Vivemos um novo Brasil!
Não faz muito tempo, vivíamos em um país de joelhos,
submetido aos desejos do neoliberalismo estadunidense e europeu. Aqui mandavam
os “poderosos”, mas isso está mudando. Lula da Silva reiterou na quinta-feira (16)
um apelo para reviver a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), o bloco de
integração sul-americano.
Acompanhado do presidente do Paraguai, Mario Abdo
Benitez, Lula fez as declarações durante discurso em Foz do Iguaçu, no sul do
país, para marcar a entrada do economista Enio Verri como o novo diretor brasileiro
da hidrelétrica binacional de Itaipu, construída há 50 anos pelos dois países
vizinhos.
Um dos objetivos de sua política externa, disse, será o
renascimento da Unasul, mecanismo que pode servir para garantir o diálogo e a
estabilidade entre os países sul-americanos.
Lula disse ter “a vontade firme de reorganizar a
Unasul” para garantir a paz e a tranquilidade regional para que o foco seja a
erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento.
Ele também exortou o bloco comercial sul-americano Mercosul
(Mercado Comum do Sul), que reúne Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, a
permanecer unido para ter “mais poder de negociação”.
No mesmo dia, para fortalecer a parceria entre Brasil e
China, deputados e senadores relançaram a Frente Parlamentar Brasil-China e a
Frente Parlamentar do Brics (sigla do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul). Empresários, diplomatas e parlamentares destacaram a
importância desses grupos nas relações do Brasil com os vários países
envolvidos.
Em 2022, o volume total exportado e importado entre o
Brasil e a China somou quase R$ 800 bilhões. Esse montante faz da China o maior
parceiro comercial do Brasil.
Fausto Pinato, presidente das frentes parlamentares,
observou que o PIB do BRICS é maior do que o do G7. O número de população
também. “O Brasil precisa dar mais ênfase a essas novas oportunidades. Não que
o Brics vá resolver nossos problemas, mas é uma ponte, como é o Banco Mundial,
como são outras fontes de financiamento, para projetos estruturantes, projetos
sustentáveis, para que possamos ter vantagem financeira e gerar emprego e renda
aos brasileiros”, afirmou.
Para Pinato, o BRICS é uma plataforma importante que
não foi tão usada no governo passado. “É estratégico. A Rússia, por exemplo,
com os fertilizantes; a Índia com a maior indústria farmacêutica; a África, um
continente onde podemos fazer parcerias na construção civil; e a China, que é o
nosso maior parceiro comercial e, sem dúvida, mantém nossa balança positiva”, disse.
Foi uma “farra” dos patrões! Durante seis anos, desde o governo do manequim de
funerária (Temer) até o governo do energúmeno fardado, não víamos denúncias de
trabalho escravo e de violação das lei trabalhistas. E não víamos por que não
havia fiscalização, porque tínhamos governos mancomunados com esses
exploradores. Mas a coisa começou a mudar.
Desde o início do governo Lula da Silva estamos
recebendo dezenas de notícias sobre trabalhadores resgatados do trabalho
escravo. E o número só vai aumentando.
Pelo menos 56 trabalhadores, entre eles 10 adolescentes
com idades entre 14 e 17 anos, foram resgatados em situação análoga à
escravidão em duas fazendas de cultivo de arroz em Uruguaiana, a 630 quilômetros
de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
O resgate foi feito por auditores-fiscais do trabalho
em conjunto com a Polícia Federal e Ministério Público do Trabalho na sexta-feira
(10), nas estâncias Santa Adelaide e São Joaquim.
Eles trabalhavam fazendo o corte manual do arroz
vermelho - um tipo de grão que cresce junto às espécies de arroz de maior
consumo no país e que desqualifica o produto final por ser impróprio para
alimentação -, e usavam ferramentas inadequadas, como facas de cozinha. Segundo
relatos feitos ao grupo móvel de combate ao trabalho escravo, um dos menores sofreu
um acidente com um facão e ficou sem movimentos de dois dedos do pé.
Os trabalhadores também eram obrigados a aplicar
agrotóxicos com as mãos sem equipamentos de proteção. Em uma das propriedades,
era feita a aplicação de veneno pelo método de "barra", em que dois
trabalhadores aplicam o agrotóxico usando uma barra metálica perfurada
conectada a latas do produto – um tipo de atividade que exige equipamentos
individuais de proteção.
