Enfim,
a direita venceu?
Estava difícil fechar o presente número do nosso
Informativo. Aguardamos até o limite do domingo para terminar a matéria
esperando por mais informações que ajudassem a entender a analisar o que
significa a prisão de Lula da Silva.
Nossa primeira reação, já na manhã de domingo, foi
chegar na banca de jornais e olhar as manchetes. Curiosamente, toda da imprensa
comprometida com a direita (Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, O
Dia e outros) estampavam a mesma chamada: “Lula preso”! E completavam com uma
foto sempre escura e a imagem de Lula de cabeça baixa. Construíam a imagem que
desejavam: Lula havia sido derrotado.
Apenas o Jornal do Brasil estampou em primeira página
uma foto bem clara, de Lula sendo carregado pelo povo diante do Sindicato de
São Bernardo e com o título: “Lula se entrega”. Uma diferença astronômica na
forma de tratamento da matéria.
Mas, o que nos interessa é a pergunta acima: “a direita
venceu”? E a resposta só poderá ser dada nos próximos dias.
Desde já temos alguns dados a serem levados em
consideração. Usando a famosa expressão de Lula da Silva, “nunca antes, na
história do país” se viu uma mobilização popular tão grande. Pessoas saíam
espontaneamente às ruas e começavam protestos em praticamente todas as capitais
brasileiras. Em questão de poucas horas, dezenas de caravanas foram organizadas
para levar gente à São Bernardo, onde Lula estava, ou a Curitiba, onde ele era
esperado. Em praticamente todos os estados brasileiros os militantes do MST fecharam
estradas e criaram barreiras em protestos contra a injustiça que se
concretizava. Sim, “nunca antes, na história do Brasil” se viu tanta
mobilização, as redes sociais tão cheias de notícias e comentários, a nossa
imprensa vendida tão preocupada com o desenrolar dos acontecimentos e um
judiciário tão temeroso da total desmoralização.
Em Brasília, o governo golpista se escondia e evitava
comentários, temendo novas reações. O Congresso Nacional, tão “cheio de si”,
calou-se temendo se envolver e receber nas urnas a resposta do povo.
Não temos a resposta para a pergunta que fizemos no
início. Ninguém tem. Mas o desenrolar dos acontecimentos são, agora, muito
importantes e precisamos acompanhar com a máxima atenção.
Ou, como disse Lula em seu discurso, “Eu não estou
escondido. Eu vou lá nas barbas deles, para eles saberem que eu não tenho medo,
que eu não vou correr e eu vou provar a minha inocência”!
• A violência comprova o medo que eles sentiram do povo
organizado. A matéria na página
oficial da CUT mostra claramente como funciona o “Estado Democrático” para a
direita e como o fascismo vai ganhando terreno entre os poderes no país.
“Milhares de trabalhadores e trabalhadoras que foram
prestar solidariedade ao ex-presidente Lula, em Curitiba, foram atacados com
bombas, gás lacrimogênio e balas de borracha no momento em que Lula chegava à
sede da Superintendência da Polícia Federal, por volta das 22h30”.
Não há, ainda, um número exato de pessoas feridas, mas
sabemos que foram muitas (inclusive uma criança) e vários precisaram ser
hospitalizados. Não se conhece também a razão de uma ação tão violenta contra
pessoas que se manifestavam pacificamente, cantando e gritando palavras de
ordem de apoio ao presidente Lula.
Pelo depoimento de uma militante, tudo começou quando
um homem que não tinha nada a ver com o ato de apoio a Lula se infiltrou do
lado da militância e começou a empurrar o portão da PF como se quisesse invadir.
apenas para provocar a polícia.
Outra manifestante que não quis se identificar
confirmou que a ação partiu de policiais que estavam dentro do terreno da
Polícia Federal, atrás de um dos portões que dão acesso ao local.
• O mundo noticiou...
