domingo, 11 de novembro de 2018

Justiça chilena condena 11 militares por participação na “Caravana da Morte” durante ditadura de Pinochet

Justiça chilena condena 11 militares por participação na “Caravana da Morte” durante ditadura de Pinochet

Condenação é relativa a 15 assassinatos cometidos na cidade de La Serena, em de outubro de 1973; ex-comandante do Exército chileno está entre condenados

REDAÇÃO

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A Justiça chilena condenou 11 militares por crimes contra direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Eles eram membros do grupo que ficou conhecido como “Caravana da Morte”.
A condenação, que foi divulgada na sexta (09/11), se relaciona com os 15 assassinatos cometidos na cidade de La Serena, norte do país, no dia 16 de outubro de 1973. A “Caravana da Morte” foi um grupo de militares que atravessou o Chile, de helicóptero, assassinando presos políticos e opositores. No total, 75 pessoas foram mortas sob ordens diretas de Pinochet.
Os corpos dos assassinados em La Serena foram jogados em uma vala comum e, no dia 17 de outubro, o governo ditatorial chileno afirmou que “15 extremistas” haviam sido executados “em cumprimento do que foi decidido por tribunais militares em tempos de guerra”.
Entre os condenados, está o general aposentado Juan Emilio Cheyre, acusado de encobrir os assassinatos de La Serena. O ex-comandante do Exército chileno entre 2002 e 2006 foi sentenciado a três anos e um dia de prisão, porém teve a pena comutada para liberdade sob vigilância.
O coronel Ariosto Lapostol Orrego, chefe de regimento na época da “Caravana”, foi condenado a 15 anos e um dia de prisão como autor dos homicídios; outros acusados foram condenados por encobrimento dos assassinatos e cumplicidade.
Além disso, o governo do Chile foi condenado a pagar US$ 117 mil (pouco mais de R$ 435 mil) a cada cônjuge, filho e irmão dos fuzilados em 1973.
Números oficiais apontam que cerca de 28 mil pessoas tenham sido torturadas durante a ditadura de Pinochet, além de 3.197 assassinadas e/ou desaparecidas. Aproximadamente 200.000 pessoas foram exiladas durante o regime pinochetista.
(*) Com teleSUR e EFE

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