Funaro: Temer e Cunha tramavam impeachment de Dilma “diariamente”
Trechos da delação de Lúcio Funaro, operador de propinas do “quadrilhão” capitaneado por Michel Temer, vazados para o Estadão confirmam, com todas as letras, aquilo que só o Supremo Tribunal Federal fingia não ver, quando mantinha, meses a fio, Eduardo Cunha, já soterrado por provas de corrupção, no cargo de presidente da Câmara: que o hoje preso deputado era o operador de Michel Temer no desfecho do golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Na época do impeachment de Dilma Rousseff, eles confabulavam diariamente, tramando a aprovação do impeachment e, consequentemente, a assunção de Temer como presidente”, diz Funaro em um dos seus termos de delação.
Como fica agora a cara dos que diziam que não era golpe? Era e antecedido de uma conspiração nas barbas da Justiça. Que bonitas as suas caras, não é, Doutores Luiz Roberto Barroso e Edson Fachin, assistindo calados o golpe de Cunha-Temer. E a alma de Teori Zavascki, tão severo, mantendo na gaveta, por meses a fio, o pedido de afastamento de Cunha da Presidência da Câmara, afinal retirado do cargo depois de cumprida a sua missão de destituir Dilma?
Os ministros do Supremo não são tolos, ingênuos, “bobinhos”. São sim, cúmplices por omissão covarde de uma conspiração golpista, agora confirmada por um dos “tesoureiros” da quadrilha de Temer.
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