sexta-feira, 21 de abril de 2017

Papa Francisco: NÃO SE PODE CONFIAR NA MÃO INVISÍVEL DO MERCADO

Não se pode confiar na mão invisível do mercado


Em carta enviada ao presidente ilegítimo Michel Temer, na qual recusa um convite para visitar o Brasil, o papa Francisco disse que acompanha com atenção os acontecimentos no país.

Ele declarou que se preocupa com os mais pobres, que são os que mais sofrem com a crise brasileira.

O pontífice defendeu ainda que "não podemos confiar mais nas forças cegas e na mão invisível do mercado".

O presidente ilegítimo Michel Temer enviou, no final de 2016, um convite ao papa Francisco para visitar o Brasil para as celebrações dos 300 anos da aparição da Nossa Senhora Aparecida, comemorados este ano. Em resposta por carta, o pontífice disse que não poderá comparecer por motivos de agenda, mas externou seu interesse no que ocorre no país.

“Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, disse o papa, de acordo com trecho de sua carta publicado no blog do jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews.

O papa cobrou de Temer atenção especial à população mais pobre. “Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”, acrescentou.

Em setembro, na inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, o pontífice já havia dito que o Brasil passava por um "momento triste".

Um mês antes, Francisco enviara uma carta não oficial em apoio à presidenta eleita Dilma Rousseff, que na época ainda não tinha sofrido o impeachment. O papa, contudo, evitou se posicionar publicamente sobre a crise política enfrentada pelo país.


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