Os trabalhadores eram da região, oriundos de Itaqui, São
Borja, Alegrete e da própria Uruguaiana, e foram recrutados por um “gato”, um
agenciador de mão de obra que atuava na fronteira oeste do Estado, e sequer
conhecem o dono das propriedades.
Também em Minas Gerais. A cadeia da cana de açúcar foi a responsável pelo
maior número de trabalhadores em situação análoga à escravidão no Brasil em
2022. Foram encontradas 362 pessoas nessa situação no cultivo de cana, quase 20
vezes mais que o número de trabalhadores resgatados na atividade no ano de
2012, quando foram realizadas 19 libertações.
O número representa um aumento de 800% em relação a
2019, primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando foram 45
trabalhadores resgatados no setor. Em
2021, foram 132 pessoas encontradas em situação análoga à escravidão.
Alavancado pela cadeia sucroalcooleira, Minas lidera o
número de trabalhadores resgatados da escravidão contemporânea no país desde
2013, bem como o número de operações. Das 462 operações efetuadas pela Inspeção
do Trabalho em 2022, 117 foram em Minas, o que resultou em 1070 pessoas
libertadas. Dos 6 municípios com o maior número de resgates no cultivo da
cana-de-açúcar em 2022, 4 estão em Minas Gerais.
O maior resgate em um mesmo local foi de 273
trabalhadores, em fazendas arrendadas pela WD Agroindustrial em Varjão de Minas
(MG), considerado o maior resgate de trabalho análogo à escravidão da última
década no Brasil.
Enquanto milhões de brasileiros procuram
empregos... O filho 04 do energúmeno,
Jair Renan, de 25 anos, que já foi até empresário durante o mandato do pai, nem
vai precisar dar expediente em Brasília para receber mais de 7 salários mínimos
por mês do Senado.
Ele foi nomeado em um cargo no gabinete do senador de
direita Jorge Seif (PL-SC), ex-secretário da Pesca, e vai receber R$ 9,5 mil
por mês de salário, mas se mudou para o Balneário Camboriú (SC), paraíso dos
milionários e de baladas caras, como a que ele e o irmão Eduardo, o 03, fizeram
em Goiânia (GO) com o cartão corporativo. Em um único dia de farra na capital
de Goiás a dupla gastou R$ 64 mil, sem qualquer compromisso com o dinheiro
público.
De acordo com O Globo, 04 foi alocado no escritório de
apoio do parlamentar na cidade catarinense.
“Jair Renan, de 25 anos, teve a nomeação publicada na
semana passada como assessor parlamentar, com remuneração bruta de R$ 9,5 mil
(com descontos, o salário fica R$ 7,7 mil). Nas redes sociais, ele se define
como estudante de direito e influencer”, destaca a reportagem de Lauriberto
Pompeu.
Agora, 04 está sozinho. A mãe Ana Cristina mudou para a
Noruega, onde está trabalhando como colaboradora de uma creche na cidade de
Halden. Ela disputou uma vaga a deputada
distrital, mas teve apenas 1.485. Três dias antes do segundo turno das eleições
de 2022 foi embora do Brasil.
A democracia pisoteada! O relatório do ministro Augusto Nardes no processo do
Tribunal de Contas da União (TCU) sobre propinas pagas em joias e diamantes para
a família do escroque e outros criminosos fardados é um tapa na cara da
democracia, um deboche intolerável.
Após o áudio [20/11/2022] em que denunciava “uma movimentação
fortíssima no quartel” que teria “um desenlace fortíssimo na Nação, [com]
consequências imprevisíveis”, Nardes perdeu completamente a condição de
continuar a ser magistrado do TCU.
Realmente, não se pode acreditar que uma democracia possa
existir enquanto exista um magistrado do Tribunal de Contas mantendo “longa
conversação” com a família e a equipe política do sacripanta.
Vale lembrar que Nardes é, declaradamente, apoiador do
ex-capitão demente e não pode continuar comandando a investigação. Na verdade,
já deveria ter sido demitido, processado e preso.
Vale lembrar que esse mesmo canalha, Augusto Nardes, era
presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e responsável pela farsa do crime
de “pedalada fiscal” que serviu para o golpe contra Dilma Rosseff.
A carreira golpista de Nardes foi coroada por sua
participação intelectual nos atentados antidemocráticos de 12, 24 de dezembro e
8 de janeiro, perpetrados por terroristas que saíram do acampamento do Quartel General
do Exército em Brasília.
