domingo, 26 de junho de 2016

FOLHA ELIMINA AÉCIO


FOLHA ELIMINA AÉCIO

 

 

 

Citado em inúmeras delações premiadas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu, neste fim de semana, o mais duro golpe de sua carreira política, com a acusação, feita por Léo Pinheiro, da OAS, de que cobrava propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa, por meio de Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro informal e dono do avião utilizado pelo parlamentar; com isso, o presidente nacional do PSDB fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo, assim como o chanceler José Serra; depois de quase chegar ao poder em 2014, Aécio apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma, mas se deu mal

 

 

Em outubro de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era dono de um imenso capital político. Havia conquistado 48,5% dos votos e por muito pouco não chegou à presidência da República. Depois de tal desempenho, o melhor entre todos os candidatos tucanos nas quatro derrotas presidenciais sofridas pelo PSDB desde 2002, Aécio tinha tudo para se preparar com calma para 2018.

 

O parlamentar mineiro, no entanto, decidiu ser menos Tancredo Neves e mais Carlos Lacerda. Assumiu um discurso moralista e apostou no 'quanto pior, melhor', quando até as montanhas de Minas sabiam que esse não seria um caminho apropriado para seu sucesso na política.

 

Resultado: ainda que a presidente Dilma Rousseff tenha sido provisoriamente afastada do seu cargo, graças à aliança entre Aécio Neves e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poucos políticos sofreram tantos danos nos últimos anos quanto o presidente nacional do PSDB.

 

Aécio já foi citado por diversos réus da Lava-Jato como chefe de um mensalão em Furnas, por Delcídio Amaral como responsável por maquiar dados da CPI dos Correios (o que será confirmado por Marcos Valério) e agora será citado por Léo Pinheiro, da OAS, como cobrador de uma propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

 

Léo Pinheiro diz ter provas e documentos para provar como os recursos ilícitos eram pagos, por meio de Oswaldo Borges da Costa, tesoureiro informal de Aécio Neves e dono do avião utilizado pelo senador tucano.

 

Com isso, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, assim como o senador José Serra. Contra Alckmin, pesa o fato de ser o político mais rejeitado pela juventude brasileira, por seu perfil extremamente conservador. Contra Serra, há a sua associação com o governo ilegítimo de Michel Temer e também o fator da idade já avançada.

 

Aécio seria o candidato natural do PSDB. Mas depois de quase chegar ao poder em 2014, ele apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e acabou se dando mal.

 

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