terça-feira, 2 de outubro de 2018

0 Ei, atenção, a vida real é o alicerce da nossa cabeça!

Ei, atenção, a vida real é o alicerce da nossa cabeça!

Caetano Veloso cantou, faz tempo, que “ninguém acredita na vida real”.
Parece que isso anda em voga.
Em parte por nossa culpa, e não de agora.
As pautas da modernidade, do identitário, da autodeterminação dos indivíduos é importante, importantíssima.
Mas não é a pauta popular.
Esta pauta é emprego, salário, casa, saúde, escola, assistência.
Esta é a vida real.
O general William Westmoreland, comandante norte-americano no Vietnã,  no clássico filme “Corações e Mentes”,diz que precisamos compreender que os vietnamitas “não são como nós, não dão tanto valor à vida”.
Os nossos pobres, afinal, não devem dar tanto valor ao Minha  Casa Minha Vida, ao Bolsa Família, ao ProUni, ao aumento do salário mínimo, aos direitos das empregadas domésticas, a ter luz elétrica em casa, a não ter de passar fome.
Estão preocupados com o “Ficha Limpa”e com a Venezuela , não é? Como os vietnamitas, entre punhados de arroz e só, estavam preocupados com o “mundo livre”.
O ideário pequeno-burguês, o das franquias e direitos individuais não é ruim, em si e frequentemente representa um avanço civilizatório.
Mas não é o centro do processo social e muitas vezes o PT errou ao deixá-lo assumir este papel.
Reparem como a direita se fixa nele, porque não pode criticar o que se fez no campo popular, com programas sociais inclusivos.
O que se critica no PT?
kit gay que nunca houve, o hiperfeminismo , em lugar da proteção à mulher na posse do lar, do lote, no trabalho, na gravidez, na condição de empregada doméstica…
É hora de buscar isso, a vida real e deixar que eles fiquem falando sobre o nada, que é o seu discurso.
O povo sabe o que é a vida real, porque é a única que tem.

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