Herança do energúmeno: Brasil denunciado na
ONU. O Brasil foi alvo de uma denúncia
no Conselho de Direitos Humanos da ONU na terça-feira (14) pelo desmonte dos
mecanismos de combate à tortura no país durante o governo do sacripanta.
Na denúncia encaminhada pela ONG Conectas Direitos
Humanos são mencionadas as políticas adotadas pelo governo do ex-capitão que
resultaram no desmonte e esvaziamento dos órgãos de combate a esse tipo de
violência, como o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT),
que tiveram seus orçamentos reduzidos a níveis irrisórios.
Em seu governo, o pilantra chegou a exonerar os 11
peritos que integravam o MNPCT e realizavam visitas a presídios no intuito de
prevenir práticas desumanas contra os detentos. Mais tarde, as mudanças no
órgão acabariam sendo derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A apresentação da denúncia foi feita à Relatoria
Especial sobre tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou
degradantes da ONU, representada pela relatora, a australiana Alice Jill
Edwards.
É para comemorar! Dez jovens brasileiros chegaram em Cuba no final de
fevereiro com um sonho: estudar medicina com o objetivo de ajudar suas comunidades.
Foi a primeira vez que a maioria deles deixou o Brasil para conhecer outro
país. Eles receberam bolsas de estudo para a prestigiosa Escola
Latino-Americana de Medicina (ELAM), na capital Havana.
Os jovens são os primeiros brasileiros a estudar na ELAM
em oito anos e são de famílias camponesas ligadas ao Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra (MST).
“Eu quis estudar medicina porque sinto que em nossos
acampamentos há uma grande falta de saúde e quero ajudar a levar saúde aos mais
necessitados”, afirma Sofia Rodrigues da Costa, do estado do Maranhão, ao
Brasil de Fato.
Da mesma forma, Luiz Henrique da Silva Parteck, do
estado do Paraná, diz que quer estudar medicina porque na região onde mora há
uma grande carência de cuidados de saúde para as comunidades.
A Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) foi criada
em 1999. Naquela época, a região do Caribe foi atingida pelos furacões George e
Mitch, que causaram mais de 10.000 mortes. Cuba então decidiu enviar médicos
para os países afetados para ajudar no desastre. Mas também decidiu construir
uma universidade médica com o objetivo de formar profissionais dos países
afetados.
Através de um sistema de bolsas de estudo destinadas a permitir
aos jovens de poucos recursos econômicos estudar medicina gratuitamente, a
escola recebeu centenas de estudantes do Caribe. Com o passar do tempo, o
projeto se estendeu a diferentes regiões do mundo e alunos de outras regiões da
América Latina, dos EUA e da África chegaram.
Lá não é como cá! Ao contrário do que fizeram os dois últimos governantes
do Brasil, o Governo da Colômbia apresentou na quinta-feira (16) seu projeto de
lei Labour for Change, com o objetivo de permitir a estabilidade no emprego e a
dignidade dos trabalhadores.
Os detalhes da iniciativa legislativa, que será enviada
ao Congresso, foram divulgados durante uma cerimônia realizada na Praça de
Armas da Casa de Nariño, sede do Poder Executivo.
Em discurso, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro,
criticou a atual regulamentação sobre o assunto, conhecida como Lei 50, que,
segundo ele, põe fim à estabilidade no emprego.
O Presidente Petro reafirmou que “com esta (iniciativa)
lei o que se pretende é dignificar o trabalho”.
A Ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez, por sua
vez, qualificou a proposta como "a reforma trabalhista mais ambiciosa
deste século".
O projeto, se aprovado, “permitirá avançar para uma
sociedade que reconheça a importância dos direitos humanos laborais,
dignificando o valor da produção a partir de um sentido humano”, disse o governante.
Com apoio das organizações sindicais! Organizações sindicais e sociais e o povo colombiano
em geral se manifestaram em várias cidades da nação latino-americana em apoio
às reformas promovidas pelo governo encabeçado pelo presidente Gustavo Petro.
Nesta quinta-feira a reforma da Previdência e
Trabalhista está sendo apresentada ao Congresso, então as entidades que apoiam
o Executivo decidiram que este é um bom momento para mostrar seu apoio.
Os manifestantes foram convocados a se reunir nas principais
praças de suas respectivas regiões, sendo que no caso de Bogotá (capital), a
marcha ocorre desde o Parque Nacional até a Plaza de Bolívar e de lá até a
Plaza de Armas, em frente ao a sede do governo.
Em declarações à rede multinacional TeleSUR, o presidente
da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), Francisco Maltés, destacou que o
movimento sindical colombiano apóia as reformas “porque refletem o clamor dos
trabalhadores e dos cidadãos nos últimos 30 anos”.
Além da prioridade de contratação por prazo indeterminado,
a reforma trabalhista tem como aspectos relevantes a recuperação da
diferenciação entre jornada diurna e noturna na remuneração, bem como o pagamento
de 100% do adicional para a jornada de domingo, que até este momento é de 75
por cento.
Por sua vez, a reforma previdenciária visa aumentar o
número de aposentados na Colômbia e, assim, responder a uma das reivindicações
históricas do povo daquela nação.
No Equador, trabalhadores marcham contra o
governo. O presidente da Frente
Unitária dos Trabalhadores (FUT) do Equador convocou para quarta-feira uma marcha
de protesto contra o governo do presidente Guillermo Lasso pelo que
qualificaram de inépcia diante dos problemas sociais e econômicos que o país
sul-americano atravessa.
Segundo Marcela Arellano, presidenta da organização
sindical, “a mobilização faz parte dos direitos humanos fundamentais, está dentro
da Constituição, e estamos protestando justamente porque neste momento estamos
em estado de indefesa”.
A líder operária rejeitou as acusações da oposição de
que os protestos geram desestabilização, já que em sua opinião é o Executivo
quem gera maior instabilidade pela ausência de investimento social, com o qual
o peso da crise econômica, política recai sobre os cidadãos e segurança.
Marcela Arellano, acusou o governo de Lasso de tomar
medidas com o objetivo de afastar os trabalhadores das organizações sindicais,
no que seria, segundo suas palavras, “mais uma demonstração de inépcia diante
dos problemas sociais e econômicos que o país atravessa”.
Na coletiva realizada no final da tarde de segunda-feira
(13), ela também criticou parte da imprensa local, por defender o discurso
governista de que as mobilizações contra o governo buscariam desestabilizar o
país e promover a ingovernabilidade.
Na última sexta-feira (10), chefes de diferentes bancadas
da Assembleia Nacional do Equador (unicameral) que fazem oposição ao presidente
Lasso fizeram um acordo para iniciar um processo de destituição do mandatário,
similar ao impeachment no Brasil.
A iniciativa toma como base o parecer publicado no dia
1º de março pela Comissão da Verdade, Justiça e Combate à Corrupção, sobre uma
suposta rede de corrupção em várias empresas públicas durante o atual governo,
um caso que a imprensa local chama de “O Grande Chefão”.
O documento foi aprovado naquele então por seis votos a
favor e apenas um contrário, e recomenda da destituição de Lasso por “mal uso
do dinheiro público, atentar contra as instituições e contra a segurança pública
do Estado”.
Honduras anuncia relações diplomáticas com a
China. A presidenta de Honduras,
Xiomara Castro, anunciou na terça-feira (14) que o país está negociando a
abertura de canais diplomáticos oficiais com a China. A mandatária
centro-americana afirmou que o chanceler Eduardo Reina está trabalhando
diretamente com representantes de Pequim para a criação de embaixadas em Pequim
e Tegucigalpa.
“A abertura de relações oficiais com a República
Popular da China é uma mostra de minha determinação em cumprir com o plano de governo
e expandir as fronteiras com liberdade e em conjunto com as nações do mundo”, acrescentou
Xiomara.
Com esta medida, Honduras será a quinta nação da
América Central que decidiu estabelecer relações diplomáticas com Pequim desde
2010. Os demais países dessa lista são Panamá, Nicarágua, El Salvador e República
Dominicana.
Xiomara também frisou que a abertura de relações com a
China é um primeiro passo do plano de buscar novas parcerias comerciais,
especialmente na Ásia e na África.
Atrito entre Equador e Argentina. A tensão entre Argentina e Equador aumentou nos
últimos dias, após a revelação por parte da imprensa equatoriana que a
arquiteta María de los Ángeles Duarte, ex-ministra do governo de Rafael Correa,
teria ingressado na embaixada da Argentina em Caracas.
A situação escalou ao nível de que ambos os governos
decidiram expulsar os respectivos embaixadores: na terça-feira (14), o
argentino Gustavo Fuks foi declarado persona non grata pelo governo do Equador,
e obrigado a deixar o país, medida que foi rebatida na quarta-feira (15),
quando Buenos Aires anunciou a expulsão do embaixador equatoriano Xavier Monge
Yoder.
