Citado
em inúmeras delações premiadas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu, neste
fim de semana, o mais duro golpe de sua carreira política, com a acusação,
feita por Léo Pinheiro, da OAS, de que cobrava propina de 3% nas obras da
Cidade Administrativa, por meio de Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro
informal e dono do avião utilizado pelo parlamentar; com isso, o presidente
nacional do PSDB fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial,
abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin e
Marconi Perillo, assim como o chanceler José Serra; depois de quase chegar ao
poder em 2014, Aécio apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o golpe
parlamentar contra a presidente Dilma, mas se deu mal
Em outubro de 2014, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) era dono de um imenso capital político. Havia conquistado 48,5%
dos votos e por muito pouco não chegou à presidência da República. Depois de
tal desempenho, o melhor entre todos os candidatos tucanos nas quatro derrotas
presidenciais sofridas pelo PSDB desde 2002, Aécio tinha tudo para se preparar
com calma para 2018.
O parlamentar mineiro, no entanto,
decidiu ser menos Tancredo Neves e mais Carlos Lacerda. Assumiu um discurso
moralista e apostou no 'quanto pior, melhor', quando até as montanhas de Minas
sabiam que esse não seria um caminho apropriado para seu sucesso na política.
Resultado: ainda que a presidente Dilma
Rousseff tenha sido provisoriamente afastada do seu cargo, graças à aliança
entre Aécio Neves e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poucos políticos sofreram tantos
danos nos últimos anos quanto o presidente nacional do PSDB.
Aécio já foi citado por diversos réus da
Lava-Jato como chefe de um mensalão em Furnas,
por Delcídio Amaral como responsável por maquiar dados da CPI dos Correios (o
que será confirmado por Marcos Valério) e agora será citado por Léo Pinheiro,
da OAS, como cobrador de uma propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa
de Minas Gerais.
Léo Pinheiro diz ter provas e documentos
para provar como os recursos ilícitos eram pagos, por meio de Oswaldo Borges da
Costa, tesoureiro informal de Aécio Neves e dono do avião utilizado pelo
senador tucano.
Com isso, Aécio Neves, presidente
nacional do PSDB, fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial,
abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin, de São
Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, assim como o senador José Serra. Contra
Alckmin, pesa o fato de ser o político mais rejeitado pela juventude
brasileira, por seu perfil extremamente conservador. Contra Serra, há a sua
associação com o governo ilegítimo de Michel Temer e também o fator da idade já
avançada.
Aécio seria o candidato natural do PSDB.
Mas depois de quase chegar ao poder em 2014, ele apostou no 'quanto pior, melhor',
incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e acabou se dando mal.
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