247 - Até o momento, nenhum
partido da oposição apresentou algum pedido de Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe da Operação Zelotes, da
Polícia Federal, que investiga comercialização de decisões do Conselho
Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da Receita Federal.
O prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19
bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato, que
mantém presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país presos há
meses. Os partidos de oposição, que poderiam aumentar sua 'intifada'
contra o governo e amplificando investigações contra os cofres públicos,
até o momento não se manifestaram.
Nesta sexta-feira, 3, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo
revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de
pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar
uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento
de um real para cada 80 devidos (saiba mais
aqui).
Além de Gerdau, outros nomes ligados à oposição foram desnudados pela
Operação Zelotes. A RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por
Eduardo Sirotsky, é acusada de ter pago uma propina de R$ 15 milhões
para abater uma dívida de R$ 150 milhões. A RBS é sócia de ninguém menos
que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no
governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de
Aécio Neves, presidente do PSDB.
Avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há
disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores.
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