sábado, 1 de abril de 2023

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 1011

 

 

 

 


E o pilantra voltou!

Passou 89 dias escondido nos EUA, país que ama, com um custo de mais de R$ 1 milhão para os cofres públicos brasileiros - R$ 632 mil só em diárias para assessores, um gasto médio de R$ 7,1 mil por dia, conforme dados do Portal da Transparência, o sacripanta voltou ao Brasil na madrugada de quinta-feira (30).

Antes havia anunciado que só voltaria se houvesse um desfile em carro aberto, desde o aeroporto até sua casa, mas teve que se contentar com um ônibus fechado!

Mas, pelo que sabemos, ele já tem um compromisso importante marcado: vai depor na Polícia Federal (PF) na próxima quarta-feira (05) sobre as três caixas de joias que ganhou das autoridades da Arábia Saudita. São 14 peças - entre elas anéis de diamantes, dois relógios, sendo que um deles é em ouro branco, e outros acessórios de luxo, como canetas rose gold -, que custam entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões, no mínimo.

Segundo os seus aliados, o pulha ainda está “deprimido” pela derrota. Ele tinha como certa a reeleição e já tinha planos para outras maracutaias.

Além das joias dadas pelos árabes para o pilantra e sua mulher, o ex-presidente também poderá ser convocado para falar sobre a incitação de atos antidemocráticos ou a gestão de seu governo durante os períodos mais agudos da pandemia de Covid-19.

E tem uma terceira caixa de joias! O ladrão que ocupou o cargo de Presidente, recebeu e não devolveu um terceiro presente do governo da Arábia Saudita, em joias avaliadas em R$ 500 mil.  A caixa contém um relógio Rolex, cravejado de diamantes, como objeto mais valioso do conjunto e vem com o brasão de armas do país. Além do relógio, o ‘kit’ tem uma caneta da marca Chopard, com pedras preciosas, um par de abotoaduras, também com um brilhante cravejado, um anel com um diamante, e uma mashaba (espécie de rosário árabe). Todos os objetos são feitos de ouro branco.

A joias estão avaliadas em mais de R$ 500 mil e foi recebida em mãos pelo ex-presidente, em outubro de 2019, quando ele e sua família visitaram o Catar e a Arábia Saudita, de acordo com a reportagem do Estadão que publicou a denúncia, nesta terça-feira (28).

Na volta da viagem, ele teria trazido consigo o conjunto e ao chegar no Brasil, determinou que fosse encaminhado ao seu acervo privado. A informação foi confirmada pelo Gabinete Adjunto de Documentação História da Presidência. No entanto, um ano e meio depois, em julho do ano passado, o pilantra determinou que a caixa fosse enviada a ele e, de acordo com os registros oficiais, as joias passaram a estar ‘sob a guarda do Presidente da República”.

Tem mais maracutaia! O Tribunal de Contas da União determinou que as Forças Armadas devolvam os R$ 27,8 mil gastos na compra de Viagra para os militares durante o governo do canalha. De acordo com o TCU, houve superfaturamento na compra do medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil.

Segundo o Uol, “o processo é resultado de representação feita em abril de 2022 pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). O documento apresentado por eles revelou que o superfaturamento chega a 143%”.

O TCU deu prazo de 90 dias para que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, que fez a compra, “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores atualizados”, diz o texto da reportagem.

Na época da compra, feita por meio de pregão eletrônico, os militares compraram 15.120 comprimidos de sildenafila 25 mg pelo valor unitário de R$ 3,65 para o Hospital Naval Marcílio Dias.

O valor médio no Painel de Preços do governo federal no período era de R$ 1,81. Além disso, o Hospital Central do Exército registrou o preço de R$ 1,50. A data da compra para atender a Marinha é 7 de abril de 2021. A data da compra que atendeu o Exército é 14 de abril de 2021.

Empresários brasileiros fecham negócios na China! Mesmo com a ausência do Presidente Lula, mais 200 representantes de empresas do Brasil mantiveram a agenda e fizeram parte do grupo que o acompanharia.

Já estava tudo pronto e todos esperavam para ver o simbólico aperto de mão entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para acontecer na terça-feira (28) em Pequim. O encontro dos dois líderes era o ponto alto da visita oficial do brasileiro à China, que contaria ainda com reuniões com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, além de uma passagem pela sede do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos Brics (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), em Xangai.