O discurso do presidente Lula teve grande repercussão na imprensa mundial. A fotografia
de Lula nos braços da multidão está dando voltas ao mundo, com comentários
muito diferentes dos que os nossos jornalecos estão fazendo. A tônica das
matérias tem sido “rendição” e todos falam sobre “o maior líder da esquerda
brasileira”.
Nos EUA o The New York Times publicou matéria falando
que Lula se entregou à polícia e diz: “Sua prisão é uma reviravolta ignominiosa
na notável carreira política de Lula, filho de trabalhadores rurais analfabetos
que enfrentou os ditadores militares do Brasil como líder sindical e ajudou a
construir um partido reformista de esquerda que governou o Brasil por mais de
13 anos”.
O The Guardian (Inglaterra) destaca o apoio da multidão
que se concentrou diante do Sindicato de São Bernardo e diz: “Lula inicia
sentença de prisão no Brasil depois de se entregar à polícia”. E destaca a
promessa de Lula de provar sua inocência da corrupção.
Pelo que vimos na Internet, na manhã de hoje,
praticamente toda a imprensa internacional destacou a matéria e não poupou
elogios à Lula e críticas à justiça no Brasil. Washington Post (EUA), The Globe
and Mail (Canadá), Sputnik News (Rússia), Russia Today (Rússia), Clarin
(Argentina), Agência AP, Agência AFP, Agência EFE (Espanha), Agência Reuters,
Deutsche Welle (Alemanha), El País (Espanha), Le Monde (França), Liberation
(França), L’Humanité (França), Diário de Notícias (Portugal) e muitos outros
que ainda estamos consultando.
• Desde quando Exército é poder? Pelo que estudei e conheci em toda a minha vida, a
República tem três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Por mais
desmoralizados que sejam, alguém viu na Constituição Federal algum artigo
dizendo que Exército (ou qualquer outra Força) é poder?
Em qualquer país minimamente respeitável, onde uma
Constituição está em vigor e não foi rasgada por aqueles que deveriam
defendê-la, as chamadas Forças Armadas são apenas um instrumento a serviço do
Executivo. Diz nossa Carta Magna: Art. 142. “As Forças Armadas, constituídas
pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da
Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer
destes, da lei e da ordem”.
Então, como pode um reles comandante do Exército
(estamos falando de um tal Villas Bôas), exatamente às vésperas de um
julgamento tão importante como o de Lula, ir à público falar de “repúdio à
impunidade”? Vale perguntar: e a impunidade dele ao não respeitar a hierarquia?
Vai ficar impune?
O “generaleco” disse à imprensa: “Nessa situação que
vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está
pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas
com interesses pessoais?”
E onde ficou a disciplina que ele deveria defender,
antes de tudo?
• Você paga pela farda dos militares. Sabia? Enquanto centenas de idiotas comandados pela Globo e
por uma mídia safada falam contra o auxílio presidiário, que é devido àqueles
que trabalharam durante algum tempo, contribuíram com o INSS e depois foram
presos por alguma razão; enquanto centenas de pascácios falam contra o Bolsa
Família, que tirou milhões da linha de pobreza no país; enquanto descerebrados
ficam divulgando mentiras e vibrando com a prisão do Lula, agora, a exemplo
desses juízes sórdidos que recebem “auxílio moradia”, os militares que clamam
por uma nova ditadura recebem um “auxílio fardamento”. Você sabia?
Pois é, uma Lei assinada por Fernando Henrique Cardoso,
em julho de 2002, concede aos militares que subiram de postos um “auxílio
fardamento” (veja o Decreto 4.307, 18/07/2002).
Mas tem coisa pior. Agora os ministros do Tribunal
Militar querem que o povo pague por suas fardas. O juiz-almirante Alvaro Luiz
Pinto entrou com um pedido para que os ministros do STM recebam dois salários
de auxílio, livres de descontos como imposto de renda e contribuição à
Previdência, pelo tempo que trabalha no STM e precisarem usar farda por lá.
