sexta-feira, 3 de março de 2017

Sai um entreguista, entra outro: Temer nomeia senador do PSDB Aloysio Nunes como novo ministro de Relações Exteriores do Brasil


Temer nomeia senador do PSDB Aloysio Nunes como novo ministro de Relações Exteriores do Brasil


Tucano assumirá posto no Itamaraty deixado por José Serra, que renunciou no dia 22 de fevereiro alegando problemas de saúde
O presidente Michel Temer oficializou a nomeação do tucano Aloysio Nunes como ministro de Relações Exteriores do Brasil, em reunião nesta quinta-feira (02/03) no Palácio do Planalto. O cargo está vago desde o último dia 22 de fevereiro, após a renúncia de José Serra, que alegou problemas de saúde para deixar o Itamaraty.
Aloysio Nunes é senador pelo PSDB de São Paulo e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. A posse dele e do novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), ocorrerá na próxima terça-feira (07/03), em uma cerimônia conjunta no Planalto.
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Nunes, líder do governo Temer no Senado, foi candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições de 2014, vencidas por Dilma Rousseff (PT) com Temer como vice. O senador Romaro Jucá (PMDB-RR), atualmente líder do governo no Congresso, é uma das opções consideradas para ocupar a liderança no Senado, função que ocupou nos governos FHC, Lula e Dilma. A cadeira ocupada pelo tucano no Senado, no entanto, ficará com Airton Sandoval (PSDB-SP).
Antes da indicação definitiva, José Aníbal (PSDB-SP), suplente de Serra, era um dos cotados para ocupar o Ministério de Relações Exteriores. Sérgio Amaral, embaixador do Brasil em Washington e porta-voz do governo de Fernando Henrique Cardoso, também era um dos nomes considerados para o cargo.
Encontros com autoridades dos EUA em meio a impeachment de Dilma Rousseff
Em 18 de abril de 2016, um dia após a aprovação na Câmara dos Deputados do prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff para o Senado, Nunes iniciou uma visita aos EUA na qual se encontrou com autoridades como senadores e o então subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado norte-americano e ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon.
Na ocasião, Nunes falou, em entrevista à BBC Brasil, que já havia "algo sendo esboçado" sobre uma aproximação entre o iminente governo liderado por Michel Temer e os Estados Unidos caso Dilma fosse impedida, o que aconteceu quatro meses depois, em 31 de agosto.
Em Washington, o senador tucano foi escrachado por manifestantes, que questionaram a agenda de Nunes na capital norte-americana. “O senhor está aqui buscando apoio para um golpe no Brasil?”, perguntou uma das manifestantes ao senador, que negou e afirmou ser “a favor da democracia”. Sob gritos de “não vai ter golpe”, Nunes disse: “vai ter impeachment, vocês estão perdidos, você e a tua turma do PT”. “Não é por partido, é pela democracia”, disse a manifestante a que o senador se dirigiu.

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