A programação da viagem oficial da delegação brasileira à China terminou na quarta-feira (29) com um seminário econômico em Pequim. A ausência do presidente Lula da Silva adiou a assinatura de todos os acordos envolvendo empresas públicas. Mas isso não impediu que encontros de negócios fossem realizados durante toda a semana e, no final da manhã, o balanço dos primeiros acordos e parcerias assinados foi divulgado.

“Estou até rouco de tanto fazer reuniões”. Esse comentário feito por um empresário brasileiro nos corredores de um dos hotéis de luxo de Pequim resume bem o balanço dessa visita oficial da delegação do Brasil na capital chinesa.

Apenas a gigante da mineração Vale revelou sete acordos no final desta viagem, em áreas comerciais, mas também de pesquisa e de cooperação financeira. Entre eles, a empresa brasileira anunciou uma aproximação com a chinesa XCMG para desenvolvimento da primeira motoniveladora com "zero emissões de CO₂" do mundo, que permitirá, se bem-sucedido, a migração da frota de motoniveladoras da Vale nos próximos anos.

Já a Vale Indonésia assinou um acordo de investimento em projeto com a Tisco (grupo Baowu) e a Xinhai para a construção de uma planta de processamento de níquel RKEF. Um acordo de cooperação também será assinado entre a mineradora e a Baoshan Iron & Steel (empresa do grupo Baowu) para a produção de biocarvão e suas aplicações, visando soluções de descarbonização na indústria siderúrgica.

Mas contratos mais tradicionais também foram anunciados. A empresa de celulose Suzano anunciou a assinatura de três acordos com parceiras chinesas. Os projetos visam a construção de 17 navios de transporte de celulose e produtos de base biológica com a COSCO, uma colaboração com a China Paper Company e o lançamento do Innovability Hub, na Cidade da Ciência de Zhangjiang, em Xangai.

A Odebrecht, a Power China e a Sete Partners se unem em projetos de infraestrutura no Brasil que não foram detalhados, assim como a Comexport, que se associa à Furui para a venda de produtos e soluções da empresa no mercado brasileiro. Já a Sete Partners e a Tianjing Food Group se unem para a criação de uma empresa binacional, visando ampliar investimentos na cadeia agrícola brasileira.

Brasil-China: acordo pode enfraquecer o dólar. O governo brasileiro anunciou um acordo com seu homólogo chinês para realizar transações em yuans e reais, em um novo golpe à hegemonia comercial dos Estados Unidos.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi a responsável por fazer o anúncio, especificando em nota divulgada nesta quarta-feira, 29 de março, que os dois países firmaram o estabelecimento do comércio bilateral em moedas locais.

“A expectativa é reduzir custos, (...) promover ainda mais o comércio bilateral e facilitar os investimentos” no Brasil, afirmou o órgão estatal em comunicado confirmando a medida que materializa um princípio de acordo selado no final de janeiro.

A decisão, que implica a exclusão do dólar como forma de pagamento, foi assinada durante o Seminário Econômico Brasil-China, realizado em Pequim com a presença de representantes do Brasil e da China e cerca de 500 empresários das maiores empresas dos dois países.

O segundo acordo prevê a criação de uma Clearing House como banco que permite o fechamento de negócios e empréstimos, e onde o dólar estadunidense será novamente excluído.

Brasil não assina documento da Casa Branca. O governo do Presidente Lula está mostrando que não pretende ficar de joelhos diante do poder o Império, como fazia o energúmeno que nos governava.

Na quinta-feira (30) terminou a Cúpula pela Democracia, encontro realizado por videoconferência por iniciativa do governo de Joe Biden para buscar apoio às narrativas do Ocidente com relação ao atual cenário geopolítico.

O principal fato da jornada foi a declaração final do evento, que não contou com a assinatura do Brasil (também não do México – veja a seguir). A decisão de não aderir ao texto foi baseada em divergências sobre a guerra da Ucrânia e ao viés antirrusso do documento.

Segundo fontes ligadas ao Itamaraty, ouvidas pelo jornal O Globo, o Brasil considera que o âmbito para tratar do conflito são as Nações Unidas, tanto a Assembleia Geral como o Conselho de Segurança [no qual o país é membro rotativo e aspira uma vaga permanente].