E os calhordas aqui no Face continuam postando coisas
idiotas... E dizem que “no regime militar não tem roubalheira”, mas metem a mão
no bolso do povo.
Nota: depois que publiquei a matéria, recebi uma
mensagem de um amigo que é militar de baixa patente e pediu-me para esclarecer:
a Lei assinada por FHC só vale para oficiais. Os de baixa patente pagam pelo
fardamento e muitas vezes são obrigados a adquirir fora dos quartéis, nas mãos
de lojas particulares.
• Golpistas aproveitam para tentar dividir o Brasil. A matéria não foi divulgada no país, mas está sendo
comentada no exterior. Aproveitando o golpe contra Dilma Rousseff e a
condenação ilegal de Lula da Silva, a mesma direita fascista de que já tratamos
em outros artigos está voltando, com muita força, a propor a divisão do país.
Eles não aceitam conviver com negros e nordestinos.
Só para lembrar, em outubro de 2014 um certo “professor
e jornalista” paulista (Flavio Rabello) fundou um movimento que batizou de “São
Paulo Livre (SPL)”. Seu projeto? É liderar um grande movimento separatista
dividindo o Brasil. Para quem não sabe, o movimento já tem mais de 30 mil
seguidores na Internet (uma página especialmente criada para isso). Também faz
propaganda de seus ideais através do Facebook, sem se esconder e sem se
preocupar com o Artigo 1º da Constituição Federal que estabelece: “A República
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em um Estado democrático de direito...”
Para o tal “professor”, “não existem brasileiros. Há
fluminenses, paulistas, nortistas, sulistas... somos brasileiros apenas em duas
ocasiões: nas eleições e na Copa do Mundo de Futebol”. E o movimento está
aproveitando o momento político para conquistar novos adeptos.
• Mentira! Não existe crescimento. Os jornalistas amestrados (ou abestados?) brasileiros
não param de noticiar um “mundo cor de rosa” para o Brasil durante o governo
golpista, mas não passa de um amontoado de mentiras.
Muito pelo contrário, a estagnação persiste, a crise
piora, o desemprego aumenta e o crescimento do emprego informal, sem carteira
assinada, não tem fomentado o consumo nem a retomada do crescimento.
Toda a propaganda para mostrar o “manequim de
funerária” como um estadista que está tirando o país da crise não passa de
“propaganda enganosa”. E já vemos que até setores da mídia sempre subserviente
já começa a mostrar que os números desmentem os discursos ufanistas de Temer e
seus asseclas.
Até a conhecida Folha de S. Paulo, defensora do golpe
contra Dilma, não conseguiu esconder a realidade e, em sua edição de 26 de
março, trouxe uma longa reportagem confirmando que sem a segurança do trabalho
formal, baseado na CLT e na carteira de trabalho, e com a queda na renda
mensal, as famílias vão bem menos às compras, desacelerando o consumo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou em 29 de março de 2018 uma pesquisa confirmando o aumento do
desemprego. Temos agora 13,1 milhões de desempregados.
• Todo mundo “pendurado”. Os
números comprovam que a crise vai se ampliando no país, ao contrário dos
discursos otimistas dos golpistas: 61,2% das famílias brasileiras estão
endividadas. A maioria não consegue pagar as mensalidades dos cartões de
crédito (76,4%). Outros 16,6% não conseguem pagar os carnês e 10,4% os
empréstimos pessoais.
O percentual de famílias brasileiras com dívidas ou
contas em atraso aumentou 0,3% em março, atingindo 25,2%, segundo Pesquisa
Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada na quarta-feira
(04), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).
Segundo o estudo CNC, a proporção das famílias que se
declararam muito endividadas também aumentou em relação a fevereiro, passando
de 13,6% para 14,1% do total de entrevistados, uma alta de 0,5 ponto percentual.
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou, em março, em 64,4
dias.
