sexta-feira, 4 de maio de 2018

Embraer: radiografia de uma operação criminosa (1)

Embraer: radiografia de uma operação criminosa (1)

Que significaria transferir à Boeing a maior empresa brasileira de alta tecnologia. Por que acordo permanece envolto em sigilo. Quais as alternativas para manter controle nacional
Por Marcos José Barbieri Ferreira
Em 21 de dezembro de 2017, a empresa norte-americana Boeing anunciou a intenção de comprar a Embraer. Os termos dessa negociação não estão concluídos. Ainda assim, já há muito o que dizer, temer e fazer a esse respeito.
O calor dos acontecimentos nem sempre é a melhor temperatura para analisar em profundidade o momento presente, mas a espera por definições é um luxo que os trabalhadores e todos os interessados na soberania e indústria nacionais não podem se dar.
Com urgência, porém muito rigor, três sindicatos de metalúrgicos (de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara) e o Dieese reuniram, num site e numa revista, treze artigos de pesquisadores e ativistas sindicais cujas trajetórias estão diretamente ligadas ao tema Embraer ou às questões que afetam os trabalhadores frente às fusões e aquisições em um cenário de crescente precarização e desregulamentação do trabalho. “Outras Palavras” passa a publicar uma seleção deste material.
O assunto será abordado por ao menos três vieses:
a) essa negociação é prejudicial à soberania nacional? 
b) qual o futuro dos trabalhadores caso o controle total ou parcial da Embraer seja adquirido pela Boeing? 
c) é possível para a Embraer sobreviver, em um mercado altamente competitivo, sem ter seu controle alienado para a Boeing ou outra companhia?
O diálogo entre a academia e dirigentes sindicais está presente a todo momento, a fim de que todos possam desempenhar plenamente suas atribuições ao relacionar de forma viva a pesquisa e a vivência prática.
Por fim, agradecemos profundamente todas as autoras e autores que prontamente contribuíram para fomentar esse debate.  Sem eles, não seria possível fazer chegar ao público essa contribuição diversa e de qualidade (Renata Belzuncesdo Dieese)

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