Vários chefes de Estado participaram da Cúpula pela Democracia, incluindo o próprio Biden e o ucraniano Volodymyr Zelensky.

Lula enviou uma carta para justificar sua ausência. Nela, ele diz que “a defesa da democracia não pode ser utilizada para erguer muros nem criar divisões”, declaração que, tendo em vista a decisão desta quinta, parecia antecipar a posição do Brasil com respeito à declaração final.

“Atravessamos um momento de ameaça de uma nova guerra fria e da inevitabilidade de um conflito armado. Todos sabem os custos que a primeira guerra teve em gastos com armas em detrimento de investimentos sociais (…) Defender a democracia é lutar pela paz. O diálogo político é o melhor caminho para a construção de consensos”, acrescenta a carta de Lula.

A bomba de efeito retardado! Michel Temer, também conhecido como “manequim de funerária” e o sacripanta expulso do exército que governou o país sabe-se lá como, deixaram uma “bomba” para explodir em algum momento: a tal besteira de um Banco Central Independente!

E, agora, estamos vivendo esse horror e precisando de muita luta para derrubar esse sistema que só serve aos grandes investidores e aos grupos financeiros internacionais.

A política criada pelos dois canalhas tornou o Brasil como o nirvana rentista mundial com rendimentos reais de 8% ao ano! Por dois anos consecutivos, o Banco Central não conseguiu controlar a inflação. E, ao que tudo indica, também será reprovado em 2023. Isso já seria motivo suficiente para o Senado destituir toda a diretoria do órgão, conforme estabelece a Lei Complementar 179/2021: por “verificada e recorrente atuação insuficiente para atingir o objetivos do Banco Central do Brasil” [inciso IV do art. 5º].

A vitória do presidente Lula em 30 de outubro de 2022 pôs fim ao governo mais nefasto, trágico e destrutivo da história da República. E também significou a interrupção do pesadelo fascista-militar e o fim da terrível política do governo que terminou em 31 de dezembro.

Seria lógico e natural, portanto, que o governo eleito assumisse integralmente o comando do país, inclusive do Banco Central, para administrar as taxas de juros e o sistema da dívida e, assim, poder aplicar o programa vencedor nas urnas. Mas não é, entretanto, o que pensam os rentistas, a ortodoxia neoliberal e a mídia hegemônica.

Mas o Banco Central “independente” funciona como um órgão paralelo para os derrotados nas eleições. O governo mudou, mas eles bloqueiam o governo eleito, impedindo que a política monetária seja alterada.

A “arma” dos EUA? A assinatura de acordo entre Brasil e China para reduzir uso do dólar poderá diminuir o custo de transações e acelerar o comércio. Mas o Palácio do Planalto deve estar preparado para retaliação dos EUA na forma de sabotagem econômica.

O uso do novo sistema promovido pela China é opcional. Logo, empresas brasileiras poderão, pela primeira vez, escolher entre dois sistemas diferentes para realizar operações comerciais.

De acordo com a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, o acordo tem o intuito de reduzir os custos das transações entre os países. Mas, para o mestre em economista pela Universidade Federal Fluminense e assessor parlamentar David Deccache, o acordo garante sobretudo ganhos geopolíticos para o Brasil.

Pequim é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2022, 26,8% das exportações brasileiras foram destinadas à China, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (SECEX-MDIC). Já as importações brasileiras de produtos chineses respondem por 22,3% do total e apresentam tendência de alta.

Mas a promoção de acordos que diminuem o uso do dólar deve gerar reações por parte de Washington, já que o uso da sua moeda lhes garante privilégios econômicos significativos em relação ao resto do mundo.

México acompanha o Brasil. Os governos do México e do Brasil se recusaram a apoiar a condenação da operação militar especial russa na Ucrânia contida na declaração da segunda edição da Cúpula pela Democracia organizada por Washington. O que indica esta decisão dos países latino-americanos mais poderosos?

No caso do México, o país latino-americano assinou o documento, mas com uma ressalva em que manteve sua rejeição ao parágrafo do texto que garante que os países signatários deploram as consequências da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.

