segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Raúl Castro recebe 201 médicos cubanos que deixaram Brasil

Raúl Castro recebe 201 médicos cubanos que deixaram Brasil

Grupo de 205 profissionais já havia retornado a Havana; Ministério da Saúde de Cuba anunciou rompimento com programa Mais Médicos no último dia 14

REDAÇÃO

Agência Brasil Agência BrasilTodos os posts do autor
O ex-presidente e líder do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, recebeu 201 profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos no Brasil e que chegaram a Havana. Acompanhado do segundo do partido, José Ramón Machado, e de um grupo de líderes políticos, Castro foi até o avião para cumprimentar os profissionais.
No último dia 14, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou o rompimento do acordo com o Mais Médicos.  O governo cubano informou discordar das exigências feitas pelo governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e também sinalizou incômodo com as críticas feitas por ele. Desde então, profissionais cubanos deixam o Brasil.
A estimativa é que, de forma escalonada, até dezembro, os outros 8.332 profissionais de Cuba vinculados ao Mais Médicos regressem ao país de origem.
O diretor da Unidade Central de Colaboração Médica de Cuba, Jorge Delgado, reiterou que o processo de retirada dos profissionais da saúde do Brasil será "ordenado, seguro e digno". 
"Os médicos estão muito dispersos, em mais de 2.500 municípios na grande extensão territorial do gigante sul-americano, razão pela qual há vários dias começaram a transferir-se de seus locais de residência até as cidades de onde partirão os voos para a Ilha", afirmou Delgado referindo-se ao retorno para Cuba.
Presidencia de la República Mexicana
Raúl recebeu 201 médicos cubanos
primeiro grupo de 205 colaboradores sanitários que retornou ao país foi recebido pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que ressaltou o "desinteresse, altruísmo e entrega plena" com que cumpriram sua missão nos lugares mais necessitados de assistência sanitária no Brasil.

Programa
O Mais Médicos foi criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff com o objetivo de garantir a assistência médica a comunidades desfavorecidas nas comunidades e regiões remotas do Brasil.
A presença cubana nessa iniciativa foi estipulada por meio de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e representava mais da metade dos profissionais contratados pelo programa.
De acordo com levantamento do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pelo menos 285 cidades e 36 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ficaram sem médicos em equipes de prevenção com a saída de profissionais cubanos. 
O Ministério da Saúde abriu nesta semana edital para seleção de profissionais que substituirão os cubanos que deixarão o Brasil. As inscrições ficam abertas até o dia 7 de dezembro.
 (*) Com informações da ACN, agência pública de informações de Cuba, e EFE

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