• A Previdência vai sendo enterrada pela nova política. Trabalho informal ou por conta própria, de baixa
escolaridade. Este é o perfil do emprego que o brasileiro conseguiu em 2017 e
no início de 2018. O trabalho com carteira assinada segue em queda, apesar do
ritmo de demissões ter diminuído.
O aumento do número de trabalhadores sem carteira e por
conta própria, combinado com a retração da ocupação com carteira, levou a queda
no número de empregados que contribuem para o Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS).
O percentual de ocupados que contribuem para a
previdência social girava em torno de 65,5% em 2016, caindo para 63,4% ao final
de 2017. Os dados são da seção Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do IBGE.
• A alternativa é o “bico”. A matéria está no Monitor Mercantil e é esclarecedora: “um terço dos
brasileiros desempregados sobrevive com bicos e trabalhos temporários,
geralmente informais, mostra pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)”
E a situação é ainda pior, se os detalhes da pesquisa
forem analisados: para 29% dos entrevistados o sustento vem da ajuda financeira
da família ou amigos; 7% recebem auxílio do programa Bolsa Família. Apenas 2%
utilizam poupança ou investimentos.
A falta de trabalho provocou a queda no padrão de vida
de seis em cada dez brasileiros. Entre os trabalhos informais mais comuns,
estão os serviços gerais (21%) – manutenções, pedreiro, pintor, eletricista;
produção de comida para vender (11%) – como marmita, doces e salgados; serviços
de diaristas e lavagem de roupa (11%) e; serviços de beleza, como manicure e
cabeleireiro (8%).
• Colômbia: mais lideranças camponesas assassinadas. O Governo da Colômbia, com todo o apoio da Casa
Branca, não consegue (ou não quer) o fim da violência sem limites da direita
local. Na segunda-feira (02), mais dois líderes camponeses foram mortos:
Belisario Benevidez e María Cruz Rojas.
Belisario Benevidez líder camponês e defensor dos
direitos humanos no país, de 35 anos, foi assassinado por dois desconhecidos
quando saía de casa em sua motocicleta, com o filho de três anos e um sobrinho
de 12 anos. É mais um caso ocorrido no Departamento de Cauca, um dos que
apresenta maior número de assassinatos de trabalhadores.
O prefeito, Jesús Eduardo Díaz, disse que Belisario
recebeu quatro tiros e a morte foi imediata, mesmo estando com duas crianças.
María Magdalena Cruz Rojas foi assassinada por
desconhecidos no município de Mapiripán, departamento de Meta, por duas pessoas
armadas e encapuçadas e diante do marido e do filho. A emboscada aconteceu em
uma pequena propriedade da família.
Em nota oficial, a entidade “Somos Defensores”
denunciou que foram 160 ativistas de Direitos Humanos e lideranças sociais
assassinados em 2017!
• Uma semana de resistência na Argentina. Mauricio Macri enfrentou uma semana de muitos protestos
contra a sua política econômica e trabalhista. Trabalhadores do metrô,
bancários, trabalhadores estatais e professores realizaram jornadas de greve e
grandes mobilizações em defesa dos direitos trabalhistas.
A grande paralisação realizada na sexta-feira (06) foi
em repúdio ao irrisório aumento de 15% oferecido pelo Governo, mas os
trabalhadores do Banco Provincia (Bapro) reclamam também da elevação da idade
de aposentadoria de 57 para 65 ano.
Além de uma concentração diante do Congresso Nacional e
de uma passeata até a sede do Governo, os trabalhadores realizaram também o
fechamento de pontes e algumas rodovias.
• Trump quer se meter nas eleições mexicanas. A matéria de Gerardo Villagrán del Corral está em
Rebelión e é muito elucidativa sobre as tramoias da Casa Branca para manter o
total controle sobre o México.