Para a especialista em história diplomática da Rússia e sua política externa pela Universidade de São Petersburgo, Imelda Ibañez, a decisão do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, se situa em um cenário de transformações que estão ocorrendo na política mundial”. e que assistimos há um ano, como resultado do impacto da crise na Ucrânia em nível global."

“As projeções em termos de política externa, principalmente das grandes potências, nos mostram até que ponto essas mudanças estão presentes. Por um lado, existe aquela unipolaridade que pretende continuar influenciando não só regionalmente, mas globalmente. Por outro lado, já temos a projeção da criação de um esquema multipolar, onde as políticas externas buscam um equilíbrio para negociar e cooperar sob o chamado equilíbrio de interesses, representado por Rússia, China e outras potências regionais que aos poucos vão projetando suas políticas externas de forma autônoma e independente", explicou ela em entrevista ao site Sputnik.

Até parece que foi golpe! Um incêndio ocorrido na noite de segunda-feira (27) em um centro de controle migratório e estadia provisória em Ciudad Juárez, estado de Chihuahua, no Norte do México [próxima à fronteira com o estado norte-americano do Texas], terminou com a morte de 39 pessoas.

Outras 29 pessoas ficaram feridas, algumas delas em estado grave [o que pode levar a um aumento do número de mortos nas próximas horas], segundo a imprensa local.

O centro de controle migratório é um local onde imigrantes de países da América Central se mantém alojados enquanto esperam por uma decisão judicial a respeito de sua situação legal.

Para a grande maioria dos imigrantes centro-americanos, o México é apenas parte do trajeto, já que buscar cruzar a fronteira com os Estados Unidos, objetivo final de sua jornada.

As primeiras informações sobre o ocorrido na noite de segunda dão conta de que o incêndio teria sido produzido pelos próprios imigrantes, que atearam fogo em colchões quando receberam a informação de que muitos deles seriam deportados para seus países de origem.

Curiosamente, o “incêndio” acontece quando estão mais acirradas as políticas estadunidenses contra imigrantes!

Não haverá impunidade. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, garantiu na quarta-feira que não haverá impunidade na investigação do incêndio ocorrido na segunda-feira passada em um posto de imigração em Ciudad Juárez, estado de Chihuahua, fronteira com os EUA, com um saldo de 38 migrantes, latino-americanos mortos e cerca de trinta feridos.

Durante a sua conferência de imprensa, o chefe de Estado expressou condolências aos familiares dos migrantes falecidos. “Minhas mais profundas condolências aos nossos irmãos venezuelanos, guatemaltecos, salvadorenhos, equatorianos, colombianos e aos governos desses países”, disse.

Acrescentou que pediu à Procuradoria-Geral da República (FGR) que investigue o sucedido para que “se apurem as responsabilidades, que não haja impunidade e que os autores desta dolorosa tragédia sejam punidos nos termos da lei”.

Preso o responsável pelo incêndio. A promotora especializada em Direitos Humanos, Sara Irene Herrerías, confirmou na sexta-feira em entrevista coletiva a detenção do migrante que supostamente iniciou o incêndio que custou a vida de 39 pessoas em um centro de migrantes em Ciudad Juárez.

Ela não revelou o nome nem a nacionalidade do homem acusado de incendiar os colchões da cela que dividia com outros 67 homens, supostamente em protesto contra a falta de atenção dos funcionários da imigração mexicana e uma possível deportação.

Até agora, oito suspeitos foram detidos, incluindo dois agentes federais, um funcionário do Instituto Nacional de Migração (INM), quatro seguranças privados e o suposto autor do crime. A promotora Sara Irene Herrerías especificou que a captura de mais um guarda privado ainda não foi realizada.

Segundo a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez, o posto de imigração que foi palco do desastre foi fechado.

Só para aparecer? Há algumas décadas passadas, como estudantes, tínhamos uma expressão bem humorística: “quer aparecer? Pendura uma melancia no pescoço e saia pela rua cantando ‘mamãe eu quero mamar’”!

Pois a ONU está agindo da mesma forma! Em uma só semana desaprova um pedido de investigação sobre a sabotagem no gasoduto Nord Stream, da Rússia, um fato documentado com vídeos e fotos.

