segunda-feira, 16 de maio de 2016

Michel Temer 'fracassou na estreia' como presidente interino, afirma jornal Le Monde


Michel Temer 'fracassou na estreia' como presidente interino, afirma jornal Le Monde

Matéria faz balanço de primeiros dias de governo interino e considera 'chocante' gabinete composto exclusivamente por 'homens, brancos e com mais idade'
Um artigo publicado no jornal francês Le Monde nesta segunda-feira (16/05) afirma que o presidente interino Michel Temer “fracassou na estreia” em sua tentativa de “reconciliar” um país dividido.
O texto, assinado pela correspondente da publicação em São Paulo, Claire Gatinois, começa com a resposta “em tom firme e decidido” do novo ministro das Relações Exteriores, José Serra, aos governos latino-americanos que repudiaram o afastamento da presidente brasileira, Dilma Rousseff, fato que tem causado “comoção” na América Latina.
A matéria classifica o impeachment como “uma verdadeira bomba em um regime presidencialista” e diz que a “leveza” com que o assunto é minimizado não deixa de surpreender observadores estrangeiros.
Lula Marques/Agência PT

Matéria do jornal Le Monde diz ser  “chocante” que a equipe de Temer seja composta apenas por homens brancos e com mais idade
Segundo o texto, Michel Temer “fracassou na estreia” na suposta tentativa de “acalmar um país à beira do abismo econômico” e de “reconciliar uma nação dividida entre contra e a favor do impeachment” de Dilma.
De acordo com a matéria, Temer causou controvérsia antes mesmo de tomar posse “ao tentar oferecer o cargo de ministro da Ciência e Tecnologia a um criacionista", em referência ao presidente nacional do PRB, o bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira. O bispo foi depois substituído por Gilberto Kassab (PSD) no novo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - amálgama dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e Comunicações.
 

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O texto também afirma ser “chocante” que a nova equipe de Temer seja composta exclusivamente por "homens, brancos e com mais idade", além de comentar a fusão do Ministério da Cultura à pasta de Educação e a redução do número de ministérios de 32 para 23. 
“Mais preocupante”, de acordo com o texto, é a nomeação de sete ministros citados na Operação Lava Jato.
“Se todos os líderes incompetentes ou impopulares julgados nas democracias modernas fossem destituídos, alguns terminariam o mandato que lhes foi atribuído pelo voto universal", disse aoLe Monde a historiadora Armelle Enders, autora do livro "Nova História do Brasil".
A respeito do novo governo formado por Michel Temer, Armelle afirmou que a equipe tem o "carimbo" da continuidade e de conservadorismo.
"Os ministros são raposas velhas que participaram de todos os governos recentes, de Fernando Henrique Cardoso a Dilma

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