Pelo que sabemos, a denúncia de intromissão de Trump
nas questões do México partiram do candidato presidencial Andrés Manuel López
Obrador, favorito pelas pesquisas mais recentes e que disputa o cargo pela
terceira vez. Em um comício na fronteira com os EUA, Lopes Obrador referiu-se a
“ameaças” feitas por Donald Trump ao povo mexicano.
A comprovação veio através de uma mensagem do próprio
Trump através do Twitter, enviada no domingo. A nota partida da Casa Branca diz
que “o México não está se movendo para deter a imigração ilegal e faz pouco
caso de nossas leis”. Depois diz que “o país vizinho deve deter as drogas e o
fluxo de pessoas, ou vou fechar sua mina de ouro, o NAFTA. Precisamos de um muro”.
Trump se refere a tirar o México do “Acordo de Livre
Comércio da América do Norte” (NAFTA, em inglês) e já fez essa ameaça outras
vezes.
Em sua resposta, Lopes Obrador disse que não aceita a
construção de um muro e que pretende transformar a fronteira com os EUA em uma
zona livre para promover o desenvolvimento produtivo e tecnológico, criar
empregos e melhorar os salários, reduzindo os impostos.
• Trump vai fazer pressão na VIII Cúpula das Américas. O presidente dos EUA está se preparando para impor à
América Latina o velho projeto de criar a ALCA (Acordo de Livre Comércio das
Américas), enterrado no passado por Lula, Chávez, Kirchner e Morales.
Nos dias 13 e 14 de abril acontecerá, em Lima (Peru), a
VIII Cúpula das Américas. Mas, só para lembrar, em novembro de 2005, em Mar del
Planta (Argentina), aconteceu a IV Cúpula das Américas. Naquele encontro, os
quatro presidentes progressistas da América Latina deram um basta às intenções
estadunidenses em nossa região e enterraram a proposta. A agenda do encontro
foi centrada nos debates sobre o desenvolvimento da região e o avanço da
democracia nos países membros.
Esta nova Cúpula parece que vai ser exatamente o
contrário: a total submissão dos países da região aos interesses estadunidenses
e, talvez, a recriação da ALCA.
Pelas informações vindas de Washington, Trump virá
tratar do muro na fronteira com o México, problemas com os imigrantes latinos e
tentará excluir a Venezuela da Cúpula.
Os analistas concordam, até agora, que será um cenário
muito hostil. E vale lembrar que Cuba começou a participar em 2015, a convite,
depois de décadas de exclusão.
• Trump não vai encontrar Raúl Castro. Segundo matéria da Agência EFE, Donald Trump não programou
qualquer encontro com Raúl Castro, presidente cubano, durante a Cúpula das
Américas. Informes vindos da Casa Branca dizem também que Nicolás Maduro “não é
esperado em Lima”.
A mesma nota diz que a “prioridade” do presidente dos
EUA será uma nova aliança na região para “deter o governo venezuelano”.
Curiosamente, a mesma fonte diz que líderes da América Latina “estão fazendo o
que podem para seguir a liderança dos EUA”! Legal, não é? Depois de todos os
golpes eles acham que já voltaram a mandar na região.
• A farsa britânica (1).
Como assinalamos em nosso Informativo passado, ao contrário do que nossa imprensa
submissa tentou dizer, o ex-espião russo Serguéi Skripal está vivo. Não só está
vivo como, na sexta-feira (06), apresentou grandes melhoras e já está fora de
risco e “melhora rapidamente”, segundo nota oficial do hospital onde está
internado.
Sua filha Yulia, também anunciada como morta pela nossa
imprensa, já está bem, recobrou totalmente sua saúde e até já foi entrevistada,
agradecendo aos médicos pelo atendimento. Mas, é claro, o governo britânico vai
blindar totalmente qualquer declaração dela e do pai.
• A farsa britânica (2).
