segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Colômbia: acordo de paz entre governo e FARC é derrotado por estreita margem em plebiscito LÁ, COMO NO BRASIL, A DIREITA QUER DESTRUIR O PAÍS


Colômbia: acordo de paz entre governo e FARC é derrotado por estreita margem em plebiscito


Contrariando todas as pesquisas de opinião, fim do conflito armado não é aprovado
Atualizada às 19h53
“Você apoia o acordo para o término do conflito e construção de uma paz estável e duradoura?” Essa foi a pergunta feita aos colombianos neste domingo (02/10). A resposta de 50,2% dos eleitores foi “não” e houve 63% de abstenção.
Para que o acordo fosse ratificado, era necessário que o “sim” alcançasse 13% dos votos de todos os colombianos aptos a votar, ou seja, 4,5 milhões de votos, e ser superior em números absolutos ao “não”.
Agência Efe

Votação teve alto índice de abstenção e forte presença nas redes sociais
Contrariando todas as pesquisas de opinião realizadas anteriormente à consulta, o resultado não valida o acordo de paz firmado entre as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo do presidente Juan Manuel Santos.
O “não”, impulsionado pelo senador e ex-presidente Álvaro Uribe, de perfil de extrema-direita, é visto por analistas como uma derrota a Santos, que venceu a reeleição em 2015 com a proposta de finalizar o conflito armado no país .

Líder das FARC, Timoleón Jiménez pede perdão a vítimas do conflito na Colômbia

Sim ou não: colombianos votam em plebiscito sobre acordo de paz com as FARC

Colômbia: primeiros resultados indicam divisão do país sobre processo de paz entre governo e FARC

 
Os resultados reafirmam a divisão observada nas pesquisas de opinião, onde o interior do país, mais afetado pelo conflito, ratificou o “sim” e o centro do país, o “não”.
Furacão Matthew
A passagem do furacão Matthew pelo país dificultou, especialmente no litoral atlântico, a votação, tendo atingido um potencial de 4 milhões de votantes. Os locais mais afetados foram os departamentos de La Guajira, Magdalena, Bolívar e Atlântico, incluída Barranquilla, sua capital, onde chove sem parar desde o amanhecer.
Em Aracataca, onde nasceu o prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, a votação nem chegou a ser iniciada. O prefeito local, Pedro Sánchez, disse que 70% do perímetro urbano está inundado, incluindo os postos de votação.
Apesar dos transtornos causados pelo fenômeno, o período de votação não foi adiado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário