POLÍTICA
79% não votarão em quem aprovou a Reforma Trabalhista
09/11/2017 - Matheus Tancredo Toledo
Uma pesquisa realizada pela Vox Populi em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) revelou que 79% dos brasileiros não votarão em deputados que aprovaram o desmonte da legislação trabalhista promovido pelo governo golpista de Michel Temer.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de outubro de 2017 e possui margem de erro de 2.2 pontos percentuais. De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, o resultado demonstra que os parlamentares que estão no Congresso Nacional defendem os próprios interesses, e não os direitos dos trabalhadores brasileiros.
De acordo com a pesquisa, apenas 6% dos entrevistados votariam em deputados pró-Reforma. A rejeição é generalizada, mas alguns segmentos se destacam: as regiões Sudeste e Nordeste, por exemplo, concentram os maiores números, com 86% e 82%, respectivamente. Os entrevistados com menor renda familiar, que compõem a maior parcela da população brasileira, também apresentam a maior rejeição a deputados que desmontaram os direitos trabalhistas: entre os que possuem renda familiar mensal de até dois salários mínimos, 78%, e entre os que possuem renda de dois a cinco salários mínimos, 83%. Outros segmentos com grande rejeição são as entrevistadas mulheres, com 80%, e os que possuem ensino médio, com 84%.
O resultado reforça que a Reforma Trabalhista é anti-povo e vai contra os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Ao analisarmos o cenário eleitoral em 2018, a pesquisa demonstra que os deputados que deram apoio à medida, feita pelo governo golpista em conluio com o empresariado, certamente arcarão com o custo político de votarem contra o povo. Não obstante a rejeição por aprovar a retirada de direitos, os deputados que deram um golpe contra a democracia também arcarão com os custos políticos de sustentar um governo ilegítimo e blindarem o presidente mais rejeitado da história. Os dados e a conjuntura fortalecem o campo democrático-popular e apontam um cenário positivo para as candidaturas que representem de fato a classe trabalhadora.
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