Na mesma semana, solicita ao uma investigação exaustiva sobre o incêndio em um centro de migrantes na cidade mexicana de Ciudad Juárez, que deixou um balanço preliminar de 38 mortes.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu às autoridades mexicanas uma investigação exaustiva sobre o trágico acontecimento e reiterou o seu compromisso de continuar a colaborar e trabalhar com os países de onde partem a maioria dos migrantes "para estabelecer rotas migratórias mais seguras, regulamentadas e organizado.

Um recado para o Secretário-Geral da ONU: “vai se roçar nas ostras para criar calo” e deixa de ser capacho dos EUA!

Paraguai também protesta contra a reforma da previdência. Em 23 de março, o sindicato único de trabalhadores do Uruguai, PIT-CNT, realizou uma greve e mobilização contra o projeto do governo neoliberal que visa aumentar a idade de aposentadoria de 60 para 65 anos e deixar suas pensões nas mãos de privados fundos.

Do governo garantem que, com a reforma, aposentados e aposentadas ganharão o mesmo ou mais. Da central sindical consideraram que o projeto promovido pelo governo é "criminoso" e garantem que continuarão mobilizados contra ele caso seja aprovado. Diante disso, dos sindicatos, foi proposto que seja dada a opção de optar pelo sistema anterior ou pelo novo e que cada trabalhador julgue qual é o melhor para si.

Além de aumentar a idade de aposentadoria, a reforma promovida pelo presidente Luis Lacalle tornará obrigatório que todos os trabalhadores contribuam para a Caixa de Previdência das Administradoras de Previdência Privada (AFAP), criada em 1996 e que atualmente só são obrigadas a contribuir se receberem um salário superior ao estabelecido em lei. Entretanto, todos os trabalhadores e trabalhadoras contribuíram para o Banco da Previdência Social.

Presidenta de Honduras convidada pela China. O Governo da China convidou a presidenta de Honduras, Xiomara Castro, a visitar o país asiático, após o estabelecimento de relações diplomáticas, informou neste domingo o governo hondurenho.

O convite ocorre após o rompimento das relações diplomáticas entre Honduras e Taiwan (cuja soberania é negada por Pequim), mantidas desde 1941, e o estabelecimento de relações formais com a China.

O Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento de Relações entre China e Honduras formaliza os laços entre os dois países, foi assinado em Pequim pelos chanceleres de Honduras e China, Eduardo Reina e Qin Gang, respectivamente.

A declaração enfatizou: "com esta decisão histórica, o Governo da República de Honduras amplia o horizonte de desenvolvimento para o povo hondurenho, fortalecendo as relações exteriores de Honduras no campo bilateral e multilateral".

Macri não vai concorrer? Aí pode ter uma arapuca! O ex-presidente argentino Mauricio Macri anunciou no domingo que não concorrerá como candidato presidencial nas próximas eleições gerais de 22 de outubro.

“Quero ratificar a decisão de que não serei candidato nas próximas eleições. Há um grande número de novos líderes. Espero que não nos deixem ser pisoteados pelo populismo”, disse ele em um curto vídeo transmitido no redes sociais.

Macri, 64, é um bilionário chefe de uma poderosa holding familiar e ex-presidente do popular clube Boca Juniors.

Ao fracassar em sua tentativa de reeleição em 2019 contra o atual chefe de Estado, Alberto Fernández deixou pendente a maior dívida contraída pela Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por cerca de 44,5 bilhões de dólares.

Estamos com Cristina! A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, denunciou na quarta-feira o senador norte-americano Ted Cruz como cúmplice do Judiciário na investigação contra ela por suposta corrupção.

Por meio de várias captações de notícias, a vice-presidente destacou os rendimentos do senador republicano com as empresas de gás e petróleo, mencionando o interesse na exploração da região de Vaca Muerta, na Argentina.

Cruz pediu sanções contra Fernández de Kirchner cinco dias antes de tentarem assassiná-la, com base em acusações do promotor Diego Luciani. Além disso, solicitou que fosse impedido de entrar nos Estados Unidos (EUA).

O governo do presidente Alberto Fernández declarou que a petição de Cruz mostra quem está por trás da perseguição judicial contra o ex-presidente argentino (2007-2015).

