Sebastião
Costa*
O Brasil exibia no peito a medalha de
bronze na modalidade país mais injusto (socialmente) do mundo.
No quesito IDH, avaliado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento, jogava embolado no meio do campo
com países da América Latina.
Nadou de braçadas, subiu de
categoria e foi trocar figurinhas com
países europeus.
Na economia, marcava passo no 11º/12º
lugar, evoluiu e foi disputar a sexta
posição, pau a pau com a Inglaterra.
Fome e miséria começaram a ser
visualizadas pelo retrovisor do tempo.
Uma enxurrada de médicos a cuidar da
pobre saúde; pobres inundando
faculdades; escolas técnicas inundando o país e um mar de casas a melhorar
muitas vidas.
E
um rio de água a matar muita sede!
Oxente, o brasileiro bem de vida e a
Casa-Grande de mal-estar e mau-humor!
Quem naquela casa vai suportar presidente da República que
viajou de pau-de-arara, e ainda por cima
semianalfabeto?
Fique-se sabendo que neste país, desde
Tomé de Souza, torneiro mecânico nenhum cometeu
essa ousadia de querer governar o Brasil.
E suprema ironia: Foi o melhor
presidente da história do país, avaliado pelos Institutos da própria
Casa-Grande.
O torneiro mecânico não só se fez
presidente como fez a presidenta.
Não pode!
Aí também já é demais!
Por muito menos Goulart foi criar boi no
Uruguai
Mau-humor e mal-estar transformados em
ação, e lá se foi Jucá conversar com o Supremo. Supremo conversado e o grande
corrupto livre, leve e solto a tocar o
golpe.
No Senado, o maior pedalador fiscal do
Brasil a conduzir o resto do processo.
Golpe consolidado!
Todo movimento pra derrubar governos de
esquerda serve a um projeto costurado
pelos senhores da Casa-Grande, bordado pelos barões da mídia. Os dois são
indissolúveis, unha e carne em tudo que é golpe na América Latina.
Absoluto engano acreditar que o 'impeachment' era (só) pra destituir a
presidente. Quem caiu foi o projeto social de Lula. Quem subiu foi o espírito
perverso neoliberal.
Removam-se todos os privilégios da
senzala.
Abaixo programas sociais!
Reforma previdenciária agora!
Reforma trabalhista já!
*
Médico, colaborador do 247
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