247 - O ex-ministro e ex-presidente do PT José Dirceu falou sobre o livro "Memórias - Volume 1", em que narra parte de sua trajetória política desde a infância e juventude em Passa Quatro, interior de Minas Gerais, até o ano de 2006, quando deixou o governo federal.
Em entrevista à
Agência PT, Dirceu explica que escreveu o livro na prisão, após a condenação na Ação Penal 470, o chamado Mensalão. "Eu não posso abandonar a luta enquanto há condições de lutar. E eu escrevi na prisão. Escrevi sentado em uma cama, sem mesa e cadeira com uma luz muito ruim. Escrevia aos sábados e domingos. Sexta é dia de visita, então existe uma depressão pós visita que é uma coisa séria. É o dia que vem a lembrança da família, dos filhos, da mulher amada, da casa das filhas. Quem insistiu para eu escrever as "Memórias" foi Simone, minha mulher. Ela dizia: 'Sua filha tem que conhecer sua história, contada por você'. Ela é a mais nova, só tem 7 anos".
Dirceu volta sua crítica para a imprensa golpista que persegue as lideranças petistas e cria o que ele classificou como "fake news", citando seu caso com a AP 470. "A maior responsável pelo golpe é a Globo. Ela expressa os interesses do capital financeiro e das elites, daquele 1% que quer comandar o Brasil. Ela atua para restringir nossa democracia e quer uma eleição controlada".
“Tenho um compromisso com minha filha. Mas contem comigo. Vou rodar o país com meu livro”. José Dirceu segue para uma agenda de lançamentos do livro pelo país, começando por Brasília, onde vai realizar uma coletiva de imprensa no dia 29 e depois no Rio de Janeiro, já no dia 4 de setembro no Circo Voador.
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