quarta-feira, 18 de maio de 2016

Itamaraty fará estudo de custos de embaixadas e consulados na África e no Caribe, diz jornal


Itamaraty fará estudo de custos de embaixadas e consulados na África e no Caribe, diz jornal

Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que José Serra, novo chanceler, solicitou estudo para analisar custos; procurado, Itamaraty disse que não comenta assunto
Segundo uma reportagem publicada nesta terça-feira (17/05) pelo jornal Folha de S.Paulo, o novo ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, nomeado pelo presidente interino, Michel Temer, solicitou que o Ministério realize um estudo de custos e de utilidade de embaixadas e consulados brasileiros abertos nos últimos anos em países da África e do Caribe.
A matéria destaca que a abertura de embaixadas e consulados nas regiões alvo do estudo “foi marca do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva” (2003-2010). No período, foram abertas 17 embaixadas brasileiras na África e Lula realizou diversas viagens oficiais ao continente.
EFE

Segundo jornal, estudo foi encomendado pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra
De acordo com a reportagem da Folha, possíveis fechamentos de consulados ou embaixadas não estão confirmados, mas podem ocorrer. Procurada pela redação de Opera Mundi, a assessoria do Itamaraty não confirmou a existência do estudo e disse que não está comentando o assunto. 
Diplomatas ouvidos pela Folha afirmaram que fechar postos menores teria pouco ou nenhum efeito quanto a economia de gastos, surtindo, entretanto, grande impacto diplomático. Os postos que demandam aporte considerável de recursos estão em países cruciais para a diplomacia brasileira. Segundo fontes do jornal, o custo de uma embaixada pequena na África é pelo menos 20 vezes menor do que a de Lisboa, apontada como fundamental e com custo menor do que outras grandes capitais da Europa.
 

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Nesta segunda-feira (16/05), o Itamaraty, agora comandado por Serra, emitiu uma nota em que disse que as declarações do governo de El Salvador em protesto ao afastamento da presidente brasileira, Dilma Rousseff , “revelam amplo e profundo desconhecimento sobre a Constituição e legislação brasileiras”.
Na última sexta-feira (13/05) o Ministério das Relações Exteriores, por meio de dois comunicados, rechaçou “enfaticamente” a posição adotada pelos governos da Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela, que questionaram a legalidade do processo que levou ao afastamento de Dilma. O Itamaraty também “repudiou” declarações do secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), também crítico do impeachment.
As notas são tidas como os primeiros sinais da mudança da política externa do Brasil sob o governo interino de Temer (PMDB). Os comunicados públicos emitidos pelo Itamaraty nos últimos dias destoam da postura tradicional do Itamaraty de adotar um tom mais comedido ao se dirigir aos assuntos globais ou a outros países.

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