247 - Com a revelação da trama ilegal entre a campanha de Bolsonaro e empresas que estão estão comprando pacotes milionários de disparos de centenas de milhões de mensagens contra o PT no WhatsApp, fica patente que está em marcha uma operação de fraude eleitoral sem precedentes na história do país (leia
aqui). Como se sabe, a doação de dinheiro de empresas para campanhas é absolutamente vedada pela lei. Os ataques de Bolsonaro acontecem às vistas de toda a sociedade, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que nada fazem, apesar das promessas repetidas de rigor.
Em junho passado, por ocasião de evento promovido pelo TSE com a União Européia, o então presidente Luiz Fux haver declarado que "se o resultado de uma eleição qualquer for fruto de uma fake news difundida de forma massiva e influente no resultado, o artigo 222 [do Código Eleitoral] prevê inclusive a anulação" (
aqui). Mas, até agora, nada. A atual presidente do TSE, Rosa Weber, limita-se a reuniões com representantes da campanha para patéticos pedidos de "paz" (
aqui), enquanto Bolsonaro e a extrema-direita seguem em suas ações ilegais.
A situação chegou a tal ponto que a campanha de Haddad, diante da inércia do TSE, recorreu na noite desta quarta-feira (17) à Polícia Federal pedindo uma investigação urgente dos crimes cometidos por Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão. A solicitação requer investigação sobre indústria de mentiras e incitação à violência nas redes sociais por parte da campanha de cunho fascista. São a quatro eixos principais de irregularidades que a campanha de Haddad indicou à PF: a utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (as fake news); a doação não declarada de verbas do exterior; propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do WhatsApp.
E tudo irá piorar na reta final da campanha. Está em preparação uma mega operação na próxima semana, informa a jornalista Patrícia Campos Mello no jornal Folha de S.Paulo -o assunto foi manchete do 247 nesta manhã de quinta. Bolsonaro está usando a campanha eleitoral contra a democracia do país, com a complacência da mídia conservadora e das autoridades.
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