247 – "Repudiamos os ataques do general Augusto Heleno e outros oficiais ao ex-chanceler Celso Amorim. Começa o cerco ao PT. Querem nos interditar como fizeram com o PCB em 1947. Mentem e caluniam. Resistiremos, pela democracia e pelos direitos de nosso povo", disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), neste domingo. Um dia antes, o general Heleno classificou como antipatriótica a movimentação de Amorim pela libertação de Lula – considerado preso político por juristas do Brasil e do mundo e vários líderes internacionais. Abaixo, o tweet da senadora e reportagem sobre o caso:
Escolhido como ministro da Defesa do presidente eleito Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno atacou duramente o ex-chanceler Celso Amorim, que foi também ministro da Defesa. "É o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados em uma campanha no exterior contra o seu próprio país, mentindo sobre a prisão de Lula. Atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”, disse ele ao site O Antagonista.
A tese de que Lula é um preso político conta com o apoio de juristas do Brasil e do mundo, de ex-prêmios Nobel da Paz e de vários ex-chefes de estado, como François Hollande, Jose Luiz Zapatero, Massimo d'Alema, e também de lideranças como o senador Bernie Sanders, hoje o mais popular político dos Estados Unidos.
Amorim já foi apontado como o melhor chanceler do mundo pela revista Foreign Policy e foi responsável pelo manifesto "Eleição sem Lula é fraude", que teve o apoio dos prêmios Nobel Adolfo Perez Esquivel e Mohamed el Erian. Lula liderava todas as pesquisas presidenciais quando foi impedido de participar das eleições de 2018, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Antes disso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU determinou que o Brasil garantisse os direitos políticos de Lula, mas a decisão foi desrespeitada pela administração de Michel Temer.
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