiamos a iniciativa
de criar uma moeda latino-americana e caribenha”, afirmou. ele disse.
No marco da Grande Marcha Nacional contra as medidas
coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos (EUA) à Venezuela, o
chefe de Estado celebrou a iniciativa e declarou “independência, união e libertação
da América Latina e Caribe”.
Importância do Brasil. O
discurso de Lula durante a sétima edição da Cúpula da Comunidade dos Países
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (24/01), foi enfocado
em ressaltar a importância que o novo governo brasileiro dá ao seu retorno ao
organismo após o afastamento promovido pelo sacripanta, e também a convicção do
atual mandatário em voltar a protagonizar iniciativas de integração entre os
países da região.
“Ao longo dos sucessivos governos brasileiros desde a
redemocratização nos empenhamos com afinco e com sentido de missão em prol da
integração regional e na consolidação de uma região pacífica, baseada em
relações marcadas pelo diálogo e pela cooperação”, enfatizou Lula, para
reforçar, em seguida, que este retorno à Celac marca “um reencontro do Brasil
consigo mesmo”.
“O Brasil está de volta à região e pronto para
trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de
solidariedade, diálogo e cooperação”, acrescentou.
“Celac sem Brasil é vazia”. O
retorno do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(Celac) foi aplaudido pelos líderes na abertura da cúpula na terça-feira (24)
em Buenos Aires.
Durante a abertura do foro, os aplausos foram pedidos
pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmando que, sem o Brasil, a
Celac fica “vazia”.
A participação do Brasil na organização havia sido rompida
no governo do ex-capitão, mas retornou após a posse de Lula. “Sem dúvida, uma
Celac sem o Brasil é muito mais vazia, com a qual sua presença hoje nos
completa”, afirmou o presidente argentino.
No discurso de abertura, Fernández alertou sobre o
avanço da ultradireita em diferentes partes do mundo e especialmente na região
latino-americana, pedindo o fortalecimento da "institucionalidade e da democracia
diante de uma direita fascista".
O presidente apontou a necessidade de não permitir que
a extrema direita “ponha em risco a institucionalidade de nossos povos”.
Lula restabelece relações com Cuba. Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, tiveram
uma reunião bilateral na terça-feira (24), durante a sétima edição da Cúpula da
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Este é o primeiro encontro entre os dois mandatários e
o primeiro diálogo de Lula com um líder cubano neste seu terceiro mandato.
Em seus dois primeiros períodos no Palácio do Planalto,
Lula teve diferentes reuniões com dois presidentes que governaram Cuba no período:
o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, e seu irmão, Raúl Castro,
que assumiu o poder em 2008.
Segundo a agência cubana Prensa Latina, Lula e
Díaz-Canel conversaram sobre políticas para reforçar a integração entre os
países da América Latina, além de possíveis acordos comerciais e de ajuda mútua
no setor da saúde.
A agência também ressaltou que os dois presidentes já
haviam trocado telefonemas ao menos duas vezes durante este mês: no dia
seguinte à posse de Lula e após a tentativa de golpe de Estado por parte dos
fascistas no Brasil, no dia 8 de janeiro, quando o mandatário cubano expressou
seu apoio ao homólogo brasileiro.
A verdadeira face do golpe. O golpe
de Estado no Peru, que levou o presidente democraticamente eleito, Pedro
Castillo, para a prisão, foi todo orquestrado pelos EUA. Como sempre acontece na
Nossa América. Os novos governantes do Peru, a golpista Dina Boluarte e o
general José Williams, já assassinaram mais de 60 manifestantes contrários ao
golpe.
Foi o próprio secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken,
quem apoiou Boluarte na realização de “reformas” no meio de uma grave crise
institucional, política, económica e institucional, receando a incursão de
empresas chinesas na exploração de matérias-primas e recursos estratégicos.
O Peru foi apresentado como um exemplo de sucesso do
mundo neoliberal, apesar (ou graças à) corrupção comprovada de seus últimos
presidentes, mas aos poucos também aprofundou suas relações com a China Com uma legislação permeável a lobbies
empresariais, hoje o Peru recebe investimentos da Espanha (petróleo e gás),
Reino Unido, Suíça, Japão, Coreia do Sul e até mesmo de países
latino-americanos como Brasil, México, Chile e Argentina.
