O
Brasil está reagindo às espionagens e sabotagens por que passou
recentemente apoiando a construção de novas vias de
comunicação eletrônica com a Europa, com a África e com
China/Rússia/Índia/África do Sul que serão realizadas através de cabos
submarinos de fibra ótica. O objetivo maior dessas ações é construir uma
internet mais protegida, quebrando a
hegemonia atual dos Estados Unidos.
A possibilidade da conexão Brasil e Europa por fibra ótica
Jornal de Hoje, 24/02/2014
A
6ª Cúpula Brasil-União Europeia se inicia hoje na Bélgica com a
participação da presidente Dilma Rousseff, na qual um dos temas em
destaque será a viabilidade da construção de um cabo ótico submarino
para facilitar a comunicação eletrônica entre o Brasil e a Europa. O
projeto se tornou uma das prioridades do governo brasileiro depois que
vieram à tona suspeitas de espionagens dos Estados Unidos a cidadãos de
vários países, dentre eles a própria presidente.
A
Telebras já aprovou a criação de uma empresa com capital misto em
parceria com a espanhola IslaLink para construir e operar o sistema
dedicado a transmitir dados de internet entre o Brasil e o continente
europeu. O investimento é de
US$ 185 milhões (R$ 435 milhões) e a estrutura deverá ficar pronta em
2016. Na Cúpula, a presidente irá discutir a possibilidade de
participação europeia na arquitetura financeira do projeto. A Telebrás
estima que o novo cabo deva gerar economia em torno de 15% em relação
aos custos atuais.
De
acordo com o modelo proposto as tubulações sairão de Fortaleza,
chegarão a Portugal e deverão acelerar o fluxo de informações com o
continente europeu. Além do aspecto relacionado ao fortalecimento da
segurança da internet, outros benefícios seriam nas áreas de educação,
pesquisa, inovação e comércio. Isso seria possível por meio da ampliação
da oferta de internet, que teria, além do custo barateado para o
consumidor, aumentada a velocidade da conexão.
Atualmente
o Brasil tem cinco cabos submarinos ligando o país ao exterior, sendo
que quatro deles vão para os EUA e apenas um para a Europa. Nesse
sentido, a nova ligação está sendo considerada estratégica. A medida
também faz parte da intenção do governo brasileiro de expandir a
infraestrutura de banda larga no país, descentralizando assim esse
processo que atualmente tem como base os Estados Unidos
O mapa mostra as principais vias de comunicação realizadas por cabos submarinos de fibra ótica existentes no mundo
Processo de comunicação eletrônica que está sendo construído pelos BRICS
Chama-se
Brics Cable e se apresenta como uma infraestrutura alternativa em um
mundo que se encontra em meio a importantes desafios econômicos. Pois,
atualmente, os países Brics estão conectados entre si através de centros
de telecomunicações situados na Europa e nos Estados Unidos, o que
supõe custos elevados. Trata-se de um sistema formado por cabos de fibra
ótica de 34.000 quilômetros de longitude, com uma capacidade de 12,8
terabits por segundo, que unirá a Rússia, a China, a Índia, a África do
Sul e o Brasil (ou seja, os Brics), com os EUA. Sua finalidade será
garantir a milhões de pessoas um acesso a Internet fácil e barato.
Oferecerá também acesso imediato dos países do bloco a 21 países
africanos e permitirá que essas nações tenham acesso às economias dos
Brics. O BRICS Cable, já está sendo implementado e sua conclusão está prevista para meados de 2015
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