A polêmica se dá pelo fato de que Duarte estava vivendo
desde agosto de 2020 na embaixada da Argentina, não na da capital venezuelana,
mas sim na de Quito.
Para entender a história, é preciso começar contando
que a ex-ministra foi condenada em 2019 pela Justiça equatoriana, recebendo uma
sentença de oito anos de prisão, por supostos delitos de corrupção. Assim como
Correa, ela acusa os juízes e promotores locais de operarem um esquema de
lawfare contra representantes do antigo governo.
Também como Correa, que se asilou na Bélgica, a
arquiteta buscou asilo, e o encontrou na sede diplomática argentina em Quito. A
condição de asilada só foi confirmada oficialmente pela Casa Rosada em dezembro
de 2022. Com esse novo status, os diplomatas argentinos chegaram a pedir ao
Equador um salvo-conduto para que ela pudesse viajar a Buenos Aires, mas a
solicitação foi negada.
De uma coisa nosso Informativo tem certeza: o atual
governo equatoriano é ilegítimo e golpista!
Ainda a Operação Condor! “Mentiroso”,
disse o ex-coronel uruguaio Jorge Néstor Troccoli ao jornalista uruguaio Roger
Rodríguez que depôs na manhã de quinta-feira (16) na Terceira Corte de Assis do
Tribunal de Roma.
A declaração foi dada em voz baixa, quando o jornalista
deixou o banco de testemunhas e se dirigiu à saída. A testemunha retrucou a
ofensa segundos depois, quando passou em frente ao acusado e afirmou: “não sou
mentiroso e você sabe que tenho como provar o que disse”.
Troccoli tem 81 anos e já está cumprindo uma condenação
perpétua por crimes cometidos durante a Operação Condor contra cidadãos
italianos. Atualmente, ele se encontra na prisão Gian Battista Novelli, em Carinola,
na província de Caserta.
Ex-oficial do Serviço Secreto da Marinha Uruguaia
(Fusna), ele agora responde processo pela morte e desaparecimento do casal
ítalo-argentino Rafaela Filipazzi e José Agustín Potenza e pelo desaparecimento
da professora uruguaia Elena Quinteros, militante do Partido da Vitória do Povo
(PVP).
A Operação Condor foi uma rede de colaboração entre as
ditaduras da América do Sul que tinha como objetivo reprimir a oposição
política entre os anos 1970 e 1980.
Segundo Rodríguez, outro aspecto da Operação Condor era
“que cada Estado se ocupasse de matar de seus próprios presos políticos, ou ao
‘seu próprio lixo’, que era como a repressão se referia a eles”.
O jornalista investiga há anos os casos de violações de
direitos humanos cometidos durante a ditadura militar uruguaia. Segundo ele, a
colaboração entre Argentina e Uruguai começou em janeiro de 1974, antes mesmo
da Operação Condor.
Um passo importante! Autoridades bolivianas informaram na quarta-feira (15)
o início de exportação de eletricidade para a Argentina com linhas de 120,5
quilômetros de extensão e uma potência de 120 megawatts (MW).
O projeto tem um investimento de 364 milhões de pesos
bolivianos (cerca de 52,78 milhões de dólares), disse o ministro boliviano de
Hidrocarbonetos, Franklin Molina, acrescentando que no início de abril, o presidente
da Bolívia, Luis Arce, e seu homólogo Alberto Fernández estarão na fronteira
entre os dois países para inaugurar o projeto.
Molina indicou que “se iniciaram as operações no âmbito
de um projeto de interconexão de energia elétrica com a Argentina a partir da
linha de transmissão Juana Azurduy de Padilla”. O ministro também apreciou que
"este plano marcará um novo marco importante na relação entre os dois
países".
O chefe do Ministério de Hidrocarbonetos afirmou que o
projeto permitirá à Bolívia uma receita de 1.000 milhões a 2.000 milhões de
pesos bolivianos (de 145 milhões a 290 milhões de dólares) dependendo da viabilidade
dos preços.
Nada de “intervenção militar”! O presidente Andrés Manuel López Obrador condenou a
iniciativa republicana na Câmara dos Deputados que propõe uma intervenção
militar no México para combater o narcotráfico e disse que é uma
irresponsabilidade, uma ofensa ao povo mexicano, “uma falta de respeito à nossa
soberania”.