Mas os investimentos estratégicos vêm dos EUA por meio
de empresas como a Cerro Verde e a Southern Copper Corporation, que atuam na
exploração de cobre, mineral do qual o Peru é o segundo maior exportador do
mundo. Mas às empresas estadunidenses uniram-se à canadiana Plateau Energy, que
descobriu urânio em 2017 no sul, em Macuyani. Muita coisa mudou com a
descoberta do lítio pela estadunidense Lithium em Falchani, talvez o sexto
maior depósito do mundo.
Entenderam
a razão do golpe contra Pedro Castillo e o apoio à Dina Baluarte?
Grande marcha nacional. Milhares
de peruanos realizam, na terça-feira (24), uma nova grande marcha nacional
exigindo a renúncia da presidente designada Dina Boluarte, a quem culpam pela
repressão aos protestos que deixaram pelo menos 62 pessoas assassinadas.
Estudantes, camponeses, indígenas e outros grupos
populares anunciaram que começarão a se reunir às 16h00, horário local (21h00,
horário de Brasília), na terça-feira, na praça 2 de Mayo.
O presidente da Assembleia Regional Juvenil de Cusco,
Mauro Marucho, em entrevista à teleSUR, denunciou que a repressão policial
“está se tornando cada vez mais aguda, há 62 mortes por impactos de projéteis em
todo o país”.
Repressão policial. As forças de segurança peruanas reprimiram
violentamente os manifestantes que participaram da grande marcha nacional
realizada nas ruas do centro de Lima na terça-feira, com saldo de vários
feridos e detidos.
Mídias e organizações independentes, como a
Coordinadora 14N (@coordinadora14n), denunciaram em suas redes sociais a forma
como policiais dispararam chumbinhos e bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes
do protesto que exigia a renúncia de Dina Boluarte.
As fontes contaram pelo menos quatro pessoas que foram
atendidas pelas brigadas de primeiros socorros por ferimentos com projéteis,
enquanto alertaram que havia pelo menos seis detidos em uma delegacia.
O usuário da rede Twitter Alex Febrero (@AlexFebrero_)
documentou a “brutal repressão em frente à Clínica Internacional, Alfonso
Ugarte. Os manifestantes avançavam de forma pacífica. Há uma pessoa
ferida."
Nesta terça-feira e de Buenos Aires, capital da
Argentina, onde foi realizada a VII Cúpula da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a presidente de Honduras, Xiomara
Castro, se solidarizou com Castillo, que está preso desde 7 em dezembro passado
acusado de suposta rebelião.
Neste contexto, o Presidente do México, Andrés Manuel López
Obrador, depois de condenar a repressão policial contra os manifestantes no Peru,
instou os Estados membros da Celac a assinarem um acordo para exigir a
liberdade de Pedro Castillo.
Parlamentares pedem afastamento. Um
grupo de parlamentares apresentou nesta quarta-feira moção de vacância contra a
nomeada presidente do Peru, Dina Boluarte, por incapacidade moral.
Esta iniciativa, apresentada pelo legislador Nieves
Limachi do Peru Democrático e apoiada por outros parlamentares, surgiu no
contexto de protestos em várias regiões do país para exigir a renúncia de
Boluarte, bem como forte repressão das forças de segurança contra mobilizações.
Entre os fundamentos desta moção de vacância estão as
manifestações realizadas contra o governo peruano, pelo avanço das eleições
gerais, uma Assembleia Constituinte e pela liberdade do ex-presidente Pedro
Castillo.
Outro ponto a que se refere o documento é que “nosso
país está sendo sangrado pela má gestão do governo e das forças de ordem
dirigidas pela senhora Boluarte Zegarra”.
Em Lima, manifestantes protestaram em frente à
Embaixada dos Estados Unidos (EUA) no país, posicionando-se para expressar suas
demandas e exigir justiça para as vítimas da repressão.
Vai “botar o galho dentro”? A golpista
peruana, Dina Boluarte, pediu ao Congresso na sexta-feira (27) que aprove a
antecipação das eleições gerais no país para dezembro de 2023, como forma de
contornar a crise política que se iniciou em dezembro, após a destituição do
ex-presidente Pedro Castillo.
