terça-feira, 15 de março de 2016

Mídia internacional destaca caráter de classe das manifestações de 12/3/2016

14/03/2016 - Copyleft

Destaques da agenda internacional na semana de 13 a 20 de fevereiro de 2016

A mídia internacional destacou o caráter de classe das manifestações, predominantemente de empresários, ricos e classe média alta.


Flavio Aguiar, da Península de Yucatán, México
André Tambucci/ Fotos Públicas
Brasil
 
É claro que as manifestações pró-golpe judiciário, congressual ou outro deste domingo no Brasil repercutiram na mídia internacional. Mas como esta, em geral, não é visceralmente comprometida com o golpe, como é a velha mídia golpista brasileira, a repercussão adquire tonalidades diferentes. Em primeiro lugar, descartam-se os exageros do tipo 1,4 milhão na Paulista (PM do estado), “maior manifestação da história em S. Paulo (Folha de S. Paulo). Nem mesmo se aventa, como fez o Estadão, que o país esteja “unido” em torno da queda do governo. Fala-se em centenas de milhares em todo o país, com destaque para S. Paulo, evidentemente. De qualquer modo, a discussão principal não é esta. A mídia internacional destaca, isto sim, o caráter de classe das manifestações, predominantemente de empresários, ricos, classe média alta, brancos, renda bem superior à média brasileira, sublinhando também o caráter e o histórico de direita de muitos dos oradores e incensados. Nos últimos tempos mesmo os mais acirrados críticos dos governos liderados pelo PT, como o Financial Times e a The Economist, têm ressaltado a aventura no vazio e no desconhecido que seria um impeachment, nesta altura, sem culpa formada de qualquer espécie. Mas certamente os nossos golpistas de plantão fazem ouvidos moucos a estas advertências, fascinados pela cenoura do poder que balança à sua frente e pelo encantamento midiático da campanha neofascista de caça às bruxas que o PIG promove.



Fonte: Carta Maior

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