O presidente qualificou essa posição de arrogante,
traiçoeira, tola, intervencionista e anunciou que, se continuar, vai
denunciá-la nas Nações Unidas. O México é respeitado, enfatizou. Elevando o tom
de repúdio à ideia, ele afirmou que se alguns políticos pretendem usar o país
como plataforma para campanhas eleitorais, ele vai pedir aos mexicanos nos
Estados Unidos que não votem nos republicanos.
A intenção de Lindsey Graham (senador republicano pela
Carolina do Sul) e John Kennedy (senador republicano pela Louisiana) de
promover o uso de forças militares dos EUA em território mexicano é inaceitável
e contrária à lei, acrescentou o chanceler Marcelo Ebrard. “É óbvio que é uma
estratégia eleitoral porque, além de impraticável, o México jamais permitiria
algo assim. As consequências seriam catastróficas para a cooperação binacional
antidrogas”, acrescentou.
O congressista republicano do Texas, Dan Crenshaw, em
sua campanha de publicidade, pediu o uso da força militar dos EUA contra o
crime organizado no México. Desde janeiro passado, o político apresentou um
projeto de lei para declarar os cartéis de drogas como organizações
terroristas, uma classificação que permitiria a Washington realizar
intervenções militares em nosso território, mesmo contra a vontade expressa do
Estado mexicano.
AMLO lembrou que o México não é um protetorado e não
recebe ordens de ninguém. Horas depois, ele se reuniu com Elizabeth
Sherwood-Randall, assessora de Segurança Nacional e encarregada da estratégia
da Casa Branca contra o fentanil, e após o encontro afirmou em suas redes
sociais que seu homólogo Joe Biden respeita a soberania mexicana, apreciação
confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, que descartou
um conflito bilateral devido às declarações de um parlamentar da oposição.
Macron faz reforma “no grito”. “Admissão de fraqueza”, “fracasso”, “golpe baixo”: os
jornais franceses de sexta-feira (17) condenam de forma unânime o uso do artigo
49.3 da Constituição para aprovar a controversa reforma da Previdência.
Editoriais apontam o presidente Emmanuel Macron como responsável pela crise
política e social que toma conta do país.
“Não conseguindo obter a maioria da direita para aprovar
o grande projeto do segundo mandato de Macron, a primeira-ministra Elisabeth
Borne sai muito debilitada de uma sequência que coloca em xeque o seu 'método'.
A ruptura com os sindicatos parece consumada há muito tempo”, escreve o jornal
de esquerda Libération.
O diário centrista Le Monde tampouco poupa o governo: “Diante
do fiasco do uso do dispositivo 49.3, Emmanuel Macron deixa Elisabeth Borne na
linha da frente. Os dois chefes do Executivo decidiram [usar a prerrogativa]
após uma manhã de consultas na qual constataram que faltavam dois votos para
que o projeto de lei fosse aprovado na Assembleia Nacional”.
O diário de direita Le Figaro aponta que a oposição se
prepara para sancionar o governo depois do uso do polêmico artigo 49.3,
considerado antidemocrático. O jornal destaca a iniciativa do deputado
comunista Fabien Roussel, que convocou um grupo de parlamentares independentes
e de territórios ultramarinos da França para apresentar juntos uma moção de
censura. A medida, caso seja aprovada, pode resultar na dissolução da Assembleia.
A reação imediata nas ruas ao anúncio da premiê também
é noticiada em todos os jornais. “A Place de la Concorde, em Paris, foi palco
de explosões e confrontos entre policiais e manifestantes na noite de
quinta-feira, antes que o caos se espalhasse pelas ruas próximas. Pelo menos
217 pessoas foram presas”, resume Le Paraisien.
Nesta sexta-feira, o Ministério do Interior indica 310
prisões preventivas. Houve protestos também nas principais cidades do país,
como Rennes (noroeste), Nantes (oeste), Lille (norte) e Marselha (sul).
Os sindicatos convocaram novas manifestações para este
fim de semana e para o próximo 23 de março. Nesta manhã, militantes bloqueavam
alguns pontos do anel rodoviário de Paris.
A volta dos reatores nucleares. Durante a década de 1990, a França chegou a ter mais
de 70% de sua energia elétrica sendo produzida por usinas nucleares. A opinião
pública, contrária ao uso dessa fonte, foi fazendo o governo reduzir o uso das
usinas e passar a usar mais o gás natural como fonte de energia elétrica.