Em cerimônia realizada no Aeroporto Militar de Lima,
Boluarte instou o Legislativo a modificar o projeto que tramita atualmente, que
antecipa as eleições em apenas dois anos – ou seja, o próximo pleito que
deveria acontecer em abril de 2026 seria reprogramado para abril de 2024.
Segundo ela, as manifestações que vêm ocorrendo com
frequência no país desde dezembro indicam que a população está exigindo a realização
das próximas eleições ainda no ano de 2023.
Boluarte instou os líderes dos partidos Força Popular
[direita fujimorista] e Aliança para o Progresso [ultraliberal] a “honrar o
compromisso que já haviam expressado, de apoiar essa proposta [de um
adiantamento das eleições para 2023], pois não há condições de fazer o país
voltar à normalidade de outra forma”.
A presidente também questionou os partidos de esquerda
por condicionar o apoio à proposta de adiantamento das eleições à realização,
no mesmo dia do pleito, de um referendo sobre a convocação de uma assembleia
constituinte no país – a atual carta magna peruana foi imposta em 1993 pelo
então ditador Alberto Fujimori.
Será que ela está preocupada com o que aconteceu com
Jeanine Añez, a golpista boliviana que agora está na cadeia?
Mas não é bem isso! A
quadrilha de Fujimori não dorme. Na noite de sexta-feira (27) o parlamento unicameral
do país votou um primeiro projeto nesse sentido, que previa a realização do
pleito no próximo mês de outubro, mas a iniciativa foi rejeitada, em sessão que
terminou apenas no sábado de madrugada.
O projeto obteve apenas 45 votos favoráveis, enquanto
os contrários foram 65 – também houve duas abstenções e 18 ausências. Eram
necessários 87 para a aprovação, já que se tratava de uma reforma constitucional.
A oposição de esquerda votou contra o projeto, que
classificou como uma “proposta fraudulenta”, já que incluía um mecanismo que
obstruiria a realização de um referendo para assembleia constituinte, que é
outra demanda importante dos movimentos sociais que vêm se manifestando
recentemente.
O autor da iniciativa votada nesta sexta foi o
congressista Hernando Guerra García, do partido Força Popular (direita
fujimorista). O texto falava em um primeiro turno presidencial em outubro e um
possível segundo turno em novembro.
Também segundo o projeto, o mandato da presidente Dina
Boluarte terminaria no dia 31 de dezembro deste ano, e o vencedor das eleições
iniciaria no dia seguinte, o primeiro de 2024, seu período de cinco anos, até
2029.
No entanto, há outro projeto tramitando no legislativo,
que fala em eleições gerais em dezembro de 2023 [para presidente e todo o
Legislativo] junto com um referendo para que a cidadania decida se deve ser
convocada uma assembleia constituinte, para substituir a atual carta magna imposta
em 1993 pelo então ditador Alberto Fujimori.
Pesadelo em Washington. Em
recente declaração, o presidente venezuelano, Maduro, sugeriu a criação de um
bloco latino-americano e a aproximação com Rússia e China na defesa de um mundo
multipolar.
No último dia 12, Maduro sugeriu, durante discurso na
Assembleia Nacional, a formação de um “bloco político” de países latino-americanos
e mencionou conversas sobre o tema com os presidentes da Argentina, Alberto
Fernández, da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, Lula da Silva. Para o presidente
venezuelano, a aproximação desses países, ao lado de Rússia e China, poderia
fortalecer a ideia de um “mundo multipolar e multicêntrico”.
Embora nada oficial tenha sido anunciado, o novo governo
brasileiro sinaliza uma política internacional de integração regional e fortalecimento
do BRICS — que ensaia uma expansão que pode incluir a Argentina. A Sputnik
Brasil ouviu especialistas para discutir os limites e as possibilidades em
torno de um eventual alinhamento entre os países latino-americanos, Moscou e
Pequim.
Desde a campanha presidencial, Lula tem sinalizado ao
mundo a intenção de investir na integração regional e no fortalecimento do
BRICS. As primeiras ações do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, como a
reinserção do Brasil na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(CELAC) e um discurso de inauguração com promessas de liderar a região,
confirmam a tendência.