Impeachment contra presidente Lasso. Nos primeiros minutos de quinta-feira (30), cerca de 0h30 na hora de Quito, o Tribunal Constitucional do Equador anunciou a decisão de declarar a admissibilidade do processo de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, por sua responsabilidade em um esquema de corrupção.

O aval ao processo requeria um quórum qualificado de dois terços, e foi exatamente o que aconteceu: seis magistrados votaram a favor da admissibilidade do juízo político, os outros três membros votaram contra.

Vale destacar, contudo, que o julgamento se iniciou durante a tarde de quarta-feira (29), e se prolongou porque o Tribunal analisou primeiro dois pedidos de impeachment pelo crime de extorsão e corrupção ativa, os quais tiveram maioria simples, mas não atingiram os dois terços, razão pela qual foram negados. O último pedido, que denunciava crimes de peculato e corrupção passiva, terminou sendo aceito.

Esta será a primeira vez, desde que a Constituição de 2008 entrou em vigor no Equador, que um Presidente da República enfrentará um processo de impeachment na Assembleia Nacional.

Ações do Deutsche Bank afundam 30%! Os preços das ações do maior credor da Alemanha, o Deutsche Bank (DB), despencaram na sexta-feira, uma vez que as preocupações com a saúde dos bancos europeus estão aumentando após o colapso do Credit Suisse e das instituições nos Estados Unidos.

O DB liderou a lista das empresas que sofreram a maior queda de suas ações na bolsa de valores alemã, com queda de 8,53% no fechamento. O preço das ações do Commerzbank AG, o segundo maior banco da Alemanha, caiu 5,45%.

O DB perdeu cerca de 30% de seu valor de mercado desde o início das preocupações com o setor bancário provocadas pelo fechamento do Silicon Valley Bank (SVB) há cerca de duas semanas.

Ainda não há sinais de que o nervosismo dos investidores em relação aos bancos europeus esteja diminuindo. Acredita-se que a queda dos preços das ações do DB e do Commerzbank seja desencadeada pela alta dos Credit Default Swap (CDS), uma forma de seguro colocado em títulos contra eventos de inadimplência de crédito.

A imprensa alemã citou a S&P Market Intelligence dizendo que mais de € 200.000 tiveram que ser pagos ao longo de um pacote de € 10 milhões em títulos do Deutsche Bank, em vez dos € 142 mil na quarta-feira. O aumento súbito e vertiginoso do preço do CDS é um sinal de que a preocupação dos investidores com os riscos de inadimplência dos títulos DB está aumentando.

Socorro bancário? O First Citizens BancShares Inc anunciou a compra do Silicon Valley (SVB) por US$ 72 bilhões, um desconto de US$ 16,5 bilhões. A operação envolve os depósitos e empréstimos e outros ativos da Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC). Cerca de US$ 90 bilhões em títulos e outros ativos permanecerão “em liquidação judicial à disposição do FDIC.

Segundo o comunicado, transação foi estruturada para preservar a solidez financeira do First Citizens. Os ativos do SVB envolvidos na operação somam US$ 110 bilhões, os depósitos US$ 56 bilhões e os empréstimos US$ 72 bilhões.

O First Citizens também receberá uma linha de crédito da FDIC para fins de liquidez contingente e terá um acordo com o regulador para compartilhar algumas perdas em empréstimos comerciais para fornecer proteção adicional contra possíveis perdas de crédito.

A First Citizens tem cerca de US$ 109 bilhões em ativos e depósitos totais de US$ 89,4 bilhões.

Greve nos transportes da Alemanha. Os sindicatos de transporte mais importantes da Alemanha, Ver.di e EVG Railway, organizaram uma greve nacional de 24 horas na segunda-feira, exortando milhares de trabalhadores do transporte a fazer suas reivindicações, enquanto as negociações sobre um aumento salarial continuam.

Desde a meia-noite, o serviço de trem, ônibus e avião está paralisado. Os trabalhadores defendem aumentos salariais de mais de 10% para recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos.

Segundo o EVG, mais de 30 mil trabalhadores de cerca de 350 centros espalhados pelo território já aderiram às manifestações, pelo que, devido à falta de disponibilidade de transportes públicos para a população, são esperados grandes engarrafamentos.