O golpe pode ser virar contra o Reino Unido? A verdade é que o ministro russo
de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, entrou com um requerimento para que
seja feita uma investigação detalhada sobre o envenenamento do ex-espião e de
sua filha. Ele pede que a pesquisa seja conduzida pela Organização para a
Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
Lavrov disse que o caso Skripal foi fabricado para
provocar a Rússia e levar os países a uma expulsão massiva de diplomatas. Até
agora, manobrados por Londres e Washington, 25 países já expulsaram cerca de
150 diplomatas russos.
O ministro também destacou que seu país encaminhou
perguntas que devem ser respondidas pelo Governo Britânico. Entre elas: 1) Por
que foi negado à Rússia o direito de acesso consular aos dois cidadãos russos
afetados no território britânico?; 2) Que antídotos específicos e como as
vítimas foram injetadas com ele? Como tais antídotos chegaram à posse dos
médicos britânicos na cena do incidente?; 3) Terá o Reino Unido notificado a
OPCW (Organização para a Proibição de Armas Químicas) do envolvimento da França
na investigação do incidente de Salisbury?; 4) O que tem a França a ver com o
incidente que envolveu dois cidadãos russos no Reino Unido?; 5) Com base em que
atributos foi estabelecida a alegada “origem russa” da substância utilizada em
Salisbury?
Essas e outras perguntas que já fizemos através do
Informativo parecem deixar o Reino Unido em uma situação complicada.
• A farsa britânica (3).
E a farsa vai desmoronando a cada dia. Na terça-feira (03), cientistas do
centro de pesquisa militar de Porton Down, no Reino Unido, afirmaram que não
foi possível comprovar que composto presente no caso de envenenamento de Sergei
e Yulia Skripal sejam de origem russa.
“Fomos capazes de identificá-lo como Novichok [A-234],
para identificar que era um agente nervoso de nível militar. Nós não
identificamos a fonte precisa, mas fornecemos as informações científicas para o
governo, que usou uma série de outras fontes para juntar as conclusões”, disse
Gary Aitkenhead, chefe-executivo do laboratório à emissora Sky News.
Segundo Aitkenhead, para comprovar a origem do
composto, serão necessários “novos insumos” para que sejam feitos outros
testes. Ele também afirmou que a substância não foi produzida em Porton Downb.
• Israel aumenta a repressão contra palestinos. A dura repressão das forças de Israel contra manifestantes
palestinos já está causando preocupações até mesmo na ONU, sempre pronta a
fechar os olhos quando se trata do Estado Terrorista e Genocida. O problema já
está causando mal-estar em vários países que passam a se preocupar com o
aumento da violência.
Na sexta-feira (30/03), o Conselho de Segurança da ONU
convocou reunião de emergência para analisar o tema e divulgou nota falando de
uma “profunda inquietação” pelos recentes incidentes e pelo aumento da violência
que já causou a morte de, pelo menos, 15 palestinos.
Os membros do Conselho enviaram mensagem ao Governo de
Israel para evitar novas vítimas mortais e pedem mais respeito à vida humana. E
diz que a situação pode piorar, uma vez que novas manifestações podem ocorrer
na zona fronteiriça de Gaza.
• Israel quer que Trump ataque a Síria. Poucos dias depois de Donald Trump anunciar que vai retirar
as tropas estadunidenses da Síria, Israel começa a pressionar para uma nova
guerra na região.
Neste sábado (07), o ministro de Assuntos Estratégicos
de Israel, Guilad Erdan, procurou a imprensa em seu país para dizer que os EUA
devem atacar imediatamente a Síria. E justificou seu pedido com mais uma
mentira criada pelo serviço secreto israelense: um suposto ataque químico na
localidade de Duma, subúrbio de Damasco.
Chamado de “terrível ataque químico” e acusando o
Hamás, ele teceu longas argumentações para pedir que Trump faça uma intervenção
militar com urgência.
Curiosamente, essa declaração se dá poucos dias depois
do primeiro ministro Benjamín Netanyahu ter uma discussão com Trump sobre a
saída das tropas estadunidenses.
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