China x EUA! A
República Popular da China e os Estados Unidos da América não são parceiros, não
são economias que competem em um ambiente de livre mercado, fora de tensões ou
possibilidades de confrontos além dos comerciais e diplomáticos.
China e Estados Unidos são rivais, antagônicos, adversários
com trancos e barrancos para se tornarem inimigos de morte
Como poderiam ser parceiros um casal de países com um
enorme potencial demográfico, financeiro, militar e com ambições destinadas a
satisfazer as necessidades de suas indústrias na busca incessante por mercados
de diversas formas? Um deles, os Estados Unidos, que acredita ser possível
continuar com sua política de cenoura e pau, e o outro, a China, ativa
financiadora dessas infraestruturas e necessidades almejadas pelos países da
América Latina, África e Ásia, fundamentalmente onde a política é aquela da
carteira ampla. Não há possibilidade de sermos sócios quando o que está em
disputa, aliás, são estratégias de desenvolvimento diametralmente opostas. Um
Estados Unidos ossificado, sujeito ao seu papel crônico de potência hegemônica
dominante, com claro eixo de seguir o caminho da unipolaridade. A outra, a
China, situada nos antípodas,
A realidade das disputas entre os EUA e a República
Popular da China já se estende a grandes áreas do planeta. Por exemplo, no Mar
da China Meridional, onde as pressões contra o governo de Xi Jinping, de Washington
e seus parceiros regionais como Japão, Taiwan, Coreia do Sul, Austrália e Nova
Zelândia, dispararam alarmes geopolíticos globais. Esse objetivo de controle
das rotas marítimas está ali expresso, começando pelo Estreito de Malaca,
continuando pelo Estreito de Ormuz e Bab el Mandeb, que dá entrada no Mar
Vermelho e com ele o Canal de Suez, que forçou a China, em agosto 2017 para
instalar sua primeira base militar fora do território chinês, neste caso no
chifre africano, no pequeno Djibuti. O que para a mídia ocidental, Descreveram-no
como um posto militar estabelecido pelo país no Oceano Índico, para beneficiar
os seus próprios interesses na competição entre as grandes potências.
E a disputa não é apenas comercial, política ou
diplomática. Os aspectos militares já se fazem sentir no dia-a-dia, seja através
de decisões como a dos Estados Unidos ao decidir criar o AUKUS – pacto
trilateral de segurança – com a Grã-Bretanha e a Austrália, dotando este país
de três porta-aviões propulsados num
futuro próximo trazer energia nuclear para aquela região e o
perigo que isso representa do ponto de vista das tensões. Exercícios navais de
grande escala apelidados de “Cooperação Naval 2022” foram realizados no final
de dezembro de 2022 entre a China e a Rússia no Mar da China Meridional, de
Zhoushan a Taizhou, na província de Zhejiang, no leste da China, a cerca de 500
quilômetros da costa norte da ilha de Taiwan, a fim de desenvolver estratégias
de defesa para suas costas em direção ao Pacífico.
Zelenski = Temer + sacripanta! O
Projeto de Lei 5.371 elimina o direito à negociação coletiva para pequenas e
médias empresas, ou seja, para empresas com menos de 250 funcionários. Nesses
casos, os empregadores terão liberdade para negociar salários, jornada de
trabalho e condições contratuais com o trabalhador individualmente.
Para se ter uma ideia, na Ucrânia 70% dos trabalhadores
trabalham em pequenas e médias empresas.
A nova legislação trabalhista também legaliza os
chamados contratos de “hora zero”, nos quais os empregadores podem dispor dos
trabalhadores à vontade. Desta forma, os colaboradores só têm garantido um
mínimo de 32 horas de trabalho por mês dependendo da “demanda” que se faz
necessária. A empresa pode ter até 10% da força de trabalho com esse tipo de
contrato.
Outro dos pontos conflitantes tem a ver com os bens dos
sindicatos, que podem ser confiscados pelo Estado e corre-se o risco de
acabarem privatizados nas mãos dos oligarcas.
EUA x América Latina! A
general estadunidense Laura Richardson, chefe do Comando Sul, não economizou
com sinceridade: sem eufemismos, ela se referiu à riqueza de recursos naturais
da América Latina e como estes são uma questão de “segurança nacional” para seu
país, em seu “jogo” contra seus adversários geopolíticos, China e Rússia.
