segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Defesa afirma que ação contra Lula é mais golpe no Estado de direito

 
Política

Defesa afirma que ação contra Lula é mais golpe no Estado de direito

O advogado Cristiano Zanin divulgou nota nesta segunda-feira (26) onde afirma que a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Lula é mais um ato de perseguição política sem precedentes contra o ex-presidente. A denúncia acusa Lula de ter obtido vantagens da empresa ARG que teria sido indicada por ele ao presidente da Guiné Equatorial. Segundo o advogado “acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada por Lula”.

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Em denúncia apresentada nesta segunda-feira (26), a chamada força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou Lula por lavagem de dinheiro. O Ministério Púbico apresentou à Justiça Federal acusa~ção onde afirma que, 'usufruindo de seu prestígio internacional, Lula influiu em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG no país africano'. Segundo a Procuradoria da República, em troca, o ex-presidente recebeu R$ 1 milhão dissimulados na forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula. 

Para o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente Lula, “a denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de influência e lavagem de dinheiro”. Segundo Zanin “ a acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia”. Para ele, a iniciativa do MP é espetaculosa e aniquila as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal. O advogado espera que a justiça rejeite a denúncia.

Leia a íntegra da nota:

A denúncia oferecida hoje (26/11/2018) pelos Procuradores da autointitulada “Lava Jato de São Paulo” contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial. É mais um capítulo do “lawfare” que vem sendo imposto a Lula desde 2016

A denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de influência (CP, art. 337-C) e lavagem de dinheiro (Lei n. 9.613/98, art 1º. VIII).

A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal.

Lula foi privado de sua liberdade contra texto expresso da Constituição Federal porque não existe em relação a ele qualquer condenação definitiva; tampouco existe um processo justo. Lula teve, ainda, todos os seus bens bloqueados pela Justiça; busca-se com isso legitimar acusações absurdas pela ausência de meios efetivos de defesa pelo ex-presidente.

Espera-se que a Justiça Federal de São Paulo rejeite a denúncia diante da manifesta ausência de justa causa para a abertura de uma nova ação penal frívola contra Lula.

Cristiano Zanin Martins



 Do Portal Vermelho

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