'Tentava não pensar em comida, me dava mais fome', diz menino resgatado de caverna
Os 12 meninos tailandeses e seu técnico de futebol que foram resgatados de um complexo de cavernas na semana passada tiveram alta hospitalar nesta quarta-feira, fizeram sua primeira aparição pública e falaram sobre os 18 dias em que estiveram presos no local.
Sorridentes, com cabelos recém cortados e mais fortes (em média, cada um ganhou 3kg desde o resgate), os meninos conversaram com jornalistas em uma entrevista medida por psicólogos, médicos e oficiais da Tailândia.
“Tentava não pensar em comida, me dava mais fome”, disse um dos meninos. Ao relatar como sobreviveram ao período em que estiveram presos na caverna, um deles comentou: “Enchia meu estômago com água”.
Uma pedra que minava água serviu de fonte para que eles se mantivessem hidratados. Exames realizados no grupo após o resgate não identificaram infecções ou doenças.
Veja a seguir alguns trechos da entrevista:
“Formamos uma família”
Questionado sobre como era a relação do grupo na caverna, o técnico do time, Ekapol Chantawong, conhecido como Ake, respondeu: “Formamos uma família”. Um dos garotos, com lágrimas nos olhos, completou: “Ake era como meu pai. Ele me chamava de filho”.
Vários dos garotos também pediram desculpas aos pais, porque disseram que iriam apenas ao treino, e não na caverna.
Agradecimento ao mergulhador morto
Diante do retrato do mergulhador morto durante as operações do resgate, um dos garotos juntou as mãos em sinal de prece e disse: “Somos gratos a você e sua família”.
Ao receber a notícia da morte do mergulhador, Ake contou que teve sentimento de culpa “por ter”, de alguma maneira, forçado o fim da vida dele”.
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