segunda-feira, 16 de maio de 2016

'Mídia alternativa tem que somar forças', diz Paulo Cannabrava


'Mídia alternativa tem que somar forças', diz Paulo Cannabrava

Criador dos Cadernos do Terceiro Mundo e fundador da Revista Diálogos do Sul fala sobre a parceria com Opera Mundi
“A mídia alternativa tem que somar forças. Não podemos ficar dispersos”, diz Paulo Cannabrava, ao anunciar a parceria entre a revista eletrônica Diálogos do Sul e o site Opera Mundi: “É uma integração que está dando certo. Vamos crescer juntos”.
Reprodução/ YouTube

Com mais de 50 anos atuando como jornalista, Cannabrava é editor da Revista Diálogos do Sul
A partir desta semana, a revista Diálogos do Sul  faz parte do catálogo de sites do Portal Opera Mundi, que tem passa a reunir:
- Opera Mundi — veículo especializado em política internacional, política externa e economia, numa perspectiva global;
- Revista Samuel — a primeira publicação brasileira a reunir textos da imprensa independente mundial, como jornais e revistas, blogs, sites alternativos, publicações de institutos de pesquisa e de universidades;
- Diálogos do Sul — voltada à integração latino-americana e ao fortalecimento do diálogo sul-sul através da formação de uma rede de comunicadores;
- Blogs Opera Mundi  Suelto (escrito por Max Altman, traz comentários sobre o que a mídia está noticiando); Postais do Mundo (organizado por José Carlos Daltozo dedica-se a cartões postais); Bidê (escrito por Luka Franca, aborda racismo, feminismo e LGBT);Transtudo (Carolina de Assis escreve sobre sexo, gênero, feminismos e sacanagens); Ágora(Haroldo Ceravolo Sereza escreve sobre cultura e política); Blog das Perguntas (o que é melhor para entender o mundo: respostas ou perguntas? essa é a questão principal trazida por Armando Antenore);
- TV Opera Mundi — seção do portal responsável pela produção de vídeos e material multimídia. Em parceria com a TVT (TV dos Trabalhadores), Opera Mundi TV produz o programa Aula Pública.
Assista à entrevista de Paulo Cannabrava explicando a parceria com Opera Mundi:

Opera Mundi e TVT lançam nova temporada de Aulas Públicas na Universidade Metodista

Aula Pública Opera Mundi: 3ª temporada

Aula Pública Opera Mundi: Como o Estado Islâmico influencia a geopolítica mundial?

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Diálogos do Sul
“A revista Diálogos do Sul nasceu da cobrança das pessoas que pediam a volta dos Cadernos do Terceiro Mundo”, lembra Cannabrava. Criada em 1975, em Buenos Aires, a publicação durou 30 anos, com a circulação de 35 mil exemplares e distribuição em todos os continentes. “Os cadernos quebraram e se tornou inviável os custos de distribuição”, lembra o jornalista.
Editada de maneira bilíngue, com dois sites espelhados: o Diálogos do Sul, em português — que pode ser acessado clicando no banner da publicação presente em todas as páginas do portal Opera Mundi —  e o Diálogos del Sur, em espanhol — acessado a partir do site em português, clicando em "lea en español".
Para Cannabrava, no entanto, “o tempo dos Cadernos do Terceiro Mundo se esgotou” pela dificuldade de manter uma publicação impressa quando a internet facilita a divulgação e publicação de conteúdos de forma mais integrada. Assim, os Diálogos do Sul nascem em 2009 com o objetivo de ser “uma proposta de diálogo sul-sul” entre os países em desenvolvimento, retomando e aprofundando a proposta dos Cadernos do Terceiro Mundo.
Reprodução
Em seu manifesto “Os Desnorteados”, os fundadores do site defendem que “assim como ser orientado é ter etimologicamente o Oriente como referência, ser norteado seria estar sob a influência do Norte. Portanto, nós nos consideramos desnorteados, porque não aceitamos ter essa influência. Somos, ao contrário, sulientados, no melhor sentido deste neologismo”.
Ainda no texto de apresentação do site, a revista reivindica que “na condição de herdeiros deCadernos do Terceiro Mundo, como nos reconhecemos, (…) propomo-nos transformar este espaço num cenário de debate dos principais problemas do Brasil e da América Latina. Pretendemos igualmente torná-lo um fator de estreitamento das relações Sul-Sul, englobando países do Mediterrâneo, do Oriente Médio, da Ásia e da África, que são ou foram vítimas do mesmo processo espoliador. Nosso projeto está aberto à colaboração de todos os que pensam da mesma forma”.

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