domingo, 10 de janeiro de 2016

Antes de ser demitido, Sidney Rezende criticou demonização do governo

Síntese clara e precisa da sistêmica lavagem cerebral da qual ficou encarregada a maior parte da mídia comercial brasileira. A ordem era “fazer a mulher sangrar”. Nada de novo! Em um país no qual questões religiosas sobrepõem-se às políticas de saúde pública no tratamento do aborto, em que o conservadorismo e o exercício da força sobre os explorados sempre foram as práticas de dominação utilizadas pela elite branca, machista e canalha, não surpreende que grande parte da população – até pobres, mulheres e outros grupos “marginais” - reproduza o discurso da oposição. Somos um país jovem e imaturo, ingênuo e mal formado. A universidade brasileira ainda nem celebrou seu primeiro centenário! Interessa a muitos, de dentro e de fora de nossas fronteiras, nos manter pequenos.
                           Tânia Franco
 
 

Antes de ser demitido, Sidney Rezende criticou demonização do governo

"O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Assim como os acertos também devem ser publicados", disse Rezende
por Revista Fórum — publicado 16/11/2015 12h25
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Facebook/Reprodução
Um dia antes de ser demitido da GloboNews, onde atuava desde 1997, o jornalista Sidney Rezende, âncora do Jornal GloboNews, divulgou em seu perfil no Facebook texto no qual critica a “má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia” com a gestão deDilma Rousseff.
“A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo”, afirmou Rezende. As informações são do blog do Mauricio Stycer.
“Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também”, argumentou Rezende no artigo, publicado na última quinta-feira 12 e intitulado “Chega de notícias ruins”.
“Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.”
Rezende continuou: “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever”.
De acordo com ele, é “hora de mudar” da imprensa mudar sua postura. “O povo já percebeu que esta “nossa vibe” é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.”
Após demitir o jornalista na sexta-feira 13, a Globo disse, em nota, que “só tem elogios à conduta profissional de Sidney, um jornalista completo”.
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Enviado por: "Tania Franco" <tania.franco10@gmail.com>

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