Acham que o povo engole farinha do mesmo saco?
A política, quando se faz sem lideranças nela forjadas, é apenas um jogo de ambições, vaidades e espertezas.
Portanto, como diz a epígrafe deste blog, uma arte das elites, que consiste em dar aparência nobre e de interesse social ao que é só um projeto de grupo ou, mais frequentemente, de um indivíduo.
Goste-se ou não, o PSDB já representou um projeto, o de modernização conservadora do Brasil.
Já não mais.
Geraldo Alckmin, pobre coitado, está longe disso.
Mas é o que resta ao PSDB, porque o resto – Aécio e Dória – são simples aventureiros, ao que parece ambos abatidos por suas próprias espertezas.
Como, porém, a grande maioria dos partidos, aqui, deixou de representar algum tipo de pensamento social e organizou-se -até pela falta de lideranças – horizontalmente, à procura de conveniências e oportunidade.
Por isso, o que se assiste é uma fantasia, descolada das necessidades sociais do povo brasileiro e, até mesmo, das de suas elites, se acaso elas fossem lúcidas o suficiente para percebê-lo.
Atiram-se, como se vê, na esperança de qualquer um que as livre de Lula e de Bolsonaro, que elas próprias criaram com a tática fácil do “inimigo interno” de violência e da criminalidade, como se estas fossem pragas do Egito, das quais só nos livraremos pela conversão fundamentalista.
Estão dispostas a um concurso de calouros, a gritar para o povo – peço desculpas ao velho Abelardo Barbosa: “vai para o trono ou não vai?”
É incrível, mas as elites brasileiras, na política, estão colaborando com Lula.
Estão escrevendo, na prática, a frase do ácido Millôr Fernandes.
“Mais importante do que ser genial é estar cercado de medíocres.”
A cada um que jogam na fogueira das vaidades contra ele, só o aumentam.
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