Mas acontece que, com o atual conflito na Ucrânia e
sendo a França um capacho da Casa Branca, houve uma redução na utilização do gás,
até porque a sabotagem do Nord Stream afetou o fornecimento russo a quase toda
a Europa.
O resultado disso? A Assembleia Legislativa francesa
começou a debater na segunda-feira (13) um projeto de aceleração do desenvolvimento
da energia nuclear bastante controvertido. A proposta é criticada por deputados
ecologistas, que questionam a segurança das centrais e os impactos no meio ambiente.
A França é o país no mundo com maior dependência da
energia nuclear, que ainda representa aproximadamente 70% de sua produção de
eletricidade. Devido às interrupções de produção por corrosão e da fraca disponibilidade
do parque nuclear, a proporção se estabeleceu em 63% em 2022.
Difícil a situação na Espanha. O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Espanha
registou na terça-feira uma subida de 16,6 por cento nos preços dos alimentos e
das bebidas não alcoólicas, traduzindo-se na taxa mais elevada desde 1994,
altura em que se começaram a registar.
Segundo a entidade, face ao mesmo período de 2022, o
preço do açúcar subiu 52,6 por cento, da manteiga 39,1 por cento, dos molhos e
temperos 33,8 por cento, do azeite 33,5 por cento, do leite gordo 33,2 por
cento e do desnatado 33,1 por cento.
O INE destaca que este comportamento é influenciado
pelo aumento dos preços das leguminosas e hortícolas, bem como pelo aumento do
custo da carne face à descida verificada em 2022.
Por outro lado, o INE informou que a taxa de variação
anual do índice de preços no consumidor (IPC) referente ao mês de fevereiro
situou-se em 6,0 por cento, uma décima acima da registada no mês de janeiro.
Desta forma, a variação mensal do IPC foi de 0,9 por
cento, enquanto a taxa anual de inflação subjacente aumentou uma décima, para
7,6 por cento.
Segundo o INE, o IPC aumentou em fevereiro em 10
comunidades autónomas, desceu em três e manteve-se estável nas outras quatro.
Transportes britânicos paralisam Londres. Os sindicatos
Aslef e RMT protestam contra a revisão das pensões e cortes de empregos
planejados pelos empregadores, em meio ao aumento da inflação.
A sétima greve no serviço de metrô de Londres em pouco
mais de um ano ocorre no Dia do Orçamento, quando os sindicatos protestam contra
as políticas lideradas pelo governo que podem afetar as pensões dos
funcionários e significar cortes de empregos.
Os passageiros em Londres enfrentam um dia de caos no
transporte depois que uma greve de 24 horas dos motoristas do metrô e
funcionários da estação começou na manhã de quarta-feira.
A Transport for London (TfL) pediu aos passageiros que
verifiquem sua rota antes de viajar, já que praticamente toda a rede de metrô
está fechada e outros serviços provavelmente serão muito mais movimentados e sujeitos
a interrupções e atrasos.
A greve dos motoristas é a primeira realizada pela
Aslef em toda a rede do Metrô em oito anos. Finn Brennan, um organizador da
Aslef, disse que a greve não era sobre pagamento, mas para garantir que mudanças
nas condições e pensões fossem acordadas com os sindicatos, e que o governo
estava procurando “pessoal para preencher o buraco que eles fizeram no orçamento
da TfL.
Vitória dos médicos de Madrid. O acordo entre o Ministério da Saúde e o comitê de
greve dos médicos é “mais um passo” para melhorar a atenção primária, declarou
a presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso. Isso ocorre quando a crise
de saúde no país causa escassez de pessoal e aumenta o tempo de espera dos
pacientes.
“Chegamos a um acordo para cancelar a greve na atenção
primária e é um grande motivo de satisfação. A saúde pública de Madri, os
profissionais de saúde e os residentes de Madri estão com sorte”, disse Isabel
Díaz Ayuso em suas redes sociais.
Em suas palavras, este é mais um passo na melhoria da
Atenção Básica. A saúde é “a jóia da coroa da Comunidade de Madrid e vamos
continuar a melhorá-la sem a necessidade de greves”.
Em 16 de março, o governo de Isabel Díaz Ayuso assinou
um acordo trabalhista com o sindicato Amyts para resolver um conflito de saúde
na região. Assim, o presidente regional apaziguou o problema com uma greve de
calcanhar, com um aumento salarial até 1.150 euros por mês para médicos de
cuidados primários e pediatras. O pacto alivia parte da sobrecarga assistencial
sofrida pelos profissionais de saúde com menos pacientes em suas escalas e
inclui vários complementos compensatórios que elevam o aumento potencial acima
de 1.000 euros. Agora será pago um bónus fixo de 450 euros por mês a todos os
médicos de cuidados primários.
