segunda-feira, 27 de agosto de 2018

TSE ‘colabora com uma ilegalidade’ ao permitir que emissoras censurem Lula, diz advogado

TSE ‘colabora com uma ilegalidade’ ao permitir que emissoras censurem Lula, diz advogado





Publicado em 27 agosto, 2018 3:58 pm
Para o advogado Jorge Rubem Folena de Oliveira, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento, não está garantindo o uso pleno dos direitos políticos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como devem ter todos os candidatos que participam do processo eleitoral. A negativa dada ao pedido liminar feito pela coligação PT-PCdoB-Pros para que as emissoras televisivas abertas noticiassem a agenda da campanha de sua chapa presidencial é “totalmente ilegal”, na avaliação de Oliveira.
“Se o presidente Lula está inscrito para participar do processo eleitoral, como aconteceu no dia 15 com a ratificação da sua inscrição, a ele tem que ser dado o mesmo direito dos demais candidatos. Se o TSE permite que os demais meios de comunicação social, hegemônicos, façam essa censura a Lula, o TSE está colaborando com uma ilegalidade, porque Lula hoje é candidato à Presidência da República do Brasil. De fato e de direito”, afirma o advogado em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na edição desta segunda-feira (27) da Rádio Brasil Atual, em referência a recente decisão da Justiça Eleitoral que tem caráter provisório.
De acordo com informações divulgadas pelo UOL, o ministro Sérgio Silveira Banhos estabeleceu às emissoras o prazo de dois dias para apresentarem suas defesas e, na sequência, o Ministério Público Eleitoral (MPE) deverá se manifestar, em um dia, sobre o mérito do processo. No entanto, apesar das restrições impostas à candidatura de Lula, Oliveira aponta que os próprios meios de comunicação e o mercado financeiro – considerado por ele o “principal inimigo do país hoje” – trazem o petista ao centro do debate nacional.
“Chegou ao estágio de saturação do brasileiro, que começa a verificar que a saída do Brasil para tentar encontrar um ponto de equilíbrio passa pela eleição do presidente Lula ou por quem ele indicar”, analisa o advogado diante do crescimento do ex-presidente nas pesquisas eleitorais.

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