O diretor de negociação coletiva da EVG, Kristian Loroch, disse “hoje estamos em greve porque na negociação coletiva, apesar da situação financeira tensa de muitos trabalhadores, não nos foi apresentado nada sobre o qual pudéssemos negociar seriamente”.

10º dia de mobilização contra a reforma da Previdência na França! Mais de dois milhões de pessoas se manifestaram contra a reforma previdenciária francesa na terça-feira (28), conforme indicou a Confédération Générale du Travail (Confederação Geral do Trabalho, CGT). Dados do Ministério do Interior francês apontam que o número de manifestantes atingiu "apenas" 740 mil. As informações são do jornal francês Le Monde.

A terça-feira (28) marcou o décimo dia de mobilização contra a reforma que deve alterar a aposentadoria francesa. A Torre Eiffel, o Palácio de Versalhes e o Arco do Triunfo foram fechados, assim como o Louvre, que normalmente não abre ao público às terças-feiras. Também de acordo com o Le Monde, estavam planejados 150 comícios por todo o país.

As escolas de Ensino Médio também registraram paralisações - 53 incidentes no total, de acordo com o Ministério Nacional da Educação. No entanto, um sindicato estudantil do Ensino Médio, chamado FIDL, afirma que houve uma mobilização “histórica”, com 500 escolas de Ensino Médio paradas.

O trânsito também teria sido afetado logo cedo em pontos por todo o país: em Rennes, capital bretã, 400 pessoas interromperam a passagem na estrada a partir das 7h da manhã, havendo ao menos seis pontos de bloqueio, que resultaram em 45 km de engarrafamentos às 8h30. Situações similares foram registradas em Nantes e Caen.

Em Marselha, o dia começou com uma manifestação em frente ao hotel quatro estrelas Radisson Blu, no Porto Velho, organizada por uma centena de funcionários do setor de turismo francês e ativistas dos sindicatos CNT, Snuipp e Sud.

Um golpe para os EUA! O governo da Arábia Saudita aprovou na quarta-feira (29) um memorando que oficializa o ingresso do país como “observador” e “parceiro de diálogo” da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, por sua sigla em inglês), bloco de países da Eurásia promovido pela China para aumentar sua influência na região.

A decisão foi confirmada pelo rei Salman bin Abdulaziz um dia depois que seu filho, o príncipe e primeiro-ministro Mohammad bin Salman, manteve uma conversa por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, segundo informação da agência estatal Saudi Press.

O príncipe e primeiro-ministro Mohammad bin Salman, vale lembrar, é figura envolvida em dois casos de grande repercussão no Brasil e no mundo: ele teria sido mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em outubro de 2018, e também foi quem presenteou a delegação brasileira que visitou o país em 2021 com joias avaliadas em cerca de R$ 16 milhões, as quais o casal Michelle e Jair Bolsonaro teriam tentado se apropriar, segundo caso que está sob investigação.

A Organização de Cooperação de Xangai é composta por oito membros, incluindo China, Rússia e Índia, que abrangem quase metade da população mundial e mais de 30% do PIB global.

A adesão saudita à entidade pode ser considerada um passo adiante no projeto chinês de ampliar suas relações no Oriente Médio.

Projeto ousado, mas fundamental. O projeto de se criar uma moeda comum dos BRICS é um dos principais objetivos da Rússia, que pretende impulsionar um novo sistema capaz de desbancar o euro e o dólar estadunidense como divisa mais usada no comércio mundial.

Segundo Alexander Babakov, vice-presidente da Duma Federal [a câmara baixa do Legislativo russo], a moeda comum dos BRICS [aliança formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], será “uma divisa fundamentalmente nova e com vantagens comerciais que outras divisas não possuem”.

“Nem o euro nem o dólar estão respaldados em nada. Nossos países [dos BRICS] podem oferecer algo melhor e fazer o que o sistema de Bretton Woods destruiu”, acrescentou o parlamentar.

Babakov enfatizou que a moeda seria lastreada não apenas em ouro, mas também em recursos reais, como terras e metais raros. “Economistas dos cinco países estão discutindo a lista de matérias-primas que estão em demanda no mercado”, explicou.