Professores da Nova Zelândia também lutam. Pelo menos 50.000 professores da Nova Zelândia em
vários níveis de educação protestaram na quinta-feira para exigir melhores
salários, enquanto o país luta contra a inflação crescente.
Os professores se reuniram em frente ao Parlamento em
Wellington (capital) e pediram ao Governo que tome medidas urgentes.
Da mesma forma, a mídia local informou que os
estudantes também se juntaram às manifestações com diferentes cartazes e
slogans de apoio a seus professores.
Na cidade mais populosa do país, Auckland, cerca de
9.000 professores também se manifestaram em apoio à greve.
Slogans como “Trabalhamos 60 horas e eles nos pagam 40”
foram vistos nos cartazes divulgados nas redes sociais.
Irã aumenta venda de petróleo. O ministro iraniano do Petróleo, Javad Oyi, informou no
domingo que o país exportou mais 83 milhões de barris de petróleo no corrente
ano iraniano do que no período anterior, apesar das medidas restritivas
unilaterais impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais.
Em entrevista à mídia local, Oyi destacou que o número
representa 190 milhões de barris mais do que dois anos antes e que as
exportações de gás aumentaram 15% em 2022-2023 em comparação com o ano
anterior.
O responsável lembrou que em 2018 as vendas de petróleo
caíram para zero em poucos meses e a primeira questão que as autoridades persas
colocaram foi o que aconteceria à situação das exportações.
O crescimento nesta área foi confirmado pela
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que em um relatório
datado no final de janeiro informou que a produção iraniana de petróleo bruto
atingiu uma média de 2.554.000 barris por dia em 2022 (6,7% a mais que em
2021).
Contra o teto nos preços do petróleo. O ministro
da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman Al Saud, advertiu contra a
imposição de restrições ao preço do petróleo do país, dizendo que, nesse caso,
Riad se recusará a fornecê-lo aos países que apoiem tal teto de preços.
O ministro observou, em uma entrevista ao jornal Energy
Intelligence, que a política de impor limites de preços faz aumentar a
volatilidade e a instabilidade do mercado, o que afeta negativamente a indústria
do petróleo.
“Se for imposto um limite de preços às exportações de
petróleo da Arábia Saudita, não venderemos petróleo para nenhum dos países que
estabelecerem tal teto de preços para nossos fornecimentos”, disse o ministro.
Ele advertiu que, caso isso aconteça, Riad reduziria sua produção de petróleo,
observando que “não ficaria surpreendido” se outros países fizessem o mesmo.
Contrariando os EUA! O Zimbábue quer comprar petróleo, fertilizantes e
máquinas agrícolas diretamente de fornecedores russos, disse o porta-voz da
União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF), Christopher
Mutsvangwa, em entrevista à Sputnik.
“Compramos [fertilizantes] da Rússia através de
terceiros países, mas queremos estabelecer relações diretas entre os
fornecedores russos de fertilizantes e os agricultores do Zimbábue. Também no
campo do petróleo, o fornecimento direto entre a Rússia e o Zimbábue deve ser
organizado, não é necessário negociar através de terceiros países”, disse
Mutsvangwa.
Ele acrescentou que o país africano está interessado na
maquinaria agrícola russa necessária para a agricultura do país em desenvolvimento.
Isso contraria frontalmente a política da Casa Branca de impedir que países africanos mantenham negócios com a Rússia.
O golpe de Trump! Em uma mensagem publicada em suas redes sociais nas primeiras horas de sábado
(18), o ex-presidente Donald Trump assegurou que a justiça dos EUA anunciará um
decreto de prisão contra ele na próxima terça-feira (21). O texto também pede aos
seus seguidores que se mobilizem para tentar impedir sua detenção.
“O principal candidato republicano e ex-presidente dos
EUA será preso na terça-feira da próxima semana. Proteste, retome nossa
nação!”, escreveu Trump. E completa dizendo que sua prisão será decretada por
um tribunal de Nova York, que investiga o seu envolvimento em um caso de
falsificação de registros comerciais e violação das leis de financiamento de
campanha.
Trump está insuflando uma nova revolta no país. Será
que o energúmeno daqui vai tentar copiar?
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