Por que essa região é importante? Com todos os seus
ricos recursos e elementos de terras raras, você tem o triângulo de lítio, que
é necessário para a tecnologia de hoje. 60% do lítio mundial está no triângulo
do lítio: Argentina, Bolívia, Chile", afirmou.
Após esta enumeração dos recursos naturais estratégicos
da região, destacou que “temos 31 por cento da água doce do mundo nesta região.
Com esse inventário, os EUA têm muito o que fazer”. O que preocupa é o “nós
temos”: Richardson sustenta que a água da região da América Latina e Caribe
pertence ao seu país, deixando explícito o caráter de pilhagem e pilhagem com
seu suposto quintal.
Concluiu dizendo que os EUA têm “muito a fazer” e que “esta
região importa’ porque ‘tem muito a ver com a segurança nacional e temos de
começar o nosso jogo”, disse, referindo-se à sua disputa geopolítica que ele
mantém, com a China e, em menor medida, a Rússia, por esses recursos.
Obviamente, os Estados Unidos não veem a América Latina
como vizinha nem buscam proteger um projeto multinacional de desenvolvimento.
Richarson fala em “controlar a região” a qualquer custo por suas ricas reservas
de lítio, petróleo, ouro, cobre e água.
Chegaram ao limite? Os EUA atingiram seu limite de dívida na quinta-feira
(25), levando o Departamento do Tesouro a tomar “medidas extraordinárias” para
continuar financiando o Governo Federal. A secretária do Tesouro, Janet Yellen,
anunciou em uma carta ao presidente da Câmara, Kevin McCarthy, que seu
Departamento colocaria freios temporários em novos investimentos em alguns
fundos de aposentadoria do governo até 5 de junho.
Yellen disse que tais medidas podem permitir que o
governo pague suas contas até junho. Ao mesmo tempo, a secretária disse que
haveria “considerável incerteza” em torno dessas ações, caso o Congresso não
aprovasse uma legislação para aumentar o teto da dívida, atualmente de US$ 31,4
trilhões.
O valor é 1,22 vezes maior que o Produto Interno Bruto
(PIB, total de produtos e serviços no ano) dos Estados Unidos, avaliado em US$
25,7 trilhões no terceiro trimestre de 2022.
No país da liberdade (01). Um tiroteio em massa perto da cidade americana de Los Angeles deixou um
saldo preliminar de pelo menos 10 mortos e cerca de 16 feridos.
Segundo a mídia local, o
tiroteio ocorreu na cidade de Monterey Park, às 22h, em meio às comemorações do
Ano Novo Chinês.
As autoridades policiais
apelaram à comunidade para que permaneça nas suas casas, uma vez que ainda não
prenderam o autor do massacre.
No país da liberdade (02). Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas em um tiroteio ocorrido na madrugada
de domingo em um bar em Baton Rouge, capital da Louisiana, nos EUA.
Segundo o sargento L'Jean
McKneely Jr, do Departamento de Polícia local, o incidente ocorreu por volta de
1h30 (horário local) dentro do The Dior Bar and Lounge, localizado na
Bennington Avenue, perto de College Drive.
As autoridades informaram
que as equipes de emergência transferiram pelo menos cinco vítimas para um
hospital, três delas em estado crítico. Enquanto isso, inúmeras vítimas chegaram
ao hospital em seus veículos pessoais.
No país da liberdade (03). Um total de 10 pessoas
foram mortas em três tiroteios ocorridos na segunda-feira em diferentes cidades
dos Estados Unidos (EUA), em fatos ocorridos apenas dois dias após o ataque com
arma de fogo na Califórnia que deixou 11 mortos.
O evento que mais deixou
vítimas nesta segunda-feira ocorreu na cidade litorânea de Half Moon Bay, na península
de San Francisco, estado da Califórnia, onde foram descobertas sete vítimas fatais.
A
polícia informou que uma pessoa identificada como Zhao Chunli, de 67 anos, foi
presa por este tiroteio, que se entregou aos agentes de segurança. Seus motivos
para realizar o ataque ainda não foram revelados.
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