Não é a primeira vez que um importante político russo defende a prioridade na criação da moeda dos BRICS. Em janeiro, o chanceler Sergei Lavrov, havia anunciado que a ideia de criar uma moeda comum seria um dos assuntos principais da cúpula do BRICS, que acontecerá no próximo mês de agosto, na África do Sul.

China e Rússia! O Ministério da Defesa da China anunciou na quinta-feira (30) que o seu país está disposto a colaborar com as forças russas para implementar iniciativas de segurança global.

Segundo o porta-voz da Defesa chinesa, Tan Kefei, a elaboração dessas propostas foi um dos temas do recente encontro entre os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin, que ocorreu há cerca de dez dias, em Moscou.

“A parceria estratégica abrangente de coordenação entre China e Rússia busca avançar em uma nova, que continua a se desenvolver em alto nível”, afirmou o funcionário chinês.

Pequim também enfatizou que “a amizade sino-russa se fortaleceu ao longo do tempo”, e que “essa relação busca superar os modelos da Guerra Fria, para defender princípios de não alinhamento [com os Estados Unidos e o Ocidente], não confronto e não ataque a países terceiros”.

Militares russos foram torturados na Ucrânia. Cerca da metade dos prisioneiros de guerra russos capturados na Ucrânia entrevistados pela ONU disseram ter sido torturados e maltratados, declarou Volker Turk, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos. Ele admitiu que a Ucrânia não iniciou procedimentos criminais contra seus militares.

As autoridades russas relataram repetidamente sobre a tortura de militares russos em cativeiro ucraniano e numerosas violações da Convenção de Genebra.

Os liberados reclamaram de espancamentos brutais, dentes e ossos quebrados e vários abusos, como privação de sono por dez dias e espancamentos com um saco de lixo sobre a cabeça.

E o genocida recuou! O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse aos parceiros de coalizão que decidiu suspender a controversa reforma judicial, informa o canal de TV KAN, na segunda-feira (27).

Segundo a mídia, o principal ideólogo da reforma e ministro da Justiça, Yariv Levin, percebeu que “não há outra escolha”. Resta, segundo o canal, convencer o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

O sindicato dos médicos de Israel anunciou que o sistema de saúde no país deixaria de funcionar a partir de terça-feira (28), até que a implementação da reforma judicial fosse suspensa, informa a agência Haaretz.

O chefe do sindicato nacional Histadrut, Arnon Bar-David, também anunciou uma grande greve dos trabalhadores se o projeto não fosse retirado.

“Estamos todos preocupados com o destino de Israel”, disse Bar-David em uma reunião com líderes empresariais e funcionários públicos. “Juntos dizemos basta!”, sublinhou.

“Perdemos o rumo, não se trata de esquerda ou direita”, disse o sindicalista. “Não podemos mais polarizar a nação”. Bar-David também disse que nas últimas semanas fez de tudo para evitar essa situação, mas que seus esforços foram em vão.

De volta à Idade das Trevas? Aquele país lá do Norte, que se diz defensor do planeta, está beirando o absurdo quando se trata de cultura! Não são apenas ridículos na defesa de uma moral burguesa que eles nem praticam, apenas no discurso!

Agora, a diretora de uma escola secundária em Tallahassee, Flórida, foi destituída após mostrar o David de Michelangelo em uma de suas aulas de arte. Alguns pais acusaram Carrasquilla de mostrar material pornográfico para seus adolescentes inocentes e a diretoria da instituição deu a ela duas opções: pedir demissão ou ser demitida. 

Esse é o ponto em que os EUA conseguiram chegar: o caminho mais curto para a Idade Média (para o fanatismo mais brutal da Idade Média e da Inquisição). Isso no país da “liberdade”, não é?

Trump é indiciado! Donald Trump se tornou, na quinta-feira (30), o primeiro ex-presidente dos EUA a ser acusado criminalmente!

Trump, que sonha em reconquistar o cargo em 2024, foi indiciado oficialmente pelo promotor de Manhattan Alvin Bragg, ligado à Justiça do estado de Nova York, em um caso de pagamento, pouco antes de novembro de 2016, de US$ 130.000 (cerca de R$ 428 mil) para a atriz e diretora de filmes pornográficos, Stormy Daniels. Em 2018, o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, confirmou ter feito o pagamento à atriz pornô estadunidense que afirmava ter mantido um caso com Trump, em 2006.


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